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CONFLITOS ENTRE ÁRABES E

JUDEUS
 “A Palestina é uma terra sem povo para
um povo sem terra".
 Por volta do século III d.C. os romanos
expulsaram os judeus do que se
convencionou chamar de Terra Santa.
 Em 1897, após um encontro sionista, os
judeus decidiram voltar a ocupar a Palestina,
que na época pertencia ao Império Otomano.
 Imediatamente, teve início a emigração
judaica para o local onde viviam cerca de 500
mil árabes. Em 1903, estima-se que já
somavam 25 mil judeus vivendo em meio à
comunidade árabe. Em 1914, pouco antes da
Primeira Guerra Mundial, eram 60 mil e em
1948, após a Segunda Guerra Mundial e
pouco antes da criação do estado judaico,
somavam 600 mil.
O povo judeu baseia suas reivindicações pela
Terra de Israel em diversos fatores:
 1. A Terra de Israel foi prometida por Deus aos
judeus. Esta é a antiga terra dos patriarcas e
profetas bíblicos.
 2. Desde que os judeus foram exilados pelos
romanos, a Terra de Israel nunca foi estabelecida
como um estado.
 3. O estado de Israel foi criado pelas Nações
Unidas em 1947. É um estado democrático,
moderno e soberano.
 4. Toda a Terra de Israel foi comprada pelos
judeus ou conquistada por Israel em guerras de
defesa, após o país ter sido atacado por seus
vizinhos árabes.
 5. Os árabes controlam 99.9% do território no
Oriente Médio. Israel representa apenas um
décimo de 1 % da região.
 6. A história demonstrou que a segurança do
povo judeu apenas pode ser garantida através da
existência de um estado judeu forte e soberano.
O povo palestino baseia suas
reivindicações pela Terra de
Israel em diversos fatores:
 1. Os árabes muçulmanos viveram no local por
muitos anos.
 2. O povo palestino tem o direito à
independência nacional e à soberania sobre a
terra onde viveram.
 3. Jerusalém é a terceira cidade sagrada na
religião muçulmana, local de elevação do profeta
Maomé aos Céus.
 4. O Oriente Médio é dominado por árabes.
Outras religiões ou nacionalidades não
pertencem à região.
 5. Todos os territórios árabes que foram
colonizados tornaram-se estados
completamente independentes, exceto a
Palestina.
 6. Os palestinos tornaram-se refugiados
Criação do Estado de Israel

 Após a 2ª Guerra os países a Organização das


Nações Unidas (ONU) apoiada pelos países
ocidentais resolveu criar o Estado de Israel na
Palestina.
 Antes da decisão a região era uma possessão
da Inglaterra.
 Em 1947 em assembleia realizada pela ONU,
foi criado o Estado de Israel.
 Foi deliberada a divisão da região da
Palestina em Estado Árabe e o Estado Judeu.
 Em 1948 é estabelecido o Estado de Israel.
 “Nossa distante rua à beira de Kerem Avraham, no
norte de Jerusalém, explodiu em um primeiro grito
aterrorizante. […] Meu pai e minha mãe estavam ali
abraçados como duas crianças perdidas na floresta
como eu nunca os tinha visto antes ou depois, e por
um momento entrei no abraço deles e então voltei
aos ombros de meu pai. Meu pai, sempre muito
culto e educado, gritava no mais alto de sua voz, não
palavras claras ou slogans sionistas, nem gritos de
alegria, mas um grito longo e nu que parecia
preceder a invenção das palavras.”
https://super.abril.com.br/historia/os-bastidores-da-assembleia-que-criou-o-estado-
de-israel/
1º Conflito

