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HISTÓRIA DO BRASIL

REPÚBLICA POPULISTA
1945-1964

PROFº FHANOEL RIBEIRO


PROF. MAX DANTAS 1
REPÚBLICA POPULISTA
1945-1964

PROFº FHANOEL RIBEIRO


PROF. MAX DANTAS 2
EURICO GASPAR DUTRA
1946-1951
 O Governo Dutra marca o fim do
Estado Novo e o início da Segunda
República Brasileira.
 Foi eleito pelo (PTB) e (PSD),
contando com o apoio de Vargas.
 E no contexto da GUERRA FRIA o
Brasil se alinhou aos EUA.
 Em 18 de setembro de 1946 foi
promulgada uma nova Constituição.
 Inspirada na constituição norte-
americana de 1787 e na brasileira
em 1934.
 República Presidencialista, com
CONSTITUIÇÃO
presidente eleito pelo período de 5
DE 1946 anos.
 Autonomia dos Estados e Municípios.
 Sistema representativo: Senado e
Câmara dos Deputados.
 Liberdade de expressão, de culto e de
religião.
 Eleições para todos os cargos, voto
direto a todos os brasileiros
alfabetizados maiores de 18 anos, de
ambos o sexos.
 Garantia o direito de greve a
atividades não essenciais;
 Abolição da Pena de Morte.
O BRASIL E
A GUERRA FRIA
 Nesse contexto, Luís Carlos Prestes,
declarou à imprensa que em caso de
guerra lutaria do lado da URSS.
 E assim, Dutra, desencadeou uma forte
repressão ao comunismo.
 Em 07/05/1947, o governo cassou o
registro do PCB.
 Ocorreu a intervenção nos sindicatos e
proibição de greves.
 E em 28/10/1947, Dutra rompeu
relações diplomáticas do Brasil com a
URSS.
O BRASIL E
A GUERRA FRIA
 No RJ, foi realizada a CONFERÊNCIA
INTERAMERICANA PARA A
MANUTENÇÃO DA PAZ E DA
SEGURANÇA DO CONTINENTE – 1947.
 Henry Truman (EUA) + Dutra (Brasil).
 Nessa conferência foi assinado o TIAR
(Tratado Interamericano de Assistência
Recíproca) que entrou em vigor em 3
de dezembro de 1948.
 Na prática foi a união dos exércitos da
América contra o avanço do
socialismo, a “doutrina Truman” para a
América Latina.
 Caracterizado por uma política
liberal, portanto sem a intervenção ECONOMIA
do estado na economia.
 No ano de 1948 o Brasil participa
da Missão Abbink - presidida por
John Abbink e Otávio Gouveia de
Bulhões.
 O objetivo era promover o
desenvolvimento econômico
brasileiro atrelado aos capitais e
interesses norte-americanos.
 Com isso ocorre a inevitável
entrada e abertura total ao capital
estrangeiro, principalmente de
empresas americanas.
 Essa política de “portas abertas” foi
ECONOMIA desastrosa e acabou com as reservas
econômicas nacionais.
 E assim, ocorreu a inflação, aumento
dos preços e diminuição do poder
aquisitivo.
 Para controlar a crise o governo
estabeleceu a POLÍTICA DE SELEÇÃO
DE IMPORTAÇÕES, restringiu a
importação de bens de consumo
imediato e incentivou a compra de
bens de produção (máquinas e
equipamentos)
 Automóveis, geladeiras, rádios,
ioiôs, meias de nylon, equipamentos
obsoletos, ferroviários e de guerra
da Inglaterra.
EURICO GASPAR DUTRA
 No entanto, nessa mesma época, ocorre o aumento
dos preços externos do café, fato que contribuiu
para que a economia voltasse a crescer.
 A partir de 1947, o crescimento da economia passou
a ser medido por um novo índice o PIB.
 Dutra criou o primeiro plano econômico para o Brasil
SALTE.
SÁUDE; ALIMENTAÇÃO
TRANSPORTE; ENERGIA
 Sem recursos, poucas ações saíram do papel.
 Pavimentou a VIA DUTRA, construiu a hidrelétrica
do São Francisco.
 Durante seu governo foi criada a ESG – ESCOLA
SUPERIOR DE GUERRA.
O FIM

