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Pesq

Democracia
forma de governo

Democracia é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente


— diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na
criação de leis, exercendo o poder da governação através do sufrágio universal. Ela abrange
as condições sociais, econômicas e culturais que permitem o exercício livre e igual da
autodeterminação política.

O termo origina-se do grego antigo δημοκρατία (dēmokratía ou "governo do povo"),[1] que foi
criado a partir de δῆμος (demos ou "povo") e κράτος (kratos ou "poder") no século V a.C. para
denotar os sistemas políticos então existentes em cidades-Estados gregas, principalmente
Atenas; o termo é um antônimo para ἀριστοκρατία (aristokratia ou "regime de uma
aristocracia" como seu nome indica). Embora, teoricamente, estas definições sejam opostas,
na prática, a distinção entre elas foi obscurecida historicamente.[2] No sistema político da
Atenas Clássica, por exemplo, a cidadania democrática abrangia apenas homens, filhos de
pai e mãe atenienses, livres e maiores de 21 anos, enquanto estrangeiros, escravos e
mulheres eram grupos excluídos da participação política. Em praticamente todos os
governos democráticos em toda a história antiga e moderna, a cidadania democrática valia
apenas para uma elite de pessoas, até que a emancipação completa foi conquistada para
todos os cidadãos adultos na maioria das democracias modernas através de movimentos
por sufrágio universal durante os séculos XIX e XX.

O sistema democrático contrasta com outras formas de governo em que o poder é detido
por uma pessoa — como em uma monarquia absoluta — ou em que o poder é mantido por
um pequeno número de indivíduos — como em uma oligarquia. No entanto, essas oposições,
herdadas da filosofia grega,[3] são agora ambíguas porque os governos contemporâneos têm
misturado elementos democráticos, oligárquicos e monárquicos em seus sistemas políticos.
Karl Popper definiu a democracia em contraste com ditadura ou tirania, privilegiando, assim,
oportunidades para as pessoas de controlar seus líderes e de tirá-los do cargo sem a
necessidade de uma revolução.[4]

Diversas variantes de democracias existem no mundo, mas há duas formas básicas, sendo
que ambas dizem respeito a como o corpo inteiro de todos os cidadãos elegíveis executam a
sua vontade. Uma das formas de democracia é a democracia direta, em que todos os
cidadãos elegíveis têm participação direta e ativa na tomada de decisões do governo. Na
maioria das democracias modernas, todo o corpo de cidadãos elegíveis permanece com o
poder soberano, mas o poder político é exercido indiretamente por meio de representantes
eleitos, o que é chamado de democracia representativa. O conceito de democracia
representativa surgiu em grande parte a partir de ideias e instituições que se desenvolveram
durante períodos históricos como a Idade Média europeia, a Reforma Protestante, o
Iluminismo e as revoluções Americana e Francesa.[5]

Características

Não existe consenso sobre a forma correta de definir a democracia, mas a igualdade, a
liberdade e o Estado de direito foram identificadas como características importantes desde
os tempos antigos.[6][7] Estes princípios são refletidos quando todos os cidadãos elegíveis
são iguais perante a lei e têm igual acesso aos processos legislativos. Por exemplo, em uma
democracia representativa, cada voto tem o mesmo peso, não existem restrições excessivas
sobre quem quer se tornar um representante, além da liberdade de seus cidadãos elegíveis
ser protegida por direitos legitimados e que são tipicamente protegidos por uma
constituição.[8][9]

Uma teoria sustenta que a democracia exige três princípios fundamentais: 1) a soberania
reside nos níveis mais baixos de autoridade; 2) igualdade política e 3) normas sociais pelas
quais os indivíduos e as instituições só consideram aceitáveis atos que refletem os dois
primeiros princípios citados.[10]

