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2046 PERRETT
Os EUA e o Oriente Médio
O Oriente médio é umas das principais regiões de interesse da agenda politica americana,
principalmente a partir da 2ª guerra.
Para compreender os eventos que ocorrem na região, é importante refletir sobre os objetivos da
politica estratégica americana.
Segundo Luiz Alberto Nunes Bandeira, a politica externa americana determina, em grande medida,
a agenda internacional, influenciando eventos em todo o globo, estando, portanto, influenciando
tambem o Oriente Médio. Nenhum outro país teria tal poder.
O principal aspecto economico presente nos embates que ocorrem na região é a luta pela ampla
area produtora de petróleo e gás (Bacia do Mediterrâneo, golfo pérsico, Irã, Iraque e Ásia Central.
Outro ponto importante é a politica de Israel, e sua relação de cúmplice com os EUA, em relação
ao conflito árabe-israelense.
Os estados árabes laicos buscaram modernizar suas sociedades, levando a menores antagônicas
seitas, como os Xiitas e Alawitas. Esses regimes laicos, diante do sucesso das politicas e
modernização econômica, e sua incapacidade de se opor militarmente a israel, passaram a ser alvo
de organizações religiosas fundamentalistas.
Os EUA e o Oriente Médio
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O Oriente Médio a partir da logica do conflito
Há muitas criticas a forma como a região é representada pela midia, geralmente limitada a
um espaço de conflitos. Isso resume o debate sobre a região e sua diversidade regional a um
conjunto de ingredientes que gera muitos conflitos no mundo contemporâneo.
Não ha um consenso sobre o que é exatamente o oriente médio, onde ele começa e termina,
e quais são os seus países.
Orientalismo: conjunto de ideias sistematizadas que avançaram a partir do sec XVII, que é
como o ocidente representa o oriente. Um espaço fixo no tempo, atrasado, ao contrario do
ocidente, dinâmico.
Os EUA e o Oriente Médio
Segundo Said, o Oriente é uma invenção do Ocidente, uma homogeneização dos povos que
vivem num grande espaço geografico.
Os EUA e o Oriente Médio
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Possibilidades de leituras geograficas
Nessa, o petróleo seria visto como um recurso de disputas entre grandes potencias e grupos
locais. Principalmente a partir dos anos 20 e 30
Esses regimes (como da arabia saudita, ou de Saddam Hussein), não foram capazes de
melhorar a qualidade de vida da população, mesmo em momentos de alta do preço do
petróleo, com captação de capital que acabou em mãos de uma oligarquia.
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Importante lembrar que os EUA eram aliados do Irã até os anos 70, quando o lider iraniano
é derrubado, na revolução dos Aiatolás, que transformou o país em uma teocracia,
conduzida pela lei Sharia.
Por outro lado, a Arábia Saudita é uma aliada incondicional dos EUA, que tem no poder
uma linha tradicional de Wahabitas, mas é financiadora de diversos grupos
fundamemtalistas pelo oriente médio
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Israel é o principal aliado americano na região, e foi fundado principalmente pela ONU, em 1948, como
um estado judeu numa região dominada por muçulmanos. Isso gerou uma demonização de judeus e
americanos na região.
Esses grupos são transnacionais, e associam o discurso religioso ao projeto político, pondo os EUA e
israel como grandes inimigos, se aproveitando da miséria da população para suas causas
Erdogan adota uma politica de afastamento do discurso liberal, promovendo um modelo secular, baseado
nas glorias do império otomano.
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Os EUA vão derrubar Saddam, afirmando que haviam armas de destruição em massa,
abrindo espaço para a ascensão do Irã
Movimento surgido em 2011, criado por jovens sem perspectiva de trabalho e sem
condições socio-econômicas, que protestavam contra os governos autoritários em seus
países, levando a queda de vários governos e permitindo o surgimento de grupos como o
ISIS (Estado Islamico do Iraque e da Siria).
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Esse mapa mostra os palcos de guerra na região (Invasão do Afeganistão em 2001 e invasão do
Iraque em 2003). Com essas invasões, ocorre a ascensão de governos aliados ao Irã, que vai
fortalecer grupos radicais em toda a região, ampliando sua ação na região.
Observa-se também a presença de bases aereas americanas em toda a região, e destaca-se as da Asia
central (Usbequistão, Quirguistão,…), que existem mesmo sendo países altamente influenciados
pela Russia
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Os EUA, a partir da derrubada de Saddam, e todo o fortalecimento iraniano, busca
fortalecer suas bases no oriente médio, isolando seu rival. Em busca dos recursos da região,
e usando o terrorismo como desculpa, ha a ampliação dessas bases
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Esses mapas mostram que a intenção dos EUA é isolar o Irã no espaço regional,
principalmente o seu suporte a grupos em diversos paises
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Há tambem interesses de potencias externas:
A russia tende a fortalecer o dialogo com países do oriente medio (Irã, Síria..)
