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Crises do
Mundo Capitalista
Material Teórico
A Guerra Fria: o Oriente Médio
Revisão Textual:
Profa. Ms. Rosemary Toffoli
A Guerra Fria: o Oriente Médio
• Antecedentes
• O pós II Guerra na região
• Os conflitos entre Israel e as nações árabes
• A Guerra Fria: surgimento e queda da URSS
• Cronologia URSS (1917-1991)
Para o estudo desta Unidade, primeiro leia atentamente o Material Teórico, ou seja, o texto
que servirá de base para todas as demais atividades da unidade. Leia-o, com muita atenção!
Em seguida, para verificar se houve uma suficiente compreensão do conteúdo, responda
às perguntas das Atividades de Sistematização, que tratam de problemas fundamentais sobre
o assunto abordado.
Foram disponibilizados, ainda, Materiais Complementares, para o caso de você desejar se
aprofundar em algumas questões trabalhadas no conteúdo.
Finalmente, realize a Atividade de Reflexão da Unidade.
Bom estudo! Lembro que seu tutor estará à sua inteira disposição e você pode contatá-lo a
qualquer tempo neste ambiente web-class.
Atenciosamente,
Profa. Dra. Andrea Borelli
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Unidade: A Guerra Fria: o Oriente Médio
Contextualização
Um dos maiores momentos da vida da URSS, aconteceu em 1961.
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Antecedentes
Durante o curso da I Guerra Mundial, os combates se estenderam por todos os territórios
ocupados pelos estados em conflito e isso levou o interesse dos envolvidos à região do Oriente Médio.
Procurando garantir o apoio dos árabes, o governo britânico organizou uma série de
negociações, entre 1915 e 1916, em que se comprometiam a garantir a formação de um estado
árabe independente, desde que eles auxiliassem na luta contra os otomanos que dominavam a
região. Estes acordos ficaram conhecidos como Correspondência McMahon–Hussein.
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Unidade: A Guerra Fria: o Oriente Médio
Essa imigração foi o resultado de uma série de questões, como a mudança da situação
política em vários estados, que passaram a professar crenças anti-semitas. Além disso, o
sionismo ganhou popularidade entre as comunidades judaicas da região.
O Sionismo, como proposta política, propunha que a população judia, dispersa pelo
mundo, tinha direito a retornar à sua região que, segundo a tradição, seria a região de Israel.
Simultaneamente, o sentido de autodeterminação ganhou cada vez mais espaços entre as
tribos árabes e entre os palestinos.
A situação de conflito entre os dois grupos era tensa e não conseguiam chegar a um acordo.
Depois da Segunda Guerra Mundial, a Inglaterra renunciou o controle da região e a resolução
do problema foi colocada nas mãos da recém-criada Organização das Nações Unidas.
Em 1947, a ONU apresentou uma proposta de divisão da região em dois estados separados:
um judeu e outro sob controle dos palestinos.
O estado judeu ficaria com 54% do território, mesmo representando somente 30% da
população geral da região; já o estado palestino que tinha 70% da população ficaria com 46%
do território.
A cidade de Jerusalém teria uma administração internacional e não faria parte de nenhum
dos dois estados.
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Os conflitos entre Israel e as nações árabes
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Unidade: A Guerra Fria: o Oriente Médio
A recusa do financiamento aconteceu depois que o governo Nasser tomou algumas atitudes
consideradas “simpáticas” ao regime comunista, como o reconhecimento oficial do governo
comunista da China.
A França e a Inglaterra viam a ação de Nasser como uma “ameaça a seus interesses” e
procuraram o apoio de Israel para uma ação militar na região. Os israelenses concordaram
em participar da ação desde que recebessem o controle da faixa de Gaza e da península
do Sinai. Além disso, eles consideravam o movimento uma retaliação adequada pelo
envolvimento dos egípcios na resistência dos palestinos em território controlado por Israel.
Em 29 de outubro de 1956, as forças israelenses iniciaram suas manobras e os diplomatas
britânicos e franceses encaminharam um ultimato ao governo egípcio, exigindo a devolução do canal.
Os EUA e a URSS reagiram imediatamente, demandando o final das hostilidades e, através
da ONU, procuraram garantir a retirada das tropas de território egípcio.
Os ingleses e os franceses saíram da região, mas Israel permaneceu na Faixa de Gaza até
19 de março de 1957.
