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Na democracia, é o
povo quem detém o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo.
As eleições numa democracia não podem ser fachadas através das quais se escondem
ditadores ou um partido único, mas que aja verdadeiras competições pelo apoio do
povo.
Os cidadãos numa democracia não têm apenas direitos, têm o dever de participar no
sistema político que, por seu lado, protege os seus direitos e as suas liberdades
Os Angolanos vivem numa democracia aberta onde são respeitados os direitos humanos
e ampla liberdade.
Não existe consenso sobre a forma correta de definir a democracia, mas a igualdade, a
liberdade e o Estado de direito foram identificadas como características importantes
desde os tempos antigos.[6] [7] Estes princípios são refletidos quando todos os cidadãos
elegíveis são iguais perante a lei e têm igual acesso aos processos legislativos. Por
exemplo, em uma democracia representativa, cada voto tem o mesmo peso, não existem
restrições excessivas sobre quem quer se tornar um representante, além da liberdade de
seus cidadãos elegíveis ser protegida por direitos legitimados e que são tipicamente
protegidos por uma constituição.[8] [9]
Uma teoria sustenta que a democracia exige três princípios fundamentais: 1) a soberania
reside nos níveis mais baixos de autoridade; 2) igualdade política e 3) normas sociais
pelas quais os indivíduos e as instituições só consideram aceitáveis atos que refletem os
dois primeiros princípios citados.[10]
O termo democracia às vezes é usado como uma abreviação para a democracia liberal,
que é uma variante da democracia representativa e que pode incluir elementos como o
pluralismo político, a igualdade perante a lei, o direito de petição para reparação de
injustiças sociais; devido processo legal; liberdades civis; direitos humanos; e elementos
da sociedade civil fora do governo. Roger Scruton afirma que a democracia por si só
não pode proporcionar liberdade pessoal e política, a menos que as instituições da
sociedade civil também estejam presentes.[11]
Também tem sido sugerido que uma característica básica da democracia é a capacidade
de todos os eleitores de participar livre e plenamente na vida de sua sociedade.[16] Com
sua ênfase na noção de contrato social e da vontade coletiva do todos os eleitores, a
democracia também pode ser caracterizada como uma forma de coletivismo político,
porque ela é definido como uma forma de governo em que todos os cidadãos elegíveis
têm uma palavra a dizer de peso igual nas decisões que afetam suas vidas.[17]
O sistema democrático ateniense não era apenas dirigido no sentido de que as decisões
eram tomadas pelas pessoas reunidas na assembleia, mas também era mais direto no
sentido de que as pessoas, através de assembleias e tribunais de justiça, controlavam
todo o processo político e uma grande proporção dos cidadãos estavam envolvidos
constantemente nos assuntos públicos.[26] Mesmo com os direitos do indivíduo não
sendo garantidos pela constituição ateniense no sentido moderno (os antigos gregos não
tinham uma palavra para "direitos"[27] ), os atenienses gozavam de liberdades não por
conta do governo, mas por viverem em uma cidade que não estava sujeita a outro poder
e por não serem eles próprios sujeitos às regras de outra pessoa.[28]
A votação por pontos apareceu em Esparta já em 700 a.C. A Apela era uma assembleia
do povo, realizada uma vez por mês. Nessa assembleia, os líderes espartanos eram
eleitos e davam seu voto gritando. Todos os cidadãos do sexo masculino com mais 30
anos de idade podiam participar. Aristóteles chamava esse sistema de "infantil", em
oposição a algo mais sofisticado, como a utilização de registros de voto em pedra, como
os usados pelos atenienses. No entanto, em termos, Esparta adotou esse sistema de
votação por causa da sua simplicidade e para evitar qualquer tipo de viés de votação.[29]
[30]
Mesmo que a República Romana tenha contribuído significativamente com muitos dos
aspectos da democracia, apenas uma minoria dos romanos eram considerados cidadãos
aptos a votar nas eleições para os representantes. Os votos dos poderosos tinham mais
mais peso através de um sistema de gerrymandering, enquanto políticos de alto
gabarito, incluindo membros do Senado, vinham de algumas famílias ricas e nobres.[31]
No entanto, muitas exceções notáveis ocorreram. Além disso, a República Romana foi o
primeiro governo no mundo ocidental a ter uma república como um Estado-nação,
apesar de não ter muitas características de uma democracia. Os romanos inventaram o
conceito de "clássicos" e muitas obras da Grécia antiga foram preservadas.[32] Além
disso, o modelo romano de governo inspirou muitos pensadores políticos ao longo dos
séculos[33] e democracias representativas modernas imitam mais o modelo romano do
que os gregos porque era um Estado em que o poder supremo era realizado pelo povo e
por seus representantes eleitos, e que tinha um líder eleito ou nomeado.[34] A democracia
representativa é uma forma de democracia em que as pessoas votam em representantes
que, em seguida, votam em iniciativas políticas; enquanto uma democracia direta é uma
forma de democracia em que as pessoas votam em iniciativas políticas diretamente. [35]
A Segunda Guerra Mundial trouxe uma reversão definitiva desta tendência na Europa
Ocidental. A democratização dos setores estadunidense, britânico e francês da
Alemanha ocupada (disputado[37] ), da Áustria, da Itália e do Japão ocupado pelos
Aliados serviu de modelo para a teoria posterior de "mudança de regime". No entanto, a
maior parte da Europa Oriental, incluindo o setor soviético da Alemanha, caiu sob a
influência do bloco soviético não- democrático. A guerra foi seguida pela
descolonização e, novamente, a maioria dos novos estados independentes tiveram
constituições nominalmente democráticas. A Índia emergiu como a maior democracia
do mundo e continua a sê-lo.[38]
Em 1960, a grande maioria dos Estados-nação tinham, nominalmente, regimes
democráticos, embora a maioria das populações do mundo ainda vivesse em países que
passaram por eleições fraudulentas e outras formas de subterfúgios (particularmente em
nações comunistas e em ex-colônias). Uma onda posterior de democratização trouxe
ganhos substanciais para a verdadeira democracia liberal para muitas nações. Espanha,
Portugal (1974) e várias das ditaduras militares na América do Sul voltaram a ser um
governo civil no final dos anos 1970 e início dos anos 1980 (Argentina em 1983,
Bolívia e Uruguai em 1984, o Brasil em 1985 e o Chile no início de 1990). Isto foi
seguido por nações do Extremo Oriente e do Sul da Ásia no final da década de 1980.