 O fim do governo Dutra é marcado por uma


profunda crise com inflação, greves e a crise política
desestabilizaram o governo.
 É nessa situação que, em 1950, a disputa pela
presidência voltou as ruas da cidade.
 A UDN lançou EDUARDO GOMES, e a coligação
PTB/PSP lançou GETÚLIO VARGAS.
 As eleições foram comentadas pela primeira
emissora de tv da américa latina, a TV TUPI de São
Paulo que iniciou suas transmissões em 1 de
setembro de 1950.
 Com um discurso populista, prometendo que o povo
subiria com ele os degraus do Palácio do Catete,
defendendo a industrialização e a necessidade da
ampliação das leis trabalhistas, GETÚLIO VARGAS
O GOVERNO
VARGAS
“A VOLTA DO
VELHINHO”
1951-54
GETÚLIO VARGAS
1951-1954
 Surge como uma alternativa para
resolver os problemas sociais.
 Apoiado pelas massas populares
e por setores da burguesia
nacional.
 No poder procurou contentar as
diferentes forças envolvidas na
cena política, por isso, seu
segundo mandato foi
inicialmente considerado
CONCILIADOR.
CONCILIADOR

 PAI DOS POBRES  MÃE DOS RICOS


 APOIO AO  POLÍTICA LIBERAL
MOVIMENTO
 FACILITA
OPERÁRIO
INVESTIMENTOS
 “GREVE DOS 300 PRIVADOS
MIL” ESTRANGEIROS
 FORTE POLÍTICA
NACIONALISTA
ECONOMIA
PLANO LAFER - 1952 – Plano Nacional
de Reaparelhamento Econômico
• Desenvolver a petroquímica, siderurgia,
transportes, energia e técnicas agrícolas
• NÃO FOI APROVADO NO CONGRESSO

BNDE - 1952 – Banco Nacional de


Desenvolvimento Econômico
• Para captar recursos para o
desenvolvimento da indústria nacional,
principalmente na área da indústria de base
POLÍTICA EXTERNA
ACORDO MILITAR COM OS EUA –
1952
• Mas não totalmente alinhado ao
bloco.
• Não envia tropas brasileiras para a
guerra da Coréia.
AMÉRICA LATINA
• Contatos políticos com o Chile e a
Argentina, buscando estabelecer
um mercado regional.
• Não assina o PACTO ABC. (seria um
bloco continental alternativo à
polarização mundial entre Estados
Unidos e União Soviética)
PETROBRAS - 1953 – Petróleo
NACIONALISMO
Brasileiro S/A
• 3/10/1953 – Monopólio estatal da extração
e refino do petróleo
• “O PETRÓLEO É NOSSO”

LEI DOS LUCROS


EXTRAORDINÁRIOS - 1953
• Controlar o envio de lucros das
multinacionais para suas matrizes no
exterior.
• A oposição barrou essa lei no congresso.