 Em 1948 acontece a 1ª guerra entre Árabes


(Tropas da Transjordânia, Egito, Síria, Líbano e
Iraque) e Judeus, vencida pelo Judeus.
Consequências
 Com o apoio econômico e militar de outros
países, Israel dominou mais da metade do
território reservado aos Árabes no plano de
divisão da ONU.
 Milhares de palestinos foram obrigados a migrar
para outros países.
Guerra do Suez
Também conhecida como Segunda Guerra Israelo-Árabe
ou Crise de Suez, teve início em Outubro de 1956, quando
Israel, com o apoio da França e Reino Unido, que utilizavam
o canal para ter acesso ao comércio oriental, declarou
guerra ao Egito.
O presidente do Egito Nasser anuncia a nacionalização do
canal, em Julho de 1956.
No desenrolar do conflito, Israel ocupou a Península do
Sinai e assumiu o controle do Golfo de Aqaba, reabrindo o
porto de Eilat. Os egípcios foram militarmente derrotados,
mas os Estados Unidos e a União Soviética interferiram, e,
em 1957, obrigaram os três países a se retirarem dos
territórios ocupados sob a supervisão das tropas das
Nações Unidas.
Guerra dos seis dias
 Conflito entre Israel, Egito, Jordânia e Síria com o apoio do
Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Sudão e Argélia.
 Início: 5 de junho de 1967
Início:A Guerra dos Seis Dias foi um conflito
relâmpago que aconteceu entre Israel, Egito,
Jordânia e Síria, que contavam com o apoio do
Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão.
Após o término da guerra pelo controle do Canal de
Suez, um clima de tensão ficou no ar, deixando claro
que qualquer detalhe mal interpretado ou
simplesmente, feito com má vontade, poderia levar
as causas de uma nova guerra, e foi o que aconteceu.
Israel e Egito haviam feito um acordo de que os
israelenses retirariam suas tropas do Sinai desde
que o egípcios parassem de dar apoio as ações
de guerrilha naquela região. Porém, neste
acordo, apenas Israel cumpriu sua parte, pois o
Egito continuou ajudando as facções de guerrilha
que insistiam em atacar o povo hebreu. Para
completar, o Egito ainda bloqueou o Golfo de
Aqaba, uma rota de suma importância para a
navegação de Israel, e este ato foi considerado
como uma enorme agressão ao governo de Israel
No dia 5 de junho teve início a ofensiva que
duraria seis dias. Israel iniciou com um
ataque preventivo, que não visava a
intenção de matar nenhum inimigo, apenas
de destruir a capacidade aérea dos países
árabes. Em praticamente três horas cerca
de 319 aviões do Egito estavam destruídos,
a maioria deles nem havia decolado ainda,
enquanto isso os israelenses perderam
apenas 19 aviões.
Obtendo essa vantagem numérica, no que
dizia respeito ao arsenal, as tropas israelenses
conseguiram ocupar a Faixa de Gaza por
terra, e ainda chegar ao Sinai. De maneira
incrível, as tropas de Israel conseguiram
romper as defesas árabes tanto pelo norte
quanto pelo sul, e ainda cessaram o esforço
militar que mantinha unido os palestinos e os
egípcios, na Faixa de Gaza.
No segundo dia, as tropas jordanianas
iniciaram um bombardeio as cidades de
Israel, principalmente Jerusalém. Como
reação, os Hebreus tomaram posições
próximas a Belém e ao sul de Ramallah, além
de decidirem bombardear Amman e Mafraq.
Com o controle no céu, em apenas 24 horas Israel já havia
tomado posse de grande parte das cidades dos
jordanianos.
No dia 7 de junho, o terceiro da guerra, Israel já havia
conseguido anexar toda a Jerusalém e a Cisjordânia,
reunificando a cidade.
Agindo sob pressão americana, a ONU decidiu iniciar um
processo de negociação, apelando para que os países
árabes envolvidos repensassem a guerra em questão. Havia
ocorrido muitas perdas, e ainda existia o risco de outros
países mulçumanos entrarem no conflito, que poderia se
tornar incontrolável e catastrófico. Essa intervenção
conseguiu um cessar fogo entre a Jordânia e Israel, que
entrou em vigor no mesmo dia.
Já era óbvio que a guerra deveria durar
apenas poucos dias, pois a ONU já havia feito
seu apelo e agora quem quisesse sair
vitorioso deveria correr contra o tempo para
conseguir os domínios dos territórios tão
desejados.
Consequências

Os estados árabes perderam mais da metade de


seu equipamento militar;
Israel perdeu cerca de 766 homens, enquanto os
árabes perderam cerca de 18.000;
O presidente do Egito, Nasser, renunciou ao
cargo devido a derrota;
O mundo islâmico ficou com aversão ao estado
israelita;
Aumentou o número de refugiados da Jordânia.
Consequências

Os combates cessaram, Israel controlava a


totalidade da península do Sinai, a Faixa de
Gaza, Cisjordânia (com a totalidade da cidade de
Jerusalém) e as estratégicas Colinas de Golã, na
Síria. Desta forma, Israel tinha conquistado um
território quatro vezes maior que o seu em 1949,
e albergava em suas novas fronteiras uma
população árabe de 1,5 milhões.
Guerra de Yom Kippur (1973)

