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E.

E Jardim Fortaleza
II História

Larissa Marilin Barbosa

Disputa territorial na Palestina


2023
Larissa Marilin Barbosa

Disputa territorial na Palestina

2023
Sumário
Introdução 1
Causas do Conflito entre Israel e Palestina 2
Fundação do Estado de Israel 2
Guerra dos seis dias 3
O que diz a Bíblia? 3
A ocupação da Palestina 3
Muro de Israel 4
Conclusão 6
Referências 7
Introdução
A Palestina está localizada entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, no
Oriente Médio. Quando a Primeira Guerra Mundial começou em 1914, estava
sob o domínio do Império Otomano. À medida que o império se desintegrava,
a Grã-Bretanha começou a administrar a região em 1917. A estimativa que no
final de 1946, a Palestina era o lar de aproximadamente 1,2 milhões árabes e
608 mil Judeus. Após o fim do conflito, os judeus iniciaram uma série de
movimentos de imigração na tentativa de encontrar um novo lar após a
perseguição na Europa. Como resultado, a área passou a ser governado por
judeus ao final da Segunda Guerra Mundial. Para essas pessoas, a área era
conhecida como “Terra Santa” e “Terra Prometida”, mas o conceito de lugar
sagrado também é partilhado por muçulmanos e cristãos.

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Causas do Conflito entre Israel e Palestina
As origens deste conflito são muito remotas, provavelmente tenha-se iniciado
com a da expulsão dos Judeus pelos Romanos em 70 d.C., quando os
Judeus tiveram de se mudar para o Norte de África e para a Europa.
Contudo, durante a onda de nacionalismo que surgiu na Europa no século
XIX, alguns judeus reuniram-se em torno das ideias sionistas do húngaro
Theodor Herz (1860-1904). Ele acreditava que o lar judaico deveria estar em
"Sião" ou na terra de Israel e da Palestina, e que, eventualmente, os judeus
teriam um lar como outros povos.
No final da Segunda Guerra Mundial (1945), os judeus sionistas começaram a
pressionar pela criação de um estado judeu.
Durante o conflito, seis milhões de judeus foram exterminados em campos de
concentração por ordem de Adolf Hitler (1889-1945). Assim, com apoio
internacional, principalmente através de operações norte-americanas, a área
foi dividida em três partes entre 1948 e 1949: o Estado de Israel, a
Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
A divisão, programada pela ONU (Organização das Nações Unidas), previa o
repasse de 55% do território aos judeus e 44% permaneceriam aos
palestinos.
As cidades de Belém e Jerusalém seriam consideradas território internacional
devido ao significado religioso para muçulmanos, judeus e cristãos. No
entanto, os representantes árabes não aceitaram as determinações.

Fundação do Estado de Israel


Em 14 de maio de 1948, foi fundado Israel, após a retirada dos ingleses, no
dia seguinte, Egito, Síria, Jordânia e Iraque invadem Israel e deflagram a
Guerra da Independência, que foi chamada de Nakba ou “catástrofe” pelos
árabes.
A guerra terminou em 1949 e teve como resultado a expulsão de 750 mil
palestinos que passaram a viver como refugiados em movimento
conhecido como “êxodo de Nakba”.
Com a expulsão dos palestinos, Israel aumentou o território em 50%. A
extensão de terras foi indicada pela ONU e ocupam 78% da área destinada à
Palestina.
A ação não foi questionada pela comunidade internacional. A reação só
ocorreu em 1956 após Israel disputar com o Egito o controle sobre o Canal de
Suez e ganhar o direito de exploração por determinação da ONU.
Em 1959 é fundada a OLP (Organização para a Libertação da Palestina), que
foi reconhecida pela ONU, somente em 1974.

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Guerra dos seis dias
Um novo conflito em 1967, rende vitórias para Israel, na chamada Guerra dos
Seis Dias, Israel ocupa a Faixa de Gaza, a Península do Sinai, a Cisjordânia
e as Colinas de Golã, na Síria. Como resultado, meio milhão de palestinos
fogem e o Conselho de Segurança da ONU aprova a Resolução 242,
tornando-se inadmissível a aquisição de territórios pela força e o direito de
todos os estados da região coexistirem pacificamente.
Os árabes tentam reaver o território ocupado em 1973, na Guerra de Yom
Kippur (dia sagrado judeu), que durou de 6 a 26 de outubro. Porém, somente
em 1979, Israel devolve ao Egito a Península do Sinai após a assinatura de
um acordo de paz.

O que diz a Bíblia?


As razões para estabelecer o estado judeu na região eram baseados em
fontes bíblicas.
Os judeus consideram a área entre a África e o Oriente Médio, onde está a
Palestina, a terra prometida por Deus ao profeta Abraão.
Esta corresponde aos territórios hoje ocupados pelo Estado de Israel,
Palestina, Cisjordânia, Jordânia Ocidental, sul da Síria e Sul do Líbano. Os
chamados patriarcas bíblicos a receberam após o Êxodo.
É essa a alegação dos judeus sionistas que reivindicam a ocupação integral
do território. Antes da ocupação no pós-guerra, 4% da população da Palestina
era formada por judeus.
O direito a partir da promessa bíblica é rejeitado pelos árabes e dizem que o
filho de Abraão, Ismael, é seu antepassado. Desta maneira, a promessa de
Deus os incluiria também. Além disso, a reivindicação dos palestinos é
baseada no direito à ocupação, ocorrida por 13 séculos.