O conflito de Suez alterou a percepção sobre a política da região: os franceses e
britânicos perderam influência na política local, Nasser ganhou projeção como um dos
grandes defensores do nacionalismo árabe, Israel passou a projetar a imagem de um
estado militarmente forte, a ONU passou a ser vista como a melhor entidade para moderar
as relações na região. Contudo, apesar das mudanças, as questões entre Israel e os árabes
continuaram sem solução.
A situação dos palestinos tornou-se ainda mais complexa e, em 1964, a Organização
para a Libertação da Palestina foi criada para combater a presença israelense e lutar pela
constituição do estado palestino como determinado em 1947.
A organização acabou se dividindo em sub grupos, como o Fatah, contudo, todos agiam sob
a égide da OLP e, a partir de 1967, o grupo centrou suas ações em tentativas de desestabilizar
o Estado de Israel.
Em 5 de junho de 1967, as tropas israelenses atacaram o Egito, depois que o governo
daquele país tomou medidas para controlar o Estreito de Tiran e impedir a passagem de
navios israelenses.
Era o início da chamada Guerra dos Seis Dias.
Atacando em três frentes, os israelenses ocuparam a Faixa de Gaza e a Cisjordânia,
territórios ocupados pelos palestinos, e tomaram a Península do Sinai ao Egito, bem como as
Colinas de Golan à Síria.
Ainda como resultado deste conflito, a cidade de Jerusalém passou a ser controlada pelos
israelenses.
Em 22 de novembro de 1967, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a Resolução
242, cujas determinações mais importantes eram:
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I. Retirada das tropas de Israel de todos os territórios conquistados no
recente conflito.
II. Fim de todas as disputas e situações de conflito e respeito e reconhecimento
da soberania, integridade territorial e independência política de todos
os estados dessa área e seu direito de viver em paz dentro de fronteiras
seguras e reconhecidas, livres de ameaças ou atos de violência.
Fonte: http://www.un.org./en/sc/documents/resolutions/1967.shtml
A situação dos palestinos tornou-se ainda mais complexa, depois desse conflito e as ações
da OLP passaram a ser marcadas pela violência aberta. O Fatah assumiu o controle da
organização e, em 1969, Yasser Arafat tornou-se oficialmente o líder da organização.
A maior parte dos militantes do grupo passaram a residir na Jordânia e, em 1970, a
situação entre os palestinos e o governo local tornou-se muito tensa.
As forças da Jordânia, sob ordem do Rei Hussein, atacaram os refugiados palestinos, pois,
por ordem de Arafat, os membros da OLP apoiaram a tentativa de um golpe contra o governo
estabelecido.
O conflito escalou e as tropas da Síria, Iraque e Israel atacaram a Jordânia.
Os EUA e a URSS procuraram pressionar seus aliados demandando o final do conflito, o
que permitiu ao exército da Jordânia empurrar os guerrilheiros da OLP para os subúrbios de
Amman.
Em 25 de setembro, os termos da paz foram acertados e a OLP se retirou da Jordânia e
reconheceu a autoridade do Rei Hussein, que manteve sua ação contra os palestinos até que,
em 1971, eles foram totalmente expulsos do país.
Membro do Setembro Negro nos alojamentos israelenses O comando da OLP se transferiu para o Líbano
e os palestinos formam um novo grupo extremista,
o Setembro Negro, que recebeu este nome para
marcar o momento da expulsão da Jordânia.
A maior repercussão de ação do Setembro
Negro foi o ataque à delegação de Israel durante
as Olimpíadas de Munique, em 1972. Em 5 de
setembro, o grupo sequestrou 11 atletas israelenses
e 1 policial alemão e depois de algumas horas de
negociação, todos os reféns foram mortos e alguns
Fonte: Wikimedia Commons
dos responsáveis pelo ataque morreram durante a
tentativa de libertar os prisioneiros.
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Unidade: A Guerra Fria: o Oriente Médio
Golda Meir
Em virtude do acontecido, a Primeira Ministra de Israel,
Golda Meir, ordenou a Operação Ira de Deus, em 1972.
Essa operação clandestina foi implementada pela Mossad,
a central de inteligência de Israel e levou à perseguição e
eliminação de indivíduos alegadamente ligados ao ataque de
Munique.
Segundo informações tanto dos israelenses quanto dos
palestinos, a Operação permaneceu ativa por mais de vinte
anos e calcula-se que mais de 15 pessoas foram mortas.
