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COLÉGIO MARISTA MEDIANEIRA

CAETANO VINÍCIUS AMARAL DE SOUZA

GUSTAVO LUIZ MARIN

MARIA EDUARDA SPALL

CONFLITO RELIGIOSO ENTRE ISRAEL E PALESTINA

ERECHIM

2020
Israel e Palestina

A religiosidade entre esses países é muito diferente, a maioria dos palestinos


são muçulmanos, e os israelenses são judeus. Na verdade, o motivo pelo conflito
vai muito além do que religião, mas também por disputas entre posses de terras,
que caracteriza grande parte de todas guerras e conflitos existentes. O início dessa
disputa, ocorreu por um desentendimento entre os países, pois cada afirmava ser
dono do mesmo território.
Uma das causas desse conflito, foi por conta dos judeus terem sido expulsos
das terras conquistadas pelos seus ancestrais e que um tempo depois chegaram os
palestinos, achando que eram os donos daquele território, originando assim um
disputa territorial. Para entender esse conflito é preciso voltar para o final do século
19, onde o Império Austro-Húngaro estava dividido em pequenos territórios, e todos
eles estavam querendo a sua independência. No meio desse nacionalismo, surge,
Theodor Hudson, que queria mudanças para o povo judeu. Então ele decidiu criar
um Estado judeu, no território onde o Império Otomano governava. A maioria da
população era muçulmana, com uma porcentagem de 90%, 10% era cristã, e menos
que 1% era judaica.