O termo democracia às vezes é usado como uma abreviação para a democracia liberal, que é
uma variante da democracia representativa e que pode incluir elementos como o pluralismo
político, a igualdade perante a lei, o direito de petição para reparação de injustiças sociais;
devido processo legal; liberdades civis; direitos humanos; e elementos da sociedade civil
fora do governo. Roger Scruton afirma que a democracia por si só não pode proporcionar
liberdade pessoal e política, a menos que as instituições da sociedade civil também estejam
presentes.[11]

Classificação política dos países de acordo com a pesquisa da Freedom House em 2021:
Livre
Parcialmente livre
Não-livre

Países em azul são designados "democracias eleitorais" pela pesquisa Freedom in the World de 2015, elaborada pela
Freedom House.[12]

Em muitos países, como no Reino Unido onde se originou o Sistema Westminster, o princípio
dominante é o da soberania parlamentar, mantendo a independência judicial.[13] Nos Estados
Unidos, a separação de poderes é frequentemente citada como um atributo central de um
regime democrático. Na Índia, a maior democracia do mundo, a soberania parlamentar está
sujeita a uma constituição que inclui o controle judicial.[14] Outros usos do termo
"democracia" incluem o da democracia direta. Embora o termo "democracia" seja
normalmente usado no contexto de um Estado político, os princípios também são aplicáveis
a organizações privadas.
O regime da maioria absoluta é frequentemente considerado como uma característica da
democracia. Assim, o sistema democrático permite que minorias políticas sejam oprimidas
pela chamada "tirania da maioria" quando não há proteções legais dos direitos individuais ou
de grupos. Uma parte essencial de uma democracia representativa "ideal" são eleições
competitivas que sejam justas tanto no plano material, quanto processualmente. Além disso,
liberdades como a política, de expressão e de imprensa são consideradas direitos essenciais
que permitem aos cidadãos elegíveis serem adequadamente informados e aptos a votar de
acordo com seus próprios interesses.[15][16]

Também tem sido sugerido que uma característica básica da democracia é a capacidade de
todos os eleitores de participar livre e plenamente na vida de sua sociedade.[17] Com sua
ênfase na noção de contrato social e da vontade coletiva de todos os eleitores, a democracia
também pode ser caracterizada como uma forma de coletivismo político, porque ela é
definida como uma forma de governo em que todos os cidadãos elegíveis têm uma palavra a
dizer de peso igual nas decisões que afetam as suas vidas.[18]

Enquanto a democracia é muitas vezes equiparada à forma republicana de governo, o termo


república classicamente abrangeu democracias e aristocracias.[19][20] Algumas democracias
são monarquias constitucionais muito antigas, como é o caso de países como o Reino Unido
e o Japão.

História

Origens na antiguidade

Clístenes foi um reformador de Atenas que ampliou o poder da assembleia popular e que é considerado o pai da
democracia ateniense.
O termo "democracia" apareceu pela primeira vez no antigo pensamento político e filosófico
grego na cidade-Estado de Atenas durante a antiguidade clássica.[21][22] Liderados por
Clístenes, os atenienses estabeleceram o que é geralmente tido como a primeira experiência
democrática em 508-507 a.C. Clístenes é referido como "o pai da democracia ateniense".[23]

A democracia ateniense tomou a forma de uma democracia direta e tinha duas


características distintivas: a seleção aleatória de cidadãos comuns para preencher os
poucos cargos administrativos e judiciais existentes no governo[24] e uma assembleia
legislativa composta por todos os cidadãos atenienses.[25] Todos os cidadãos elegíveis eram
autorizados a falar e votar na assembleia, que estabelecia as leis da cidade-Estado. No
entanto, a cidadania ateniense excluía mulheres, escravos, estrangeiros (μέτοικοι, metoikoi),
os que não eram proprietários de terras e os homens com menos de 20 anos de idade. Dos
cerca de 200 a 400 mil habitantes de Atenas na época, havia entre 30 mil e 60 mil cidadãos.
A exclusão de grande parte da população a partir do que era considerada cidadania está
intimamente relacionada com a antiga compreensão do termo. Durante a maior parte da
antiguidade, o benefício da cidadania era associado à obrigação de lutar em guerras.[26]

