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Coletânea de textos

Texto I

Entenda mais sobre o conflito na Síria


Em entrevista, vice-chanceler sírio criticou governos de EUA e França e referiu-se à
Rússia como "amigo preocupado"

Dois anos e meio de conflito, mais de 110 mil mortes e uma intervenção cada vez mais
iminente dos Estados Unidos após um ataque químico em Damasco. O que acontece na
Síria é extremamente importante, mas pode ser muito confuso e difícil de acompanhar. Por
isso, separamos algumas dúvidas comuns sobre o enfrentamento entre o regime de Bashar al-
Assad contra os rebeldes e contextualizamos o conflito para que qualquer um possa entender.
Participe:

Quais as suas dúvidas sobre o conflito na Síria?

1) O que é a Síria?
A Síria é um país no Oriente Médio. Com cerca de 185 mil km² de área, tem 3/4 do tamanho do
Estado de São Paulo, mas pouco mais da metade da população — 22 milhões. O país faz
fronteira com o Líbano e o Mar Mediterrâneo a oeste, Israel no sudoeste, Jordânia no sul,
Iraque a leste, e Turquia no norte. É um país muito diversificado, tanto étnica quanto
religiosamente, mas a maioria dos sírios são da etnia árabe e seguem o ramo sunita do Islã,
assim como na Arábia Saudita e no Egito (o país também tem em suas minorias muçulmanos
xiitas e alauítas, além de cristãos).
Em sua história, estão os fenícios, civilização mercantil que promoveu grandes navegações ao
redor da África e que também inventou o conceito do alfabeto. Integrou o Império Otomano de
1516 a 1918 — depois do final da I Guerra Mundial, foi dividida em duas partes: uma sob
comando da França, que compreendia Síria e o atual Líbano, e outra, sob comando britânico,
composta por Palestina, Transjordânia (que atualmente compreende Israel e Jordânia) e Iraque.
O país conseguiu a independência em 1964. Depois de numerosos golpes militares e um conflito
com Israel em 1948, em 1964 proclamou-se a República Popular da Síria, sob o comando do
Partido Baath, socialista e nacionalista. De 1971 até 2000, o país foi liderado pelo alauíta Hafez
al-Assad. Depois de sua morte, a presidência foi transmitida a seu filho, Bashar.

2) Como o conflito começou?


A Primavera Árabe de 2011 no Egito e na Tunísia inspirou os sírios a tomarem as ruas, em
março de 2011, em protestos contra o regime de Bashar al-Assad. Os sírios expuseram seu
descontentamento com o processo político estagnado e pediam uma reforma democrática. Os
protestos não foram bem aceitos pelo governo, que respondeu com medidas extremas.
Manifestantes foram sequestrados, torturados e mortos. As tropas do governo começaram a
abrir fogo contra civis, que disparavam de volta.
Nisso, forças rebeldes formadas por civis surgiram, e começaram a se armar para combater a
violência do governo, o que levou a embates que destruíram cidades inteiras. A tensão crescente
entre os dois grupos criou o atual estado de guerra civil e, até o final de agosto, em cerca de dois
anos e meio de conflito, 110 mil pessoas morreram, 2 milhões buscaram refúgio fora da Síria e 4
milhões estão deslocadas.

3) Para onde vão esses refugiados?


4) Como o conflito evoluiu até chegar em 110 mil mortes?
Veja aqui uma linha do tempo com material publicado por ZH:

5) Quem são os rebeldes sírios?


O governo, apoiado por milícias e pelo Hezbollah, milícia libanesa, luta contra a oposição,
reunida na Coalizão Nacional Síria — a cara política dos rebeldes.

No governo:
Bashar al- Assad
No poder desde 2000, dá continuidade à ditadura que começou com seu pai, Hafez al- Assad,
em 1971. Exército conta com 295 mil homens e 314 mil reservistas.
Milícias (Shabija)
Conta com cerca de 10 mil milicianos.
Hezbollah
O grupo xiita libanês, apoiado pelo Irã, tem milhares de combatentes lutando em território sírio.

