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Democracia 

é um regime político em que os cidadãos no aspecto dos direitos políticos


participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta,
no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder da governação através
do sufrágio universal. Ela abrange as condições sociais, econômicas e culturais que
permitem o exercício livre e igual da autodeterminação política.

balança é considerada o símbolo da democracia.


O termo é do grego antigo δημοκρατία (dēmokratía ou "governo do povo"),[1] que foi criado
a partir de δῆμος (demos ou "povo") e κράτος (kratos ou "poder") no século V a.C. para
denotar os sistemas políticos então existentes em cidades-Estados gregas,
principalmente Atenas; o termo é um antônimo para ἀριστοκρατία (aristokratia ou "regime
de uma aristocracia" como seu nome indica). Embora, teoricamente, estas definições
sejam opostas, na prática, a distinção entre elas foi obscurecida historicamente.[2] No
sistema político da Atenas Clássica, por exemplo, a cidadania democrática abrangia
apenas homens, filhos de pai e mãe atenienses, livres e maiores de 21 anos, enquanto
estrangeiros, escravos e mulheres eram grupos excluídos da participação política. Em
praticamente todos os governos democráticos em toda a história antiga e moderna, a
cidadania democrática valia apenas para uma elite de pessoas, até que a emancipação
completa foi conquistada para todos os cidadãos adultos na maioria das democracias
modernas através de movimentos por sufrágio universal durante os séculos XIX e XX.
O sistema democrático contrasta com outras formas de governo em que o poder é detido
por uma pessoa — como em uma monarquia absoluta — ou em que o poder é mantido por
um pequeno número de indivíduos — como em uma oligarquia. No entanto, essas
oposições, herdadas da filosofia grega,[3] são agora ambíguas porque os governos
contemporâneos têm misturado elementos democráticos, oligárquicos e monárquicos em
seus sistemas políticos. Karl Popper definiu a democracia em contraste
com ditadura ou tirania, privilegiando, assim, oportunidades para as pessoas de controlar
seus líderes e de tirá-los do cargo sem a necessidade de uma revolução.[4]
Diversas variantes de democracias existem no mundo, mas há duas formas básicas,
sendo que ambas dizem respeito a como o corpo inteiro de todos os cidadãos no exercício
dos direitos políticos executam a sua vontade. Uma das formas de democracia é
a democracia direta, em que todos os cidadãos no exercício dos direitos políticos têm
participação direta e ativa na tomada de decisões do governo. Na maioria das
democracias modernas, todo o corpo de cidadãos no exercício dos direitos políticos
permanece com o poder soberano, mas o poder político é exercido indiretamente por meio
de representantes eleitos, o que é chamado de democracia representativa. No Brasil a
soberania popular é exercida de forma indireta, por meio de representantes eleitos (CF/88,
art. 1º, parágrafo único), e de forma direta, na forma da lei, mediante plebiscito, referendo
e iniciativa popular (CF/88, art. 1º, parágrafo único, e art. 14, caput, I a III), O conceito de
democracia representativa surgiu em grande parte a partir de ideias e instituições que se
desenvolveram durante períodos históricos como a Idade Média europeia, a Reforma
Protestante, o Iluminismo e as revoluções Americana e Francesa.[5]
Características
Não existe consenso sobre a forma correta de definir a democracia, mas a igualdade, a
liberdade e o Estado de direito foram identificadas como características importantes desde
os tempos antigos.[6][7] Estes princípios são refletidos quando todos os cidadãos elegíveis
são iguais perante a lei e têm igual acesso aos processos legislativos. Por exemplo, em
uma democracia representativa, cada voto tem o mesmo peso, não existem restrições
excessivas sobre quem quer se tornar um representante, além da liberdade de seus
cidadãos elegíveis ser protegida por direitos legitimados e que são tipicamente protegidos
por uma constituição.[8][9]
Uma teoria sustenta que a democracia exige três princípios fundamentais: 1) a soberania
reside nos níveis mais baixos de autoridade; 2) igualdade política e 3) normas sociais
pelas quais os indivíduos e as instituições só consideram aceitáveis atos que refletem os
dois primeiros princípios citados.[10]
O termo democracia às vezes é usado como uma abreviação para a democracia liberal,
que é uma variante da democracia representativa e que pode incluir elementos como
o pluralismo político, a igualdade perante a lei, o direito de petição para reparação de
injustiças sociais; devido processo legal; liberdades civis; direitos humanos; e elementos
da sociedade civil fora do governo. Roger Scruton afirma que a democracia por si só não
pode proporcionar liberdade pessoal e política, a menos que as instituiç

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