O sistema democrático ateniense não era apenas dirigido no sentido de que as decisões
eram tomadas pelas pessoas reunidas na assembleia, mas também era mais direto no
sentido de que as pessoas, através de assembleias e tribunais de justiça, controlavam todo o
processo político e uma grande proporção dos cidadãos estavam envolvidos
constantemente nos assuntos públicos.[27] Mesmo com os direitos do indivíduo não sendo
garantidos pela constituição ateniense no sentido moderno (os antigos gregos não tinham
uma palavra para "direitos"[28]), os atenienses gozavam de liberdades não por conta do
governo, mas por viverem em uma cidade que não estava sujeita a outro poder e por não
serem eles próprios sujeitos às regras de outra pessoa.[29]

Cícero denuncia Catilina, afresco que representa o senado romano reunido na Cúria Hostília. Palazzo Madama, Roma.
A votação por pontos apareceu em Esparta já em 700 a.C. A Apela era uma assembleia do
povo, realizada uma vez por mês. Nessa assembleia, os líderes espartanos eram eleitos e
davam seu voto gritando. Todos os cidadãos do sexo masculino com mais 30 anos de idade
podiam participar. Aristóteles chamava esse sistema de "infantil", em oposição a algo mais
sofisticado, como a utilização de registros de voto em pedra, como os usados pelos
atenienses. No entanto, em termos, Esparta adotou esse sistema de votação por causa da
sua simplicidade e para evitar qualquer tipo de viés de votação.[30][31]

Mesmo que a República Romana tenha contribuído significativamente com muitos dos
aspectos da democracia, apenas uma minoria dos romanos eram considerados cidadãos
aptos a votar nas eleições para os representantes. Os votos dos poderosos tinham mais
peso através de um sistema de gerrymandering, enquanto políticos de alto gabarito, incluindo
membros do senado, vinham de algumas famílias ricas e nobres.[32] No entanto, muitas
exceções notáveis ocorreram. Além disso, a República Romana foi o primeiro governo no
mundo ocidental a ter uma república como um Estado-nação, apesar de não ter muitas
características de uma democracia. Os romanos inventaram o conceito de "clássicos" e
muitas obras da Grécia antiga foram preservadas.[33] Além disso, o modelo romano de
governo inspirou muitos pensadores políticos ao longo dos séculos[34] e democracias
representativas modernas imitam mais o modelo romano do que os gregos porque era um
Estado em que o poder supremo era realizado pelo povo e por seus representantes eleitos, e
que tinha um líder eleito ou nomeado.[35] A democracia representativa é uma forma de
democracia em que as pessoas votam em representantes que, em seguida, votam em
iniciativas políticas; enquanto uma democracia direta é uma forma de democracia em que as
pessoas votam em iniciativas políticas diretamente.[36]

Era contemporânea
Índice de democracia de 2020.

As transições do século XX para a democracia liberal vieram em sucessivas "ondas" de


democracia, diversas vezes resultantes de guerras, revoluções, descolonização e por
circunstâncias religiosas e econômicas. A Primeira Guerra Mundial e a subsequente
dissolução dos impérios Otomano e Austro-Húngaro resultou na criação de novos Estados-
nação da Europa, a maior parte deles, pelo menos nominalmente, democráticos.

Na década de 1920 a democracia floresceu, mas a Grande Depressão trouxe desencanto e a


maioria dos países da Europa, América Latina e Ásia viraram-se para regimes autoritários. O
fascismo e outros tipos de ditaduras floresceram na Alemanha nazista, na Itália, na Espanha
e em Portugal, além de regimes não-democráticos terem surgidos nos países bálticos, nos
Balcãs, no Brasil, em Cuba, na China e no Japão, entre outros.[37]