Oposição
Coalizão Nacional Síria: Cara política dos rebeldes. É reconhecida como interlocutora por
países como EUA, Turquia e Grã- Bretanha.
Exército Sírio Livre: Coligação de 34 brigadas, formada em 2011 por oficiais do exército que
desertaram. A ideia é de uma Síria democrática e laica. Teria 50 mil integrantes.
Grupos armados
Os rebeldes se dividiram em múltiplas organizações, muitas adversárias. Estima- se que tenham
mais de 100 mil combatentes. Veja as principais:
Frente Síria Islâmica de Libertação ( FSIL)
Maior coalizão de islâmicos moderados, formada em meados de 2012. Estão sob seu guarda-
chuva 20 brigadas. Teria 37 mil integrantes.
Movimento Islâmico Ahrar Al- Sham
Facções islâmicas variadas. Têm forte atuação humanitária.
Frente al- Nusra
Braço da Al- Qaeda. Vista como força de combate mais eficaz entre os rebeldes sírios e pode
representar um quarto dos combatentes de oposição. Definida como grupo terrorista pelos EUA.
Fatah al- Islam
Grupo fundamentalista sunita ligado à Al- Qaeda com base no Líbano.

6) E por que só agora se pensa em agir contra a Síria?


Há propostas de paz para o conflito sírio desde novembro de 2011. Em fevereiro de 2012, o
enviado especial da ONU Kofi Annan propôs um plano de paz para a Síria, considerado a
tentativa internacional mais séria até a data de resolver o conflito sírio no Oriente Médio. Em
março de 2012, Kofi Annan foi até Moscou para assegurar apoio da Rússia, maior aliada do
regime de Damasco, aos esforços para promover um cessar-fogo e tentar chegar a uma solução
política. Uma missão da ONU se estabeleceu em Damasco, mas, em junho, foi suspensa por
conta da "violência escalante". O fracasso do cessar-fogo provocou a renúncia de Kofi
Annan ao cargo e a entrada do diplomata argelino Lakhdar Brahimi em seu lugar.
No entanto, em 21 de agosto de 2013,um suposto ataque químico com agentes
neurotóxicos deixou cerca de 1,3 mil mortos, segundo rebeldes sírios (1.429, segundo relatório
do governo americano e 281, segundo a inteligência francesa) chocou a comunidade
internacional, uma vez que o uso de armas químicas é proibido, inclusive em situação de guerra.
A Síria não é signatária da Convenção de Armas Químicas de 1993, que proíbe a produção e
armazenamento de armas químicas. No entanto, o país é membro do Protocolo de Genebra de
1925, que proíbe o uso de armas químicas na guerra. Segundo Ralf Trapp, especialista nesse
tipo de armamento, há também um consenso de que o uso de químicos é proibido sobre a lei
internacional, uma vez que está no rol de crimes do Tribunal Penal Internacional.

7) Há países que apoiam a Síria?


A Rússia e o Irã são aliados importantes de Bashar al-Assad. Moscou impede que o Conselho
de Segurança da ONU passe resoluções sobre a Síria. É por isso que os Estados Unidos teriam
que passar por cima da ONU caso queira intervir. A Rússia manda muitas armas para a Síria, o
que dificulta uma operação de outros países. O país comandado por Vladimir Putin também tem
grandes interesses na Síria: além de não defender intervenções internacionais em outros países
— algo encarado como imperialismo ocidental no estilo Guerra Fria —, a Rússia tem uma base
naval na Síria, que não só é importante estrategicamente quanto é a última do país fora da
antiga União Soviética. A Síria também compra muitos artigos militares da Rússia, que precisa
desse dinheiro.
O apoio do Irã à Síria é mais direto. O país percebe Israel e Estados Unidos como uma ameaça
existencial e usa a Síria como proteção, enviando por meio de Damasco armamentos aos grupos
militantes Hezbollah, no Líbano, e Hamas, na Faixa de Gaza. O Irã já está de certa forma isolado
no cenário nacional por conta de seu programa nuclear. Caso Al-Assad chegue a cair, o país
perde um grande aliado.

8) E por que ninguém interviu ainda?


Porque é muito difícil. As opções militares não ajudam: enviar armas aos rebeldes, mesmo que
ajude a derrubar Al-Assad, acabaria dando poder aos islâmicos fundamentalistas e pioraria a
briga entre os rebeldes, o que levaria a caos generalizado e, possivelmente, uma segunda guerra
civil. Derrubar Al-Assad provavelmente faria a mesma coisa, abrindo um vácuo de poder. Uma
intervenção como a promovida pelos Estados Unidos no Iraque aceleraria as mortes, custaria a
vida de muitos soldados estrangeiros e exacerbaria o antiamericanismo no mundo árabe.
O governo Obama, junto à França, planeja uma "intervenção cirúrgica", com bombardeios
em áreas militarmente estratégicas na Síria. Enquanto isso, o regime de Al-Assad pede à Síria a
negociação de uma solução política para o conflito. Contraditoriamente, não há indicação de que
nenhum dos lados — governo e rebeldes — estejam interessados em dialogar.

