A expressão “Oriente Médio” foi criada pelos europeus para designar a Península Arábica. Tal expressão remete uma visão eurocêntrica. Surgiram também na Europa as expressões “Oriente Próximo” (Turquia, Líbano e Síria), e Extremo Oriente, um conjunto de países da Ásia Oriental que reúne a china, Japão, Coréia do Sul e Coréia do Norte, além dos países que compõem a Indochina e a Insulindia.
Tópico 2- Localização Geográfica
O Oriente Médio está localizado no Sudoeste da Ásia, e é a “ponte de ligação” entre a Ásia, a Europa e a África. A região inclui um grupo de países que se restringem a oeste, o Mar Mediterrâneo; ao norte, com o mar Negro, alguns países do Cáucaso e com o mar Cáspio; a leste, com o Paquistão; ao sul é o Mar da Arábia. A região possui 16 países além da palestina, que depende de negociações para se tornar um Estado soberano. Vários países com exceção do Irã (antiga Pérsia), são de formação recente. A Arábia Saudita é considerada o país mais extenso do continente, com 2.150.000 km²; já o Bahrein, com 760 km², é o menor país em extensão territorial do Oriente Médio. Tópico 3- Aspectos Físicos A vida humana, a distribuição da população pelo território e a prática da agricultura e da pecuária se adequam as condições climáticas do Oriente Médio. Como por exemplo, nos desertos da região, devido ao seu clima desértico, apresenta baixa densidade demográfica. Já nas áreas de clima mediterrâneo, a densidade demográfica está mais elevada. Além dessas áreas, a Planície da Mesopotâmia possui densidade que variam de média a alta. A planície da Mesopotâmia é formada pelos rios Tigre e Eufrates, e é também considerada o berço de antigas civilizações, que se desenvolveram pelo aproveitamento de água dos rios para a agricultura e pecuária, como: os sumérios, os caldeus, os assírios etc.
Tópico 4- População, religião e línguas
Atualmente, o país mais populoso do Oriente médio é o Irã, com cerca de 85 milhões de habitantes, e o menos populoso é o Chipre com 1,2 milhão de habitantes. A região do Oriente médio concentra cerca de 4,9% da população mundial, tendo uma estimativa de 385 milhões de habitantes. Os povos do Oriente Médio têm como religião predominante o islamismo, com a exceção de Israel, onde a maioria da população segue o judaísmo. O Islamismo surgiu no século VII na Península Arábica, por meio de Muhammad (ou Maomé, no português). É a segunda maior religião do mundo, tendo cerca de 1,8 bilhão de fiéis, sendo a maioria deles localizados no continente asiática e africano. A Língua mais falada do Oriente Médio é o Árabe. No século XX, estruturou-se o árabe moderno (derivado do árabe clássico), que é utilizado por professores, diplomatas etc. A população não utiliza o árabe moderno, mas sim dialetos, dificultando a comunicação com pessoas de outros países. Como por exemplo no Irã, a língua oficial do país é o persa; em Israel, seus idiomas oficiais são o hebraico e o árabe. Tópico 5- Abundância de petróleo e escassez de terras férteis e água 48% das reservas mundiais de petróleo se localizam no Oriente Médio, mas ainda assim, a região sofre om uma forte escassez de água e poucas áreas favoráveis para a agricultura. Com exceção das áreas onde aparecem oásis, o desenvolvimento agrícola nesta área é muito limitado. Apesar do uso da irrigação, o Oriente Médio depende muito da importação de alimentos, tomando como exemplo a Arábia Saudita, país de maior dependência, que importa cerca de 86% dos alimentos de que necessita. Água: fonte de tensão permanente na região O caso dos rios Tigre e Eufrates Vários países do Oriente Médio enfrentam a escassez da água, sendo eles os países da Península Arábica, a Jordânia, Síria, Israel e Cisjordânia. A Arábia Saudita e os países do Golfo Pérsico são importadores de água potável, apesar de obterem água nas usinas de dessalinização. Desde 1980, a Turquia criou um projeto chamado Projeto da Grande Anatólia, com o objetivo de transformar o sudeste do país em uma área de produção agrícola e de geração de energia elétrica. Diante disso, foi construído barragens, canais de irrigação e hidrelétricas, principalmente no Rio Eufrates. Assim, a Síria, que depende muito das águas do Eufrates, e Iraque, com toda a vida humana associada a este rio e ao Tigre, foi constatada uma diminuição na quantidade de água que passa pelo seu território.
O caso da Bacia do Rio Jordão
A Bacia do Jordão abrange terras da Síria, do Líbano, da Jordânia, da Cisjordânia e de Israel. Na Guerra dos Seis Dias, entre árabes e israelenses, Israel ocupou a parte síria das Colinas de Golan. Essa ocupação que é mantida até hoje, teve tanto como objetivo proteger a fronteira israelense, quanto também impedir que a Síria construísse um canal que desviasse parte das águas do Rio Yarmouk. A Guerra dos Seis Dias pode ser também entendida como uma guerra pela água. Por meio da perfuração de poços, Israel consegue mais de 60% da água que consome desse território, destinando-a, principalmente, para irrigação agrícola.