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CONFLITOS ÉTNICOS NO ORIENTE MÉDIO

● Como tudo começou (HISTÓRIA)


● Impacto mundial (GEOGRAFIA)
● Desigualdade étnica e social (SOCIOLOGIA)
● Religião e política (FILOSOFIA)
● Lado de cada um (ENTREVISTA)
● Outros conflitos étnicos
● Conclusão
● Créditos (fontes)

*ENTREVISTA*
● Embaixada de Israel​ 2105-0505 (Denise)
paofficer@brasilia.mfa.gov.il

● Embaixada da Palestina ​3248-4482 (Leoni)


embaixadapalestina@terra.com.br

1. Qual foi o fator gerador deste conflito?


2. O que seu país está fazendo para resgatar a paz?
3. Como o seu país enxerga uma possível intervenção
internacional?
4. Para o senhor, quem está mais interessado neste embate?
5. Percebe-se que com essas divergências é gerada uma certa
desigualdade social e, consequentemente, um preconceito
étnico muito grande. O que o senhor pensa sobre isso?
6. Qual é a relação entre a política e a religião mediante esta
situação?
7. O que o senhor pensa sobre as mortes, principalmente de
crianças e inocentes, durante os conflitos?
8. Qual mensagem o senhor daria ao mundo sobre este assunto?

COMO TUDO COMEÇOU


https://www.youtube.com/watch?v=zYcPqfNRPOU
O Oriente Médio pode ser considerado como a parte do planeta que mais apresenta focos
de conflitos, com destaque para as divergências entre árabes e judeus. Fato que teve
início a partir da instauração do Estado de Israel, em 1947.
O conflito entre judeus e palestinos ocorre, principalmente, pela posse e direito de
soberania sobre Jerusalém, e os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, onde fica o
muro das lamentações, principal santuário judeu e também onde os palestinos querem
estabelecer a capital de um futuro estado independente. As regiões têm significado
religioso para os dois povos. Em 1517, os turcos otomanos da Ásia Menor conquistaram
a região e, com poucas interrupções, governaram Israel, então chamada de Palestina, até o
inverno de 1917-18. O país foi dividido em diversos distritos, dentre eles, Jerusalém. A
administração dos distritos foi cedida em grande parte aos árabes palestinos. As
comunidades cristãs e judaicas, porém, receberam grande autonomia. A Palestina
compartilhou a glória do Império Otomano durante o século XVI, mas foi negligenciada
quando o império começou entrar em declínio no século XVII.
Guerra de Suez (1956)-Com o objetivo de garantir o acesso dos ocidentais
(principalmente franceses e ingleses) ao comércio oriental, antes realizado pelo contorno
do sul da África. O controle das operações realizadas no canal ficou sob o domínio inglês
e continuou mesmo após a independência do Egito. Numa atitude de combate ao
colonialismo anglo-francês, Abdel Nasser nacionalizou o Canal de Suez e proibiu a
navegação de navios israelenses no local. A medida causou um grande impacto na
Inglaterra, França e Israel que, então, iniciaram uma guerra contra o Egito. No desenrolar
do conflito, os egípcios foram derrotados, mas os Estados Unidos e a União Soviética
interferiram, obrigando os três países a retirarem-se dos territórios ocupados. Ao final, o
Canal de Suez voltava, definitivamente, para o Egito, mas com o direito de navegação
estendido a qualquer país.
Guerra dos 6 dias-Durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, houve outra reviravolta:
Israel conquistou a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, o resto de Jerusalém, a região das
colinas de Golã (que pertencia à Síria) e a península do Sinai (território egípcio). Foi
quando os religiosos judeus entraram em cena: evocando o Grande Israel dos tempos
bíblicos, que ocupava toda a Palestina, eles convenceram o governo a construir
assentamentos nos territórios ocupados. A partir daí, as diferenças entre laicos e
religiosos criaram uma profunda divisão na sociedade israelense.
No lado palestino, uma divisão similar começou na década de 1980, com a rixa entre o
partido Fatah e o movimento islâmico Hamas. Embora na época ambos buscassem a
destruição do Estado de Israel, suas ideologias eram muito distintas. O Fatah seguia uma
corrente mais secular da Organização para a Libertação da Palestina (OLP, fundada por
Yasser Arafat em 1964). Já o Hamas tinha em seus quadros muitos integrantes da
Irmandade Muçulmana, um movimento extremista preocupado em derrubar governos
muçulmanos moderados e substituí-los por regimes baseados numa leitura radical da
sharia – a lei islâmica.
Desde então, o extremismo religioso, o controle sobre Jerusalém Ocidental e Oriental e o
problema dos refugiados vêm sendo os principais obstáculos ao processo de paz entre
israelenses e palestinos. Ao mesmo tempo, a rivalidade entre Israel e os países árabes
vizinhos tem passado para o segundo plano. Egito e Jordânia, inclusive, já firmaram
acordos de paz.
A última fase do conflito começou em 2005, quando o primeiro-ministro israelense Ariel
Sharon, antigo linha-dura, surpreendeu com um pacote moderado: criou o partido de
centro Kadima (hoje o principal de Israel), promoveu a retirada unilateral de Gaza e
aceitou sair de amplas porções da Cisjordânia. A Palestina, porém, caminhou na direção
contrária: o Hamas ganhou as eleições do Parlamento, em 2006, e o líder Ismail Haniyeh
assumiu como primeiro-ministro. A tensão com o Fatah chegou ao ponto máximo em
junho passado, quando milicianos do Hamas renderam seguranças da Autoridade
Palestina e tomaram a Faixa de Gaza. Segundo o presidente Mahmoud Abbas, foi um
autêntico golpe militar.