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Os EUA passaram a pressionar por uma solução amigável, devido aos problemas com o
petróleo e o secretário de estado, Henry Kissinger, conseguiu firmar acordos entre os estados
beligerantes, firmando compromissos de paz.
Em 1977, a situação política em Israel alterou-se, pois, pela primeira vez, o governo do
país passou a ser controlado por um partido de direita, o Likud, e elegeu como primeiro
ministro Menachem Begin, que governou até 1983.
Durante o governo de Begin, os israelenses passaram a mandar colonos para as regiões
conquistadas a partir de 1967, como a Samaria, a Galileia e a Judeia. Além disso, em 30 de
julho de 1980, através da chamada Lei de Jerusalém, o governo do Likud estabeleceu que a
cidade de Jerusalém passava a ser considerada a capital de Israel.
No âmbito externo, o governo de Begin foi marcado pelos Acordos de Camp David, em
1978, e pelo Acordo de Paz entre Israel e o Egito em 1979.
Os Acordos de Camp David foram assinados sob mediação dos EUA. Eram voltados para
dois temas diferentes: o primeiro, envolvia as discussões em torno dos territórios palestinos;
já o segundo, tratava das relações entre Egito e Israel.
Os acordos foram resultados de mais de um ano de negociações envolvendo Israel; os EUA,
de Jimmy Carter, e vários estados árabes. Contudo, terminou como um acordo bi-lateral com
o Egito, representado por Anwar El Sadat.
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Unidade: A Guerra Fria: o Oriente Médio
O Acordo de Paz de 1979 propôs a normalização das relações entre o Egito e Israel. Os
israelenses concordaram em se retirar da Península do Sinai e os egípcios concordaram em
manter a região desmilitarizada. Além disso, o acordo permitia aos israelenses acesso ao Canal
de Suez e às áreas próximas. O mais importante, contudo, foi o fato do acordo confirmar que
o Egito reconhecia oficialmente o estado de Israel.
A reação dos outros estados árabes foi violenta e o Egito foi suspenso da Liga Árabe entre
1979 a 1989 e o presidente Sadat tornou-se impopular dentro e fora de seu país.
Em 6 de outubro de 1981, o Presidente Sadat foi assassinado durante uma parada militar
que matou 11 pessoas e feriu mais de 30.
Depois do acordo com o Egito e do silêncio da Síria e da Jordânia, o governo de Begin voltou
sua atenção às tropas da OLP de Yasser Arafat. Depois da expulsão da Jordânia, os palestinos
se fixaram no Líbano e passaram a atacar os israelenses a partir de bases naquele país.
Em 1982, Israel lançou a Operação Paz par a Galileia que era, na verdade, a invasão do
Líbano e a ocupação de Beirute.
As tropas da OLP foram forçadas a deixar o país e procurar abrigo na Tunísia, mas a invasão
repercutiu muito mal entre os aliados de Israel, especialmente devido à conivência das tropas com
o massacre de civis palestinos por tropas de cristãos maronitas, nos campos de Sabra e Shatila
A região era marcada pelos conflitos entre cristãos e muçulmanos e o Líbano estava em
guerra civil desde 1975 e a presença israelense ajudou a acirrar o conflito.
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O Primeiro Ministro, Menachem Begin, acabou renunciando ao cargo em 1984, quando a
opinião pública passou a demandar o final das hostilidades e a retirada das tropa israelenses
do Líbano, o que começou em 1985. Contudo, as tropas israelenses se mantiveram no sul do
Líbano, onde criou-se “zona de segurança” com pouco mais de 10 km de largura.
No mesmo período, consolidou-se o Hezbollah (“Partido de Deus”), organização xiita
libanesa que pretendia combater a presença de Israel no país. O Hezbollah foi organizado
e treinado pela Guarda Revolucionária Iraniana, fundada para defender o regime islâmico
estabelecido no Irã depois da ascensão do Aiatolá Khomeini, em 1979.
A situação dos palestinos nas regiões ocupadas por Israel tornou-se ainda mais dramática
e, em 1987, iniciou-se a Primeira Intifada.
Basicamente, a Intifada consistia em manifestações da população civil, que atacava os
soldados israelenses, com paus e pedras e estes, frequentemente, revidavam a bala, provocando
mortes e prejudicando a imagem de Israel para a opinião internacional.
A ONU apresentou uma série de documentos que condenavam a ação de Israel, mas os
governos israelense e norte-americanos ignoraram os avisos sobre a situação dos palestinos.
