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FILOSOFIA POLÍTICA

ENSINO MÉDIO
A POLÍTICA PARA PLATÃO
• O rei-filósofo de Platão
• A ideia de rei-filósofo foi apresentada por Platão em um livro
chamado A República. Ele acreditava que as desgraças humanas só
iriam acabar quando os filósofos se tornassem reis ou os reis se
tornassem filósofos. A ideia de Platão se tornou a inspiração para
críticas à democracia e a defesa de um tipo de governo aristocrático,
em que apenas aqueles com maior conhecimento devem governar.
Nicolau Maquiavel (1469 – 1527) foi um dos mais influentes teóricos
políticos da filosofia ocidental. Seu livro mais conhecido, O Príncipe,
provocou grades mudanças na forma de abordar a política, rompendo com
uma visão dominante na filosofia desde Platão e Aristóteles. Sua principal
contribuição nesse sentido foi estabelecer uma separação entre ética e
política, argumentando que essas são formas independentes de ação
humana e que a política não deve estar subordinada à ética, como se
pensava até então.
Democracia direta: seus pontos positivos e negativos
A democracia direta, às vezes chamada de
“democracia pura”, é uma forma de democracia
na qual todas as leis e políticas impostas pelos
governos são determinadas pelas próprias
pessoas, e não pelos representantes eleitos pelo
povo.

Numa verdadeira democracia direta, todas as


leis, projetos de lei e até decisões judiciais são
votadas por todos os cidadãos.
Democracia Direta vs. Representativa

A democracia direta é o oposto da “democracia representativa” mais comum,


sob a qual o povo elege representantes que têm o poder de criar leis e
políticas para eles. Idealmente, as leis e políticas aprovadas pelos
representantes eleitos devem refletir de perto a vontade da maioria das
pessoas.

Enquanto o Brasil em geral pratica a democracia representativa, há duas


formas de participação direta pouco usadas pela população: o referendo e o
plebiscito. Por meio de iniciativas e referendos de sucesso, os cidadãos
podem criar, alterar ou revogar leis.
Exemplos de democracia direta: Atenas e Suíça
Talvez o melhor exemplo de democracia direta existisse na antiga
Atenas, na Grécia. Embora excluísse mulheres, escravos e imigrantes
da votação, a democracia direta ateniense exigia que todos os
cidadãos votassem em todas as principais questões do governo. Até
mesmo o veredicto de todos os processos judiciais eram
determinados pelo voto de todo o povo.

Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA-NC Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA-NC
No exemplo mais proeminente da sociedade moderna, a Suíça pratica
uma forma modificada de democracia direta sob a qual qualquer lei
decretada pelo poder legislativo eleito do país pode ser vetada pelo voto
do público em geral. Além disso, os cidadãos podem votar para exigir
que a legislatura nacional considere emendas à constituição suíça.

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Prós e contras da democracia direta
Enquanto a ideia de ter a última palavra sobre os
assuntos do governo pode parecer tentadora,
existem alguns aspectos bons – e ruins – da
democracia direta que precisam ser considerados:
argumentos a favor da democracia direta

Transparência total do governo:


sem dúvida, nenhuma outra forma de democracia garante um maior grau
de abertura e transparência entre o povo e seu governo. Discussões e
debates sobre questões importantes são realizados em público. Além
disso, todos os sucessos ou fracassos da sociedade podem ser atribuídos
ao povo, e não ao governo
Mais responsabilidade do governo:
Ao oferecer ao povo uma voz direta e inconfundível através de seus
votos, a democracia direta exige um grande nível de responsabilidade
por parte do governo. O governo não pode alegar que desconhecia ou
não estava claro qual a vontade do povo. A interferência no processo
legislativo de partidos políticos e grupos de interesses especiais é
largamente eliminada.
Cooperação da população:

pelo menos na teoria, as pessoas têm maior probabilidade de


cumprir com prazer as leis que elas mesmas criam. Além disso,
pessoas que sabem que suas opiniões farão a diferença, estão mais
ansiosas para participar nos processos de governo.
argumento contra a democracia direta