CUROSIDADES

→Israelenses e palestinos estão em pé de guerra desde 1948.


→Mais de 3 mil israelenses e palestinos morreram desde 2000.
→Segundo a ONU, o número de palestinos mortos por causa da violência entre grupos
rivais tem aumentado significativamente. Em 2005, 4% das mortes de palestinos
resultaram do conflito interno. Em 2006, eram 17%. De janeiro a julho de 2007, a
violência interna era a responsável por 65% das mortes palestinas.
→Por outro lado, o número de mortes de israelenses caiu com a construção do polêmico
“muro de proteção” ao longo da linha verde, na fronteira com a Cisjordânia. De acordo
com o Ministério de Relações Exteriores de Israel, o número de mortos por atentados
terroristas caiu de 451 em 2002 para 30 em 2006. Os atentados suicidas também
diminuíram: de 60 em 2002 para apenas 5 em 2006.

IMPACTO ECONOMICO MUNDIAL


Quem tem se beneficiado com a crise é o Irã, que emergiu como potência regional no
Oriente Médio após a derrubada de Saddam Hussein. Hoje, o país gera preocupação na
ONU por seu plano nuclear, o apoio ao Hezbollah no Líbano e outros grupos terroristas,
as armas que fornece aos xiitas radicais no Iraque e as declarações de seu presidente,
Mahmoud Ahmadinejad, em favor da destruição de Israel
O Oriente Médio, logo após a Primeira Guerra Mundial, já era o maior produtor petrolífero do
mundo e, por isso, despertava o interesse das grandes potências. Assim, houve uma partilha dos
países do Oriente Médio entre França e Inglaterra, que passaram a dominar as empresas de
exploração de petróleo. Para citar um exemplo, em 1926, a Irak Petroleum Company foi
repartida entre Inglaterra, que detinha 52,5% das ações; França, com 21,25% e EUA, com
21,25%; restando ao Iraque somente 5%. Cerca de 90% da produção mundial passou ao controle
de apenas sete empresas, conhecidas como as "Sete Irmãs", das quais cinco eram
norte-americanas.Como conseqüência desse imperialismo, houve um grande êxodo rural na
região, principalmente do Egito para os países do Golfo, provocando desequilíbrios
populacionais e econômicos. Vale lembrar que, apesar de estar se construindo grandes riquezas,
apenas uma pequena classe de privilegiados tinha acesso ao dinheiro e a maioria dos
petrodólares eram investidos nos grandes centros dos países ricos, restando 7% de investimentos
aos países árabes.
Com a qualidade de vida da população baixando, um forte sentimento de independência surgiu
nos países árabes. Os produtores de petróleo passaram a pressionar as "Sete Irmãs"
estabelecendo uma divisão de lucro de meio a meio e, em 1960, criam a Opep (Organização dos
Países Exportadores de Petróleo) para organizar e fortalecer essa política de independência. Os
países membros são: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irã, Catar, Kuwait, Iraque, Líbia,
Gabão, Indonésia, Nigéria, Equador, Venezuela e Argélia. Em 1968, cria-se a Opaep
(Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo), com o objetivo de defender os
interesses referentes à nacionalização das companhias estrangeiras.
https://www.youtube.com/watch?v=GF_gAmNbt_Y

DESIGUALDADE ÉTNICA E SOCIAL


https://www.youtube.com/watch?v=c0SwrMc9aY0
Por conta da enorme rixa que ocorre entre judeus e palestinos milhares de pessoas
morrem, muitas vezes inocentemente, todos os anos. A desigualdade e o preconceito são
os principais fatores desse conflito.