 Motivos: Após a Guerra de Seis Dias, o governo


israelense tomou providências no sentido de
proteger as terras conquistadas e,
principalmente, o controle obtido sob o Canal de
Suez. Por isso, construíram uma linha de
fortificações ligadas por estradas que ficou
conhecida como a Linha Bar-Lev. Por outro lado,
as nações árabes derrotadas nesse primeiro
conflito ainda se sentiam desrespeitadas com tal
situação e logo organizaram uma resposta
contra Israel.
Países envolvidos: Egito, Síria x Israel.
No dia 6 de outubro de 1973, grande parte da
nação judaica se encontrava ocupada com os
preparativos do “Yom Kippur”, um importante
feriado também conhecido como o “dia do
perdão”. Talvez por ironia ou razões estratégicas,
Egito e Síria iniciaram um pesado ataque militar
abrindo fogo contra as postos israelenses que
protegiam a região de Suez. Em questão de
minutos, os exércitos israelenses receberam uma
verdadeira saraivada de granadas.
Consequências:
 Cessar fogo em 25 de outubro de 1973 com
interferência da ONU, com Israel retomando
seu território invadido.
 Aumento do preço do petróleo (chamada de
crise do petróleo) por retaliação dos países
árabes aos países que apoiaram Israel
(principalmente os EUA).
Quais são os principais grupos armados
palestinos?
 Organização para a Libertação da Palestina
(OLP), um agrupamento político que representa
os 8 milhões de palestinos que existem no
mundo. A OLP foi criada em 1964 para
centralizar a liderança dos vários grupos que
operavam como movimentos de resistência
clandestinos. Nos anos 90, a organização
admitiu negociar a paz com os israelenses.
 Al Fatah;
 Frente Democrática para Libertação da
Palestina;
 Frente Popular para a Libertação da
Palestina;
 Jihad Islâmica Palestina;
 Hamas.
Estatuto do Hamas
 "O Movimento de Resistência Islâmica sustenta que a
Palestina é um território de Wakf, (legado hereditário)
para todas as gerações de muçulmanos, até o Dia da
Ressurreição. Ninguém pode negligenciar essa terra,
nem mesmo uma parte dela, nem abandoná-la, ou
parte dela. Nenhum Estado Árabe, ou mesmo todos os
Estados Árabes (juntos) têm o direito de fazê-lo;
nenhum Rei ou Presidente tem esse direito, nem
tampouco todos os Reis ou Presidentes juntos,
nenhuma organização, ou todas as organizações
juntas – sejam elas palestinas ou árabes – têm o
direito de fazê-lo, porque a Palestina é território Wakf,
dado para todas as gerações de muçulmanos, até o
Dia da Ressurreição.
 https://brasilescola.uol.com.br/historiag/hamas.htm
Quanto a Israel, a postura do Hamas se tornou a
seguinte:”Israel existirá e continuará existindo
até que o Islã o faça desaparecer, como fez
desaparecer a todos aqueles que existiram
anteriormente a ele.“
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/hamas.htm
Intifada

 É frequentemente empregado para designar


uma insurreição contra um regime opressor
ou um inimigo estrangeiro, mas tem sido
especialmente utilizado para designar dois
fortes movimentos da população civil da
palestina contra a presença israelense nos
territórios ocupados.
 “Primeira Intifada”- O termo surgiu após o
levante espontâneo que começou a partir de
9 de dezembro de 1987, com a população civil
palestina atirando paus e pedras contra os
militares israelenses. Este levante seria
conhecido mais tarde como “primeira
intifada" ou "guerra das pedras".
 “segunda intifada“ - também conhecida
como a intifada de Al-Aqsa , teve início em 29
de setembro de 2000, no dia seguinte à
caminhada de Ariel Sharon pela Esplanada
das Mesquitas e no Monte do Templo, nas
cercanias da mesquita de Al-Aqsa, em
Jerusalém - área considerada sagrada tanto
por muçulmanos quanto por judeus.
Tratado de Camp David (1978)

 Tratado que marcou a normalização das


relações entre Israel e Egito. Foi o primeiro
acordo de paz entre um país árabe e o Estado
de Israel.
Principais pontos

 O Egito reconhece Israel em troca da devolução da


Península do Sinai.
 Expandia a resolução 242, pedia negociações
multilaterais para resolver o “problema palestino”.
Um segundo acordo tratava da paz entre Israel e
Egito, o que ocorreu em 1979, com a saída de Israel
da península do Sinai, ocupada desde 1967. Isso
resultou no primeiro reconhecimento do Estado de
Israel por parte de um país árabe gerando revolta de
outros países árabes.
Acordo de Oslo (1993)

 As negociações de Oslo tentaram contemplar


o que faltara em todas as conversas prévias,
como um acordo direto entre israelenses e
palestinos, representados pela OLP
(Organização pela Libertação da Palestina).
Sua importância é que resultou no
reconhecimento mútuo entre Israel e a OLP.
 O acordo estipulava que tropas israelenses
deixariam a Cisjordânia e Gaza, que um governo
interino palestino seria montado para um
período de transição de cinco anos, abrindo
caminho para a formação de um Estado
Palestino.
O grupo Hamas e outros palestinos não
aceitaram os termos de Oslo e iniciaram ataques
suicidas contra Israel, que por sua vez enfrentou
a oposição de colonos israelenses e outros
setores da sociedade.

O acordo foi assinado em 1993, na Casa
Branca, onde, sob a mediação do presidente
americano Bill Clinton, Yasser Arafat, líder da
OLP, e Yitzhak Rabin, premiê israelense,
apertaram as mãos. Mas seus termos foram
apenas parcialmente implementados.

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