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SINAGOGA ISRAELITA DO BRÁS

DOCENTE: MORÉ BETO BARZILAY

DISCENTE: KATH MARTINS

Guerras de Israel

As guerras envolvendo Israel têm raízes profundas e estão associadas a questões

históricas, territoriais, religiosas e políticas complexas na região do Oriente Médio. Os

principais motivos das guerras envolvendo Israel incluem conflito Territorial e Nacionalismo

principalmente durante o estabelecimento do Estado de Israel em 1948, que gerou conflitos

territoriais com a população árabe nativa da região, resultando na Guerra de Independência.

A questão da terra e das fronteiras continua a ser um ponto de atrito. Levando à

dispersão e deslocamento de centenas de milhares de palestinos, resultando em uma

questão humanitária significativa. Outro fator bem significante está relacionada a Religião e

Jerusalém. Sendo esta uma cidade sagrada para judaísmo, cristianismo e islamismo.

Disputas sobre o controle e o status de Jerusalém, especialmente o Monte do Templo ou

Haram al-Sharif, têm sido uma fonte de tensão.

Outro fator é a insegurança, e Ameaças à Existência de Israel, com ações de alguns

países vizinhos em relação a Israel, como a recusa do reconhecimento ou a da ideia de

eliminar Israel, levaram a preocupações de segurança e têm desempenhado um papel nas

decisões de política externa. A questão do domínio dos recursos naturais e Acesso à Água,

tem sido uma preocupação em uma região onde os recursos hídricos são limitados. Disputas
sobre o acesso e controle desses recursos também têm desempenhado um papel nas

tensões.

Guerras árabe-israelenses ou Guerra da Independência – 1948

A Guerra Árabe-Israelense de 1948, também conhecida como Guerra da

Independência ou Nakba (que significa "catástrofe" em árabe), foi um conflito entre o recém-

criado Estado de Israel e uma coalizão de estados árabes. A guerra começou logo após a

declaração do Estado de Israel em 14 de maio de 1948.

A causa imediata do conflito foi a declaração de independência do Estado de Israel e

o seu reconhecimento pelas Nações Unidas. Os estados árabes vizinhos, incluindo o Egito,

a Jordânia, a Síria, o Iraque e o Líbano, opuseram-se ao estabelecimento de um estado

judeu na região e rejeitaram o plano de partição da ONU, que propunha a criação de estados

judeus e árabes separados na Palestina.

A guerra envolveu uma série de combates militares e campanhas travadas em

múltiplas frentes, incluindo as frentes norte, central e sul do estado recém-declarado. O

conflito resultou num deslocamento significativo de populações e marcou o início do

problema dos refugiados palestinos.

Vários eventos e batalhas importantes ocorreram durante a Guerra Árabe-Israelense

de 1948, incluindo:

1.Declaração de Independência (14 de maio de 1948):

David Ben-Gurion, chefe da Agência Judaica, proclamou o estabelecimento do Estado

de Israel.
2. Invasão dos Estados Árabes (15 de maio de 1948):

No dia seguinte à declaração de independência, forças militares do Egito, Jordânia,

Síria, Iraque e Líbano intervieram na Palestina.

3. Cerco de Jerusalém:

A cidade de Jerusalém foi dividida durante a guerra, com a parte ocidental controlada

por Israel e a parte oriental pela Jordânia. O cerco durou até 1949.

4. Acordos de cessar-fogo e armistício (1949):

A guerra terminou com uma série de acordos de armistício entre Israel e os seus

estados árabes vizinhos. As fronteiras estabelecidas por estes acordos refletiam em grande

parte a situação no terreno na altura.

O resultado da Guerra Árabe-Israelense de 1948 teve implicações duradouras para o

Médio Oriente, moldando o cenário geopolítico e contribuindo para os conflitos em curso na

região. A guerra também teve um impacto profundo na composição demográfica da região,

levando à deslocação de centenas de milhares de palestinos e à criação de uma grande

população de refugiados.

Guerra de Suez -1956

A Guerra de Suez, também conhecida como Crise de Suez, ocorreu em 1956 e

envolveu uma intervenção militar conjunta de Israel, França e Reino Unido na região do

Canal de Suez, no Egito. A crise foi desencadeada por uma série de eventos, incluindo a

nacionalização do Canal de Suez pelo presidente egípcio Gamal Abdel Nasser.

O governo egípcio assumiu o controle britânico do Canal de Suez. A perda deste

importante canal para o comércio internacional irritou as autoridades britânicas. Em


resposta, o Reino Unido juntou-se à França e a Israel num plano secreto para recuperá-lo

pela força militar. Mais tarde naquele ano, três países

invadiram o Egito e retomaram o canal, mas havia um grande problema com o seu plano: os

Estados Unidos. A Crise de Suez aconteceu no meio da Guerra Fria. As autoridades

americanas desejavam qualquer coisa que pudesse minar a opinião mundial sobre a União

Soviética, e conseguiram isso em 1956, quando os cidadãos húngaros derrubaram o seu

governo comunista.

