Você está na página 1de 35

AULA 3 – 2º BIMESTRE

TUDODEG
ENSINO REMOTO EOGRAFIA. C
3º ANO
OM

GEOGRAFIA - 2
PROF. DIEGO JÚLIO CONRADO ARAGÃO
ROTEIRO DE AULA:

 Apresentação da metodologia da aula;


Reflexão;
Atividade 3;
 Conteúdo sobre Questão Israel x Palestina;
Resolução de questões Enem;
REFLEXÃO
VAI COMEÇAR A AULA!!!

FAÇAM SUAS
ANOTAÇÕES
QUESTÃO ISRAEL X PALESTINA
O QUE ESTÁ ACONTECENDO ENTRE ISRAEL E PALESTINA?
O QUE ESTÁ ACONTECENDO ENTRE ISRAEL E PALESTINA?
LOCALIZAÇÃO
POR QUE JERUSALÉM É TÃO DISPUTADA?

• O cristianismo reverencia Jerusalém não apenas pela história do Antigo


Testamento mas também por sua significância na vida de Jesus. Abriga o
Santo Sepulcro, é onde está o calvário onde Jesus foi crucificado e
sepultado.
• Para os Palestinos (mulçumanos) é onde está a esplanada das mesquitas,
lugar onde o profeta Maomé subiu ao céus. É a terceira cidade mais
importante para o islã, ficando apenas atrás de Meca e Medina.

• Para os Judeus, além de ser a capital de Israel, é onde está o muro das
lamentações, uma das únicas construções que sobraram do antigo templo.
Muro das Lamentações Igreja do Santo Sepulcro

A mesquita de al-Aqsa, o terceiro


local mais sagrado no Islão
CONTEXTO HISTÓRICO

Os Judeus viviam na terra santa desde a antiguidade e foram
expulsos durante a expansão romana.


Após a crise no império romano, alguns povos de origem
islâmica se espalharam pela região.


Séculos depois, após a Primeira Guerra Mundial e com a
perseguição dos judeus pelos nazistas durante a Segunda
Guerra Mundial, muitos judeus retornaram as terras de seus
ancestrais.
PRIMEIRA DIÁSPORA JUDAICA
A diáspora judaica começa com a invasão do exército da Assíria ao reino de Israel em 721 a.C.
Muitos hebreus foram subjugados aos valores culturais assírios e deportados para várias regiões do império. Não
existem dados concretos do quantitativo populacional de hebreus que migraram para a Assíria, mas o impacto da
diáspora judaica tomou uma proporção considerável na Babilônia.

Em 586 a.C., Joaquim era o rei do reino de Judá quando recebia as ameaças de ataques do rei da Babilônia,
antiga civilização mesopotâmica, Nabucodonosor.

Assim sendo, o exército babilônico devastou a cidade de Jerusalém e levou exilado o rei hebreu, seus familiares,
servos, príncipes, oficiais, etc. Possivelmente, o quantitativo populacional de hebreus exilados foi cerca 3000 a 10000
pessoas. 
A Babilônia foi conquistada pelo Império Persa no ano de 538 a.C. E a flexibilidade religiosa dos povos persas,
através do xá aquemênida Ciro II, possibilitou o regresso dos hebreus para a Palestina, na região do Oriente Médio.

Entretanto, a adaptabilidade aos costumes e valores culturais babilônicos fizeram muitos hebreus dar preferência
pela permanência no território babilônico. Dessa maneira, a Babilônia tornou-se um centro cultural hebreu por
mais de mil anos.
SEGUNDA DIÁSPORA JUDAICA
Os romanos invadiram o território palestino, em 63 a.C., e travaram uma sangrenta batalha com os hebreus
na Guerra Judaico-Romana entre os anos de 66 a 73 d.C.

Em 70 d.C, a cidade de Jerusalém foi sitiada pelo exército romano e, consequentemente, mais uma vez houve a
destituição político-administrativa do reino hebreu. Essas sequências de ataques culminou em uma diáspora judaica
com durabilidade próxima de dois mil anos, uma vez que migraram para países do continentes africano, asiático e
europeu.

Sionismo
O Sionismo é um movimento político idealizado pelo jornalista húngaro Theodor Herzl no final do século XIX. A principal
proposta do movimento foi a criação de um Estado Nacional para os judeus no território onde ocorreu a diáspora judaica –
a Palestina.