RELIGIÃO E POLÍTICA
O​s conflitos entre israelenses e palestinos que ocorrem hoje no chamado Oriente Médio
poderiam nos levar ao seguinte questionamento acerca da relação entre política e religião:
a disputa pelos territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, bem como da parte leste da
cidade de Jerusalém, é uma questão política ou religiosa? Em outros termos: os
argumentos teológicos dos discursos das partes beligerantes são apenas fonte de
motivação e legitimidade para as ações militares, ou eles expressam uma dimensão maior
da vida humana que abarcaria, entre outras coisas, a Ética e a Política?
No primeiro caso, a Religião estaria subordinada à Política, de tal maneira que os líderes
espirituais, tanto dos judeus quanto dos árabes, estariam simplesmente utilizando o
discurso religioso como um instrumento ideológico para mobilização de seus exércitos;
teríamos então que nos indagar acerca da legitimidade dessa manipulação. No segundo
caso, a Política estaria subordinada à Religião, e, dessa forma, é a própria idéia de
Política que seria posta em xeque: o problema do convívio entre os homens seria
resolvido, não em termos de acordos estabelecidos pelos próprios homens, mas mediante
o conhecimento de uma vontade divina, o que colocaria a arte do governo na dependência
de uma revelação sobrenatural.
Por meio dessa primeira reflexão sobre a questão israelo-palestina é possível introduzir
um filósofo que, entre outras coisas, dedicou muito tempo de sua vida a analisar o
vínculo entre Religião e Política: Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Esse genebrino,
cujas idéias políticas inspiraram os protagonistas da Revolução Francesa, é um caso
exemplar na história da Filosofia para nos dar elementos de reflexão sobre as guerras
“santas”, não apenas no que se refere às questões de seu tempo, mas também no que diz
respeito ao problema do lugar da Religião na sociedade atual.
Assim como diversos outros filósofos do século XVIII, Rousseau também criticava os
efeitos negativos da Religião na sociedade, sobretudo o fanatismo e a intolerância.Para
Rousseau, um verdadeiro cristão preocupa-se mais com a vida futura do que com a vida
presente, e, por isso mesmo, acaba deixando de lado os problemas da sociedade.

Mas o quanto a obra de Rousseau nos ajuda a compreender os conflitos do Oriente


Médio? Com relação à questão do fanatismo e da intolerância, Rousseau mostra que não
pode haver conciliação enquanto cada um dos partidos defender sua própria “verdade” e
acusar o partido contrário de “mentira” e “erro”; mostra também que o indivíduo
religioso e o indivíduo político se confundem, e que não é possível buscar um acordo de
paz sem considerar o forte vínculo que amarra a Religião e a Política, haja vista a
impossibilidade de se distinguir, na idéia mesma de “verdade”, o que vem da suposta
revelação divina daquilo que os próprios homens acrescentaram segundo suas opiniões e
seus preconceitos.

OUTROS CONFLITOS ÉTNICOS


Os ​Conflitos Étnicos ​envolvem questões religiosas, territoriais, políticas e culturais. O
embate entre grupos ou comunidades com características diferenciadas muitas das vezes
resulta em genocídio.

→O Sudão é o cenário da crise humanitária mais grave da atualidade, só comparável à da


vizinha República Democrática do Congo. Desde 2003, o governo e suas milícias estão
levando a cabo um genocídio contra as chamadas “tribos africanas” na província de
Darfur, entre elas os fur, massalit e zaghawa. Segundo a ONU, o conflito já produziu 300
mil mortos e cerca de 2 milhões de refugiados.

→O Líbano conseguiu se libertar da França em 1945 e sofre diversos problemas com


conflitos e guerras civis. De um lado, se encontram os muçulmanos (xiitas e sunitas) e, do
outro, estão os diversos grupos cristãos (formado por maronitas armênios católicos, etc.).

→O conflito entre Irã e Iraque começou em 1980 e o principal motivo para essa guerra
foram as diferenças religiosas e a presença dos Estados Unidos na região do Oriente
Médio. Até o ano de 1979, o Irã era um importante aliado dos EUA no Oriente Médio.
Foi nesse período que ocorreu a Revolução Islâmica, no Irã, com a retirada do Xá Reza
Pahlevi. Após a revolução, o país se tornou uma ditadura fundamentalista islâmica, com a
defesa da revolução e críticas aos antigos aliados americanos.

http://www.geografiaparatodos.com.br/index.php?pag=terrsoc_cap22
http://www.infoescola.com/historia/conflitos-etnicos/
http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/29/artigo119551-1.asp
http://super.abril.com.br/religiao/etnicas-religiosas-caldeirao-fumegante-447277.shtml
http://www.coladaweb.com/historia/guerras/conflitos-do-oriente-medio
http://www.brasilescola.com/geografia/geopolitica-oriente-medio.htm
http://forum.antinovaordemmundial.com/Topico-guerra-no-oriente-m%C3%A9dio-qual-s
eria-o-impacto-econ%C3%B4mico-no-mundo
http://www.cefetsp.br/edu/eso/palestinosisraelenses3.html
http://blogmundodageografia.blogspot.com.br/2010/06/conflitos-etnicos-religiosos-no-ori
ente.html
http://oriente-medio.info/mos/view/Conflitos/

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