Anexação da Crimeia possibilita a Russia se fortalecer e projetar seu poder em regiões como
o Oriente Medio
Quando os EUA interviram no Iraque, eles esperavam implementar a teoria do “Dominó democratico”
(Democratizar o Iraque faria com que a democracia se espalhasse pela região). Entretanto, ocorrearam
vários efeitos colaterais, como a tomada de poder no Iraque por xiitas
(Questionamento dos motivos da invasão do Iraque) Os EUA não tem mais o apoio
incondicional dos outros países
É o estado mais moderno, com maior capacidade bélica, e aliado dos EUA.
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Efeito contrario do esperado, ao invés da pacificação, ocorre cada vez mais a militarização
da região
A religião vai continuar muito presente na condução social, economica e politica da região.
Os países não conseguem estabelecer uma unidade entre eles, como um país arabe, e ao
mesmo tempo a democracia continua distante
Os EUA e o Oriente Médio (2)
As instituições regionais são fragilizadas demais para estabelecer qualquer unidade entre os
estados.
A formação do Oriente Médio
*adianto que essa aula tá bem estranha, ele pula muita coisa que tá escrita, e corta do nada muitas
vezes tambem
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Algumas Definições
Há muitas confusões acerca da terminologia de árabes, oriente médio, mundo muçulmano… Islã =
religião, Oriente Médio = Região, Árabe = Povo (nem todo árabe é muçulmano, nem todo
muçulmano é árabe. Há povos Muçulmanos ao redor de todo o mundo, como na Indonésia, Índia…)
A formação do Oriente Médio
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O Islã
Até que ponto a identidade cultural árabe podia resistir aos preceitos modernos introduzidos
pelas potencias modernas?
(não se concretizou)
A formação do Oriente Médio
O mapa da esquerdamostra a descolonização do Oriente Médio e o domínio das potencias
europeias.
Os mapas da direita mostra as regiões onde habita o povo curdo, que hoje em dia é a maior
etnia sem estado nacional no mundo, lembrando que nenhuma das propostas de criação
desses estado foi levada a diante. Essa questão tem gerado diversos conflitos armados,
principalmente com a Turquia
A formação do Oriente Médio
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Formação do estado de Israel
A formação do estado de Israel esta relacionada aos preceitos religiosos da terra prometida,
que iam desde o Egito até o rio Eufrates, na Síria.
A formação do Oriente Médio
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A Palestina e os filisteus
A região sofreu diversas influencias das diversas nações que dominaram o espaço.
A formação do Oriente Médio
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A diáspora judaica
A diaspora judaica só acabaria quando houvesse o retorno dos judeus a sua terra prometida.
A formação do Oriente Médio
Houveram varias diásporas:
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A formação do Oriente Médio
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Movimento Sionista
O desejo de criar um estado judeu foi chamado de sionismo, e ganhará força na segunda
metade do sec. XIX, em função das perseguições sofridas pelos judeus na Europa. O nome
deriva do Monte Sião, que fica nos arredores de Jerusalém.
O anti-semitismo crônico é muito visivel na Europa Ocidental, principalmente na segunda
metade do sec XIX e sec. XX, com movimentos de perseguição direta às comunidades
judaicas, nos momentos que antecedem a 2ª Guerra Munidal. Essas comunidades vão se
segregar em guetos, com funções de ajudar uns aos outros, criando instituições filantrópicas,
buscando receber e apoiar os imigrantes Judeus, na Europa e na América do Norte
A formação do Oriente Médio
A grande questão do sionismo seria onde criar esse estado Judeu. Muitos lugares foram
considerados (desde Chipre, uma ilha no mediterrâneo, à Argentina), mas os Judeus
defendem que o seu lar seria a terra prometida.
Ou seja, a ONU interveio a favor dos direitos dos palestinos prejudicados, mas Israel nunca
cumpriu as determinações da ONU, muito em função do apoio dos EUA
A formação da Palestina
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“Lar nacional”
A Inglaterra, grande impulsionadora da criação do estado de Israel, se retira em 1947 da
região, entregando à ONU, recém criada, a responsabilidade de conduzir a partilha da
palestina.
Israel não reconhece o direito palestino a terra, toda a palestina deveria ser de posse judaica.