Palestino atira pedra A Primeira Intifada terminou em 1992, deixando claro o clima de
em tanque israelense
intolerância entre os envolvidos no conflito e mostrou a necessidade
de discussões efetivas sobre o tema.
Em outubro de 1991, a maior parte dos envolvidos
encontrou-se em Madrid para uma reunião sobre a questão das
relações entre Israel e os árabes e, principalmente, a questão
dos palestinos.
O encontro foi patrocinado pelos norte-americanos, representados
por George Bush e pelos soviéticos, sob o comando de Mikhail
Gorbachev. Depois da reunião de abertura, os israelenses travaram
Fonte: http://www.moderna-contemp.
conversas em separado com todos os seus vizinhos, por essa razão,
uerj.br/outros_materiais/imagens/árabes_
israel/1987/First_intifada.jpg
o encontro foi considerado um sucesso.
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Unidade: A Guerra Fria: o Oriente Médio
com autonomia administrativa e policial em alguns pontos do território palestino, além disso,
previa a progressiva retirada das forças israelenses de Gaza e da Cisjordânia. Em troca, a OLP
reconhecia o direito de Israel à existência e renunciava formalmente ao terrorismo.
Em 13 de setembro de 1993, o presidente estadunidense Bill Clinton recebeu o primeiro
ministro israelense Yitzhak Rabin e o representante da OLP, Yasser Arafat.
O encontro marcou um dos momento emblemáticos do século XX, pois reuniu, para a
assinatura de um tratado de paz, dois homens conhecidos por suas posições opostas e pelo
fato de serem inimigos declarados.
Os acordos não foram bem recebidos por todos os envolvidos, os grupos como o Hamas e
os ultra nacionalistas israelenses ficaram indignados com os termos acordados.
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Em abril daquele ano, Yasser Arafat retornou à Faixa de Gaza depois de 27 anos de exílio.
Obedecendo ao determinado pelos acordos de paz, as regiões de Gaza e Jericó tornaram-se
províncias autônomas sob controle da Autoridade Nacional Palestina, da qual Arafat se tornou
presidente na eleição de 1996.
Os colonos israelenses foram mantidos nestes territórios e, mesmo com a presença da
Autoridade Palestina, estas pessoas vivem sob proteção das tropas israelenses estacionadas
na região.
Em 4 de novembro de 1995, durante uma manifestação pela paz, Yitzhak Rabin foi
assassinado com três tiros por um extremista israelense chamado Yigal Amir, preso em seguida.
O atentado colocou o processo de paz em cheque, mesmo com Shimon Peres assumindo
interinamente o controle do estado, afinal, ele tinha agido em conjunto com Rabin nas
negociações com a OLP.
Importante!
Questões que dificultam o processo de paz:
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Unidade: A Guerra Fria: o Oriente Médio
Os anos de formação
A formação da URSS está diretamente ligada ao movimento que conhecemos como
Revolução Russa.
A Revolução Russa, que aconteceu em 1917, foi um processo único, pois, em seus primeiros
momentos, derrubou o regime czarista em favor de um governo liberal, mas sua principal
vitória foi a instalação de um novo tipo de regime: o comunismo soviético.
A criação da URSS foi um processo longo, marcado por longo e violento processo e,
oficialmente, o país só surgiu em 1922.
Entre 1918 e 1923, os russos enfrentaram uma guerra civil que envolvia os bolcheviques
e seus aliados, conhecidos como “vermelhos” e os anti-bolcheviques, que eram chamados de
“brancos”.
Foto tirada pelo diplomata norueguês A guerra devastou o país e trouxe uma grande miséria,
Fridtjof Nansen, em 1922, mostrando especialmente nas áreas rurais, devido à política do estado –
crianças russa por ocasião da grande fome conhecida como comunismo de guerra – que se baseava no
confisco de grãos e outros bens para atender às necessidades
do exército. Contudo, deve-se destacar que a grande fome que
devastou a Rússia, em 1921, foi ocasionada não somente pela
política comunista; a presença do país na I Guerra Mundial havia
iniciado o processo de drenagem dos recursos da população,
que foi agravado pelos atos do governo comunista.
Além das dificuldades internas, os russos se envolveram em
problemas externos.
A parte setentrional do país foi ocupada, até 1919, por
tropas inglesas, francesas e americanas e, simultaneamente,
a Rússia sofreu com a presença de tropas japonesas na área
mais oriental do território até 1922.
