A crise na Síria começou com protestos contra o governo em 2011 que desencadearam uma violenta guerra civil. O conflito opõe forças do governo de Bashar al-Assad contra grupos rebeldes e extremistas como o Estado Islâmico, resultando em centenas de milhares de mortes e milhões de refugiados. Apesar da derrota parcial do EI, a guerra continua sem solução à vista.
A crise na Síria começou com protestos contra o governo em 2011 que desencadearam uma violenta guerra civil. O conflito opõe forças do governo de Bashar al-Assad contra grupos rebeldes e extremistas como o Estado Islâmico, resultando em centenas de milhares de mortes e milhões de refugiados. Apesar da derrota parcial do EI, a guerra continua sem solução à vista.
A crise na Síria começou com protestos contra o governo em 2011 que desencadearam uma violenta guerra civil. O conflito opõe forças do governo de Bashar al-Assad contra grupos rebeldes e extremistas como o Estado Islâmico, resultando em centenas de milhares de mortes e milhões de refugiados. Apesar da derrota parcial do EI, a guerra continua sem solução à vista.
• MÉDICO; • CASADO COM ASMA AL-ASSAD; • SUCEDEU O PAI: HAFEZ AL- ASSAD (governou por 30 anos); • PARTIDO BAATH (PARTIDO SOCIALISTA ÁRABE). Entenda o conflito 1. Protestos contra o governo; 2. A violência da guerra civil; 3. Crimes de guerra; 4. Armas químicas; 5. Milhões de refugiados; 6. O surgimento do ‘Estado Islâmico’ Daesh (ISIS); 7. Os esforços pela paz; 8. O conflito hoje. 1 – Protestos contra o governo • A origem da guerra atual foram os protestos de março de 2011 na cidade de Deraa, no sul do país, depois da prisão e da tortura de um dos jovens que pintaram slogans revolucionários no muro de uma escola, dentro do espírito da Primavera Árabe. • Quando as forças de segurança abriram fogo contra os manifestantes, matando a vários deles, ainda mais pessoas foram para as ruas. Houve manifestações em escala nacional pedindo a saída do presidente Assad. • O governo usou sua força militar para tentar acabar com a dissidência, mas isso só serviu para aumentá-la. Em julho deste ano, centenas de milhares de pessoas já participavam dos protestos em cidades de todo o país. Primavera Árabe: foi uma onda revolucionária de manifestações e protestos que ocorreram no Oriente Médio e no Norte da África a partir de 18 de dezembro de 2010. 2 – A violência da guerra civil • Membros da oposição eventualmente começaram a pegar em armas. A princípio, para se defender; depois, para expulsar as forças estatais de suas regiões. • O país entrou em guerra civil, com brigadas rebeldes lutando contras tropas governamentais pelo controle de cidades, povoados e zonas rurais. Em 2012, a violência chegou à capital Damasco e à segunda metrópole mais importante do país, Aleppo. • Em julho de 2013, a ONU afirmou que 90 mil pessoas haviam morrido no conflito. Apenas um ano depois, esse número já havia aumentado para 191 mil e, atualmente, já chegou a 250 mil. • Mas, agora, a batalha já vai muito além de ser contra ou favor de Assad - adquiriu um tom sectário, onde a maioria sunita enfrenta a ala xiita que apoia o presidente, e inclui a intervenção de países vizinhos e dos poderes globais. • Também não se pode esquecer que o crescimento de grupos jihadistas, incluindo o "EI", deu uma outra dimensão ao confronto. 3 – Crimes de guerra • Uma comissão da ONU investigou as supostas violações do direito humanitário internacional na Síria a partir de março de 2011 e encontrou evidências de que ambos os lados do conflito cometeram crimes de guerra, incluindo sequestros, tortura, assassinato e execuções. • Em fevereiro de 2014, uma resolução do Conselho de Segurança exigiu o fim do uso de armas "em áreas habitadas por civis". Desde então, ativistas afirmam que ao menos 6 mil pessoas morreram por causa de bombas lançadas pelo governo em áreas controladas pelos rebeldes. • A ONU afirma que civis foram deliberadamente escolhidos como alvos de guerra, o que constitui crime. O "EI" também foi acusado de realizar uma grande campanha de terror no norte e no leste da Síria. • Sabe-se de casos nos quais militantes do "EI" aplicaram castigos severos a pessoas que se negaram a obedecer suas regras, incluindo dezenas de execuções públicas e decapitações. • Convenção de Genebra é o nome que se dá a vários tratados internacionais assinados entre 1864 e 1949 para reduzir os efeitos das guerras sobre a população civil, além de oferecer uma proteção para militares capturados ou feridos. 