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GEOGRAFIA POLÍTICA
BELÉM-PA
OUTUBRO-2016
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
FACULDADE DE GEOGRAFIA E CARTOGRAFIA
DISCENTES:
Alan De Azevedo Silva-201508440017.
Bruno Ferreira Moreira-201508440016.
José Pedro Fonseca De Oliveira-201508440019.
Ronivaldo Silva Magno-201508440049.
Yanca Borges Do Carmo-201508440021.
DOCENTE:
Edinaldo Lobato Duarte
BELÉM-PA
OUTUBRO-2016
1.INTRODUÇÃO.
No ano de 2011 o “mundo árabe” foi palco de uma grande onda de reivindicações
que colocaram em cheque os regimes ditatoriais locais, derrubando longos regimes como na
Tunísia com a derrubada do ditador Zine El Abidini Ben Ali – onde os protestos começaram
com a autoimolação do estudante Mohamed Bouazizi em protesto contra os abusos cometidos
pelo governo – e do Egito com a derrubada de Hosni Mubarak. Estes protestos atingiram
fortemente a Síria comandada por Bashar al Assad com grande pressão da população sobre o
seu governo, com a forte repressão adotada pelo regime logo os protestos se tornaram uma
sangrenta Guerra Civil, que atualmente já acumula mais de 470 mil mortos. Antigas e novas
disputas territoriais surgem com intervenções diretas e indiretas de países como França,
Turquia, vizinhos do Oriente (Israel, Irã, Iraque, Arábia Saudita etc.), reascendendo a antiga
rivalidade entre Estados Unidos e Rússia (do tempo fazia parte da ex-União Soviética),
deixando bem claro que o contexto da Guerra Civil na Síria é de múltiplos conflitos,
envolvendo diversas frentes e jogos de interesses territoriais e políticos internos e externos
desencadeados pela instabilidade do país, bem diferente do antigo contexto de bipolaridade da
Guerra Fria.
Sendo assim o trabalho desenvolve-se sobre os interesses externos sobre o território
sírio, dividindo-se em duas partes. Na primeira foca-se sobre o levantamento histórico da
formação da Síria como Estado, desde o período que o território sírio começou a ser usado
como ponto estratégico de conexão com a Ásia, depois o período de controle da França e a
posterior independência da Síria com a imposição de diversos regimes ditatoriais, culminando
com a desestabilização destes regimes e início da Guerra Civil.
O segundo momento, e mais importante do trabalho, foca sobre os diversos
interesses políticos dos países estrangeiros, já citados anteriormente, sobre o território sírio, o
que irá dotar este trabalho de uma análise multifatorial dos conflitos, partindo da linha de
intervenção direta e indireta de atuação de cada uma das nações envolvidas no processo:
alguns apoiam a manutenção do governo, outros são contra o regime sírio e há também os que
intervém através do combate aos grupos extremistas, cada um com a sua própria justificativa
de atuação e interesses particulares na instabilidade do país.
2. BREVE CONJUNTURA HISTÓRICA.
Pode-se compreender a conjuntura histórica da Síria em dois grandes momentos,
marcados internamente e externamente por disputas territoriais e de poder, que culminaram
com o desencadeamento, no ano de 2011, da Guerra Civil que assola o país até os dias atuais.
4. SOUZA, Marcelo José Lopes de. O Território: Sobre o Espaço e Poder, Autonomia e
Desenvolvimento. In: Geografia: Conceitos e Temas, org. I. E. Castro, P. C. C. Gomes, R.
L. Corrêa. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. p. 77-116.