Por fim, entre 1919 e 1921, o regime comunista se envolveu
Fonte: Wikimedia Commons
em uma guerra com a Polônia, que foi finalizada com o Tratado
de Riga. Este tratado estabeleceu as fronteiras existentes entre
estes dois países durante o período entre guerras.
Em março de 1921, os marinheiros da fortaleza de Kronstadt, acompanhados por
soldados e civis, organizaram um levante contra os bolcheviques e o comunismo de
guerra. Liderados pelo marinheiro Stepan Petrichenko, os revoltosos foram rapidamente
controlados, mas o movimento alertou os líderes comunistas da necessidade de alterar os
rumos da economia.
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Ataque a Kronstadt
As alterações operadas por Lenin nesse sentido ficaram conhecidas como NEP. A NEP
permitia que os agricultores retivessem parte de sua produção para o comércio e legitimava a
obtenção de lucro com a operação; além disso, o comércio a varejo foi liberado para o pequeno
empreendedor, contudo, o comércio de grande escala continuava sob controle do estado.
As medidas permitiram a recuperação da economia e a emergência de grupos, considerados
“capitalistas” pelos membros mais radicais do partido, como os kulaks, agricultores enriquecidos
pela liberação do comércio de alimentos.
Os descontentamentos com a NEP foram agravados pelo desemprego e pelo medo de
que a revolução perdesse seu dinamismo, o que facilitou a implementação do Primeiro Plano
Quinquenal, durante o período stalinista.
Fonte: soviethistory.org
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Unidade: A Guerra Fria: o Oriente Médio
Os anos Stalin
A Revolução de 1917 levou ao poder o grupo político conhecido como bolcheviques,
dominado por Vladimir Lenin. O poder de Lenin era inquestionável, contudo, em 1922, ele
sofreu um devastador derrame que o impossibilitou de manter o controle sobre o grupo.
Uma luta pelo poder se desenvolveu entre duas figuras importantes do grupo: o Secretário
do Partido Comunista, Joseph Stalin e o Comissário para Guerra, Leon Trotsky.
De certa maneira, o embate era sobre o que a URSS se tornaria. Trotsky acreditava que a
revolução comunista deveria ser encorajada em todas as partes do mundo e que os soviéticos
deveriam apoiar e facilitar essas mudanças. Já Stalin propunha que o comunismo precisava
ser consolidado e estabelecer uma base concreta de poder na URSS, antes de apoiar a
disseminação da revolução.
Stalin utilizou sua posição como secretário do partido para colocar seus aliados em locais
chaves do Comitê Central, o que garantiu que ele se tornasse líder do partido em 1924.
Trotsky foi retirado do poder, exilado e assassinado no México, em 1940.
Stalin procurou consolidar seu poder pela eliminação de opositores e mesmo aliados que
poderiam eclipsar seu poder, como foi o caso de Lev Kamenev, que havia sido um aliado
próximo de Lenin.
Nos anos seguintes, Stalin realizou expurgos maciços dentro da sociedade soviética, qualquer
pessoa suspeita de “deslealdade” foi morta, mandada para a prisão ou julgada publicamente e,
nesses julgamentos, eles “admitiam” que tinham cometido todos os tipos de crimes.
Entre os 139 membros do Comitê Central do Comunista, 93 foram condenados à morte;
já nas forças armadas, 81 dos 103 generais e almirantes foram mortos.
Calcula-se que 3 milhões de pessoas do partido comunista foram mortos.
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Além disso, Stalin iniciou uma campanha sistemática de propaganda para garantir que a
memória desses líderes fosse eliminada também. Com esse objetivo, fotografias e livros de
história foram alterados.
Observe a imagem a seguir:
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Unidade: A Guerra Fria: o Oriente Médio
Outras medidas de controle foram tomadas pelo governo, como o início de uma campanha
antirreligiosa que acusava as igrejas estabelecidas de promover a dominação do trabalhador, os
grupos étnicos foram “russificados”, ou seja, obrigados a aceitar a língua e os costumes russos.
Cartaz de Propaganda contra a Igreja,
que dizia que a religião era o ópio do povo
Fonte: soviethistory.org
A polícia política russa, a NKVD, foi responsável pela eliminação da maioria dos inimigos
de Stalin e dos críticos ao sistema.
