Você está na página 1de 42

REPÚBLICA VELHA

PRIMEIRA REPÚBLICA
DANIELLE ESTEVÃO
Causas do Final do Império:
 A grave situação econômica.
 A incapacidade de modernização
administrativa.
 A manutenção de um sistema eleitoral
arcaico e viciado, incapaz de absorver a
maioria da população.
 O surgimento do Partido Republicano, que
apesar de nunca ter conseguido sensibilizar
as multidões, fazia críticas à monarquia.
 A Questão Religiosa: conflito entre a Igreja e o Estado, devido à
desobediência da Lei do Beneplácito pelos bispos de Olinda e
Belém, que expulsaram os maçons de suas dioceses para obedecer a
Bula Syllabus, do Papa Pio IX.

 A Questão Abolicionista: a aristocracia rural tradicional,


principalmente no Nordeste e no Vale do Paraíba (RJ), que sempre
apoiou a Monarquia, deixou de fazê-lo devido ao fim da escravidão,
passando a apoiar a ideia republicana (republicanos de 13 de maio).

 A Questão Militar: Após a Guerra do Paraguai, os militares do


exército tornaram-se predominantemente republicanos e
positivistas, provocando vários atritos com o governo que
resultaram em prisão para alguns oficiais, como o tenente-coronel
Sena Madureira e o coronel Cunha Matos.
 
O Golpe Militar-Oligárquico de 15 de Novembro de
1889
Os militares (positivistas), os “Barões do café” de São
Paulo (federalistas) e intelectuais de classe média,
principalmente do Rio de Janeiro (jacobinos), se
uniram, apesar de suas abissais diferenças, e
depuseram o Ministério comandado pelo Visconde de
Ouro Preto, expulsando a família imperial do país,
declarando o fim da Monarquia e implantando a
República. O povo, como de praxe, assistiu a tudo
bestificado, mas logo apoiou a novo regime, como se
outro não existisse.
O período que vai de
1889 a 1930 é chamado
de República Velha
15 de novembro a 19 de novembro de
1889
A REPÚBLICA DA ESPADA
(1889 A 1894)
Com a Proclamação da República o
Marechal Deodoro da Fonseca tornou-
se Chefe do Governo Provisório. Em
1891 Floriano Peixoto assumiu a
presidência e intensificou a repressão
aos que ainda davam apoio à
monarquia.
 “Encilhamento” foi a forma como ficou conhecida a crise
financeira ocorrida no Brasil a partir de 1890 decorrente da
política econômica do governo provisório do Marechal Deodoro
da Fonseca. Essa política, conduzida pelo Ministro da Fazenda
Rui Barbosa, tinha por objetivo o incentivo à industrialização e
se baseou na liberação de créditos bancários garantida pelas
emissões de moeda destinadas ao financiamento de projetos
industriais. O fracasso do projeto governamental deveu-se ao
boicote promovido por especuladores ligados aos latifundiários,
importadores e investidores estrangeiros que, por meio de
empresas-fantasmas inundaram o mercado financeiro com ações
sem lastro de capital. As consequências como inflação dos
preços, falências e a desconfiança nas instituições financeiras se
arrastaram por anos configurando a crise do Encilhamento.
A CONSTITUIÇÃO DE 1891