ELETROBRAS - 1954 – Centrais


Elétricas Brasileiras S/A
• 10/03/1954 – Desenvolver o setor de
produção de energia elétrica – (construída
somente em 25/04/1961)
POLÍTICA DE MASSAS
 Vargas continuou adotando o trabalhismo,
promovendo grandes comícios e se dirigindo aos
trabalhadores pelo rádio.
 Prometia ampliar os benefícios da legislação
trabalhista, ainda , com o objetivo de despertar o
sentimento de gratidão da população.
 Mas sua popularidade estava em baixa devido ao
aumento dos preços dos alimentos e dos alugueis
que subiam mais do que os salários.
 Reagindo ao alto custo de vida os trabalhadores de
várias partes do país realizaram protestos, saques a
armazéns e greves como a GREVE DOS 300 MIL em
1953, e no mesmo ano explodia no RIO DE JANEIRO,
em SANTOS e em BELÉM a GREVE DOS MARÍTIMOS,
da qual participaram milhares de trabalhadores.
 Para contornar essa situação, Vargas nomeou o
líder do PTB, João Goulart para o Ministério do
POLÍTICA DE Trabalho, e assim, Jango, negociou com os
grevistas um aumento de 32%, e eles voltaram
MASSAS ao trabalho.
 No entanto, essa proximidade de Jango com o
movimento sindical e a promessa de aumentar
o salário mínimo em 100% irritou a oposição
liderada pela UDN e os militares.
 E assim, os militares , em protesto, assinam o
MANIFESTO DOS CORONÉIS , em fevereiro de
1954, advertindo o presidente para a infiltração
de elementos comunistas em seu governo e
repudiando o aumento do salário mínimo
 Vargas demitiu João Goulart, mas em 1° de
maio de 1954, em um discurso, autorizou o
aumento de 100% no salário, que descontando
a inflação, representava um aumento real de
54%.
SITUAÇÃO
 APOIO AO MOVIMENTO
OPERÁRIO
 PETROBRAS
 ELETROBRAS
 NOVA LEI DE REMESSA DE
LUCROS AO EXTERIOR
 AUMENTO DE 100% NO
SALÁRIO MÍNIMO
 NÃO APOIA OS EUA NA
GUERRA DA COREIA
A CRISE
 Vargas sofre forte oposição do capital
estrangeiro e das elites nacionais.
 Essa oposição se utiliza da imprensa, através de
publicidade e artigos contra Vargas através dos
jornais: O ESTADO DE SÃO PAULO e O GLOBO
que faziam coro com A TRIBUNA DA
IMPRENSA, de Carlos Lacerda.
 CARLOS LACERDA, “O CORVO”, da UDN,
representou a maior oposição, fazendo uma
forte campanha antigetulista atacando
diretamente Vargas:
 “UM CORRUPTO COM UM GOVERNO DE
CORRUPTOS”
 Na imprensa, somente o jornal A ÚLTIMA
HORA defendia Vargas e seu governo.
ATENTADO DA RUA TONELEIROS
 Nesse clima de tensão, em 05/08/1954,
Carlos Lacerda foi vítima de um
atendado, do qual saiu levemente
ferido, mas seu segurança, o Major
Rubens Vaz, da Aeronáutica, acabou
morrendo; o episódio conhecido como
ATENDADO DA RUA TONELEIROS.
 Tem início uma forte reação da
oposição, liderada por Lacerda, e da
Aeronáutica contra Getúlio.
 Em 12/08/1954 a Aeronáutica autorizou
a abertura de um inquérito na base
aérea do Galeão, logo denominada de
REPÚBLICA DO GALEÃO.
O FIM
 Em poucos dias de investigação se
constatou que os envolvidos estavam
ligados ao chefe da guarda pessoal do
presidente, Gregório Fortunato.
 A pressão da oposição se juntou às
exigências militares da Aeronáutica e da
Marinha, que queriam a renúncia de
Vargas.
 MANIFESTO DOS GENERAIS
 22/08/1954 – Forças Armadas exigem
o afastamento de Vargas até a
conclusão do inquérito sobre a morte
do Major Rubem Vaz.
 A grande imprensa dava visibilidade
e reverberava a crise, até que SUICÍDIO
Vargas decidiu “Sair da vida para
entrar na História”
 Em 24/08/1954, por volta das
8h30min, o presidente GETÚLIO
VARGAS se suicida com um tiro no
coração, legando ao povo a Carta
Testamento, e criando um vazio de
poder.
 Quando a carta foi lida no rádio,
causou consternação nacional.
 O povo saiu às ruas no Rio de
Janeiro e passou a perseguir os
inimigos de Vargas, “O pai do povo”.
GOVERNO TRANSITÓRIO
CAFÉ FILHO 1954-55
 Vice de Getúlio, assume com a promessa de
que as eleições presidenciais ocorreriam
democraticamente.
 No seu governo promulgou em 1955 a
INSTRUÇÃO 113 DA SUMOC
(superintendência da Moeda e do Crédito),
por meio do qual facilitou a entrada de
capitais estrangeiros no país.
 Um duro golpe para os defensores do
nacional-estatismo, pois levaria a
desnacionalização da economia.
 Para os seus opositores, era positiva, pois
atrairia empresas estrangeiras incentivando a
industrialização do país.
AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE
1955
 O fato que marcou o governo de Café Filho foram
as eleições presidenciais marcadas para 3 de
outubro.
 Juscelino Kubitschek e João Goulart na chapa
PSD/PTB, e UDN com Juarez Távora, opositor ao
getulismo.
 JK, sai vitorioso, mas com uma pequena margem,
fazendo os udenistas, inconformados com a
derrota, iniciarem uma campanha para impedir a
posse dos eleitos.
 Diziam que não tinham a maioria dos votos, que
eram apoiados pelos comunistas e que as eleições
tinham sido fraudadas.
 Lacerda foi mais longe, e pregava um golpe militar
GOVERNO TRANSITÓRIO
CAFÉ FILHO 1954-55
 A tensão aumentou quando CAFÉ FILHO pede o
afastamento do cargo por motivo de doença.
 Foi substituído por CARLOS LUZ, presidente da Câmara dos
Deputados, que era favorável aos golpistas.
 O exército estava dividido, e assim, coube ao GENERAL
LOTT, legalista, a manutenção da ordem democrática.
 Em 11/11/1955 ordenou que o exército ocupasse os
principais prédios públicos e neutralizassem os militares
contrários à legalidade.
 Impedindo o golpe, Carlos Luz foi deposto e fugiu com os
outros golpistas, no mesmo dia passa a presidência a
NEREU RAMOS, presidente do Senado.
 E assim, com as tropas na rua em 31/01/1956 – JK assume
a presidência do Brasil.
SE LIGA AÍ....