A formação da Palestina
Esses mapas mostram a evolução da distribuição das terras palestinas, e a progressão da
conquista de território pelos Judeus.
A formação da Palestina
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As guerras Árabe-Israelenses
A partir de 1949, ocorrerão varias guerras entre arabes e israelenses
Na primeira guerra, países como Síria, Jordânia e Egito se unem contra Israel, avançando
sobre a palestina (deve-se perceber que os países arabes, muitas vezes, usavam a causa
palestina como uma desculpa contra Israel), ocupando muitos territórios
Os segundo e terceiro mapas mostram a reação de israel, com um poder bélico muito maior,
que vai rechaçar seus oponentes. O terceiro mapa mostra a invasão da peninsula do Sinai, na
Guerra do Suez, em 1956
A formação da Palestina
Na guerra do Yom Kippur (Yom Kippur = Dia do Perdão, o dia mais importante para os
judeus), os países arabes tentam pegar israel de surpresa, num dia religioso. Israel reverte as
perdas e ganha.
Intifada = desobediência civil, os palestinos vão jogar pedras e granadas contra as forças
israelenses que tentava controlá-los
A formação da Palestina
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Refugiados palestinos
Os palestinos vão sair como os mais prejudicados, pois vão acabar perdendo seu território e
sem seu estado-nação, levando a uma enorme quantidade de refugiados palestinos
A formação da Palestina
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Acordos de Oslo 1993
A causa palestina teve visibilidade na comunidade internacional, fazendo com que em 1993
a Noruega conduza os Acordos de Oslo, que seria um acordo de paz entre palestinos e
judeus.
O reconhecimento do estado palestino nunca aconteceu.
Lembrar que Jerusalém é a cidade mais importante para as 3 principais religiões do mundo.
A formação da Palestina
As 2 imagens mostram o que aconteceu a partir do acordo de Oslo, com um aperto de mão
entre autoridades Israelenses e Palestinas, mediadas por Bill Clinton, presidente americano.
E com os lideres dos 2 estados recebendo o Nobel da Paz.
A formação da Palestina
Esses acordos não ocorreram como o pensado, pois israel não desocupou todos os territorios
combinados (saiu apenas da faixa de Gaza).
Há uma resistencia por parte de israel na desocupação da Cisjordânia, pois alegam a
existencia de assentamentos importantes de Israel nesse território.
O muro tira toda a mobilidade da população palestina dentro de seu próprio territorio. Israel
usa como justificativa a segurança
A formação da Palestina
Esse mapa mostram os 2 territorios que seriam do estado palestino, a Faixa de Gaza e a
Cisjordania.
A faixa de Gaza foi totalmente devolvida aos palestinos em 2005
A formação da Palestina
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O HAMAS - “Movimento de resistência islâmica”
Contra os acordos entre palestinos e israel, surgirão vários grupos em territórios árabes de
resistencia contra a atuação de Israel na região.
Israel passa a sofrer ataques de misseis vindos da Faixa de Gaza, lançados pelo Hamas, que
passa a controlar Gaza, ganhando eleições palestinas.
A formação da Palestina
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FATAH – “movimento de libertação nacional dos
escravos liderados pelo povo da Palestina”
É outro grupo que surge da dissidencia palestina. É menos radical que o HAMAS, e acaba
sendo reconhecido como o único interlocutor do povo palestino pela comunidade
internacional
O FATAH e o HAMAS dividiram o movimento palestino, com o FATAH controlando a
Cisjordania, e o HAMAS, a faixa de Gaza, enfraquecendo o movimento.
A formação da Palestina
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HAMAS x FATAH
Esse movimento foi motivado por:
Oriente Médio: outras temáticas
Essas imagens mostram a região onde aconteceram os eventos, ilustram como se
desencadeou, a partir da Tunísia, e mostram a importância das redes sociais.
Muitos desses países fazem parte dos “Black Holes”, lugares onde o governo controla o
sinal de internet. Muitas vezes eles derrubam o sinal de internet, fazendo que noticias de
massacres e atos antidemocraticos não sejam divulgados
Oriente Médio: outras temáticas
Essa figura mostra os lideres afetados pela primavera arabe, tanto os derrubados, quanto os
que apenas cederam a algumas pressões.
Deve-se lembrar que esse movimento terá forte apoio dos EUA, que esses países tem muitos
recursos petrolíferos, e que com a derubada do poder na Líbia, o país vive uma guerra civil,
com vários grupos disputando o poder.