É importante destacar ainda que o projeto sionista também foi uma reação às ações de perseguições ao povo judeus em
várias partes da Europa. Inclusive, na Alemanha nazista com os ideais do antissemitismo, que levou à morte milhões de
judeus no “holocausto” durante a Segunda Guerra Mundial.
Sionismo se espalha pela Europa no séc. XIX em resposta ao
antissemitismo;

Começam a buscar um lugar para instalação do estado de Israel;

• Argentina? Não.
• Uganda? Não.
• Sibéria? Não.
• Palestina. SIM.( Mas não estava vazia, ocupada pela maioria árabes)
Era controlada pelo Império Turco-Otomano
que, após perder a Primeira Grande Guerra, foi
fragmentado. Com isso, a região passou a ser
controlada pelo Reino Unido.
Os britânicos passaram a apoiar a causa SIONISTA, e nas décadas
de 1920 e 1930 milhares de judeus migraram para a região da
palestina.

Após o holocausto da Segunda Guerra Mundial, muitos judeus


sobreviventes também migraram para a região.

Estima-se que 6 milhões de judeus foram exterminados durante a


Segunda Guerra.

A ONU ordenada pelos USA, em 1947 repartiu o território entre israelenses e
palestinos. O plano foi aprovado mas não foi implementado.


O Reino Unido encerra seu mandato na região em 14 de maio de 1948. A partir
daí o líder judeu declara a implantação do estado de Israel.


A divisão foi contestada pelos Palestinos que junto com 5 vizinhos árabes
declararam guerra a Israel. Após um ano de guerra, Israel vence e amplia seu
território.


Israel passou a controlar o oeste de Jerusalém.

A Jordânia passou a controlar a Cisjordânia e o leste de Jerusalém.

O Egito passou a ocupar a faixa de Gaza.


Desde então os conflitos são constantes na região, gerando grandes guerras
entre Israelenses e países árabes vizinhos, como: Guerra dos Seis Dias e Yom
Kipur.
GUERRA DE SUEZ -1956
O PRESIDENTE DO EGITO NACIONALIZOU O CANAL DE SUEZ.

A COALIZÃO FORMADA POR FRANÇA, REINO UNIDO E ISAREL AVANÇOU


RAPIDAMENTE E CHEGOU A SUEZ.

APÓS A INTERVENÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS E UNIAO SOVETICA AS TROPAS


EUROPEIAS DEIXARAM O SINAI, NO EGITO, FAZENDO VALER A POSIÇÃO DA
ONU.

ISSO ALTEROU TAMBÉM AS ALIANÇAS REGIONAIS: ISRAEL ACABOU COMO


ALIADO DOS EUA, E SEUS VIZINHOS ÁRABES FORAM APOIADOS PELA UNIAO
SOVIÉTICA.
ORGANIZAÇÃO PARA A LIBERTAÇÃO DA PALESTINA - OLP
Em 1964 é criada a OLP sob a liderança de Iasser Arafh.

Objetivos:
• Acabar com o estado de israel.
• Favorecer o retorno dos refugiados palestinos.
• Criar o estado da Palestina.

O descontentamento de palestinos com o avanço do território


de Israel gerou uma série manifestações que acarretou a
primeira intifada (significa levante em árabe) – 1987 a 1993.

Em 1993 é assinado o acordo de paz entre OLP e Isarel.

A Jordânia reconheceu a soberania da OLP e renuncia a


Cisjordânia.
GUERRA DOS SEIS DIAS - 1967
Período: entre 5 e 10 de Junho de 1967.

Foi desencadeada por Israel contra o Egito e a Jordânia nos termos de


uma guerra preventiva, já que o estado israelita sentia-se ameaçado
alegou auto defesa.

Em consequência da guerra, Israel expandiu-se territorialmente,


ocupando a Cisjordânia (conquistada à Jordânia), a Faixa de Gaza e
a Península do Sinai (conquistadas ao Egito) e os Montes
Golã (conquistados à Síria). A parte da Cidade Antiga de
Jerusalém passou a pertencer a Israel.
GUERRA DO YOM KIPPUR - 1973
DUROU 20 DIAS
A 6 de Outubro de 1973 os exércitos do Egito e da Síria atacaram de
surpresa Israel durante a celebração do Yom Kippur (Dia do perdão), com o
objetivo de reconquistarem os territórios que tinham perdido.

Egito e Síria lançaram um ataque surpresa em conjunto, no dia do jejum judeu,


no Sinai e nas Colinas de Golã.