A União Soviética respondeu. Enviando seu exército para esmagar brutalmente a

revolução. O Presidente dos EUA, Dwight Eisenhower, e a sua administração consideraram

o derramamento de sangue na Hungria como um exemplo brilhante da opressão soviética.

Mas a crise do Suez distraiu o mundo e colocou os Estados Unidos numa posição difícil.

Embora os Estados Unidos fossem aliados dos britânicos e franceses, as autoridades

americanas sabiam que o mundo árabe estava muito irritado com a invasão do Egipto. Eles

perceberam que se os Estados Unidos apoiassem o ataque, isso prejudicaria a sua própria

popularidade em todo o Médio Oriente, possivelmente permitindo à União Soviética

aumentar a sua influência na região.

Assim, os Estados Unidos exigiram que todos os três países agressores, Grã-

Bretanha, França e Israel, retirassem as suas tropas do Egipto. No entanto, as autoridades

norte-americanas mostraram-se relutantes em usar a força militar contra os seus aliados.

Em vez disso, a administração Eisenhower recorreu a outros instrumentos de política

externa, incluindo a política financeira, para exercer pressão económica sobre os

agressores.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha tomou emprestado enormes

somas de dinheiro de outros países. Ainda após o fim da guerra, eles pediram ainda mais

dinheiro emprestado aos Estados Unidos e ao para a reconstrução do país. Logo economia

britânica estava em dificuldades, uma situação que piorou à medida que o império e as

receitas so diminuíam. Tornando uma nação vulnerável financeiramente e devedora. E em

1956, quando decidiram invadir o Egipto, os britânicos tinham dívidas enormes para cobrar

e no final do ano, uma dívida de 175 milhões de dólares. É por isso que se voltaram para o

seu aliado e credor, os Estados Unidos, cuja economia era a mais forte do mundo.

Temendo a ruína económica, os britânicos aceitaram as exigências americanas, e

os franceses e israelitas também se retiraram sob pressão americana. Os EUA permitiram

que a Grã-Bretanha atrasasse o reembolso dos empréstimos do pós-guerra e os americanos

emprestaram ainda mais dinheiro aos britânicos. Como credor, os Estados Unidos poderiam

usar o seu poder económico para influenciar as relações externas do devedor. Como país

devedor, a política externa do Reino Unido estava sujeita à vontade dos seus credores.

Assim a ação militar conjunta foi duramente criticada pela comunidade internacional.

Pressões econômicas e políticas levaram França, Reino Unido e Israel a retirarem suas

forças em março de 1957. A retirada das forças estrangeiras resultou na implantação da

Força de Emergência das Nações Unidas (UNEF) para supervisionar a retirada e manter a

paz na região.

A Crise de Suez foi significativa por vários motivos, incluindo a demonstração da

influência decrescente das potências coloniais (França e Reino Unido) e a ascensão da

influência dos Estados Unidos e União Soviética no cenário internacional. Também ressaltou

a importância do uso de forças internacionais de paz para resolver crises regionais.


Guerra dos Seis Dias – 1967

A Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, teve um impacto significativo no cenário

geopolítico do Oriente Médio. As tensões pré-existentes entre Israel e seus vizinhos árabes

escalaram rapidamente, culminando em um conflito de curta duração, mas de grande

importância. As causas fundamentais incluíram disputas territoriais, hostilidades políticas e

ações decisivas do presidente egípcio Gamal Abdel Nasser.

A decisão de Nasser de fechar o Estreito de Tiran para navios israelenses foi o

catalisador, levando Israel a lançar uma operação militar preventiva em 5 de junho de 1967.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) lançaram uma série de ataques coordenados contra as

forças egípcias no Sinai, as forças sírias nas Colinas de Golã e as forças jordanianas na

Cisjordânia. As Forças de Defesa de Israel (IDF) empregaram estratégias eficazes,

conquistando rapidamente o Sinai, as Colinas de Golã, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e

Jerusalém Oriental.

As consequências imediatas incluíram mudanças territoriais significativas e a

ocupação de áreas estratégicas por Israel. A Resolução 242 da ONU foi um passo

subsequente, delineando princípios para uma paz duradoura. A longo prazo, a Guerra dos

Seis Dias teve impacto duradouro nas relações internacionais e nas dinâmicas políticas do

Oriente Médio, desencadeando desafios contínuos, como o conflito israelense-palestino.