A Segunda Guerra Mundial trouxe uma reversão definitiva desta tendência na Europa
Ocidental. A democratização dos setores estadunidense, britânico e francês da Alemanha
ocupada (disputado[38]), da Áustria, da Itália e do Japão ocupado pelos Aliados serviu de
modelo para a teoria posterior de "mudança de regime". No entanto, a maior parte da Europa
Oriental, incluindo o setor soviético da Alemanha, caiu sob a influência do bloco soviético
não-democrático. A guerra foi seguida pela descolonização e, novamente, a maioria dos
novos estados independentes tiveram constituições nominalmente democráticas. A Índia
emergiu como a maior democracia do mundo e continua a sê-lo.[39]

Em 1960, a grande maioria dos Estados-nação tinham, nominalmente, regimes


democráticos, embora a maioria das populações do mundo ainda vivesse em países que
passaram por eleições fraudulentas e outras formas de subterfúgios (particularmente em
nações comunistas e em ex-colônias). Uma onda posterior de democratização trouxe
ganhos substanciais para a verdadeira democracia liberal para muitas nações. Espanha,
Portugal (1974) e várias das ditaduras militares na América do Sul voltaram a ser um
governo civil no final dos anos 1970 e início dos anos 1980 (Argentina em 1983, Bolívia e
Uruguai em 1984, o Brasil em 1985 e o Chile no início de 1990). Isto foi seguido por nações
do Extremo Oriente e do Sul da Ásia no final da década de 1980.

O mal-estar econômico na década de 1980, juntamente com o ressentimento da opressão


soviética, contribuiu para o colapso da União Soviética, o consequente fim da Guerra Fria e a
democratização e liberalização dos antigos países do chamado bloco oriental. A mais bem-
sucedida das novas democracias eram aquelas geográfica e culturalmente mais próximas
da Europa Ocidental e elas são agora, em sua maioria, membros ou membros associados da
União Europeia. Alguns pesquisadores consideram que a Rússia contemporânea não é uma
verdadeira democracia e, em vez disso, se assemelha a uma forma de ditadura.[40]

A tendência liberal se espalhou para alguns países da África na década de 1990, sendo o
exemplo mais proeminente a África do Sul. Alguns exemplos recentes de tentativas de
liberalização incluem a Revolução Indonésia de 1998, a Revolução Bulldozer na antiga
Iugoslávia, a Revolução Rosa na Geórgia, a Revolução Laranja na Ucrânia, a Revolução dos
Cedros no Líbano, a Revolução das Tulipas no Quirguistão e da Revolução de Jasmim na
Tunísia (parte da chamada "Primavera Árabe").

De acordo com a organização Freedom House, em 2007, havia 123 democracias eleitorais
(acima das 40 registradas em 1972).[41] De acordo com o Fórum Mundial sobre a
Democracia, as democracias eleitorais agora representam 120 dos 192 países existentes e
constituem 58,2 por cento da população mundial. Ao mesmo tempo, as democracias
liberais, ou seja, os países que a Freedom House considera livre e que respeitam os direitos
humanos fundamentais e o Estado de direito são 85 e representam 38 por cento da
população global.[42]

Em 2010, as Nações Unidas declararam 15 de setembro o Dia Internacional da


Democracia.[43]

Tipos

A democracia tem tomado diferentes formas de governo, tanto na teoria quanto na prática.
Algumas variedades de democracia proporcionam uma melhor representação e maior
liberdade para seus cidadãos do que outras.[44][45] No entanto, se qualquer democracia não
está estruturada de forma a proibir o governo de excluir as pessoas do processo legislativo,
ou qualquer agência do governo de alterar a separação de poderes em seu próprio favor, em
seguida, um ramo do sistema político pode acumular muito poder e destruir o ambiente
democrático.[46][47][48]

Países do mundo de acordo com sua forma de governo em 2011:


Repúblicas presidencialistas1
Repúblicas semipresidencialistas1
Repúblicas parlamentaristas1
Estados unipartidários
Monarquias constitucionais parlamentares
Monarquias absolutas
Ditaduras militares
Monarquias constitucionais onde o monarca exerce poder pessoalmente
Repúblicas com um presidente executivo dependente do parlamento
Países que não se encaixam em nenhum dos sistemas políticos acima

1
Vários Estados constitucionalmente considerados repúblicas multipartidárias são amplamente descritos pela
comunidade internacional como países autoritários. Este mapa apresenta apenas a forma de governo de jure e não o
grau de democracia de facto de cada país.