CAFÉ FILHO - PEDE PRA SAIR

CARLOS LUZ - GOLPISTA


GENERAL LOTT- LEGALISTA

NEREU RAMOS - BOLA DA VEZ

JUSCELINO KUBITSCHEK -
ASSUME A BAGAÇA
JUSCELINO KUBITSCHEK 1956-1961

 Teve que acalmar as tensões políticas e


sociais que assolavam o país.
 Aliou-se com a base militar, suspendeu
a censura à imprensa e teve grande
capacidade de dialogar com o
congresso e atender a diferentes
demandas sociais.
 Em seu governo ocorre a expansão e
consolidação do capitalismo associado
ou dependente.
 E a Política Econômica do seu governo
foi baseada/delineada pelo plano de
metas - “50 anos em 5”.
PLANO DE METAS
 Com esse slogan JK prometia que faria o
Brasil progredir 50 anos em 5.
 Esse ambicioso projeto fazia parte do seu
PLANO DE METAS, que elegia cinco
grandes áreas: ENERGIA – TRANSPORTE
– INDÚSTRIA – ALIMENTAÇÃO –
EDUCAÇÃO.
 Cada uma das cinco áreas eleitas
possuía várias metas, originalmente o
total de metas eram 30 e durante a
campanha foi acrescentado mais uma: A
CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA.
 Esse projeto é chamado de NACIONAL-
PLANO DE METAS

 Nos anos JK, o governo continuou investindo na


indústria pesada e na geração de energia de
modo a possibilitar o avanço da
industrialização.
 Nesse ponto seu governo se assemelha ao de
Vargas, mas, a grande diferença é que JK
acelerou a industrialização liberando a entrada
de capital estrangeiro com base na INSTRUÇÃO
SUMOC 113.
 Essa instrução facilitava a importação de
máquinas e equipamentos pelas empresas
estrangeiras aqui instaladas e concedia a elas
isenção fiscal por décadas.
 Atraídas por essas facilidades, grandes
multinacionais do ramo de bens de consumo
duráveis se instalaram no Brasil.
 São criados órgãos para
administrar o desenvolvimento do PLANO DE METAS
setor industrial - GEIA E GEICON -
GRUPO EXECUTIVO DA INDÚSTRIA
AUTOMOBILÍSTICA E GRUPO
EXECUTIVO DA INDÚSTRIA DE
CONSTRUÇÃO NAVAL.
 Tinham como objetivo obter
recursos privados para as
indústrias básicas.
 E assim foram instaladas as
montadoras Volkswagem, General
Motors, Ford e Willys.
 ESTRADA E ENERGIA: Construção
de rodovias (Belém-Brasília) e
hidroelétricas (Furnas e Três
Marias).
ECONOMIA

CRESCE NÃO CRESCE


• BENS DE CONSUMO • BENS DE CONSUMO NÃO
DURÁVEIS DURÁVEIS
• CONSUMIDOS PELA • CONSUMIDOS PELA MAIORIA
DA POPULAÇÃO
CLASSE ALTA
ECONOMIA
 Impulsionada pela indústria a economia
cresceu a uma média de 8% ao ano.
 As metas relativas à energia e a
transporte e infraestrutura apresentaram
ótimos resultados.
 No entanto a opção do governo em
investir no setor automotivo vai causar
prejuízos pois as ferrovias foram
praticamente abandonadas e o transporte
de pessoas e mercadorias passou a
depender cada vez mais das estradas.
 Sem contar que outros setores como
educação e alimentação, praticamente
ficaram esquecidos pelo governo.
31° META - BRASÍLIA

 CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA
 Projeto estabelecido
desde a Constituição de
1891.
 Projeto de Lúcio Costa e
Oscar Niemeyer.
 Iniciada a construção em
1957, é inaugurada em
21 de abril de 1960.
JUSCELINO KUBTSCHEK 1956-1961
 O governo JK é marcado por uma
grande contradição.
 Ocorre um grande crescimento
econômico em vários setores.
 Mas não ocorreu um grande
desenvolvimento que traria melhor
qualidade de vida para a população.
 Também é criada a SUDENE –
superintendência para o
desenvolvimento do nordeste – que
não trouxe resultados pois o
desenvolvimento ficou concentrado
na região sudeste.
O FIM
 O fim do governo JK é marcado por
um grande endividamento externo.
 Rompe com o FMI, pois não
concedeu novo empréstimo para o
Brasil.
 Parte em busca de empréstimos em
bancos privados, e permite a
emissão de papel moeda –
CRUZEIRO.
 O resultado foi: alta inflação,
desvalorização dos salários e
diminuição do poder de compra.
O FIM
 Entrega a faixa presidencial a
Jânio Quadros com o país
mergulhado em uma crise
econômica.
 Uma inflação que passava dos
30%, dívida externa e rombo nos
cofres públicos e na previdência.
 As grandes somas de recursos
que foram direcionadas para a
construção de Brasília explicam
essa situação de crise que marca
o fim do Governo JK.
JÂNIO QUADROS - 1961
 Com forte apelo popular, seus
discursos o apresentavam como o
candidato dos pobres, moralista e
autoritário.
 As eleições de 1960 ocorrem durante
essa situação e Jânio é eleito com uma
votação histórica, tendo como vice
João Goulart quer era oposição a
Jânio.
 Naquela época, era possível votar no
presidente de uma chapa e no vice de
outra.
AUSTERIDADE ECONÔMICA
ECONOMIA E
POLÍTICA  Congela salários, desvaloriza a moeda, corta
subsídios federais para os estados e
municípios e corta subsídios ao petróleo e ao
trigo, o que leva ao aumento desses
produtos.
 Essa austeridade aproxima o Brasil do FMI e
a dívida externa é negociada.
 Mas, essa situação, provocou forte recessão,
desemprego e a queda da popularidade do
presidente.
ROMPE COM A UDN
 Foram aliados durante a campanha, mas
Jânio não queria a interferência em seu
governo.
 E assim, Carlos Lacerda (UDN) passa a fazer
oposição ao governo.
CONTROVERSO
 Criticava o Congresso,
perdendo o apoio para a
aprovação das leis.
 Governava por
“bilhetinhos”.
 Proibiu brigas de galo.
 Uso de lança perfume.
 Corridas de cavalo em dias
de semana.
 Uso de biquíni nas praias.
POLÍTCA EXTERNA
 Aumenta os impostos sobre o lucro das
empresas nacionais e estrangeiras.
 Manteve um discurso crítico em relação
aos EUA, afirmou a independência do
Brasil em relação a Guerra Fria.
 Reata relações diplomáticas com países do
Bloco Socialista
 Condecorou Che Guevara com a Ordem do
Cruzeiro do Sul em 19 de agosto de 1961.
 Nesse contexto enviou o vice, Jango, em
uma missão política e comercial com a
China.
JÂNIO QUADROS - 1961
 Essa política independente ia
contra os interesses dos EUA na
órbita da Guerra Fria.
 Ia contra os interesses da UDN, pois
deixaram de participar diretamente
do governo.
 Perdeu o apoio popular devido às
medidas impopulares e à crise
econômica.
 A oposição liderada por LACERDA
iniciou uma campanha contra Jânio
– UM GOLPE SOCIALISTA.
RENÚNCIA
 Em 25/08/1961 - o Brasil se
surpreendeu com o pedido de
renúncia de Jânio.
 Ele afirmava, em carta ao
Congresso, que “forças terríveis” o
haviam levado a tomar aquele
gesto.
 Porém, se acredita que Jânio
imaginou um “espetáculo de
renúncia”, o qual mobilizaria a
população em seu favor e ele
voltaria ao poder muito mais
fortalecido.
RENÚNCIA
 Mas isso não aconteceu, e o Congresso de
pronto aceitou sua saída do cargo.
 Assumiu interinamente a direção do país, o
presidente da Câmara, Ranieri Mazilli.
 O vice, João Goulart, fazia uma visita oficial
à China.
 Os militares vetam o nome de Jango para
assumir a presidência e ordenam a sua
prisão.
 Tem início a campanha da legalidade,
liderada por Leonel Brizola.
LEGALIDADE
 Entre 25 de agosto e 7 de
setembro de 1961.
 Brizola contou com o apoio
popular, de milícias estaduais e do
III Exército.
 Os militares acabaram cedendo e
aceitaram a posse de Jango.
 Porém, com seu governo sendo
limitado por um Parlamentarismo
através da EMENDA Nº 4.
JOÃO GOULART – 1961-1964
PARLAMENTARISMO – 1961-1963

