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A Bíblia do Braga.

1ª PP

Este “resumo” tem como objetivo ser o mais fiel às aulas possível, utilizando os mesmos
termos e vocabulário usados nas videoaulas.

2046 PERRETT
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX

No pos 2ª guerra, ha a construção de uma nova ordem mundial, liderada pelos EUA. A influencia
americana na questão cultural, politica e economia marca o mundo.
Os eua ascendem como a grandes provedores da retomada da economia mundial, como a partir do
Plano Marshall (retomada da economia europeia, financiada pelos EUA, nos moldes capitalistas).
Eles buscam aumentar suas areas de influencia em diferentes continentes, visando neutralizar as
politicas de expansão do socialismo sovietico no espaço mundial, por meio da sua força
economica e militar, consolidando sua presença em diferentes espaços.
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX

Considerações sobre a prosperidade economica no
pós-segunda guerra
Entre 1945 e 1953, o mundo experimentou um tempo de crescimento economico sem
precedentes, cunhado por Jean Fourastié de “Os trinta anos gloriosos”. Outros autores
americanos chamam de “A era de ouro”.
Os EUA, a Europa e o Japão se tornam os 3 espaços regionais que ganham visibilidade
nesse periodo.
Os EUA, após a guerra, se sobressaem dos demais países, pois não saem devastados da
guerra, nem militar, nem economicamente
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX
São caracteristicas desse crescimento econômico:

O aumento da produção mundial de bens e serviços, promovido pela retomada da produção industrial,
diversificando as relações interestatais.

A produtividade agrícola duplicou em virtude das técnicas de exploração da terra por meio do recurso à
mecanização cada vez mais intensiva. Os eua se tornam o grande celeiro da economia mundial

Elevada produção energética e avanço na produção industrial de bens de consumo como automóveis e
eletrodomésticos, em função do crescimento da sociedade urbana nos territórios destacados, instituindo um
padrão de consumo na sociedade capitalista

Destaque para os progressos tecnológicos em setores tradicionais industriais, aumento de patentes no
desenvolvimento da aviação comercial, da industria eletrônica e das telecomunicações, da informática e da
robotica, que vão marcar a 3ª revolução industrial, promovido pelo Japão, que passa a ser concorrente dos
EUA.

Aumento do volume de trocas comerciais na escala mundial, intensificando a globalização

Avanço do estado Keynesianista, com o estado grande provedor.
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX
De acordo com o grafico, entre meados dos anos
40 e 60, ocorre as menores taxas de desigualdade
de renda nos EUA, reflexo das politicas
Keynesianistas, com estado provedor de politicas
sociais, direitos trabalhistas. Isso fez com que as
condições sociais dos trabalhadores fossem bem
melhores do que o visto posteriormente, nos anos
80, com a renda mais concentrada, levando ao
estado neo-liberal, com menor intervenção do
estado.
Essa politica economica tende a reforçar o
aumento da desigualdade de renda
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX
Há uma forte crise economica nos anos 70, fazendo com que os EUA enfraqueçam seu
poder:

Crise do sistema de Bretton Woods, os Eua acabam com a conversibilidade dólar-ouro,
fazendo com que o dolar seja conduzido por taxas flexiveis, aumentando a volatilidade da
moeda

Fracasso no Vietna, levando a perda de poder politico e militar

A decadencia do padrão fordista, em contraste a ascensão do Toyotismo

Crise interna de corrupção e conflitos raciais

Crise dos principios keynesianistas e emergencia do neo-liberalismo

Endividamento dos Estados com o aumento dos gastos públicos na decada de 50 e 60
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX

As reduções no custo do transporte, associadas a mudanças politicas que tinham um clima


positivo em relação aos negócios e em cobrir parte dos custos fixos de realocação
promoveram o tipo de mobilidade geográfica do capital produtivo, do qual o capital
financeiro podia se alimentar. Essa mudança para o capital financeiro (do keynesianismo
para o neo-liberalismo)teve efeitos traumáticos para os EUA, fazendo com que muitas
empresas migrem para outros países, gerando desindustrialização, principalmente do
Manufacturing Belt.
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX

Hegemonia Neoliberal

Crença no Livre Mercado, com menos controle do estado na economia, defendida por
Ronald Reagan (EUA) e Margaret Thatcher, levando às privatizações. Será promovido
como a única alternativa para a economia capitalista.