Durante a 1º Guerra Mundial, os britânicos fizeram algumas promessas, em


troca de alguns favores. Contudo, os ingleses prometeram oferecer a Palestina, em
troca de ataque aos muçulmanos, para eles mesmos, para os judeus, além dos
árabes. Porém, mesmo com essas falsas promessas, os ingleses cumpriram com a
declaração de Balfour, onde os judeus passaram a 30% e os palestinos 3%, mas
durante esse período, a Palestina estava sob domínio britânico, que tentou colocar
ordem na bagunça, criando regras bem diferentes para cada povo, o que originou
muita tensão entre esses países. Com a ajuda de milícia judaicas, os judeus
trucidaram os árabes.
Com tudo isso, os judeus derrotaram os árabes e conquistaram muitas terras.
Portanto, os britânicos decidiram unir os judeus e os palestinos em um estado,
diminuindo a imigração dos judeus e impedindo que eles comprassem as terras dos
árabes. Com a criação do livro branco em 1939, o Reino Unido esperava diminuir as
tensões entre os judeus e palestinos equilibrando suas populações e criando os
estados independentes, mas essa limitação toda deixou a população muito
magoada.
Em meio a esse caos, estava acontecendo a 2º Guerra Mundial, onde os
judeus estavam fugindo do nazismo, e migrando para a Palestina, o que aumentou
ainda mais as tensões entre os dois países, isso ficou conhecido como movimento
sionista judeu (busca pela Terra Prometida), outra improtante causa para o conflito.
Ao término da Segunda Guerra Mundial (1945), os judeus sionistas passaram a
pressionar a realização da criação do Estado Judeu.
Durante o conflito, 6 milhões de judeus foram exterminados em campos de
concentração sob as ordens de Adolf Hitler (1889-1945). Assim, com apoio
internacional, principalmente pela ação norte-americana, a região foi dividida em
1948-1949 em três partes: Estado de Israel, Cisjordânia e Faixa de Gaza.
O mandato dos britânicos, sob a Palestina, estava acabando, então eles
passaram todos os problemas para as Nações Unidas, que dividiram os territórios
entre os dois povos. O presidente da Assembléia geral, responsável pela divisão
das terras, foi um brasileiro, o Osvaldo Aranha. A divisão, programada pela ONU
(Organização das Nações Unidas), previa o repasse de 55% do território aos judeus
e 44% permaneceria aos palestinos. O plano de Partilha funcionou muito bem, pois
os povos se rebelaram contra.
Um momento antes de os ingleses terminarem o seu mandato, os judeus
declararam independência de Israel e criam o Estado de Israel em 1948. Os árabes
revoltados com essa divisão da ONU e com a criação do novo Estado, decretaram
guerra.
Nesse momento ocorreu a Guerra da Partilha, onde Egito, Síria, Iraque,
Jordânia e Líbano, declararam guerra a Israel um dia após sua independência. Em
1949, Israel vence e amplia seus territórios sobre as áreas que seriam do Estado
Palestino. O Egito e a Jordânia também tomaram terras palestinas e com isso
Jerusalém foi dividida entre Israel e Jordânia.
A derrota foi humilhante para a liga Árabe, e esse conflito ficou conhecido por
eles, como a Catástrofe. Cerca de 700 mil palestinos deixaram as sua terras e
moveram-se para outras regiões da Palestina. Portanto em 1967, ocorreu um novo
conflito, a Guerra dos Seis Dias, onde os árabes atacaram os judeus e novamente
Israel lutou sozinho. Essa guerra foi uma vitória para os Israelense, que a partir
desse momento, conquistaram territórios da Jordânia, Síria e Egito.
Os árabes não desistiram e começaram uma novo guerra, a Guerra de Yom
Kippur, neste conflito os soldados do Egito, junto com a Síria, o Iraque, Cuba e
URSS, atacam Israel que era apoiado pelos EUA, mas como final, os árabes
perderam novamente.
A partir de 1979, tudo começou a mudar, Israel e o Egito selam a paz com a
devolução da Península do Sinai aos egípcios e o Egito finalmente reconhece o
Estado de Israel. Nesse contexto histórico, os judeus estavam felizes, até que chega
o Yasser Arafat, com o propósito de vingança, ele atacou Israel nos anos 70 e 80,
mas os israelenses contra-atacam violentamente e destruíram bases inteiras no
Líbano. Para revidar esse ataque de Israel, os grupos de guerrilheiros muçulmanos
criaram Hezbollah, vistos pelos próprios palestinos, como um grupo oficial de ataque
contra Israel, mais conhecido como grupo terrorista.
Mesmo com todos esses ataques Israel continuou expandindo seu território
criando comunidades judaicas, na Cisjordânia e em Gaza, o que causou muitas
revoltas. E nesse caso, surgiu um grupo que queria a libertação dos palestinos, o
fim de israel, mas era contra a organização de libertação da Palestina. Assim então,
começou o acordo de Oslo, onde a OLP reconheceu o estado de Israel, e o Israel
passou a reconhecer a soberania da OLP na Palestina. Um ano depois a Jordânia
também teria que reconhecer o estado de Israel, mas a partir de 1985 o caos volta,
pois o Hamas começou uma série de ataques a Israel, mas eles revidaram, assim
surge a 2º Intifada, onde vários israelenses morreram e para protegê-los o 1º
Ministro, criou um muro em CisJordânia, porém os palestinos acusam eles de
invasão de territórios.
Quando Arafat morreu em 2005, Hamas começa a controlar o governo,
aumentando cada vez mais a tensão entre os dois povos. Nos últimos 15 anos,
Hamas lança foguetes e ataques pesados contra Israel, e por sua vez Israel revida
com muita violência, e por consequência disso, quem mais sofre é a população
inocente, com as mortes de seus familiares.
Assim podemos estabelecer uma relação entre ética e o conflito apresentado.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, surgiu a necessidade de uma
organização responsável pela paz no mundo e que garantisse a “organização” em
questões de direitos humanos. Quando os judeus foram mantidos nos campos de
concentração, durante a 2º Guerra Mundial, eles eram torturados, por sua religião,
devido a intolerância de Adolf Hitler, os meios de tortura eram os mais diversos, um
dos mais chocantes foi a camera de gás, onde eles eram mortos asfixiados. A
tolerância religiosa é muito importante, pois todos nós temos o direito de poder
expor a nossa opinião, mas nunca devemos agir com violência, ofendendo, tratando
diferente as demais pessoas por sua religião.
O artigo 5º da Constituição Federal, que descreve os direitos fundamentais
dos cidadãos, especifica que a liberdade de consciência e de crença não pode ser
violada. Desse modo, a lei garante que o culto religioso é livre para todos os
brasileiros.No conflito religioso e territorial entre Israel e Palestina, muitas pessoas
morreram, por vítimas de ataques de bombas, foguete. O ano de 2014 deixou mais
perdas do que o conflito de 1967, no total 2.200 palestinos foram mortos na Faixa
de Gaza, incluindo combatentes e 550 crianças.
A brutalidade dos conflitos armados não afeta somente os grupos que se
rebelam, mas, principalmente, os civis que estão em áreas de riscos, com pouca ou
quase nenhuma proteção. No meio de toda guerra e conflito gerado, quem sofre
com as consequências é a população inocente. E enquanto muitos perdem tempo,
procurando o culpado, o povo sofre e morre. As pessoas não estão esperando que
alguém se declare culpado, mas sim que alguém traga a paz que eles tanto
precisam. E no final, é isso que todos nós queremos, independente do lugar que
estamos.
Israel apresenta um dos melhores indicadores socioeconômicos do Oriente
Médio e possui um elevado Índice de Desenvolvimento Humano. A maioria das
residências têm saneamento ambiental, fato que reflete na baixa taxa de
mortalidade infantil, 5 para cada mil nascidos vivos. Outro destaque é a educação,
onde 97% dos israelenses são alfabetizados já a Palestina a taxa de mortalidade
infantil é de 10 a cada mil nascidos. O bloqueio israelense piorou ainda mais a
disponibilidade de água e a falta de instalações sanitárias que interfere diretamente
com o IDH médio.
Moda: Amodal, pois não apresenta nenhum valor repetido.
Média: 0,796
Mediana: 0,796
Na Palestina 50,8% da população atual é masculina e 49,2% é feminina.
Israel também tem sua maioria homens com 50,6% e 49,4%, do sexo feminino. Em
2018 a taxa de natalidade de Israel era de 17,9 nascimentos/1.000 habitantes, a
taxa de natalidade é o fator dominante na determinação da taxa de crescimento
populacional. Depende tanto do nível de fertilidade quanto da estrutura etária da
população, mas na palestina a taxa de natalidade é de 29,28%.
Moda: amodal, pois não possui nenhum valor repetido.
Média: 6.785.686,5
Mediana: 6.785.686,5