Essa constituição garantiu alguns


avanços políticos, mas ainda
representava os interesses das elites
agrárias do país.
A nova constituição implantou o
presidencialismo e o voto aberto
universal para os cidadãos homens
maiores de 18 anos.
Mulheres,
analfabetos,
militares de
baixa patente
ficavam de fora.
 As antigas províncias
transformaram-se em Estados,
organizados em uma República
Federativa.
A Igreja separou-se do Estado,
deixou de existir como religião
oficial, instituindo-se o
casamento civil e a liberdade
de culto religioso.
Determinou-se
o caráter laico
do ensino ministrado nos
estabelecimentos públicos e
extinguiu-se a pena de morte.
REPÚBLICA DAS
OLIGARQUIAS
O período que vai de 1894 a 1930 foi
marcado pelo governo de presidentes
civis, ligados ao setor agrário.
O Brasil firmou-se como
um país exportador de café
e a indústria
deu um
significativo
salto
Estes políticos saiam dos seguintes
partidos: Partido Republicano Paulista
(PRP) e Partido Republicano
Mineiro (PRM).
 Estesdois partidos controlavam as
eleições, mantendo-se no poder de maneira
alternada ou também conhecida como
Política do Café-com-Leite, que
privilegiou e favoreceu o crescimento da
agricultura e da pecuária na região Sudeste,
por outro, acabou provocando um
abandono das outras regiões do país como:
Nordeste, Norte e Centro-Oeste.
POLÍTICA DOS GOVERNADORES
 Criado pelo presidente paulista Campos
Salles, esta política visava manter no poder
as oligarquias através da troca de favores
políticos entre governadores e presidente. O
presidente apoiava os candidatos dos estados,
enquanto estes políticos davam suporte a
candidatura presidencial.
O CORONELISMO

Ocoronel era um grande fazendeiro


que utilizava seu poder econômico
para garantir a eleição dos candidatos
que apoiava.
Era usado o voto de cabresto, em que o
coronel (fazendeiro) obrigava e usava até
mesmo a violência para que os eleitores
votassem nos candidatos apoiados por
ele.
O coronel também utilizava outros
"recursos" como: compra de votos,
votos fantasmas, troca de favores,
fraudes eleitorais e violência.
SEMANA DE 22
 A semana de 22 foi uma manifestação artístico-cultural que
ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo entre os dias 11 a 18 de
fevereiro de 1922.
 O evento reuniu diversas apresentações de dança, música, recital
de poesias, exposição de obras - pintura e escultura - e palestras.
 Os artistas envolvidos propunham uma nova visão de arte, a partir
de uma estética inovadora inspirada nas vanguardas europeias. O
movimento pretendia romper com os padrões artísticos, sobre tudo
parisienses e criar uma própria identidade artística nacional.
 O evento chocou grande parte da população e trouxe à tona uma
nova visão sobre os processos artísticos, bem como a apresentação
de uma arte “mais brasileira”.
TENENTISMO
Movimento de caráter político-militar,
liderado por tenentes, que faziam
oposição ao governo oligárquico.
Defendiam a moralidade política e
mudanças no sistema eleitoral
(implantação do voto secreto) e
transformações no ensino público do
país.
REVOLTA DOS 18 DO FORTE DE
COPACABANA
 Revolta tenentista ocorrida na cidade do Rio de
Janeiro em 5 de julho de 1922.
 Teve a participação de

17 militares
( principalmente
de baixa patente)
e um civil.
 Descontentamento com a política do café com
leite.
 Derrota do candidato fluminense Nilo
Peçanha (apoiado pela maioria dos militares
do Rio de Janeiro) para o Arthur Bernardes
(SP)
O forte foi bombardeado e a rendição dos
rebeldes foi exigida.
  O tenente Siqueira Campos e um grupo de
militares rebeldes pegaram armas e marcharam
pelas ruas em direção ao Palácio do Catete.
 Ficaram apenas 17 homens que receberam o
apoio na rua de um civil, totalizando 18.
 Os rebeldes foram cercados . Após tiroteio
em frente a praia de Copacabana, somente
Siqueira Campos e Eduardo Gomes
sobreviveram e foram presos. Os outros
dezesseis integrantes do movimento foram
mortos no combate.
COLUNA PRESTES