O governo de Reagan busca atrair o capital circulante na economia mundial para os EUA,
no processo de modernização do setor militar (Politica da Guerra nas Estrelas, que visava
atrair o poder militar americano para o espaço sideral), inaugurando a era dos mercados
financeiros livres.
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX

Desregulamentação dos mercados, levando a mudanças no papel dos estados, como os taxadores da
movimentação do capital. É campo fertil para a proliferação de paraisos fiscais, com sonegação de
impostos, lavagem de dinheiro, e dinheiro do narcotrafico, longe das fiscalizações. Há também um
desmembramento dos processos de trabalho, com descentralização espacial do trabalho e das
atividades, levando as empresas a migrarem para onde os custos são menores.

Eixo tecnologico torna-se o principio ordenador do capitalismo:
-Civil: concorrencia industrial
-Militar: armamentos, comunicações e inteligencia
-Cultural: visão de mundo como mercadoria cultural

Dimensão interna (EUA):
-A reestruturação produtiva foi baseada na flexibilização das relações capital/trabalho, como na
migração das empresas, para areas com regulações mais frageis. Além da redução e miniaturização
das equipes de produção, mudando a geografia economica estadunidense (Manufacturing Belt e Sun
Belt)
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX
Estados como as Carolinas do Norte e do Sul, Flórida, Texas, Arizona, California e o
Noroeste dos EUA tornam-se areas de maior dinamismo economico, a produção é flexivel e
voltada para tecnologia de ponta.
O capital tende a migrar para espaços mais dinamicos, com novas tecnologias, menores
custos e maior qualificação de mão obra, levando a fechamento de fabricas, como em
Detroit.
Destaca-se tambem a descentralização e internacionalização da produção, com empresas
como as Maquiladoras (que mudaram sua produção para o México). Essas empresas buscam
legislações mais frouxas e mão de obra mais acessivel, principalmente em mercados
periféricos, como o sudeste asiatico.
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX
Esse mapa divide os EUA em 3 grandes partes:

Nordeste e grandes lagos: Manufacturing Belt

Diagonal interior (Centro): Onde há o
agronegocio, grandes pradarias

Crescente Periférico (Sun Belt): aborda o sul,
sudoeste e noroeste dos EUA. São as areas com
maior crescimento populacional, além de as mais
dinamicas, pois recebem mais investimentos,
tanto do governo, quanto da iniciativa privada,
estabelecendo grandes cinturões tecnológicos
O capital tende a migrar para espaços mais
dinamicos, com novas tecnologias, menores
custos e maior qualificação de mão obra, levando
a fechamento de fabricas, como em Detroit.
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX
Fiori se contrapõe à ideia da Arrighi, de que os EUA estaria entrando no processo de crise
terminal, dizendo que a crise dos anos 70 não é uma crise sinalisadora, mas sim marca uma
4ª explosão expansiva no sistema mundial (*como se fosse mais um ciclo hegemonico, mas
ainda com os EUA sendo a potencia hegemonica. Os EUA seriam a potencia em queda, e a
potencia em ascensão, ao mesmo tempo).
*Ele diz basicamente que a potencia hegemonia precisa da competição e da guerra para se
manter no poder. Para se expandir, ela precisa, muitas vezes, agir contra si mesma,
destruindo suas próprias regras e instituições, agindo como uma potencia rival numa crise
hegemônica, num periodo de caos sistemico (como estudamos em Hegemonia, no inicio do
ano.

*ele fala p krl aq, resumi um pouco com as minhas palavras, porque ngm merece
EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial

Aspectos condicionantes da agenda politica externa
dos EUA no pós guerra fria

Com o fim da guerra fria, os EUA vão emergir como o único polo de poder do mundo,
dividindo sua influencia com outras potencias regionais. As ameaças aos EUA se tornam
difusas, vindas de grupos não estatais, como terroristas e traficantes. Será composta uma
nova agenda global, em detrimento dessas novas ameaças.
EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial

Códigos Geopoliticos
Os estados tendem a atuar no meio externo através de “códigos geopolíticos”.