 Jango assume como Chefe de


Estado.
O poder administrativo
estava na mão do Primeiro-
Ministro que era o Chefe de
Governo.
 Tancredo Neves foi o
Primeiro-Ministro chefe de
gabinete.
PARLAMENTARISMO – 1961-1963

 As elites conservadoras
seguiam com forte oposição.
 06/01/1963 – PLEBISCITO
NACIONAL.
 Onde a população deveria
votar a favor ou contra o
PARLAMENTARISMO.
 O PRESIDENCIALISMO saiu
vitorioso e o poder voltou às
mãos de Jango.
PRESIDENCIALISMO PLANO TRIENAL
 Controlar a inflação.
1963-1964  Melhorar a distribuição de
rendas.
 Reduzir a dívida externa.
LEI DE REMESSA DE LUCROS AO
EXTERIOR
 Regulamenta o envio de
lucros de empresas
multinacionais.
AS REFORMAS DE BASE
 Reforma urbana e agrária,
 Reforma tributária e
bancária,
 Reforma educacional e
política.
A SITUAÇÃO
 FRENTE PARLAMENTAR
NACIONALISTA – conhecida como
Grupo dos Onze, defendia as
reformas de base.
 AS LIGAS CAMPONESAS lutavam
pela reforma agrária.
A CGT (Central Geral dos
Trabalhadores) consegue a
aprovação do 13° salário em 1962.
 UNE (União Nacional dos
Estudantes) lutava pela reforma
educacional.
A OPOSIÇÃO

 Com essa radicalização, os


grupos conservadores e os
militares eram contra as
reformas de base.
O IBAD – (Instituto
Brasileiro de Ação
Democrática) e o IPES
(Instituto Brasileiro de
Pesquisas Sociais) passam a
fazer oposição à Jango.
SITUAÇÃO
13/03/1964 – COMÍCIO DA
CENTRAL DO BRASIL
 REFORMAS DE BASE
 Central do Brasil
19/03/1964 – MARCHA DA
FAMÍLIA COM DEUS PELA
LIBERDADE
 Contra o Governo Jango
 Quebra da hierarquia
militar
SITUAÇÃO
25 a 27/03/1964 MANIFESTAÇÃO
DOS MARINHEIROS
 Cabo Anselmo exige a
exoneração do Ministro da
Marinha.
 Jango acatou o pedido.
 Quebra da hierarquia militar.
30/03/1964 – DISCURSO
NO AUTOMÓVEL CLUBE DO
BRASIL
 Em apoio aos militares de
baixa patente.
O GOLPE
31/03/1964 – TEM INÍCIO O GOLPE
 Olímpio Mourão Filho iniciou a
movimentação de tropas, desde
Minas Gerais até o Rio de Janeiro.
 Outras guarnições apoiam RS, SP
e RJ.
01/04/1964 – João Goulart é deposto
e parte para o exílio no Uruguai.
DOUTRINA DE SEGURANÇA NACIONAL
 Base ideológica para o golpe.
 União para deter o avanço do
socialismo.
SE LIGA AÍ...
OPERAÇÃO BROTHER SAM
 Apoio das Forças Armadas
dos EUA, que
bombardeariam e
invadiriam o Brasil caso
houvesse resistência ao
golpe.

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