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A Ocupação da Palestina
A região foi ocupada 2 mil anos a.C. por povos amoritas, cananeus e fenícios,
sendo denominada como Terra de Canaã. A chegada de hebreus de origem
semita ocorreu entre 1,8 mil a 1,5 mil a.C.
Sucessivas invasões marcaram a região. Em 538 a.C., o comandante da Pérsia,
Ciro, o Grande, ocupou a região, retomada depois em uma invasão conduzida
por Alexandre, o Grande, em 331 a.C. A invasão romana sob a liderança de
Pompeu ocorreu em 64 a.C.
O domínio romano perdurou até 634 d.C. quando a conquista árabe marca o
início de 13 séculos de permanência muçulmana na Palestina. Sob o domínio
árabe, a Palestina foi alvo de diversas Cruzadas entre 1099 e 1291 e em 1517
começa a ocupação Otomana, que dura até 1917.
Após investidas da França, sob o comando de Napoleão Bonaparte (1769-1821),
a Palestina passa ao domínio do Egito e a revolta árabe se inicia em 1834.
Somente em 1840, o tratado de Londres encerra o domínio egípcio na região e
em 1880 começam as manifestações de autonomia árabe.
Em 1917, a Palestina é submetida ao mandato britânico. O comando inglês dura
até fevereiro de 1947, quando a Inglaterra renuncia ao mandato sobre a
Palestina e entrega a maior parte do equipamento bélico aos grupos sionistas.
Veja também: Hebreus
Conflito entre Israel e Palestina no século XXI
Aspecto do Muro da Cisjordânia construído por Israel, em 2014
Longe do fim, o conflito ainda permanece e milhares de árabes ainda estão em
campos de refugiados. A Autoridade Nacional Palestina reivindica a aprovação
na ONU da autonomia do Estado Palestino.
Também exige a retirada dos assentamentos israelenses da Cisjordânia, situação
que foi condenada pelo Tribunal Internacional de Haia, mas perdura.
Os palestinos exigem, ainda, que o futuro Estado Palestino tenha como marcas
fronteiriças a estrutura anterior a 1967. Além disso, almejam o retorno de 10
milhões de refugiados para a região ocupada hoje por Israel.
Já o Estado de Israel pleiteia a totalidade de Jerusalém, reivindicação que não
foi aceita pela Convenção de Haia.
Muro de Israel
Em campo, a vantagem bélica e econômica é israelense. Em 2002, o governo de
Israel, sob o comando de Ariel Sharon (1928-2014) iniciou a construção de um
muro na Cisjordânia.
A barreira, edificada sob a justificativa de proteger Israel dos ataques palestinos,
separa as comunidades locais das áreas agricultáveis. Apesar das críticas
internacionais, o projeto foi mantido.
Novos ataques foram iniciados em 2014 de Israel contra a Cisjordânia. Foi a
mais violenta ofensiva desde 2005, quando ocorreu cessar-fogo após a
promessa da retirada das colônias judaicas dos territórios palestinos.
Em 53 dias de conflito, no verão de 2014, foram mortos 2,2 mil palestinos.
Deles, 1,5 mil eram civis e 538, menores de idade, conforme dados da OCHA
(Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários
nos Territórios Palestinos Ocupados). Do lado israelense, a contenda resultou
em 71 mortes, seis delas de civis.