Ou seja, são essas intenções e ações que vão definir o a politica externa.
Os estados elaboram o seu código geopolítico buscando, por exemplo:

Influenciar parceiros acerca da justeza de suas intenções geopolíticas (intervenção no Iraque, por
exemplo)

Dominar estados mais fracos, visando se beneficiar da assimetria de poder

Adequar-se à presença de um vizinho mais poderoso (por exemplo: o Brasil, atualmente, vem se
adequando às politicas americanas, visando se beneficiar da relação)

Projetar sua nova condição politica, econômica ou militar num sistema já consolidado (por
exemplo: China buscando influenciar o sistema já consolidado com seus interesses)
EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial
Segundo Taylor e Flint, houve uma alteração do código geopolítico americano em
decorrência do fim da Guerra Fria. Saiu do Código da Contenção (contenção do
comunismo, buscava conter a “ameaça comunista”), para o Código da Prevenção (muito
influenciado pelo 11 de Setembro, visava prevenir possíveis ataques ao seu território, ou de
aliados)

Observa-se o preconceito no discurso americano, ao defender a necessidade da Doutrina de


Segurança nacional, marco importante na execução do Código da Prevenção. “Barbárie da
periferia” seria os grupos terroristas e o narcotráfico, e a “Ameaça amarela” seria a ascensão
chinesa.
EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial

O núcleo funcional seria os espaços que estão altamente integrados aos processos da
globalização, ou seja, os eventos políticos, econômicos, militares ou culturais. O gap é o
espaço que estão pouco integrados a globalização
EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial

Ou seja, essas instabilidades que marcam o mundo no fim do sec. XX. Seriam na sua visão,
parte do processo de expansão.

Uma crise econômica ou uma guerra não são, necessariamente, sinal de declinio de uma
hegemonia, se contrapondo a Arrighi. Segundo Fiori, a crise dos anos 70 trazem uma
mudança no sistema estrutural, instituindo uma nova corrida imperialista, levando o sistema
internacional a se expandir, graças a pressão competitiva. Os estados estariam
reconfigurando sua hegemonia
EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial

Ele vai dizer que, ao invés dos EUA aniquilarem seus rivais, eles trazem essas potencias
para a competição, pois necessita deles para que a pressão competitiva faça com que eles se
reinventem.
EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial

Subcomandos militares
Os subcomandos militares são regionalizações do espaço mundial. Caracteriza uma nova estrategia
imperial estadunidense, pautada na instalação de bases militares e de intervenções ao redor de todo
o globo.
O projeto Joint Vision visava por em pratica o seu poder militar cybertech, com um conjunto de
serviços de satélite, monitorando e municiando de inteligencia suas forças de segurança em todo o
mundo. Visava militarizar o espaço sideral, junto a politica da “Guerra nas Estrelas”
Há também a estrategia do BMD (Ballistic Missile Defense) – defesa contra misseis balísticos

Essas 3 zonas seriam importantes, principalmente, por seus recursos naturais


EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial

Cada subcomando terá uma importância relacionada à situação geopolítica da região quando
foi criado. USPCOM : conter o avanço socialista no leste asiático, mantendo o Japão como
um grande aliado. USEUCOM : conter o avanço socialista, e manter a segurança da Europa
ocidental. USSOUTHCOM : agia nas derrubadas de poder que aconteceram no continente
na época. USCENTCOM : invasão do Afeganistão pela USSR. USNORTH : 11 de
setembro. USAFRICOM : combate ao trafico e ao terrorismo, além da presença chinesa e os
recursos naturais
EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial

O gráfico mostra que os EUA ainda são os que mais gastam com armamentos e segurança,
mostrando que eles ainda podem sofrer ameaças, principalmente diante de um mundo super
tecnológico com redes e fluxos que podem ser utilizados para atacá-los.
EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial
Desde os anos 80, os EUA tem definido as drogas como um problema de segurança
nacional, cujo combate deveria ser feito atacando a fonte, em países como Bolívia,
Colômbia, Equador e Peru
EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial

Ceceña vai reforçar as áreas de interesse de atenção do pentagono: Caribe, america central e
países andinos, Africa, oriente médio, Ásia central e parte do sudeste asiático.
Segundo Thomas Barnett, essas áreas estão dentro do “Gap”, e são áreas de mais
instabilidade, que desde o fim da guerra fria, os EUA estariam intervindo nessas áreas.
Entretanto, é importante perceber que estar conectado aos processos da globalização não
garante paz, ao contrario do que as ideias de Barnett dão a entender
A relação entre os EUA e a Europa

Introdução
É importante lembrar que a Europa sempre foi vista como ponto estratégico para a politica
externa norte-americana, principalmente após o fim da 2ª guerra, com o Plano Marshall.
Além disso, ela sempre foi vista como espaço de potencias mundiais. Entretanto, com o fim
da segunda guerra, elas se viram num mundo de hegemonia americana, e vai tentar se
reorganizar para recuperar sua influencia.
A relação entre os EUA e a Europa

Projetos de Europa
A União Europeia (UE) é realmente um ator autônomo? Até que ponto o projeto de um
bloco como esse é subordinado ao poder politico, economico e militar americano?
Para entender isso, é necessario entender os projetos de Europa:
Os estados permanecem soberanos, porem continuam
cooperando politica, economica, e politicamente

É o que de fato ocorre com a UE, serão entregues a um


parlamento os poderes antes divididos pelos países.
A relação entre os EUA e a Europa

Tipos de periodização

Se baseava na superação de problemas historicos passados. Era preciso superar os conflitos


internos na europa ocidental, que se partiriam principalmente da Alemanha e França

Projeto fracassado com a derrota alemã


nas guerras mundiais
A relação entre os EUA e a Europa

Foi o projeto que se consolidou. Com a formalização do mercado comum europeu, houve a
liberalização do comercio e diminuição das tarifas alfandegárias, ampliando o comercio
entre as nações
Viria a partir da integração de duas potencias rivais, que deixariam de lado suas rivalidades
em prol de reconstruir o espaço europeu.
A relação entre os EUA e a Europa

Pressupostos da integração

Fim da primeira guerra como resolução das disputas internas

Emergencia dos EUA e URSS como novos nucleos de poder, que vai secundarizar o espaço
europeu

Perda de posição no espaço mundial, devido a devastação das guerras

Perda das colonias na africa e asia

Subordinação da Europa em relação a uma aliança com os EUA (Estrategia da Contenção)

Projetos europeus restritos as relações comerciais e alianças militares

Europa concebida como uma “terceira força”

Recriar a ideia de uma “família europeia”, ou um “Estados Unidos da Europa”, alem de
rivalidades, um projeto maior.
A relação entre os EUA e a Europa
O mapa mostra as esferas de poder na Europa. Verde – influencia americana. Vermelho -
URSS
A relação entre os EUA e a Europa

Laboratórios de Integração
BENELUX (1944) – Pacto entre Belgica (BE), Países Baixos (NE) e Luxemburgo (LUX),
buscava consolidar um projeto de livre comercio entre eles
CECA (1951) – Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. Criada pelo Tratado de Paris.
Buscava recompor a siderurgia como industria de base para que as outras pudessem se
recompor no espaço europeu. Tende a adotar o modelo Fordista. Idealizado por França e
Alemanha.
Comunidade Economica Europeia – Criada pelo tratado de Roma. É o “DNA” da União
Europeia.
AELC – Associação Economica de Livre comercio. Idealizada pelo Reino Unido, e foi
desfeita em função da CEE em 1973
A relação entre os EUA e a Europa
Esse mapa ilustra a progressão da adesão dos estados a CEE. Ao longo do tempo, a CEE vai
além da questão econômica, indo para a politica, social e partidária.
A relação entre os EUA e a Europa

Era importante executar um projeto de integração muito mais amplo, para poder recuperar a
perda de espaço sofrido pela Europa, e retornar a competir com EUA e Ásia.
A relação entre os EUA e a Europa