Texto II

WASHINGTON - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou em uma coluna de opinião do jornal "The New York
Times" que é alarmante que a intervenção militar nos conflitos internos de outros países tenha se tornado algo comum
nos Estados Unidos.
Putin põe em dúvida que tais intervenções favoreçam os interesses a longo prazo os Estados Unidos e acrescenta que
milhões em todo mundo veem os EUA não como um modelo de democracia, mas sim um país que depende somente da
força bruta.
Na coluna, publicada nesta quarta-feira na página da internet do "The New York Times", Putin repete sua postura de
que há muitas razões para acreditar que os rebeldes sírios, e não o governo de Bashar al-Assad, são os responsáveis pelo
ataque com gás tóxico em um subúrbio de Damasco na semana passada.
O líder russo afirma que apoia os esforços por colocar o arsenal químico sob controle internacional.

Agência O Globo – qua, 11 de set de 2013.


Texto III
Putin aos americanos: ataque à Síria despertará o terror

Em artigo no 'NYT', presidente russo diz que ação dos EUA aumentará violência no conflito e livra Assad de
culpa por ataque químico, que atribui aos rebeldes.

Sem consenso: Putin e Obama defendem destinos diferentes para o ditador sírio Bashar Assad (Jewel Samad / AFP)

O presidente russo, Vladimir Putin, decidiu advogar pela não intervenção militar dos Estados Unidos na crise
síria diretamente àqueles que mais rejeitam a ideia da Casa Branca embarcar em um novo conflito armado: os
próprios americanos. Nesta quinta-feira, em artigo no jornal The New York Times endereçado "ao povo americano e
seus líderes políticos", Putin adverte que um potencial ataque dos EUA ao regime do ditador sírio Bashar
Assad "desencadearia uma nova onda de terrorismo" e aumentaria a violência do conflito para além das fronteiras da
Síria, contribuindo para desestabilizar toda a região do Oriente Médio e o Norte da África.
A mensagem de Putin, que toca em um dos temas mais caros aos americanos nas últimas décadas – o constante
fantasma do terror –, vem acompanhada de uma defesa velada do regime de Assad, de quem a Rússia é a maior
alidada, e de um apelo à via diplomática no lugar da "linguagem da força" para resolver a crise.
No texto, intitulado "Um pedido de cautela da Rússia", o presidente diz que "não há dúvidas de que foi utilizado gás
venenoso na Síria", porém "todas as razões levam a crer que o gás não foi utilizado pelo Exército, mas pelas forças de
oposição, para provocar uma intervenção estrangeira". Putin não dá pistas sobre que razões seriam essas, mas marca
posição totalmente oposta à dos EUA, que garantem ter provas de que o ataque no dia 21 de agosto foi praticado
pelo regime sírio.

Revista Veja - 12/09/2013 - 02:32

Texto IV
EUA dizem que mais de 1 400 morreram em ataque químico

Secretário de Estado voltou a culpar o regime Assad pelo massacre de civis

O secretário de estado americano John Kerry fala sobre a atuação dos EUA na guerra civil síria (Jason Reed/Reuters)

O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou nesta sexta-feira que pelo menos 1 429 sírios foram mortos no
ataque químico da última semana, incluindo ao menos 426 crianças. Em mais um pronunciamento sobre a crise na
Síria, Kerry voltou a dar fortes indicações de que os Estados Unidos pretendem realizar uma intervenção no país –
independentemente do aval das Nações Unidas. Depois de destacar o “grande respeito” do governo americano pela
ONU e seus inspetores, o secretário americano lembrou que a investigação que está sendo conduzida nos locais dos
ataques não tem a responsabilidade de apontar culpados, apenas de dizer se houve mesmo o uso de armas químicas.
“Pela definição de seu próprio mandato, a ONU não pode nos dizer nada que nós já não saibamos”, ponderou.
Referindo-se ao ditador Bashar Assad como “matador” e “assassino”, o secretário afirmou que os Estados Unidos
sabem que o governo sírio usou armas químicas várias vezes neste ano. Segundo Kerry, três dias antes do ataque do
dia 21, o pessoal de armas químicas do governo já estava preparando o ataque no subúrbio de Damasco. As equipes
foram avisadas que deveriam se preparar, “usando máscaras de gás” e tomando outras precauções. Além disso,
completou, a inteligência americana sabe que os ataques partiram de áreas controladas pelo regime e foram lançados
apenas contra posições controladas por opositores. “Agora que sabemos o que sabemos, a questão é o que vamos
fazer?”