Além disso, iniciou um controle rígido sobre os meios de comunicação para garantir o
controle político necessário para as medidas de modernização do país e, por volta de 1939,
o país era uma ditadura.
Outra medida adotada nesse sentido foi a Constituição de 1936, que criou o Soviet Supremo
e centralizou o poder nas mãos de Stalin. Este documento garantiu aos soviéticos o direito
ao voto – lembre-se que o único partido era o Partido Comunista – o direito ao trabalho, ao
descanso, ao lazer, à saúde, à educação, à moradia e à proteção aos idosos.
A situação econômica era uma das grandes questões que o governo Stalin precisava
equacionar e uma das saídas foi a coletivização da agricultura.
Ao final da década de 20, era claro que a agricultura era inadequada às necessidades do
país. Apesar do sucesso dos kulaks, a produção não era suficiente para garantir o atendimento
da demanda.
Em 1927, Stalin declarou que a solução para o problema era a unificação das pequenas
propriedade em fazendas coletivas. Essas fazendas coletivas, os kolkhoz, seriam capazes de
adquirir máquinas para uma produção mais eficiente e criariam um excedente que poderia
ser direcionado às cidades. Depois de dois anos, Stalin declarou a coletivização obrigatória,
contudo, a população resistiu à ideia e sabotou as colheitas, criando uma outra crise de
alimentos em 1931.
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Stalin culpou os kulaks pelo acontecido e declarou guerra a eles, muitos foram executados
ou mandados para os gulags. Em 1939, 99% das terras tinham sido coletivizadas e 90% dos
camponeses viviam em kolkhoz, que eram controlados por oficiais dos governo.
Stalin atingiu a maioria de seus objetivos:
• a produção de grão cresceu para, aproximadamente, 100 milhões de toneladas em
1937;
• foi possível exportar grãos para outros países, ampliando a receita;
• 17 milhões de pessoas migraram para as cidades e isso favoreceu o processo de
industrialização;
• os kulaks foram eliminados e os camponeses passaram a ser controlados pelo governo.
Deve-se observar que as ações do governo custaram a vida de 3 milhões de kulaks e de
outros 5 milhões de soviéticos que morreram de fome entre 1930 e 1933, durante o processo
de implementação da coletivização.
Outra medida importante para o desenvolvimento econômico era a industrialização e, com
este objetivo, o governo de Stalin desenvolveu os Planos Quinquenais, entre 1928 e 1938.
Estes planos criaram metas de produtividade para as fábricas e concentraram-se nas
indústrias pesadas, garantindo o suprimento de carvão, petróleo, aço e eletricidade.
Várias indústrias e cidades foram criadas em áreas afastadas por jovens comunistas que
recebiam incentivos do estado para estas ações. A produção era incentivada por competições
entre os trabalhadores. Os que mais produziam recebiam medalhas e eram chamados de
Stakhanovites, em homenagem a Alexey Stakhanov que minerou 102 toneladas de carvão
em um período de 6 horas.
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Unidade: A Guerra Fria: o Oriente Médio
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Entre 1939 e 1940, o exército soviético ocupou e incorporou novos territórios como a
Lituânia, Letônia e a Estônia, além da Moldávia.
Em 1941, os soviéticos assinaram um acordo de não agressão com o Japão, contudo, em
junho desse ano, a URSS entrou efetivamente na II Guerra Mundial, depois da invasão da
Alemanha ao território soviético.
Em poucos meses, os alemães ocuparam Belarus, a maior parte da Ucrânia e cercaram a
cidade de Leningrado, atual São Petesburgo. As ações do exército vermelho salvaram Moscou
da ocupação, mas em junho de 1942, os alemães estavam nos portões de Stalingrado, atual
Volgogrado, e próximo aos campus de petróleo do Cáucaso.
Em 1943, os soviéticos lançaram uma vitoriosa contra-ofensiva em Stalingrado, que
culminou com a tomada de Berlim de 1945.
Durante os encontros de Yalta e Potsdan, a URSS e o restante dos aliados estabeleceram
as esferas de poder a serem observadas na Europa do pós- guerra.
A Alemanha foi dividida em áreas de influência e a cidade de Berlim, em quatro setores,
como mostra o mapa.
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Unidade: A Guerra Fria: o Oriente Médio
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A era pós-Stalin
Em fevereiro de 1956, Nikita Khrushchev denunciou as práticas violentas do governo de
Stalin em uma discurso formal perante todos os membros do partido comunista, dando início
ao processo de desastalinização e aproximação com o Ocidente, o que gerou o afastamento
entre a URSS e a China.