Direta
O Landsgemeinde, uma das mais antigas formas de democracia direta, ainda é praticado em dois cantões da Suíça.

Democracia direta refere-se ao sistema onde os cidadãos decidem diretamente cada


assunto por votação.

A democracia direta tornou-se cada vez mais difícil, e necessariamente se aproxima mais da
democracia representativa, quando o número de cidadãos cresce. Historicamente, as
democracias mais diretas incluem o encontro municipal de Nova Inglaterra (dentro dos
Estados Unidos), e o antigo sistema político de Atenas. Nenhum destes se enquadraria bem
para uma grande população (embora a população de Atenas fosse grande, a maioria da
população não era composta de pessoas consideradas como cidadãs, que, portanto, não
tinha direitos políticos; não os tinham mulheres, escravos e crianças).

É questionável se já houve algum dia uma democracia puramente direta de qualquer


tamanho considerável. Na prática, sociedades de qualquer complexidade sempre precisam
de uma especialização de tarefas, inclusive das administrativas; e portanto uma democracia
direta precisa de oficiais eleitos. (Embora alguém possa tentar manter todas as decisões
importantes feitas por voto direto, com os oficiais meramente implementando essas
decisões). Exemplos de democracia direta que costumavam eleger Delegados com mandato
imperativo, revogável e temporário podem ser encontrados em sedições e revoluções de
cunho anarquista como a Revolução Espanhola, a Revolução Ucraniana e no levante armado
da EZLN, no estado de Chiapas.

Contemporaneamente o regime que mais se aproxima dos ideais de uma democracia direta
é a democracia semidireta da Suíça. Uma democracia semidireta é um regime de democracia
em que existe a combinação de representação política com formas de Democracia direta[49]
(Benevides, 1991, p. 129).[50]

A Democracia semidireta, conforme Bobbio[51] (1987, p. 459), é uma forma de democracia


que possibilita um sistema mais bem-sucedido de democracia frente as democracias
Representativa e Direta, ao permitir um equilíbrio operacional entre a representação política e
a soberania popular direta. A prática desta ação equilibrante da democracia semidireta,
segundo Bonavides[52] (2003, p. 275), limita a “alienação política da vontade popular”, onde
“a soberania está com o povo, e o governo, mediante o qual essa soberania se comunica ou
exerce, pertence ao elemento popular nas matérias mais importantes da vida pública”.

Representativa

Nas democracias representativas, os parlamentos são os locais reservados para o trabalho dos representantes. Na
imagem, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.

Senado do Brasil, em Brasília.

Em democracias representativas, em contraste, os cidadãos elegem representantes em


intervalos regulares, que então votam os assuntos em seu favor. Do mesmo modo, muitas
democracias representativas modernas incorporam alguns elementos da democracia direta,
normalmente referendo.

Nós podemos ver democracias diretas e indiretas como os tipos ideais, com as democracias
reais se aproximando umas das outras. Algumas entidades políticas modernas, como a
Suíça ou alguns estados norte-americanos, onde é frequente o uso de referendo iniciada por
petição (chamada referendo por demanda popular) ao invés de membros da legislatura ou
do governo. A última forma, que é frequentemente conhecida por plebiscito, permite ao
governo escolher se e quando manter um referendo, e também como a questão deve ser
abordada. Em contraste, a Alemanha está muito próxima de uma democracia representativa
ideal: na Alemanha os referendos são proibidos — em parte devido à memória de como
Adolf Hitler usou isso para manipular plebiscitos em favor do seu governo.[53][54]