Outras guerras – Kerry afirmou ainda que nada do que os EUA vierem a fazer na Síria será uma repetição do que
ocorreu nas intervenções no Iraque, no Afeganistão ou na Líbia. “Nós sabemos que depois de uma década de conflito,
o povo americano está cansado de guerra. Acreditem, eu também estou. Mas o cansaço não nos isenta de nossa
responsabilidade”, ressaltou. “Esse crime contra a consciência, esse crime contra a humanidade, isso importa para
nós”.

Obama – Pouco depois do pronunciamento de Kerry, o presidente Barack Obama também voltou a se manifestar
sobre a crise na Síria, dizendo que o ataque químico ameaçou interesses de segurança nacional dos EUA. “Esse tipo
de ataque é um desafio para o mundo. Não podemos aceitar um mundo onde mulheres e crianças são atingidas por
gases”.
O presidente voltou a dizer que ainda não decidiu qual será a resposta americana aos ataques, e reforçou que tem
consultado aliados e o Congresso a respeito. “Não estamos considerando qualquer compromisso de duração ilimitada.
Não estamos considerando nenhuma aproximação com tropas”.

Revista Veja - 30/08/2013 - 14:52

Com base nos textos, elabore sua redação sobre o tema: “É necessária a intervenção dos
E.U.A. na guerra civil da Síria?”

Observações:
Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;
Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração;
A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas;
Não deixe de dar um titulo à sua redação.
Exemplo de redação nota 150 – (sem dados do vestibular) – Tema: Meia Entrada: Você é a Favor ou
Contra?

Meia-entrada: Beneficio [benefício]?


A meia-entrada, é um processo que procura beneficiar principalmente as pessoas menos
favorecidas, de qualquer forma, como estudantes, aposentados e deficientes. Essa é uma
forma de condicionar a inserção social dessas pessoas, pois pagando meia-entrada ela
pode ir duas vez [vezes] em um local, pelo valor que ele iria uma vez.

A meia-entrada possibilita o ingresso de jovens, de baixa renda, na universidade, pelo


fato de que o transporte, pode limitar esse jovens, pelo custo que se tem ao final de um
mês principalmente em cursos que apresentam sua grade em tempo integral, esse corte
de custo mesmo que pareça pequeno, no final das contas contribui muito.

A aprovação da lei que determina [torna] obrigatória a meia-entrada, tende ser apoiada, pela
sociedade para que o avanço dos brasileiros seja possibilitado, tanto cultural, social e
educacional.

Comentário geral
Infelizmente, o texto é muito fraco, tanto em termos de linguagem, quanto de conteúdo. A
redação se limita a definir o que é a meia-entrada nos dois primeiros parágrafos (definição
precária e incorreta, por sinal), para então afirmar que ela será apoiada pela sociedade. Ora,
não é isso que está em discussão e nem se está criando a meia-entrada, mas modificando sua
regulamentação. Quanto à linguagem, os erros serão comentados nos aspectos específicos. A
nota só não é zero porque se pode notar que houve um mínimo de compreensão do tema.

Aspectos pontuais
1) O primeiro parágrafo começa com um erro grave de pontuação, a vírgula separando sujeito
do predicado. A explicação de que, com a meia-entrada, se pode ir a dois espetáculos pelo
preço de um é uma tautologia. Além disso, “condicionar a inserção social” é uma expressão de
significado obscuro.

2) O segundo parágrafo tem problemas de pontuação e seu argumento é um equívoco. Não se


está falando de passe no transporte, mas de ingresso em espetáculos.

3) Terceiro parágrafo: a afirmação é genérica e carece de uma justificação. Por que o aluno
acha que a sociedade vai apoiar a meia-entrada?
Exemplo de redação nota 1000 – Enem 2012 – Tema: Imigração
Possíveis temas para o ENEM 2013