A aproximação com os EUA foi abalada em 1962, com a chamada Crise dos Mísseis em
Cuba. O governo soviético tinha colocado tropas e armas na ilha de Cuba, com anuência do
regime pró-soviético de Fidel Castro.
Depois de duas semana muito tensas, a situação foi solucionada, mas o problema gerou
a criação de uma linha direta entre o governo estadunidense e soviético para facilitar as
discussões entre os dois países.
Em 1957, o mundo assistiu aos soviéticos lançarem o primeiro satélite artificial do mundo,
o Sputnik e, em 1961, Yuri Gagarin se torna o primeiro ser humano a orbitar a Terra.
Os avanços do programa espacial soviético eram evidentes e os norte-americanos
procuraram acelerar seu programa, o que resultou com a chegada do homem à Lua, em 1969.
Em 1964, o poder na URSS trocou de mãos: Khrushchev foi substituído por Leonid
Brezhnev.
Brezhnev foi o responsável pela elaboração de uma política externa que enunciava o direito
dos soviéticos de “proteger” os regimes comunistas aliados através da interferência militar.
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Unidade: A Guerra Fria: o Oriente Médio
Trata-se da Doutrina Brezhnev, que serviu de base ideológica para a invasão da Tchecoslováquia,
em 1968, e para a invasão do Afeganistão, em 1979.
A presença dos soviéticos em território afegão acirrou o conflito e movimentou uma grande
resistência, os mujahideen, que recebiam dinheiro e armas de países como: EUA, Paquistão,
China, Arábia Saudita e Irã.
A situação dos soviéticos na região era dramática, pois equipamentos como mísseis norte-
americanos Stinger ajudavam a implacável resistência local a infringir grandes perdas, tanto
humanas, quanto materiais.
Em 1982, Brezhnev morreu e, entre 1982 e 1984, a URRS foi liderada pelos ex-
comandantes da KGB, Yuri Andropov e Konstantin Chernenko.
Os anos Gorbachev
A morte de Chernenko, em 1984, levou ao poder uma figura fundamental para as mudanças
que marcaram os últimos anos do século XX: Mikhail Gorbachev.
Ele chegou ao poder com o apoio de Andrei Gromyko, um dos mais poderosos ministros
do governo soviético.
Em seus primeiros discursos aos membros do partido, Gorbachev apresentou as propostas
que foram a marca de seu governo: a Perestroika e a Glasnost.
A Perestroika representava um conjunto de medidas voltadas para a restruturação e aceleração
do desenvolvimento econômico soviético e, para atingir este objetivo, foram propostas medidas
como a redução dos gastos com armamentos, a retirada das tropas soviéticas do Afeganistão
e a diminuição da intervenção em outros estados do bloco.
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Pôster do filme Repentance
Outra medida anunciada por Gorbachev, no início de seu governo, foi o combate ao
consumo de bebidas alcoólicas, que para o governo era um dos grandes entraves para o
desenvolvimento da produção, contudo, a campanha foi uma das medidas mais impopulares
do governo.
Pôster criado para combater o consumo de bebidas alcoólicas
Fonte: tululuka.net
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Unidade: A Guerra Fria: o Oriente Médio
Fonte: humanrightsfirst.org
Yelena Bonner teve uma trajetória pessoal marcada pela luta pelos direitos
humanos e seu trabalho foi reconhecido por diversas entidades, como a
Anistia Internacional. Sobre ela, você poderá ler a reportagem da Revista
Veja, quando de sua morte, no link:
http://veja.abril.com.br/blog/nova-york/direitos-humanos/adeus-yelena-bonner-parabens-suu-kyi/
Sobre o exílio do casal Sacarov, leia
BONNER SACAROV, Yelena. Companheiros de Solidão. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1987.
Em 1980, Sacarov foi preso e exilado depois de protestar publicamente contra o início da
Guerra do Afeganistão e somente no governo Gorbachev, ele foi libertado.
Ainda em 1986, um acidente na usina de força de Chernobyl, na Ucrânia, levou ao
vazamento de elementos radioativos por grande parte do país e da Europa.
O acidente teve proporções desastrosas e as autoridades soviéticas tentaram esconder as
consequências do vazamento, o que provocou indignação entre a população da região e da
comunidade internacional.
