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Síria - uma história

- A Síria é um país do Oriente Médio com capital na cidade de Damasco.

A Síria é portadora de paisagens contrastantes em função do litoral banhado pelo


mar Mediterrâneo, planícies desérticas no interior do país e cadeias montanhosas.

A população do país é de 17 milhões de habitantes, mas a maior parcela deles sofre


diretamente com os efeitos da guerra civil que teve início em 2011

Inicialmente, a guerra civil partiu da Primavera Árabe e da indignação do povo em


relação ao governante da época, Bashar al-Assad.

PRIMAVERA ARABE

● Onda de protestos e revoluções ocorridas no Oriente Médio e norte do


continente africano em que a população foi às ruas para derrubar ditadores,
querendo democracia e reivindicar melhores condições sociais de vida.
● Em dezembro de 2010 o povo da Tunísia se revolta em virtude do
descontentamento com o regime ditatorial e encerrou-se apenas em 14 de
Janeiro de 2011 com a queda de Ben Ali, após 24 anos no poder.
● Na Síria, os protestos iniciaram-se em março de 2011, na cidade de Deraa, no
sul do país. A resposta do governo sírio foi violenta, o que motivou novas
rebeliões em diferentes partes do país, como na capital, Damasco, e em
Aleppo, sua maior cidade.
● As primeiras manifestações contra o governo de Bashar al-Assad aconteceram
em uma escola de Deraa, quando estudantes menores de 15 anos começaram a
pichar palavras contra o presidente. A polícia secreta síria foi mobilizada para
prendê-los. Posteriormente, esses estudantes presos foram brutalmente
torturados em interrogatório.
● A prisão dos estudantes e a insatisfação da população motivaram novos
protestos, e, à medida que a repressão do governo contra os protestos
populares aumentava, mais protestos eram organizados.
● Logo se formaram grupos de resistência que se transformaram em milícias
armadas, cujo objetivo era, primeiro, garantir sua defesa contra a repressão do
governo e, segundo, garantir a derrubada de Bashar al-Assad.
● A ONU e a Liga Árabe movimentaram-se para buscar saídas diplomáticas ao
conflito, entretanto, os cessar-fogos negociados nunca foram respeitados.
● Assim, a escalada da violência na Síria tomou proporções de guerra civil.
● Nesse momento, a principal força rebelde era o Exército Livre da Síria
(ELS) (que surgiu em julho de 2011) formado, principalmente, por soldados
desertores.
● Esse grupo possuía características seculares (não estava sujeito a nenhuma
ordem religiosa) e, portanto, era considerado um grupo rebelde moderado,
mas, com o tempo, o ELS passou por uma alteração ideológica, aderindo
ideias fundamentalistas (ordem rigorosa e literal).
● A partir de 2012, o Exército Livre da Síria perdeu força, e, desde 2016, esse
grupo passou a ser abertamente dependente do apoio oferecido pela Turquia.
● A oposição rebelde na Síria também contou com grupos extremistas de
tendência jihadista, como o Hayat Tahrir al-Sham, suspeito de possuir
ligações com a Al-Qaeda (organização fundamentalista islâmica que surgiu na
década de 1980 e atuava na defesa do Afeganistão contra a invasão do país
pelos soviéticos)
● "A partir de 2013, o Estado Islâmico, aproveitou-se da instabilidade da Síria e
aderiu a grupos rebeldes de jihadistas sunitas.
● Entretanto, como o Estado Islâmico cresceu rapidamente, ele se
autoproclamou um califado em territórios na Síria e no Iraque. O califado é
uma espécie de reino baseado na lei islâmica, a Sharia. A guerra, que havia
começado por razões políticas, tomou proporções religiosas.
● "Outras frentes de guerra surgiram com pequenos grupos rebeldes,
principalmente de tendências fundamentalistas.
● Entretanto, a atuação do Estado Islâmico e do Hayat Tahrir al-Sham diminuiu
consideravelmente nos últimos por conta do enfraquecimento de ambos.
● Atualmente, a Tharir al-Sham tem forte presença no norte da Síria, e o EI,
apesar de muito enfraquecido, ainda é uma ameaça para o país.
(Observadores internacionais temem um retorno dessa organização
terrorista.)

● Outro grupo que teve destaque na guerra civil travada na Síria foram os
curdos, que se mobilizaram para o conflito a partir de 2014, quando o Estado
Islâmico passou a perseguir a minoria curda da Síria.
● As tropas curdas atualmente mantêm o controle ao norte da Síria, na região
chamada Rojava ou Federação Democrática do Norte da Síria.

● Como a guerra foi sendo travada entre diferentes grupos, o conflito


espalhou-se por diversas frentes. Assim, mudanças e movimentações das
tropas aconteceram (e ainda acontecem) com grande frequência na Síria. Por
fim, ressaltamoa que a guerra na Síria tem mais de 10 anos de duração e está
longe de ter um fim.