1 – Redução da maioridade penal: Como todos sabem, a violência urbana é um dos maiores problemas
do nosso país. Uma das medidas que vem sendo amplamente discutida nos últimos tempos é a redução
da maioridade penal. E você é contra ou a favor?
2 – Importação de médicos: O Ministério da Saúde estuda a possibilidade de importar médicos de
outros países. Essa tentativa, segundo o próprio ministro da saúde, visa amenizar a escassez desses
profissionais nas regiões mais carentes. Em contrapartida, muitos protestos contra a possível medida já
apareceram em diversos cantos do Brasil. Que tal estudar a polêmica um pouco mais a fundo?
3 – Morte de Hugo Chávez: Após mais de um ano e meio de luta contra o câncer, no dia 5 de março de
2013, faleceu Hugo Chávez. A repercussão e as consequências da morte do presidente da Venezuela
não podem estar ausentes no repertório daqueles que vão prestar o Enem.
4 – MP dos portos: Você sabia que a Medida Provisória 595, que vai definir as formas de exploração dos
portos e instalações portuárias do país, já sofreu mais de 150 modificações? Aliás, você sabe o que são
os TUPs? Se você não entendeu muito bem do que estamos falando, é bom se atualizar desse polêmico
assunto!
5 -Ameaça de ataque nuclear norte-coreano: Você não leu errado, não. A Coréia do Norte voltou a
ameaçar a vizinha Coreia do Sul e os Estados Unidos de ataques com armas nucleares. Além de poder
virar tema da redação, esse assunto tem tudo para aparecer em questões de geografia.
6 – Tragédia em Santa Maria: A morte de 242 jovens na boate Kiss foi amplamente noticiada na mídia
nacional e internacional. Fatalidade ou negligência? É bom ir preparando seus argumentos caso os
examinadores decidam lembrar, na hora da prova, de um dos episódios mais tristes da história do Brasil.
7 – Margaret Thatcher: A morte da mulher que foi primeira-ministra do Reino Unido durante mais de 10
anos pode aparecer tanto na redação quanto nas questões objetivas do Enem de 2013. Seria
interessante conhecer um pouco mais da biografia da política que se tornou um dos maiores símbolos da
Inglaterra, não acha?
8 – Atentado em Boston: No dia 15 de abril de 2013, duas bombas foram detonadas na Maratona de
Boston matando três pessoas e ferindo mais de 170. Você sabe quem foi autor e quais os motivos
levaram a esse ataque terrorista?
9 – Eutanásia: A prática pela qual se abrevia a vida de um enfermo incurável de maneira controlada e
assistida por um especialista sempre é motivo de polêmica e controvérsia, pois representa atualmente
uma complicada questão de bioética e biodireito. E aí, qual a sua opinião?
10 – A mulher do século XXI: Cada ano que passa a mulher vem ganhando mais espaço na nossa
sociedade. Mas ainda existem diversos desafios e conquistas pela frente. Elas, em geral, continuam
ganhando menos e sofrendo diversos preconceitos quanto à liberdade sexual. Um prato cheio para o
tema da redação, não acha?
11 – Doação de órgãos: Outro assunto polêmico ligado à saúde. Questões religiosas, muitas vezes, indo
ao encontro de curas e tratamentos médicos. Listas gigantescas de pacientes a espera de órgãos. A
burocracia para se tornar, de fato, doador. Vários pontos justificariam esse assunto como tema de
redação.
12 – Trabalho (leis e direitos): Muitos estudiosos afirmam que nossas leis trabalhistas são antigas, e, às
vezes, inadequadas. Recentemente foi aprovada a PEC das domésticas. Pode ter certeza que vários
pontos desse assunto você deve se atualizar para não ser pego de calça curta!
13 – Consumo de água: Várias pesquisas mostram que água potável é um bem que pode acabar. Com
isso, o consumo consciente e a racionalização do uso da água, mesmo no Brasil, são assuntos atuais e
fundamentais em toda esfera global. Você sabia, por exemplo, que o maior consumidor de água é os EUA
e seu principal aquífero (Ogallala), responsável por um quinto das terras irrigadas no país, vem sofrendo
grandes baixas por causa da exploração humana?
14 – Obsolescência planejada: Você pode até não saber o que é, mas certamente já foi vítima dela! A
obsolescência programada acontece quando há uma ação deliberada da empresa fabricante que força o
cliente a adquirir um novo modelo do bem. É o caso dos aparelhos domésticos ou equipamentos
eletrônicos. Não acha interessante ler um pouco sobre o assunto?
15 – Grandes eventos esportivos no Brasil: A confirmação da realização da Copa do Mundo de
Futebol em 2014 e Olimpíadas em 2016 foram apontados, por muitos, como assuntos favoritos para o
tema da redação do ano passado (2012). Apesar da expectativa, não apareceram. Mas quem garante que
esse ano não possam ser cobrados?
16 – Obesidade: A preocupação não é apenas com a estética. Muitas pessoas que estão com excesso
de peso apresentam alterações nos níveis de colesterol, e, consequentemente, problemas cardíacos.
Atualmente, a obesidade transformou-se num problema sério de saúde, numa epidemia que se alastra e
já atinge parte expressiva da população, nas mais variadas faixas de idade. As causas são muitas,
principalmente os hábitos alimentares baseados no fast food, salgadinhos e guloseimas, além de horas
passadas em frente da televisão (sedentarismo).
17 – Consumismo infantil / publicidade para crianças: Vale a pena entender e estudar toda a
problemática da publicidade de alimentos considerados não saudáveis, que correspondem a mais da
metade das publicidades dirigidas às crianças brasileiras. Seus altos investimentos a fim de fidelizar o
público infantil, fogem do controle social e causam diversos efeitos colaterais indesejáveis, como por
exemplo, a obesidade infantil.
Como Fazer uma Redação Dissertativa Argumentativa