O PIB de Israel e sua economia, se fortalece com a ajuda financeira dos


Estados Unidos e com o envio de dinheiro de judeus que vivem no exterior. Outro
elemento de grande importância é a agricultura, que é praticada com grande
aparato tecnológico, recebem também milhões de turistas, contribuindo para a
economia israelense. Já a economia da palestina dependente da ajuda financeira
externa. A violência também prejudica o turismo religioso. O comércio é prejudicado
pelo controle de Israel sobre as fronteiras palestinas. De acordo com a Unctad, o
Produto Interno Bruto palestino poderia ser o dobro do que é sem a presença
israelense na área.
Moda: amodal, pois não contém nenhum valor repetido.
Média: 191,275
Mediana: 191,275

Conclusão

Percebe-se que vivemos em um mundo, em que situações que não deveriam


estar presentes em nossa realidade, como por exemplo, a intolerância religiosa,
preconceito e discriminação, pela religião, cultura, crenças e cor acabam sendo a
razão dos conflitos e guerras, que por consequencia, causam a morte de muitas
pessoas, inclusive daqueles que não tem nada a ver, como as crianças.

Cada país tem as suas ideologias, e o fato de todos serem diferentes, não
justifica a falsa de direitos, como a educação, alimentação, saúde e saneamento,
pois esses são direitos básicos para a sobrevivência de qualquer um e também para
desenvolver o país socialmente e economicamente.

Essas guerras e conflitos, não trazem benefícios para as duas regiões


envolvidas, pois sempre uma perde e deve cumprir favores, como também abalam a
economia e podem originar uma crise, deixando a população em más condições de
vida, pois o país sempre envia suplementos aos que estão em batalha, diminuindo o
estoque para a população.

A ética tinha que ser mais empregada na sociedade, pois os governantes


tinham que parar de pensar apenas na conquista de territórios, e sim na conquista
sociais, como diminuição da pobreza e aumento da segurança por exemplo.

Referências

Index mundi. Israel Taxa de nascimento. Disponível em


https://www.indexmundi.com/pt/israel/taxa_de_nascimento.html . Acesso dia: 27 de
nov. 2020.

Countryeconomy. Estado de Palestina - Natalidade. Disponível em


https://pt.countryeconomy.com/demografia/natalidade/palestina . Acesso dia: 27 de
nov. 2020.
IBGE países. IBGE países. Disponível em: https://paises.ibge.gov.br/#/ . Acesso dia: 27
de nov. 2020.

ONU newl. PIB da economia palestina poderia ser o dobro sem ocupação de
Israel. Disponível em:
https://news.un.org/pt/story/2016/09/1562051-pib-da-economia-palestina-poderia-ser
-o-dobro-sem-ocupacao-de-israel. Acesso dia: 27 de nov. 2020.

( A História do Estado de Israel: O Conflito de Israel e Palestina, 2019)

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