A ocupação da Palestina
Em 2.000 a.C., a área foi ocupada pelos amorreus, cananeus e fenícios;
Conhecida como a terra de Canaã. A chegada dos hebreus semitas ocorreu
entre 1,8 mil e 1,5 mil a.C.
Sucessivas invasões marcaram a área. Em 538 a.C., o comandante persa
Ciro “o Grande” ocupou a região e mais tarde a retomou em uma invasão
liderada por Alexandre “o Grande” 331 a.C. à 64 a.C. Invasão romana sob a
liderança de Pompeu.
O domínio romano durou até 634 d.C., com a conquista árabe, marcando o
início de 13 d.C.

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Os muçulmanos permaneceram na Palestina durante séculos, sob o domínio
árabe. A Palestina teve como alvo várias cruzadas, que ocorreram entre 1099
e 1291 e a ocupação otomana começou em 1517 e durou até 1917.
A Palestina foi atacada pela França sob o comando de Napoleão Bonaparte
(1769-1821)
Em 1834, os árabes revoltaram-se e começaram a cair sob o controle egípcio.
Somente em 1840 é que o Tratado de Londres pôs fim ao domínio egípcio na
região e em 1880 iniciam-se as manifestações de autonomia árabe.
Em 1917, a Palestina foi colocada sob o Mandato Britânico, durando até
fevereiro de 1947, quando a Grã-Bretanha desistiu do seu mandato sobre a
Palestina e entregou a maior parte do território e fornecimento de
equipamento militar a grupos sionistas.O conflito ainda estava longe de
terminar e milhares de árabes permanecem em campos de refugiados.
A Autoridade Nacional Palestina pede à ONU que aprove autonomia do país
Palestino. Exige também que Israel retire os colonatos da Cisjordânia, uma
situação que foi condenada após audiência do Tribunal Internacional de
Justiça em Haia, esta situação ainda existe.
Os palestinos também exigem que um futuro Estado palestino seja marcado
por fronteiras com estrutura anterior a1967. Além disso, pretendem devolver
10 milhões de refugiados às suas casas. Áreas hoje ocupadas por Israel.
Já o Estado de Israel pleiteia a totalidade de Jerusalém, reivindicação que
não foi aceita pela Convenção de Haia.
Em 2023, o grupo palestino Hamas realizou um ataque histórico contra Israel,
deixando mais de mil mortos e tomando dezenas de pessoas como reféns no
primeiro dia do conflito. O Governo de Israel, liderado pelo primeiro-ministro
Benjamin Netanyahu, lamentou as mortes e apontou uma falha no sistema de
defesa (conhecido como “Domo de Ferro”) e nos órgãos de inteligência do
país.

O líder israelense, no entanto, prometeu retaliação, gerando temores


internacionais de uma escalada nos conflitos e mortes de mais inocentes.

Muro de Israel
Em campo, a vantagem bélica e econômica é israelense. Em 2002, o governo
de Israel, sob o comando de Ariel Sharon (1928-2014) iniciou a construção de
um muro na Cisjordânia.
A barreira, edificada sob a justificativa de proteger Israel dos ataques
palestinos, separa as comunidades locais das áreas agricultáveis. Apesar das
críticas internacionais, o projeto foi mantido. Novos ataques foram iniciados
em 2014 de Israel contra a Cisjordânia. Foi a mais violenta ofensiva desde
2005, quando ocorreu cessar-fogo após a promessa da retirada das colônias
judaicas dos territórios palestinos.

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Em 53 dias de conflito, no verão de 2014, foram mortos 2,2 mil palestinos,
deles, 1,5 mil eram civis e 538 menores de idade, conforme dados da OCHA
(Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários
nos Territórios Palestinos Ocupados). Do lado israelense, a contenda resultou
em 71 mortes, seis delas de civis.

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Conclusão
Contudo observa-se que está disputa de territórios não terminou, pois
estamos em 2023 e pessoas inocentes morrem aguardando decisões de
superiores que possam conter essa guerra.
“Nenhuma outra solução – Seja um estado único, seja um estado binacional –
consegue contemplar totalmente os anseios de autodeterminação de ambos
os povos”. “E o primeiro passo para isso é o reconhecimento mútuo. Há uma
tentativa de deslegitimar os dois lados, tanto a causa palestina quanto à
autodeterminação judaica”. Diz Karina Calandrin: doutora e mestre em
relações internacionais pelo programa da Unesp, Unicamp e PUC-SP

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Referências bibliográficas
ISRAEL. Existe solução para o conflito Israel e Palestina? Especialistas opinam.
G1. Disponível em: <https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/10/13/existe-solucao-
para-o-conflito-israel-e-palestina-especialistas-opinam.ghtml>. Acesso em: 4 nov. 2023.

MARQUES, Vinícius. Conflito entre Israel e Palestina (em resumo e com mapas).
Toda Matéria. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/conflito-israel-
palestina/>. Acesso em: 4 nov. 2023.

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