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Módulo III A REPÚBLICA

TEMA 02
OLIGÁRQUICA
■ A Política do Café com Leite;
■ O País dos Coronéis;
■ Atividades econômicas na República
Oligárquica.

Prof° Joseph Freire


Prof° Joseph Freire
A REPÚBLICA OLIGÁRQUICA
(1894 – 1930)

■ Domínio das oligarquias (1894–1909):


■ Oligarquias assumiram o poder federal e o estadual e o exerceram
praticamente sem oposição;
■ Surgiram os principais mecanismos de domínio oligárquico.

■ Primeiros abalos do regime oligárquico (1909–1919):


■ Luta entre facções oligárquicas;
■ Surgimento de grupos de oposição dentro do exército.

■ Declínio das oligarquias (1919–1930):


■ Transformações socioeconômicas.
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A REPÚBLICA DO CAFÉ COM LEITE
■ Conservou práticas de dominação existentes no período
imperial;
■ Maior autonomia aos estados;
■ Comissão de Verificação de Poderes:
■ Assegurar a manutenção do controle das oligarquias;
■ Política dos Governadores:
■ Troca de favores políticos entre o Governo Federal e o Estadual.
■ Fortalecimento do coronelismo.

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O CORONELISMO
■ Coronel – base da vida pública no Brasil republicano;
■ Chefe político local, proprietário de terras ou comerciantes;
■ Controlava a vida de centenas de pessoas.

Disponível em: <http://mestresdahistoria.blogspot.com.br/2014/05/roteiro-de-estudos-republica-dos.html>


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VIDA PARTIDÁRIA NA REPÚBLICA VELHA
■ Partidos de caráter regional;
■ PRP – principal força política;
■ Tentativas de formação de partidos nacionais:
■ Partido Republicano Federal (1893-1896);
■ Partido Republicano Conservador (1910-1915).

■ Partido Comunista do Brasil (1922).

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AS ATIVIDADES ECONÔMICAS
■ Exportação de matérias-primas e de gêneros tropicais;
■ Expansão econômica:
■ Crescimento do comércio e da população mundial;
■ Desenvolvimento dos transportes;
■ Fim da escravidão e imigração.
■ Aumento da exportação = diminuição da produção para
consumo interno;
■ Café – principal produto de exportação:
■ Aumento da oferta = queda de preços no mercado mundial;
■ Convênio de Taubaté (1906) – garantia de preço mínimo; criação de um
serviço de propaganda; impostos para dificultar a ampliação as áreas
de cultivo; compra, pelo governo, das sobras de exportação.
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■ Borracha – segundo lugar na pauta de exportações:
■ Aumento da produção de automóveis (1890);
■ O Brasil chegou a exportar 42 mil toneladas do produto em 1912;
■ Concorrência com os ingleses.
■ Cacau:
■ Cultivado em larga escala no sul da Bahia;
■ Sua exportação tomou impulso a partir de 1880;
■ Em 1925, o Brasil exportou mais de 64 mil toneladas de cacau.
■ Industrialização:
■ Crescimento do número de fábricas no Brasil entre 1889 e 1907;
■ 1920 – SP se tornou o maior centro industrial do país;
■ A Primeira Guerra mundial e a industrialização do Brasil.

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(FAMERP/2020) Observe a charge de Storni, publicada na revista Careta em 19.02.1927.
 AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES... "DE CABRESTO“

ELLA - É O ZÉ BESTA?
ELLE - NÃO, É O ZÉ BURRO"
(Apud Renato Lemos (org.). Uma história do Brasil através da caricatura: 1840-2006, 2006.)
 Divulgada durante a Primeira República brasileira, a charge faz referência a uma
 a) ação corrupta que permitia o desvio de verbas públicas. 
 b) prática política que facilitava a continuidade do domínio oligárquico. 
 c) proposição constitucional que determinava a obrigatoriedade do voto. 
 d) experiência política que favorecia a soberania do voto popular. 
 e) lei eleitoral que visava garantir a fidelidade do eleitor.
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(Enem/2017) Rodrigo havia sido indicado pela oposição para fiscal duma das
mesas eleitorais. Pôs o revólver na cintura, uma caixa de balas no bolso e
encaminhou-se para seu posto. A chamada dos eleitores começou às sete da
manhã. Plantados junto da porta, os capangas do Trindade ofereciam cédulas com
o nome dos candidatos oficiais a todos os eleitores que entravam. Estes, em sua
quase totalidade, tomavam docilmente dos papeluchos e depositavam-nos na
urna, depois de assinar a autêntica. Os que se recusavam a isso tinham seus
nomes acintosamente anotados.
VERÍSSIMO, E. O tempo e o vento. São Paulo: Globo, 2003 (adaptado).

Erico Veríssimo tematiza em obra ficcional o seguinte aspecto característico da


vida política durante a Primeira República:
a) Identificação forçada de homens analfabetos.
b) Monitoramento legal dos pleitos legislativos.
c) Repressão explícita ao exercício de direito.
d) Propaganda direcionada à população do campo.
e) Cerceamento policial dos operários sindicalizados.
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(ENEM) O coronelismo era fruto de alteração na relação de forças entre os
proprietários rurais e o governo, e significava o fortalecimento do poder do
Estado antes que o predomínio do coronel. Nessa concepção, o coronelismo é,
então, um sistema político nacional, com base em barganhas entre o governo e
os coronéis. O coronel tem o controle dos cargos públicos, desde o delegado de
policia até a professora primária. O coronel hipoteca seu apoio ao governo,
sobretudo na forma de voto.
CARVALHO, J. M. Pontos e bordados: escritos de história política. Belo Horizonte. Editora UFMG, 1998 (adaptado).

