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Guerra da Síria

A Síria ocupa uma posição estratégica no Oriente Médio. Apesar de não ter grandes reservas de
petróleo e de gás natural, o país se apresenta como uma das principais rotas para a exportação direta destes
produtos pelo Mar Mediterrâneo. O país faz divisa com a Turquia, ao norte, com o Iraque, a leste, com a
Jordânia, ao sul, com Israel, a sudoeste, e com o Líbano e o Mar Mediterrâneo, a oeste.
Desde a década de 1970, a família Assad governa o país. Este quadro político criou, durante o governo
de Bashar, uma insatisfação geral na população síria. O governo de Damasco era constantemente acusado
de corrupção e falta de transparência. O estopim para esta insatisfação ocorreu quando, em diversos países
árabes, como Egito, Tunísia e Líbia, uma série de manifestações ocorreram, reivindicando renovação da
classe política de seus respectivos países, além de mais democracia, liberdade e transparência. Este
movimento, conhecido como Primavera Árabe, se alastrou rapidamente, chegando até a Síria.
Em março de 2011, um grupo de adolescentes foi duramente reprimido após pintar, no muro de uma
escola, na cidade de Daraa, frases antigoverno. Após a prisão e a suposta tortura destes jovens, um inflamado
levante iniciou-se no país, levando centenas de milhares de pessoas às ruas naquele ano. Bashar Al-Assad,
porém, usou a força para reprimir as manifestações que, até então, eram pacíficas. Esta repressão, ao contrário
do esperado, acabou dando mais força ao movimento, fortalecendo o grupo de rebeldes.
Aos poucos, esta insurgência se transformou em um levante armado. Os rebeldes, em conjunto com
grupos de desertores do exército oficial sírio, incumbido de reprimir a população, se uniram em uma coalizão
contra Assad, formando o FSA (Exército Livre da Síria). Esta organização é sunita e laica, conhecida pelo
ocidente como Oposição Moderada.
O conflito se transformou em uma disputa entre o governo xiita de Assad, contra a maioria da população
sunita. A situação ficou ainda mais complicada quando dois outros grupos, a Al-Nusra, braço da Al-Qaeda na
Síria, e o Estado Islâmico, entraram na disputa. Ambos agem contra o governo Assad, mas também rivalizam
com os rebeldes e entre si.
O Estado Islâmico, que surgiu a partir da Al-Qaeda, é conhecido pelas suas atrocidades durante a
guerra e também por promover ataques terroristas no mundo ocidental. No conflito sírio, fazem uma “guerra
dentro da guerra”, visto que se opõem ao governo de Assad, aos rebeldes e aos jihadistas da Al-Nusra. Seu
objetivo é a criação de um Estado próprio para os muçulmanos. Atualmente, controla áreas na Síria e no
Iraque.
Fonte: http://www.geografiaopinativa
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