O sistema de eleições que foi usado em alguns países capitalistas de Estado, chamado
centralismo democrático, pode ser considerado como uma forma extrema de democracia
representativa, onde o povo elegia representantes locais, que por sua vez elegeram
representantes regionais, que por sua vez elegiam a assembleia nacional, que finalmente
elegia os que iam governar o país. No entanto, alguns consideram que esses sistemas não
são democráticos na verdade, mesmo que as pessoas possam votar, já que a grande
distância entre o indivíduo eleitor e o governo permite que se tornasse fácil manipular o
processo. Outros contrapõem, dizendo que a grande distância entre eleitor e governo é uma
característica comum em sistemas eleitorais desenhados para nações gigantescas (os
Estados Unidos e algumas potências europeias, só para dar alguns exemplos considerados
inequivocamente democráticos, têm problemas sérios na democraticidade das suas
instituições de topo), e que o grande problema do sistema soviético e de outros países
comunistas, aquilo que o tornava verdadeiramente não-democrático, era que, em vez de
serem escolhidos pelo povo, os candidatos eram impostos pelo partido dirigente.

Direito ao voto

A votação é uma parte importante do processo democrático formal


O voto, também chamado de sufrágio censitário, é típico do Estado liberal (século XIX) e
exigia que os seus titulares atendessem certas exigências tais como pagamento de imposto
direto; proprietário de propriedade fundiária e usufruir de certa renda.

No passado muitos grupos foram excluídos do direito de voto, em vários níveis. Algumas
vezes essa exclusão é uma política bastante aberta, claramente descrita nas leis eleitorais;
outras vezes não é claramente descrita, mas é implementada na prática por meios que
parecem ter pouco a ver com a exclusão que está sendo realmente feita (p.ex., impostos de
voto e requerimentos de alfabetização que mantinham afro-americanos longe das urnas
antes da era dos direitos civis). E algumas vezes a um grupo era permitido o voto, mas o
sistema eleitoral ou instituições do governo eram propositadamente planejadas para lhes
dar menos influência que outros grupos favorecidos.

Hoje, em muitas democracias, o direito de voto é garantido sem discriminação de raça, grupo
étnico, classe ou sexo. No entanto, o direito de voto ainda não é universal. É restrito a
pessoas que atingem uma certa idade, normalmente 18 (embora em alguns lugares possa
ser 16— como no Brasil — ou 21). Somente cidadãos de um país normalmente podem votar
em suas eleições, embora alguns países façam excepções a cidadãos de outros países com
que tenham laços próximos (p.ex., alguns membros da Comunidade Britânica e membros da
União Europeia).

A prática do voto obrigatório remonta à Grécia Antiga, quando o legislador ateniense Sólon
fez aprovar uma lei específica obrigando os cidadãos a escolher um dos partidos, caso não
quisessem perder seus direitos de cidadãos. A medida foi parte de uma reforma política que
visava conter a radicalização das disputas entre facções que dividiam a pólis. Além de abolir
a escravidão por dívidas e redistribuir a população de acordo com a renda, criou também
uma lei que impedia os cidadãos de se absterem nas votações da assembleia, sob risco de
perderem seus direitos.

Critérios
Eleitor usando um coletor eletrônico de voto brasileiro na Asa Sul, Brasília, durante as eleições de 2014

Muitas sociedades no passado negaram a pessoas o direito de votar baseadas no grupo


étnico. Exemplo disso é a exclusão de pessoas com ascendência africana das urnas, na era
anterior à dos direitos civis, e na época do apartheid na África do Sul. A maioria das
sociedades hoje não mantêm essa exclusão, mas algumas ainda o fazem. Por exemplo, Fiji
reserva um certo número de cadeiras no Parlamento para cada um dos principais grupos
étnicos; essas exclusões foram adotadas para barrar a maioria dos indianos em favor dos
grupos étnicos fijianos. Até o século XIX, muitas democracias ocidentais tinham
propriedades de qualificação nas suas leis eleitorais, o que significava que apenas pessoas
com um certo grau de riqueza podiam votar. Hoje essas leis foram amplamente abolidas.