● A guerra civil na Síria se tornou um conflito de grandes proporções,


principalmente, em razão da interferência estrangeira no país. Diversos
países envolveram-se direta ou indiretamente no conflito, financiando
determinados grupos. Assim, o mundo assiste a Síria se tornar palco de
disputa de interesses entre nações.
● Ao longo de 10 anos em Guerra Civil, consequências graves assolam a Síria.
A guerra foi responsável por destruir a infraestrutura do país, colocou
grande parte da população local em situação de pobreza e foi responsável
pela morte de milhares de pessoas (de acordo com o Observatório Sírio para
os Direitos Humanos, há em torno de 600 mil vítimas do conflito. A
estatística inclui as pessoas que estão oficialmente mortas e desaparecidos
(que, dado o cenário do país, provavelmente, são pessoas que faleceram e
não tiveram seus corpos encontrados ou identificados).
● Cerca de dois milhões de pessoas foram feridas ao longo do conflito e
entre essas pessoas, milhares ficaram com algum tipo de deficiência física
permanente.
● Outra consequência foi a grande quantidade de pessoas que foram forçadas
a abandonar as suas casas.
● Estima-se que, aproximadamente, 13 milhões de sírios abandonaram
suas casas, dos quais, sete milhões migraram no interior do território
sírio, enquanto que outros seis milhões optaram por fugir do país.
● Desse total, mais da metade se refugiou no interior da Turquia, o país no
mundo que mais recebeu refugiados sírios. A migração de milhões de sírios
para a Europa resultou no que ficou conhecido como crise dos refugiados.
● A guerra colocou milhares de pessoas em situação delicada, e muitos têm
dificuldade de obter alimentos.
● Milhares de crianças tiveram suas chances de construir um futuro melhor
destruídas ao ficarem sem educação, e milhões de sírios sofrem com a
destruição do sistema de saúde do país ao longo desses 10 anos de guerra.
● Depois de 10 anos de conflito, os observadores internacionais ainda não
veem possibilidades de término. Muitos acreditam que a Síria vai se tornar
mais um país com instabilidade crônica, como é o caso de Iraque e
Afeganistão, por exemplo.
Entre as 45 nadadoras que disputaram uma vaga na final dos 100 metros
borboleta, ela chegou em 41º lugar, 13 segundos mais lenta que a sueca Sarah
Sjostrom, atual recordista mundial e o melhor tempo da tarde deste sábado (6).
Não importa. Ao ser anunciada pelos alto-falantes no estádio de natação do Parque
Olímpico, na primeira classificatória, a síria Yusra Mardini foi bastante
aplaudida – como havia sido, na véspera, na festa de abertura no Maracanã, a
delegação da qual faz parte: a dos atletas refugiados.

Há um ano, Yusra, de 18 anos, e a irmã Sarah estavam à deriva em um bote


inflável no meio de Mediterrâneo. A casa da família, em Damasco, tinha sido
bombardeada, e as irmãs Mardini fugiam da guerra. O motor do barco pifou. Yusra e
Sarah, filhas de um treinador de natação, amarraram cordas ao corpo e, nadando,
levaram o bote até a Ilha de Lesbos, na Grécia. Hoje vivem na Alemanha, onde
treinam.

A história de vida, mais do que o desempenho esportivo, levou o Comitê Olímpico


Internacional (COI) a convidá-la para participar da Rio 2016. Yusra virou um
símbolo de um mundo globalizado e ao mesmo tempo dividido, em que milhares de
refugiados perambulam em busca de um país que os aceite – e, mais do que isso, os
adote de braços abertos.

Relatos e o próprio presidente da comissão internacional sobre a Síria disse que o


risco das mulheres em meio ao conflito dobra devido ao gênero, já que são elas que
enquanto carregam os filhos, ficam procurando os entes em meio aos destroços

● Com o conflito, a economia do país entrou rapidamente em declínio, e sua


infraestrutura se deteriorou rapidamente. Além dos mais de seis milhões de
refugiados em outras nações, muitos sírios se viram obrigados a deixar suas
casas e se deslocarem dentro do próprio território. Como consequência, houve
a acentuação dos níveis de pobreza e vulnerabilidade social no país.
● O presidente da Comissão Internacional de Inquérito sobre a Síria, Paulo
Sérgio Pinheiro, defende a criação de um mecanismo que permita descobrir o
paradeiro de dezenas de milhares de cidadãos desaparecidos durante o
conflito armado, que segue para o 12º ano.
● O brasileiro enfatizou que as famílias do país em conflito têm o direito de
saber o destino de seus entes queridos. Para ele, a questão é uma das maiores
tragédias da guerra na Síria.
● Pinheiro diz acreditar que um novo mecanismo possa fornecer apoio urgente
às famílias que procuram entes queridos desaparecidos, principalmente
mulheres que estão na vanguarda da defesa da verdade sobre seus parentes.
Muitas vezes estas correm o risco de prisão, assédio ou extorsão.
● “São as mulheres que vão ficar percorrendo as prisões, as delegacias de polícia
para saber onde estão os seus entes queridos e membros da sua família.”

● Fora que as que decidiram sair do país, basicamente migrar, estão sujeitas a
esquemas de tráfico de pessoas
Bibliografia:
1. https://www.icrc.org/pt/o-sofrimento-das-mulheres-sirias
2. https://www.todamateria.com.br/guerra-na-siria/
3. https://www.stoodi.com.br/blog/historia/siria-entenda-tudo/#:~:text=Na%20Antiguidad
e%2C%20a%20S%C3%ADria%20era,atualmente)%20fazia%20parte%20do%20pa
%C3%ADs.
4. https://epoca.oglobo.globo.com/esporte/olimpiadas/noticia/2016/08/nadadora-refugia
da-fica-entre-ultimas-mas-vira-xodo-do-publico.html
5. https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/siria.htm
6. https://brasilescola.uol.com.br/geografia/conflito-na-siria-primavera-que-nao-consegu
e-se-estabelecer.htm

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