4 – Armas químicas • em agosto de 2013, foguetes carregados com gás Sarin foram disparados em diversos subúrbios do cinturão agrícola de Damasco, matando entre 300 e 1,4 mil pessoas, número que varia de acordo com a fonte consultada. • A oposição e as potências ocidentais garantiram que só o governo poderia ter feito isso. Assad culpou os rebeldes pelas mortes, mas a Rússia e os Estados Unidos fizeram um acordo para destruir as armas químicas da Síria até junho de 2013. • Diante da ameaça de intervenção militar pelos Estados Unidos, o presidente concordou em eliminar seu arsenal sob a supervisão da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ). • Mas, depois desta operação, a OPAQ documentou outros ataques com componentes tóxicos, como o cloro e o amoníaco, de forças do governo contra grupos rebeldes no norte do país em 2014, quando morreram 13 pessoas. Gás Sarin • O que é sarin? É um gás asfixiante que foi originalmente desenvolvido como um pesticida na Alemanha em 1938. O sarin fez parte de uma classe de armas químicas desenvolvidas durante a Segunda Guerra Mundial. Na sua forma pura, o sarin se apresenta como um líquido claro, incolor e insípido. Leia mais: https://oglobo.globo.com/mundo/ataque-quimico-na-siria-que-o-gas- sarin-21170440#ixzz59S5WZAUy 5- 5 – Milhões de refugiados • Mais de 4,5 milhões de pessoas fugiram da Síria desde o inicio do conflito, a maioria delas mulheres e crianças. • Os países vizinhos tiveram que assumir a pior parte da crise de refugiados, com Líbano, Jordânia e Turquia lutando para acomodar as ondas de refugiados que chegavam. • O êxodo se acelerou dramaticamente depois do início de 2013, quando as condições de vida no país se deterioraram de forma drástica. 6 – O surgimento do Daesh ou ISIS Também conhecido como Isis, sigla em inglês para Estado Islâmico do Iraque e da Síria. O Estado Islâmico (EI) é um grupo muçulmano extremista fundado em outubro de 2004 a partir do braço da Al Qaeda no Iraque. É formado por sunitas, o maior ramo do islamismo. ONU - Estado Islâmico do Iraque e do Levante; O grupo – IS (em inglês) e EI (português); Imprensa – Isil ou Isis = "Estado Islâmico do Iraque e da Síria" ou "Estado Islâmico no Iraque e al-Sham“; "Daesh" é essencialmente uma sigla em árabe formada a partir das letras iniciais do nome anterior do grupo, também em árabe - "al-Dawla al-Islamiya fil Iraq wa al-Sham". Embora não signifique nada como uma palavra, militantes do grupo se opõem ao seu uso. 7 – Os esforços pela paz • Em maio de 2013, americanos e russos começaram em uma conferência na Suíça a trabalhar para implementar o Comunicado de Genebra de 2012, um acordo internacional apoiado pela ONU que pede o estabelecimento de um governo de transição de unidade nacional. • O diálogo começou em janeiro de 2014, mas foi interrompido no mês seguinte depois de duas rodadas de negociação. O então enviado especial da ONU, Lakhdar Brahimi, culpou o governo sírio por ter se negado a discutir as demandas da oposição e por sua insistência em centrar-se na luta contra os "terroristas", um termo empregado a todos que oponham a Assad. O conflito em (04/04/17), é apontado como um ataque com armas químicas contra uma região controlada por rebeldes matou ao menos 80 pessoas, entre elas 27 crianças. Líderes globais condenaram a ação, atribuída ao governo sírio, incluindo o presidente dos EUA, Donald Trump, que até então citava Assad como um aliado na guerra contra o terror. • Trump muda sua visão em relação ao presidente da Rússia dizendo: que antes citava o presidente do país em guerra como um aliado na luta contra o grupo extremista autodenominado Estado Islâmico, que controla algumas regiões sírias. Já a Rússia lançou em 2015 uma campanha aérea com o fim de "estabilizar" o governo na Síria após uma série de derrotas para a oposição. Onde: Aleppo Medida norte americana 8 – O conflito atualmente • No final do ano passado, os sírios puderam respirar um pouco mais aliviados após anunciar que o grupo extremista Estado Islâmico havia perdido quase a totalidade de seus territórios na Síria e no Iraque. Contudo, o enfraquecimento do grupo extremista não significa que a guerra civil síria, que já dura sete anos, está perto de acabar. • Desde o dia 18/02/2018, no país, morreram mais de 500 pessoas, incluindo crianças e mulheres, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos. As mortes, em sua maioria, são decorrência da ofensiva liderada pelas tropas que defendem o presidente Bashar al-Assad, no poder desde o ano 2000, sobre a região de Ghouta Oriental, controlada por rebeldes na periferia de Damasco. • Hoje, mais de 13,1 milhões de sírios precisam de ajuda humanitária, incluindo os 6,1 milhões de deslocados dentro do país desde o início, em 2011, de uma guerra civil que matou mais de 340.000 pessoas. • https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2018/02/27/apos-sete-anos-siria-ainda-amarga-em-uma- guerra-civil-financiada-por-estrangeiros.htm