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Calcula-se que a destruição do reator de Chernobyl 4 matou, aproximadamente, 30
funcionários e bombeiros nos primeiros meses depois do acidente, além de deixar 134 pessoas
doentes por exposição intensa à radiação.
Nos anos seguintes, vários casos de câncer foram diagnosticados na região do acidente e as
consequências podem ser sentidas mesmo depois de mais de 25 anos.
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Unidade: A Guerra Fria: o Oriente Médio
As eleições de 1989 trouxeram diversas mudanças. A primeira foi o fato de que os eleitores
escolhiam seus candidatos de uma lista que continha opositores reais ao governo comunista,
como Andrei Sacarov.
Outra mudança importante foi o fato de que a eleição de Sacarov, que morreu de infarto,
ainda em 89, e de Boris Yeltsin criou uma oposição parlamentar real. Além disso, a relativa
liberdade dada aos eleitores permitiu que as repúblicas bálticas elegessem políticos alinhados
com as propostas de independência.
O clima de abertura política favoreceu a organização de manifestações públicas em várias
partes da URSS. Os protestos foram gerados pela escassez cada vez maior de objetos de
consumo, além disso, Gorbachev passou a ser visto como um obstáculo para as mudanças e
não mais seu principal realizador.
O clima de tensão foi agravado pelas demandas dos diversos grupos étnicos, como os
estonianos.
As três repúblicas do Báltico - Estônia, Letônia e Lituana - estavam sob domínio soviético
desde o final da II Guerra Mundial, contudo, as demandas pró-independência estavam
avançando e cada vez mais políticos ligados a esta proposta passaram a ocupar espaço no
estado e, em março de 1990, a Lituânia proclamou sua independência.
No âmbito externo, a preocupação do governo de Moscou era com a integridade dos
regimes comunistas na Europa e, por esse motivo, Gorbachev fez uma visita à Alemanha
Oriental.
Muitos observadoras consideram que essa visita precipitou os protestos em massa que
cortaram o país e, em novembro de 1989, o regime da Alemanha oriental foi destituído,
dando início à reunificação do país.
O momento mais marcante deste processo foi a destruição do Muro que dividia a cidade de
Berlim, um dos símbolos mais fortes da Guerra Fria.
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As pessoas andando sobre o Muro, em 1989
Bush e Gorbatchev
“O mundo está deixando uma época para entrar
em outra. Nós estamos iniciando uma longa e
duradoura era de paz. A ameaça da força, da
desconfiança, das diferenças ideológicas e
psicológicas devem ser coisas do passado. Eu
asseguro ao Presidente dos EUA que eu nunca
iniciarei um ato agressivo contra os EUA.”
Gorbatchev, no Encontro de Cúpula de Malta, 1989.
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Unidade: A Guerra Fria: o Oriente Médio
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Cronologia URSS (1917-1991)
progressivamente do comando.
• Corrida Nuclear
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Iúri Andropov - 1982-1984
Iúri Andropov
Iúri Vladimirovitch Andropov (n.1914 - m.1984)
• Chefiou a KGB de 1967 a 1982
• Intensificou o controle da oposição ao governo
• Intensificou o controle do material, como música,
vindo do exterior
• Procurou combater a corrupção
Fonte: Wikimedia Commons
Konstantin Chernenko
Konstantin Chernenko - 1984-1985
Konstantin Ustínovitch Chernenko (n. 1911 - m.1985)
• Foi uma figura de poder durante o governo de Leonid Brezhnev
• Procurou reformar a estrutura administrativa
• Procurou manter boas relações com os países capitalistas
liveinternet.ru
Mikhail Gorbachev
Mikhail Gorbachev - 1985-1991
Mikhail Sergueievitch Gorbachev (n.1931)
• Glasnost
• Perestroika
• Acordos de redução de armas nucleares com o governo Reagan
• Acidente de Chernobyl
• Fim da URSS
Fonte: Wikimedia Commons
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Unidade: A Guerra Fria: o Oriente Médio
Material Complementar
Sites:
Núcleo de Estudos Contemporâneos da UFF. Conjunto de recursos sobre a questão
contemporânea
Disponível em: http://www.historia.uff.br/nec/
Filmes:
Pequena lista de filmes sobre o assunto produzidos sobre o tema:
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Referências
HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Cia das
Letras, 1995.
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Unidade: A Guerra Fria: o Oriente Médio
Anotações
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