Oriente Médio: outras temáticas
Esse mapa mostra a dimensão espacial que o movimento ocupou, levando alguns governos a
serem depostos, e outros a abrirem mão de seus interesses para se manterem no poder,
cedendo as exigências dos movimentos populares. Entretanto, ainda percebe-se forte
autoritarismo na região
Oriente Médio: outras temáticas
As disputas pelos recursos hídricos
Deve-se lembrar também da “hidropolitica”, ou seja, a importância que os recursos hidricos
tem na região, onde há baixa pluviosidade.
Oriente Médio: outras temáticas
Introdução
Na região, há poucos rios perenes, como o Tigres e o Eufrates, gerando uma crescente
demanda de agua, decorrente do aumento demográfico da região.
Mais de ¾ dos recursos hidricos são utilizados na irrigação.
Os países mais ricos, com abundancia de petróleo, usam seus recursos para desalinizar a
água (ou seja, tirar o sal da agua do mar)
Oriente Médio: outras temáticas
● O retorno às mil e uma noites?
Existem vários “orientes médios” dentro do Oriente Médio, ou seja, deve-se pensar na região além
da imagem de conflito e instabilidade.
(Poderemos ver esses ajustes espaciais na copa de 2022, que será no Catar, que atrairão
investimentos internacionais, e quebra a imagem de atraso)
● Pode-se citar a cidade de Dubai, como exemplo de exuberância na região, para pessoas de alto
padrão financeito
Oriente Médio: outras temáticas
Essas imagens mostram como as cidades futuristas, com altos investimentos, vem se
propagando no deserto. Como governos promovem a região como dignas de grandes
investimentos com eventos esportivos e universidades de mais alto padrão mundial
Oriente Médio: outras temáticas
● Outro oriente medio, dentro do oriente médio
Principalmente tecnologia de
ponta, turismo de alto padrão,
atividades esportivas… tudo
para atrair capital
Além de investirem na
modernização do Golfo
Pérsico, esse capital tambem é
investido fora da região
Oriente Médio: outras temáticas
Essas imagens mostram obras faraônicas, que exemplificam o alto padrão financeiro da
região, e como as cidades futuristas surgem sobre o deserto.
As imagens da direita mostram lugares onde ocorrem massivos eventos esportivos, que tem
sido alvo de massivos investimentos.
Oriente Médio: outras temáticas
Esses projetos, mostram ao mesmo tempo, altos investimentos financeiros na região como
polo de entretenimento, e polo de eventos esportivos, com arquitetura arrojada e futurista,
para turismo de alto padrão, em busca de uma nova imagem para a região.
Oriente Médio: outras temáticas
● Contradições
Essas imagens mostram o outro lado da cidade, dos trabalhadores pobres, que são
explorados para que se construam os luxuosos edificios
Oriente Médio: outras temáticas
● Reflexões Finais
América Latina: da formação à integração
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Cartografias do poder
Consistem na divisão espacial produtiva arbitraria dos territórios descobertos (no caso, a
América Latina). Essas divisões visavam estabelecer monoculturas, com o objetivo de
abastecer a metrópole.
Essas divisões, por desconsiderar a organização original dos povos que ali habitavam
(consideravam todo o continente como um “vazio demográfico”), separando e escravizando
diversos povos, gerou fome por todo o continente, pois a pouca variedade que era cultivada
era destinada à metrópole. Delas surgiu a organização dos estados atuais da região
América Latina: da formação à integração
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A questão identitária
As identidades nacionais da América Latina não são naturais, ou seja, há vários elementos
que a forjaram (história, símbolos, heróis nacionais…). Ao mesmo tempo, ela se sobrepõe
às ideias de tribo ou etnia.
Essa identidade se torna aceita pela sociedade graças a à ação de agentes como a mídia e,
principalmente, o sistema educacional.
Para compreender esse fenômeno, deve-se compreender os conceitos de europeidade e
colonialidade, aprendidos no inicio do ano.
América Latina: da formação à integração
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Rompimento da ordem colonial
Os estados que emergem passam a ser subalternizados diante do resto do mundo. Além
disso, ocorre a “Balcanização” (Fragmentação) desses países recém-formados, graças às
divergências de interesses dos líderes regionais, formando “Republiquetas”
A América Latina se subordina ao capital inglês. Na DIT, faz parte da periferia, exportadora
de commodities, mantendo a Matriz Colonial do Poder, como “periferia do capitalismo”, e
reforçando a centralidade da Europa nas relações comerciais mundiais.
América Latina: da formação à integração
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Propostas de Regionalização
Simon Bolívar, ainda no inicio do século XIX, tinha a ideia, vista como utópica, de manter os territórios
latino-americanos unidos.
