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Here on the slopes of hills, facing the dusk and the cannon of time
Close to the gardens of broken shadows,
We do what prisoners do,
And what the jobless do:
We cultivate hope.
Com o fim da Primeira Guerra Mundial, época marcada pela queda de inúmeros
impérios, diversas nações surgiram no mapa político da Europa e Médio Oriente. Uma
das formas que os ingleses e franceses tiveram para derrotar o Império Otomano, foi
estimular a insurreição das suas províncias. Assim, como relata Sir Lawrence, procurou-
se aliciar o levante árabe do Hejaz com promessas de independência.
A História, como Sir Lawrence já sabia, mostrou que a maioria das promessas nunca
foram cumpridas. No fim da guerra, o Império Otomano foi, em grande parte, dividido
entre a França e o Reino Unido, baseado no Acordo Sykes-Picot. Como aconteceu em
África, potências europeias desenharam as fronteiras a regra e esquadro.
O plano de um território para dois países foi absorvido pela política de apartheid do
Governo israelita. Assim que terminou o mandato britânico na Palestina, Israel
desencadeou a primeira israelo-árabe, ao expulsar, pelo menos 750 000 pessoas e
ocuparem 78% do território que não lhe pertencia na divisão acordada (para explorar
melhor este tema, sugiro ao leitor a pesquisa sobre Al-Nakba). Esta ocupação não ficou
no passado. Ainda hoje, os colonatos são uma realidade, onde se estima existirem
600 000 e 750 000 israelitas divididos entre 250 colónias (e os números continuam).
Um palestiniano que se movimente na sua própria terra tem de enfrentar 700 obstáculos
nas estradas, 140 dos quais são pontos de controlo.
A ânsia israelita de retornar a um território que foi seu há 2000 anos, reunindo num
território um povo disperso, está a causar uma diáspora de outro povo, que não é
invasor, mas também ali pertence. Em cerca de 13 milhões de palestinianos, 48% vive
fora da sua terra natal. Na ânsia de nunca mais serem oprimidos e segregados em guetos
em países estrangeiros, oprimem e violam os direitos humanos mais básicos.