 Movimento político, liderado por
militares, contrário ao governo da
República Velha e às elites agrárias.
Ocorreu entre os anos de 1925 e
1927. Teve este nome, pois um dos
líderes do movimento foi o capitão
Luís Carlos Prestes.
Crítica a falta de democracia,
fraudes eleitorais, concentração
de poder político nas mãos da
elite agrária, exploração das
camadas mais pobres pelos
coronéis (líderes políticos locais).
OBJETIVOS
 Percorrer grande parte do território
brasileiro (principalmente interior),
incentivando a população a se rebelar
contra o governo e as elites agrárias;
 Implantar o voto secreto e o ensino
fundamental obrigatório no Brasil;
 Acabar com a miséria e a injustiça social
no Brasil
 Os integrantes percorreram muitas cidades
do interior brasileiro, conversando com as
pessoas e fazendo propaganda contra o
governo federal, mostrando as injustiças
sociais da época e defendendo reformas
políticas e sociais.
 O movimento iniciou em Alegrete - Rio
Grande do Sul, e após dois anos e meio e
percorrer 11 estados, terminou dividido. Um
grupo foi para a Bolívia, enquanto outro
para o Paraguai.
Não conseguiu derrubar o governo, mas
foi um movimento que enfraqueceu
politicamente a República Velha.
CAVALEIRO DA ESPERANÇA
O CONVÊNIO DE TAUBATÉ
Essa foi uma fórmula encontrada pelo
governo republicano para beneficiar os
cafeicultores em momentos de crise.
Quando o preço do café abaixava muito,
o governo federal comprava o excedente
de café e estocava. Esperava-se a alta do
preço do café e então os estoques eram
liberados.
REVOLTA DA ARMADA/FEDERALISTA:
 A chamada Revolta da Armada foi um
movimento de rebelião promovido por
unidades da Marinha do Brasil contra o
governo do marechal Floriano Peixoto,
supostamente apoiada pela oposição
monarquista à recente instalação da
República.
REVOLTA DE CANUDOS
 foi o confronto entre um movimento popular de fundo sócio-
religioso e o Exército da República, que durou de 1896 a
1897, na então comunidade de Canudos, no interior do
estado da Bahia. O episódio foi fruto de uma série de fatores
como a grave crise econômica e social em que encontrava a
região, historicamente caracterizada pela presença de
latifúndios improdutivos, situação essa agravada pela
ocorrência de secas cíclicas, de desemprego crônico; pela
crença numa salvação milagrosa que pouparia os humildes
habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão
econômica e social. O líder religioso era Antonio
Conselheiro.
REVOLTA DA VACINA:
No inicio do século XX, a cidade do Rio de Janeiro( capital),
tinha graves problemas urbanos: rede insuficiente de água e
esgoto, coleta de resíduos precária e cortiços super povoados.
Alastravam-se, sobretudo, grandes epidemias de febre
amarela, varíola e peste bubônica. Decidido a sanear e
modernizar a cidade, o então presidente da República
Rodrigues Alves (1902-1906) deu plenos poderes ao prefeito
Pereira Passos e ao médico Dr.Oswaldo Cruz para executarem
um grande projeto sanitário. O prefeito pôs em prática uma
ampla reforma urbana, que ficou conhecida como bota abaixo,
em razão das demolições dos velhos prédios e cortiços, que
deram lugar a grandes avenidas, edifícios e jardins. Milhares
de pessoas pobres foram desalojadas à força, sendo obrigadas
a morar nos morros e na periferia.
CONTESTADO:
 A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a população
cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro
travado entre 1912 a 1916, numa região rica em erva-mate e
madeira disputada pelos estados brasileiros do Paraná e de Santa
Catarina. Originada nos problemas sociais, decorrentes
principalmente da falta de regularização da posse de terras, e da
insatisfação da população, numa região em que a presença do
poder público era pífia, o embate foi agravado ainda pelo
fanatismo religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por
parte dos caboclos revoltados, de que se tratava de uma guerra
santa. O líder religioso era José Maria.
REVOLTA DA CHIBATA:

Movimento de militares da Marinha do Brasil. O motim que


se desenrolou de 22 a 27 de novembro de 1910 na baía de
Guanabara, no Rio de Janeiro, à época a capital do país, sob a
liderança do marinheiro João Cândido Felisberto. Na ocasião,
mais de dois mil marinheiros rebelaram-se contra a aplicação
de castigos físicos a eles impostos como punição, ameaçando
bombardear a cidade. Durante os seis dias do motim seis
oficiais foram mortos, entre eles o comandante do
Encouraçado Minas Gerais, João Batista das Neves.

Você também pode gostar