A redação é a parte que mais pesa em qualquer prova que você faz. No vestibular o
peso da mesma é muito maior do que se imagina, pois há uma parte apenas para as
disciplinas exceto redação e outra contendo apenas a redação. O gênero mais pedido
nas avaliações é a dissertação.

O que é uma dissertação?


Você defenderá em um texto dissertativo argumentativo a sua idéia sobre o tema que
lhe for dado. Sendo argumentativo precisa expor argumentos que convença o leitor de
que a sua tese está correta. Informações verídicas são importantes que seja
acrescentada, dados que mostrem a realidade do que está sendo exposto. Porém não
é apenas colocar as suas ideias no papel, e sim organizá-las de acordo com a estrutura
que esta redação pede.

Estrutura da redação
Para uma dissertação argumentativa é necessário que se tenha o começo (introdução
do assunto), o seu desenvolvimento que são os argumentos e tudo que você irá
colocar sobre o assunto e a conclusão que se dá pela coerência do transcrito dos
argumentos.

Introdução
Logo na introdução haverá traços do que o autor defende, mas sempre não utilizando
o “Eu”, “eu acho”. Faça o texto em terceira pessoa do singular, como o normal quando
se dirige a um leitor. A ideia principal deve ser apresentada neste parágrafo do texto.

Desenvolvimento
Neste parágrafo é a hora em que começa a colocar ordem nos argumentos. É preciso
que dê a argumentação e a reforce com dados e fatos, se possível. A numeração dos
argumentos é algo que não deve ter. É preciso que a argumentação seja verdadeira,
caso contrário ela não tem valor algum. Após colocado todos os argumentos, dentro
de um espaço bacana passe para o final.

Conclusão
Você retoma com outras palavras a tese do texto, não deixando uma forma
redundante e apresenta soluções para o caso. Procure não usar os elementos que
mostrem dúvida, como o ponto de interrogação. Seja o mais claro possível no que está
apresentando.

Dicas para a sua redação


- Não fique enrolando o assunto, pois mostrará claramente que você não domina o
assunto pedido;
- Ser claro e objetivo é o que faz da sua redação tirar uma boa nota;
- Exponha o assunto pedido apenas na introdução e conclusão. O “meio” da sua
redação dedique apenas aos argumentos;
- Evite utilizar frases longas ou muitos curtas;
- Os verbos no gerúndio devem ser mostrados apenas quando necessários.
Geralmente, em frases longas costumam aparecer mais;
- Estude as regras da ortografia;
- Não fuja do tema dado. Isso pode descontar muitos pontos da sua redação;
- As expressões que são muito tradicionais ficaram ultrapassadas. Evite as;
- Nunca utilize a sua religião como argumento. Caso o assunto discutido seja sobre
religião veja todos como um todo, e não somente a sua;
- Gírias, termos e estrangeirismos não incorporados ao português evite.

Melhorar a redação
Para que tenha uma boa redação em mãos e pronta para tirar nota é preciso que seja
levado alguns pontos, como é o caso do rascunho.
Por mais que esteja cansado da prova que vem fazendo é preciso que faça o rascunho,
pois através dele você consegue apagar o que não gostou, pode reler o textos quantas
vezes quiser, dentro do tempo estipulado. Terminado de ler o rascunho uma vez
descanse a mente um pouco, pois somente assim conseguirá visualizar os erros que
muitas vezes passam despercebidos.
Não utilize afirmações vagas para tentar convencer quem lê. Os fatos históricos e
culturais são excelentes argumentos, porém precisam ser estudados para que
transcritos corretamente.

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