Em suma, a Guerra dos Seis Dias moldou o curso da história da região, influenciando

eventos subsequentes e estabelecendo bases para os desafios geopolíticos enfrentados até

os dias atuais.
Guerra do Yom Kippur-1973

A Guerra do Yom Kippur, também conhecida como a Guerra do Dia do Perdão ou

Guerra de Outubro, ocorreu em outubro de 1973. O ataque ocorreu no Dia do Yom Kippur,

o Dia do Perdão, um dos feriados mais sagrados no judaísmo. A escolha desse momento

visava surpreender Israel, aproveitando-se da menor prontidão militar devido ao feriado

religioso. Esta guerra envolveu um conflito armado entre Israel e uma coalizão liderada por

Egito e Síria.

As causas fundamentais da guerra incluíram disputas territoriais, especialmente em

relação ao Sinai e às Colinas de Golã. Além disso, as tensões acumuladas desde a Guerra

dos Seis Dias (1967) contribuíram para o conflito. As forças egípcias lançaram uma ofensiva

massiva no Sinai, com o objetivo de recuperar as posições perdidas para Israel durante a

Guerra dos Seis Dias em 1967. O ataque começou com um intenso bombardeio de artilharia

e ataques aéreos. As forças árabes conseguiram avanços significativos no início da guerra,

recuperando parte do Sinai e das Colinas de Golã, apesar da resistência feroz das Forças

de Defesa de Israel (IDF).

Israel, após uma mobilização significativa, lançou uma contraofensiva em ambos os

fronts. A IDF cruzou o Canal de Suez e avançou nas Colinas de Golã, revertendo os ganhos

territoriais iniciais das forças árabes.

Os Estados Unidos e a União Soviética desempenharam papéis-chave nos esforços

diplomáticos para um cessar-fogo. A ameaça de uma escalada para um confronto entre as

superpotências contribuiu para a busca de uma solução pacífica.

O ataque na Guerra do Yom Kippur marcou o início de um conflito intenso, mas a

resposta eficaz de Israel e as subsequentes negociações diplomáticas levaram

eventualmente a um cessar-fogo e a acordos de desengajamento alcançados em 1974,


levando a retiradas parciais das forças israelenses do Sinai. sob mediação internacional.

Esses eventos tiveram implicações duradouras nas relações no Oriente Após o conflito,

houve um aumento do envolvimento dos EUA e da URSS no processo de paz no Oriente

Médio, influenciando as negociações de paz subsequentes e a dinâmica regional.

A Guerra do Líbano de 1982

A Guerra do Líbano de 1982, também conhecida como a Primeira Guerra do Líbano,

foi um conflito que envolveu Israel, o grupo militante Hezbollah e a Organização para a

Libertação da Palestina (OLP). O conflito teve múltiplos aspectos, incluindo a ocupação

israelense do sul do Líbano, a invasão de Beirute e a repressão contra a OLP.

Principais aspectos da Guerra do Líbano de 1982

Israel tinha várias motivações para a guerra, incluindo o desejo de expulsar a OLP do

sul do Líbano, eliminar as ameaças à segurança israelense e apoiar facções cristãs

libanesas aliadas. A guerra começou com a "Operação Paz para a Galileia", lançada por

Israel em junho de 1982. A IDF (Forças de Defesa de Israel) avançou rapidamente, chegando

a Beirute em agosto. Beirute foi cercada e sujeita a intensos bombardeios, levando a

inúmeras vítimas civis. As imagens dos bombardeios e o cerco levaram a uma crescente

oposição internacional e críticas à ação israelense.

Uma das tragédias mais sombrias da guerra foi o massacre nos campos de refugiados

palestinos de Sabra e Shatila em setembro de 1982, perpetrado por milícias cristãs libanesas

em uma área sob controle israelense.

Após negociações internacionais, Israel retirou suas tropas de Beirute em setembro

de 1982, mas manteve uma "Faixa de Segurança" no sul do Líbano, justificando-a como

uma medida de segurança.


A IDF permaneceu no sul do Líbano até 2000, estabelecendo uma presença de longo

prazo que se tornou objeto de controvérsia e resistência local.

A Guerra do Líbano de 1982 teve consequências profundas, incluindo a polarização

interna em Israel, um aumento na hostilidade em relação a Israel no mundo árabe, e o

fortalecimento do movimento Hezbollah, que mais tarde se tornaria um grupo político e militar

influente no Líbano.

A Guerra do Líbano de 1982 é lembrada como um evento complexo e controverso na

história da região, com ramificações políticas e humanitárias de longo prazo.

É importante notar que a situação na região é complexa e evolui ao longo do tempo,

com eventos e desenvolvimentos adicionais ocorrendo ainda atualmente como o ataque do

dia 7 de outubro de 2023 do grupo extremista islâmico armado Hamas contra Israel. O

Hamas e outros grupos armados palestinos nomearam os ataques como Operação Al-

Aqsa Flood ou Dilúvio, embora sejam chamados em Israel de Sábado Negro e

o Massacre de Simchat Torá pelo fato da proximidade das festividades judaicas. O ataque

surpresa ocorreu um dia após os 50 anos da Guerra de Yom Kippur de 1973.

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