Os egípcios e sírios avançaram durante as primeiras 48 horas, na segunda


semana da guerra, os sírios foram completamente expulsos das Colinas de
Golã. No Sinai ao sul, os israelitas atacaram o ponto de encontro de dois
exércitos egípcios invasores, cruzaram o Canal de Suez. As tropas israelitas
finalmente retiraram-se da região oeste do canal e os egípcios mantiveram as
suas posições sobre uma estreita faixa no leste permitindo-lhes a reabrir
o Canal de Suez e clamar a vitória.
Em 1978, o Egito assina o tratado de paz com Israel e reconhece o Estado de
israel.
GUERRA DE GOLFO DE 1990-1991
Começou com a invasão Iraquiana e anexação do Kuwait e não teve
inicialmente envolvimento militar direto com Israel. Uma coligação
internacional liderada pelos Estados Unidos, que incluía forças árabes
foi montada para retirar as forças iraquianas do Kuwait.

Para chamar Israel para o confronto e dividir a coligação multinacional,


o Iraque lançou mísseis sobre cidades israelenses.

No entanto, sob forte pressão dos Estados Unidos, que temiam que o


envolvimento direto de Israel pudesse ameaçar a unidade da coalizão,
Israel não atacou o Iraque e a coalizão multinacional afastou as forças
iraquianas do Kuwait.
A segunda Intifada ocorreu entre 2002 e 2005. O estopim foi a visita
do candidato a primeiro ministro israelense a esplanada das
mesquitas, local considerado sagrado pelos palestinos.

Muitos ataques realizados nesses conflitos são provocados por grupos


radicais islâmicos como o HAMAS.

O total de mortos nos últimos 20 anos chega a:


• 1200 israelenses.
• 8400 palestinos.
Em 2002, Israel iniciou a construção de um muro de concreto cercando parte dos
territórios da Cisjordânia alegando promoção da segurança em seu território. O muro,
hoje, tem mais de 760 km.

Atualmente existem diversos assentamentos Israelenses em Terras Palestinas,


protegidos por cercas, muros e forças armadas.

Os palestinos acusam Israel de invadir e demolir suas casas, além de restringir sua
liberdade de movimento.

A ONU e o Tribunal Internacional de Justiça consideram esses assentamentos ilegais


por que foram construídos em terras ocupadas militarmente.
VAMOS EXERCITAR!
Caiu no Enem:
Ao longo de vários períodos da história e, principalmente, durante o século XX,
os judeus intensificaram sua busca e migração em prol da ocupação da região
que consideram como a Terra Prometida. Mais tarde, a criação do Estado de
Israel nessa área esteve entre os vários fatores que desencadearam a discórdia
com os palestinos, que também habitam a região.

A busca ideológica e religiosa dos judeus pela terra que consideram ser
sagrada é chamada de:

a) inversão diaspórica
b) judaísmo
c) sionismo
d) territorialização
e) intifada
(Enem-MEC)

Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou um plano de partilha


da Palestina que previa a criação de dois Estados: um judeu e outro palestino. A
recusa árabe em aceitar a decisão conduziu ao primeiro conflito entre Israel e
países árabes.

A segunda guerra (Suez, 1956) decorreu da decisão egípcia de nacionalizar o canal,


ato que atingia interesses anglo-franceses e israelenses. Vitorioso, Israel passou a
controlar a península do Sinai. O terceiro conflito árabe-israelense (1967) ficou
conhecido como Guerra dos Seis Dias, tal a rapidez da vitória de Israel.

Em 06 de outubro de 1973, quando os judeus comemoravam o Yom Kippur (Dia do


Perdão), forças egípcias e sírias atacaram de surpresa Israel, que revidou de forma
arrasadora. A intervenção americano-soviética impôs o cessar-fogo, concluído em
22 de outubro.
Com base no texto, assinale a opção correta.

a) A primeira guerra árabe-israelense foi determinada pela ação bélica


de tradicionais potências europeias no Oriente Médio.
b) Na segunda metade dos anos 1960, quando explodiu a terceira
guerra árabe-israelense, Israel obteve rápida vitória.
c) A guerra do Yom Kippur ocorreu no momento em que, a partir da
decisão da ONU, foi oficialmente instalado o Estado de Israel.
d) A ação dos governos de Washington e Moscou foi decisiva para o
cessar-fogo que pôs fim ao primeiro conflito árabe-israelense.
e) Apesar das sucessivas vitórias militares, Israel mantém suas
dimensões territoriais tal como estabelecido pela resolução de 1947
aprovada pela ONU.
OBRIGADO
PELA
ATENÇÃO!!!

Você também pode gostar