Outra exclusão que durou muito tempo foi a baseada no sexo. Todas as democracias
proibiam as mulheres de votar até 1893, quando a Nova Zelândia se tornou o primeiro país
do mundo a dar às mulheres o direito de voto nos mesmos termos dos homens. No Brasil,
pela constituição de 1822 e suas emendas antes dessa data, permitiu-se o direito de voto
feminino, desde que pertencesse à classe determinada dos fazendeiros e fosse
alfabetizada.[49] Isso aconteceu devido ao sucesso do movimento feminino pelo direito de
voto, tanto na Nova Zelândia como no Brasil, sendo que houve participações parlamentares
já no Brasil depois dessa época.[49] Hoje praticamente todos os Estados permitem que
mulheres votem; as únicas exceções são sete países muçulmanos do Oriente Médio: Arábia
Saudita, Barém, Brunei, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã.

O direito de voto normalmente é negado a prisioneiros. Alguns países também negam o


direito a voto para aqueles condenados por crimes graves, mesmo depois de libertados. Em
alguns casos (p.ex. em muitos estados dos Estados Unidos) a negação do direito de voto é
automático na condenação de qualquer crime sério; em outros casos (p.ex. em países da
Europa) a negação do direito de voto é uma penalidade adicional que a corte pode escolher
por impor, além da pena do aprisionamento. Existem países em que os prisioneiros mantêm
o direito de voto (por exemplo Brasil e Portugal).

Problemas
Protestos em frente Palácio de São Bento, a sede do Parlamento de Portugal, em Lisboa.

Os pensadores italianos do século XX Vilfredo Pareto e Gaetano Mosca


(independentemente) argumentaram que a democracia era ilusória, e servia apenas para
mascarar a realidade da regra de elite. Na verdade, eles argumentaram que a oligarquia da
elite é a lei inflexível da natureza humana, em grande parte devido à apatia e divisão das
massas (em oposição à unidade, a iniciativa e a unidade das elites), e que as instituições
democráticas não fariam mais do que mudar o exercício do poder de opressão à
manipulação.[55] Como Louis Brandeis uma vez postulou, "Podemos ter democracia ou
podemos ter riqueza concentrada nas mãos de uns poucos, mas não podemos ter as duas
coisas.".[56]

Hoje todos os partidos políticos no Canadá são cautelosos sobre as críticas de alto nível de
imigração, porque, como observou The Globe and Mail, "no início de 1990, o antigo Partido da
Reforma foi marcado como 'racista' por sugerir que os níveis de imigração deveriam ser
reduzidos de 250 mil a 150 mil.".[57] Como o professor de Economia Don J. DeVoretz
destacou: "Em uma democracia liberal como o Canadá, o seguinte paradoxo persiste.
Mesmo que a maioria dos entrevistados respondendo sim à pergunta: 'Há muitas imigrantes
chegando a cada ano?' números de imigrantes continuam a subir até que um conjunto crítico
de custos econômicos apareçam'".[58][59]

A ideia de “crise da democracia” vem ganhando repercussão na Teoria Política


Contemporânea. Desde a década de 1970, autores da vertente partipacionista associam a
legitimidade dos regimes democráticos a fatores que vão além da mera possibilidade de
exercício livre do voto. A demanda, nesse sentido, é por efetiva atuação na concepção das
políticas públicas, o que causa resistência em agentes representativos receosos de
compartilhar o poder que o design institucional moderno lhes conferiu.[60]

Ver também
Índice de Democracia República

Democracia ateniense Votação

Democracia liberal Anarquia

Democracia virtual República Romana

Sistema de votação Social democracia

Cidadania Tirania da maioria

Direito eleitoral

Referências

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Bibliografia

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Ligações externas

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e-Democracia da Câmara dos Deputados do Brasil (http://edemocracia.camara.gov.br/)

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