Nunca chegaríamos a uma decisão: Se se esperasse que todos os cidadãos


votassem em todos os assuntos considerados em todos os níveis de
governo, poderíamos nunca decidir nada. Entre todas as questões
consideradas pelos governos local, estadual e federal, os cidadãos
poderiam literalmente passar o dia todo, todos os dias, votando.
Envolvimento público cairia:

A democracia direta serve melhor ao interesse do povo quando a


maioria das pessoas participa dele. À medida que o tempo necessário
para debater e votar aumenta, o interesse público e a participação no
processo diminuem rapidamente, levando a decisões que não
refletem verdadeiramente a vontade da maioria. No final, pequenos
grupos de pessoas, muitas vezes com interesses duvidosos, poderiam
controlar o governo.
Uma situação tensa após a outra:

em qualquer sociedade tão grande e diversa quanto o Brasil,


qual é a chance de que todos concordem ou aceitem
pacificamente decisões sobre questões importantes? Como a
história recente mostrou, não muita.
O homem é um animal político

O homem é um animal político é uma expressão criada por


Aristóteles para definir uma das características, a seu ver,
mais importantes dos seres humanos.

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Aristóteles, a julgar pelos seus escritos, estava extremamente
interessado em conhecer a natureza do homem, o mais intratável
dos assuntos. O papel do homem na sociedade e as motivações que
o levam a agir de certas maneiras sob certas condições,
despertavam grande fascínio no filósofo. De fato, suas duas grandes
obras, como a Política, que se acredita terem sido escritas por volta
de 350 a.C., e Ética a Nicômaco, escrita por volta de 340 a.C.,
incluem discussões prolongadas e bem fundamentadas sobre esse
assunto.
Foi no início desses dois trabalhos, a Política, em que Aristóteles escreveu uma
de suas citações mais conhecidas, que “o homem é por natureza um animal
político”.

Logo no início da Política, Aristóteles afirma que a sociedade resulta


naturalmente das necessidades humanas. Que a sociedade não é algo artificial,
alheio à natureza humana, mas fruto dessa própria natureza.

Os seres humanos têm capacidade de falar, capacidade essa que pode ser usada
para comunicar suas ideias sobre o que é certo e errado, assim como o justo e o
injusto. A fala serve ao homem como arma para se proteger do que é justo ou
injusto. Um homem naturalmente pertence à cidade porque é onde ele pode
exercitar sua sociabilidade e pode debater com outros sobre justiça e injustiça
Aristóteles afirma inclusive que “o homem é um animal político mais ainda
que as abelhas ou que qualquer outro animal gregário.” Isso porque o
homem é o único animal que possui linguagem. Os demais animais são
capazes de expressar, prazer e dor e assim revelar quando algo os agrada
ou desagrada. Porém, o homem foi equipado com algo mais avançado que
os grunhidos animais: a linguagem. E através dessa, é capaz de manifestar
o que é vantajoso e desvantajoso e, portanto, o justo e o injusto.
Formas de governo em Aristóteles
Segundo Aristóteles, existem seis formas de governo diferentes:
democracia, demagogia, tirania, monarquia, aristocracia e oligarquia.
Democracia: o governo do povo
A democracia é uma forma de governar a
sociedade que surgiu no século V a. C. na Grécia
Antiga e significa “governo do povo”.
A democracia para Rousseau

A democracia para Rousseau é a única forma de governo capaz


de garantir a liberdade e a igualdade em um país.
QUIZZ

Dizemos que a teoria política proposta por Platão e Aristóteles é:

A. Realista
B. Filosófica
C. Normativa
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De acordo com Aristóteles a noção de justiça
não está desvinculada da noção:

A. Valor
B. Amizade
C. Coragem
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De acordo com a Teoria política de Platão, a melhor forma de
governo é a sofocracia. Na qual a cidade é conduzida:

A. Pelos Guerreiros
B. Pelos mais rico
C. Pelos filósofos

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