Tal ideia foi resgatada após a Segunda Guerra Mundial, com diversas políticas de integração regional:
1969 – Pacto Andino (Colômbia, Bolívia, Chile, Equador, Peru e posteriormente a Venezuela). Foi um
projeto ambicioso, que previa inclusive a divisão da alocação espacial de industrias e de investimentos
vindos de fora.
1980 – A redemocratização do continente trouxe ideias mais flexíveis e bilaterais, como a ALADI
(Associação Latino-Americana de Integração), mas a crise econômica que aconteceria nesse momento
fez com que a região sucumbisse a dívida externa.
1990 – Duas propostas emergem:
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MERCOSUL: Regime de intercambio livre e união aduaneira entre os países do cone sul (Brasil,
Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai). As assimetrias e diferenças de interesse dos países, somado ao
fato de que o sentimento nacionalista era mais forte que o regionalista ou globalistas, fez com que a
união perdesse folego no inicio.
●
ALCA (Associação de Livre Comércio das Américas): Lançado na Cúpula das Américas, em Miami,
pelo presidente americano George W. Bush. Defendia a abertura dos mercados de todo o continente para
diversos tipos de produtos, incluindo propriedades intelectuais. O projeto visava, principalmente,
a livre circulação de mercadorias, mas as medidas unilaterais dos EUA paralisou a ALCA.
América Latina: da formação à integração
●
UNASUL e PROSUL (BOI)
Entretanto, o foco do Brasil se voltou para o UNASUL, uma tentativa de estabelecer um
modelo semelhante ao europeu, com defesa mútua (CDSA – Conselho de Defesa Sul-
Americano) e uma comunidade econômica.
Esse bloco apresentava forte influencia de ideias de esquerda, com apoio aos governos
venezuelano e boliviano, ajudando esses países em seus conflitos regionais.
Entretanto, com a volta dos governos de direita por todo o continente, a partir de 2015, o
bloco foi se desfazendo e esvaziando, dando espaço ao PROSUL
América Latina: da formação à integração
●
Aliança do Pacífico (BOI)
Com a articulação do Oceano Pacífico como eixo economico entre Ásia e as Américas, a região
passou a ficar cada vez mais inportantes, até que os países latino-americanos com territorios
nesse oceano (Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala,
Honduras, México, Nicarágua, Panamá e Peru), visando promover ações que permitam a
cooperação entre os países do Pacífico latino-americano, criam a “Iniciativa do Arco do
Pacífico Latino-americano”, que deu origem a recem-formada Aliança do Pacifico.
Esses países vem firmando TLC’s (Tratados de Livre Comercio) com os EUA, os países
asiáticos e europeus de forma unilateral, fazendo com que a venezuela saísse da Comunidade
Andina de Nações (CAN), desviando o foco para a Aliança.
O bloco é formado a partir da iniciativa de economias neo-liberais, promovendo a
fragmentação da integração.
Também se mostra apenas parte do projeto maior de influencia americana no eixo do Oceano
Pacifico. Faz parte da projeção de poder americano na america latina, visando conter a
economia chinesa e mostrar um contraponto ao Brasil e ao MERCOSUL no continente
América Latina: inserção periférica na
economia mundial
●
Cepal
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Precedentes:
Mesmo após 1 século de independência das potências europeias, o atraso econômico e
problemas sociais ainda não foram superados no continente latino-americano. As condições
se mantiveram marginalizadas.
●
A CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina) foi criada em 1948, pela ONU.
Tinha Raúl Prebish como seu 1° presidente. Fazia estudos a fim de compreender os
problemas que dificultam o avanço do continente.
América Latina: inserção periférica na
economia mundial
Os estudos concluíam que:
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A estrutura desses países era herdada de um sistema colonial exportador, arcaico e exploratório.
●
Seu quadro de inserção internacional era periférico, e era vulnerável a crises que ocorriam em outros
países.
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Deterioração dos termos de trocas (exportava produtos primarios, por preços baixos, e importava
produtos processados, a preços altos) .
●
“Efeito Gangorra” (Se o preço das commodities sobe, o mesmo ocorre com as economias. Se o preço
cai, o mesmo ocorre) .
●
Excedente de mão de obra, que diminui o salario dos trabalhadores, junto com seu poder de compra.
●
Lentidão do progresso técnico.
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Desequilibrio da balança de pagamentos (inflação)
●
Insuficiencia de poupança (estimular a entrada de capital externo). Ao contrair emprestimos à juros,
pelo FMI ou Banco Mundial, a economia pode crescer a curto prazo, mas é prejudicada no futuro
Para avançar, seriam necessários investimentos no setor tecnológico, diversificando a pauta
de exportações
América Latina: inserção periférica na
economia mundial