No contexto da Primeira República no Brasil, as relações políticas descritas


baseavam-se na
a) coação das milícias locais.
b) estagnação da dinâmica urbana.
c) valorização do proselitismo partidário.
d) disseminação de práticas clientelistas.
e) centralização de decisões administrativas.
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Nas palavras das historiadoras Lília Schwarcz e Heloísa Starling, havia
determinada política, iniciada por Campos Sales no Brasil, que “reconhecia a
plena autonomia das elites regionais, fazia vista grossa aos esbulhos
cometidos por essas elites para eleger as bancadas e o governo estadual,
acenava com benesses do Tesouro e apresentava a fatura: as unidades da
federação deveriam agir coesas e em consonância com o poder central”.
SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloísa Murgel. Brasil: Uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 321.

As historiadoras mencionavam a que prática da nossa política:


a) Política do café com leite
b) Política dos governadores
c) Política das minorias
d) Política de contenção
e) Política de representação
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(PUCC-SP – Adaptada) O poder local exercido por um reduzido número de famílias
abastadas, não apenas nas províncias nordestinas, mas em todo o território brasileiro,
manteve-se após a proclamação da República e contribuiu para que alguns historiadores
denominassem de “oligárquica” essa fase do período republicano. Em nível nacional, o
favorecimento do poder das oligarquias se evidenciava, nessa época,

a) no formato das eleições, que prescindiam do voto secreto e admitiam a participação e


a candidatura de cidadãos analfabetos.
b) no combate a movimentos populares como o cangaço, que vinham causando o fim do
coronelismo no interior do país.
c) na existência de uma Comissão de Verificação de Poderes, que, a cada eleição,
redistribuía os poderes do Legislativo, Executivo e Judiciário.
d) na nomeação de interventores junto aos governos estaduais pelo presidente, a fim de
garantir que os interesses das principais oligarquias fossem atendidos.
e) na política dos governadores, baseada em acordos de colaboração política entre a
presidência e os governos estaduais, localmente amparados pela ação de “coronéis”.

Prof° Joseph Freire


(ENEM) O problema central a ser resolvido pelo Novo Regime era a
organização de outro pacto de poder que pudesse substituir o arranjo
imperial com grau suficiente de estabilidade. O próprio presidente Campos
Sales resumiu claramente seu objetivo: “É de lá, dos estados, que se governa
a República, por cima das multidões que tumultuam agitadas nas ruas da
capital da União. A política dos estados é a política nacional”.
CARVALHO, J. M. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. Adaptado.

Nessa citação, o presidente do Brasil no período expressa uma estratégia


política no sentido de

a) governar com a adesão popular.


b) atrair o apoio das oligarquias regionais.
c) conferir maior autonomia às prefeituras.
d) democratizar o poder do governo central.
e) ampliar a influência da capital no cenário nacional.
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(PUCC-SP) O conhecimento histórico permite afirmar que a eclosão da Primeira Guerra
Mundial deu grande impulso ao desenvolvimento industrial brasileiro, na medida em que

a) a ampliação do mercado externo impulsionou a produção de bens de consumo e de


máquinas e equipamentos, contribuindo para a consolidação do capitalismo industrial no
país, após a guerra.
b) a conversão da indústria europeia à produção bélica levou a uma diminuição gradual das
importações brasileiras de produtos industrializados, com o consequente estímulo à
produção nacional.
c) a indústria passou a desenvolver-se a passos largos e novos produtos começaram a ser
produzidos no país, como bens de consumo duráveis, para atender à demanda dos países
em guerra.
d) o Estado passou a intervir fortemente na economia, possibilitando a criação e
desenvolvimento de indústrias de base e de produção de bens de consumo para atender
às necessidades do mercado.
e) o empresariado estrangeiro, com sua técnica e capital, prestou grande ajuda na
construção do parque industrial brasileiro e no desenvolvimento da produção voltada
para os países em guerra.
Prof° Joseph Freire
(FGV-RJ) A história da construção do Estado brasileiro na primeira metade do século XIX foi a
história da tensão entre unidade e autonomia. Por outro lado, no interior do Estado, de elites com
fortes vínculos com os interesses de sua região de origem e ao mesmo tempo comprometidas com
uma determinada política nacional, pautada pela negociação destes interesses e pela manutenção
da exclusão social, marcou não apenas o século XIX, como também o século XX. Através do
parlamento essas elites regionais têm imposto uma determinada dinâmica para o jogo político que
se materializa na imensa dificuldade de empreender reformas sociais profundas.
DOLHNIKOFF, Miriam. O pacto imperial. As origens do federalismo no Brasil. São Paulo: Globo, 2005, p. 11-12.

De acordo com o ponto de vista apresentado no texto,


a) a história brasileira é marcada por práticas de tolerância política acentuadas nas últimas
décadas com a redemocratização do país.
b) o parlamento é a única instituição política imune aos interesses e ao controle das elites
regionais brasileiras.
c) as profundas reformas sociais só foram possíveis graças às transformações políticas ocorridas na
primeira metade do século XIX no Brasil.
d) a dinâmica política do Estado nacional se constituiu com base em negociações entre as elites
regionais e a exclusão social de outros setores.
e) as características descritas sobre o Estado revelam a supremacia do Poder Judiciário sobre o
Poder Legislativo na história política brasileira.
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