A tendência liberal se espalhou para alguns países da África na década de 1990, sendo o
exemplo mais proeminente a África do Sul. Alguns exemplos recentes de tentativas de
liberalização incluem a Revolução Indonésia de 1998, a Revolução Bulldozer na antiga
Iugoslávia, a Revolução Rosa na Geórgia, a Revolução Laranja na Ucrânia, a Revolução
dos Cedros no Líbano, a Revolução das Tulipas no Quirguistão e da Revolução de
Jasmim na Tunísia (parte da chamada "Primavera Árabe")
Nós podemos ver democracias diretas e indiretas como os tipos ideais, com as
democracias reais se aproximando umas das outras. Algumas entidades políticas
modernas, como a Suíça ou alguns estados americanos, onde é frequente o uso de
referendo iniciada por petição (chamada referendo por demanda popular) ao invés de
membros da legislatura ou do governo. A última forma, que é frequentemente conhecida
por plebiscito, permite ao governo escolher se e quando manter um referendo, e também
como a questão deve ser abordada. Em contraste, a Alemanha está muito próxima de
uma democracia representativa ideal: na Alemanha os referendos são proibidos—em
parte devido à memória de como Adolf Hitler usou isso para manipular plebiscitos em
favor do seu governo.[52] [53]
O sistema de eleições que foi usado em alguns países capitalistas de Estado, chamado
centralismo democrático, pode ser considerado como uma forma extrema de democracia
representativa, onde o povo elegia representantes locais, que por sua vez elegeram
representantes regionais, que por sua vez elegiam a assembleia nacional, que finalmente
elegia os que iam governar o país. No entanto, alguns consideram que esses sistemas
não são democráticos na verdade, mesmo que as pessoas possam votar, já que a grande
distância entre o indivíduo eleitor e o governo permite que se tornasse fácil manipular o
processo. Outros contrapõem, dizendo que a grande distância entre eleitor e governo é
uma característica comum em sistemas eleitorais desenhados para nações gigantescas
(os Estados Unidos e algumas potências europeias, só para dar alguns exemplos
considerados inequivocamente democráticos, têm problemas sérios na democraticidade
das suas instituições de topo), e que o grande problema do sistema soviético e de outros
países comunistas, aquilo que o tornava verdadeiramente não-democrático, era que, em
vez de serem escolhidos pelo povo, os candidatos eram impostos pelo partido dirigente.
O voto, também chamado de sufrágio censitário, é típico do Estado liberal (século XIX)
e exigia que os seus titulares atendessem certas exigências tais como pagamento de
imposto direto; proprietário de propriedade fundiária e usufruir de certa renda.
A maioria das sociedades hoje não mantêm essa exclusão, mas algumas ainda o fazem.
Por exemplo, Fiji reserva um certo número de cadeiras no Parlamento para cada um dos
principais grupos étnicos; essas exclusões foram adotadas para barrar a maioria dos
indianos em favor dos grupos étnicos fijianos.
Outra exclusão que durou muito tempo foi a baseada no sexo. Todas as democracias
proibiam as mulheres de votar até 1893, quando a Nova Zelândia se tornou o primeiro
país do mundo a dar às mulheres o direito de voto nos mesmos termos dos homens. No
Brasil, pela constituição de 1822 e suas emendas antes dessa data, permitiu-se o direito
de voto feminino, desde que pertencesse à classe determinada dos fazendeiros e fosse
alfabetizada.[48] Isso aconteceu devido ao sucesso do movimento feminino pelo direito
de voto, tanto na Nova Zelândia como no Brasil, sendo que houve participações
parlamentares já no Brasil depois dessa época.[48] Hoje praticamente todos os estados
permitem que mulheres votem; as únicas exceções são sete países muçulmanos do
Oriente Médio: Arábia Saudita, Barein, Brunei, Kuwait, Omã, Qatar e Emirados Árabes
Unidos.
Hoje todos os partidos políticos no Canadá são cautelosos sobre as críticas de alto nível
de imigração, porque, como observou The Globe and Mail, "no início de 1990, o antigo
Partido da Reforma foi marcado como 'racista' por sugerir que os níveis de imigração
deveriam ser reduzidos de 250.000 a 150.000."[56] Como o professor de Economia Don
J. DeVoretz destacou: "Em uma democracia liberal como o Canadá, o seguinte
paradoxo persiste. Mesmo que a maioria dos entrevistados respondendo sim à pergunta:
'Há muitas imigrantes chegando a cada ano?' números de imigrantes continuam a subir
até que um conjunto crítico de custos econômicos apareçam'".[57] [58]