A reunificação alemã e o fim da URSS fez com que


os estados vissem uma oportunidade de se integrar
ao projeto europeu ao pertencer a União Europeia,
frente a um mundo globalizado, com hegemonia
americana
A relação entre os EUA e a Europa

O EURO
O euro servia, basicamente, como um contraponto ao dolar, e
como um fator que estabilizava a economia dos países mais
instaveis
A relação entre os EUA e a Europa
Nota-se que nem todos os países conseguiam atingir os requisitos, principalmente
econômicos, para entrar na zona do Euro. Há países, principalmente no leste europeu, que
viveram guerras ha pouco tempo, e não conseguiram tempo para se reestruturar
completamente, e foram negados de participar.
Ainda assim, percebe-se a disparidade das economias integrantes da união europeia,
facilmente vista ao analisar o PIB per capita. Isso mostra os desafios que a UE ainda tem
que passar.
A relação entre os EUA e a Europa
Observa-se, em 1985, o acordo de Schengen, que elimina progressivamente as fronteiras,
facilitando a integração regional, a circulação de bens, serviços e pessoas.
Em 1992 ocorre o Tratado de Maastricht, que efetivamente cria a União Europeia, e
estabelece as instituições que vão reger o bloco, como o parlamento europeu.
Em 1997, o Tratado de Amsterdã, criou uma area de seguridade para a justiça e cidadania,
gerando a discussão dos direitos humanos, da segurança, de carater social.
Em 2000, o tratado de Nice, institui uma reforma institucional para preparar a uniao para a
sua grande expansão.
Em 2007, o tratado de Lisboa buscou formar uma constituição europeia. Essa ideia sofreu
muita resistencia.
A relação entre os EUA e a Europa

Contradições internas
-O bloco de poder da UE foi montado por governantes e grandes empresarios, fazendo com
que os seus interesses entrem em conflito com os sociais. Entretanto, a união será vista
como forma de garantir uma legislação mais comum, diminuindo as desigualdades.

-Posição da Europa no debate do binômio APROFUNDAMENTO/ALARGAMENTO


(Continuar aprofundando as questões da união, enquanto deixa mais membros entrarem,
aumentando as desigualdades)
A relação entre os EUA e a Europa

Um passo decisivo para o continente (ainda nas
contradições)
Expansão para o leste europeu, com países com características sociais e politicas
completamente distintas, com resquícios de autoritarismo e ideais da URSS
A relação entre os EUA e a Europa

Regionalismos e movimentos autônomos
Dentro da Europa, ha varias regiões que procuram desde mais autonomia, até a total
independência. Como pensar numa identidade europeia, com o crescimento desses
regionalismos? (Catalunha, Escócia, Kosovo...)
A relação entre os EUA e a Europa
A Europa enfrenta a ausência de uma politica de segurança comum, sem os EUA. Não ha o
consenso para a criação de uma organização militar europeia, sem os EUA, tirando a
autonomia da Europa, se mantendo presa a OTAN.
A partir do 11 de setembro, os países botam o terrorismo e o narcotráfico nas suas agendas
de segurança no seculo XXI. Isso evita que a OTAN se desfaça, mesmo após o fim da
guerra fria.
Os EUA mantém a sua presença no espaço europeu, e buscam recrutar mais países para a
OTAN, adentrando cada vez mais o leste europeu, causando apreensão no governo russo,
relembrando a politica de contenção.
A relação entre os EUA e a Europa
O Projeto da criação de um escudo anti-míssil sobre o leste europeu criará um
desentendimento entre os EUA e a Rússia, causando uma “segunda guerra fria”, gerando
uma nova corrida armamentista.
Esse evento, junto às guerras cibernéticas, e diversos outros planos, estão ligados à politica
de “Guerra nas Estrelas”, do governo de Ronald Reagan, que vai trazer investimentos
massiços em novas tecnologias, e fazer com que os EUA recomponham sua hegemonia, e
imponham um projeto de poder mais imperial, forte.
A relação entre os EUA e a Europa
Mesmo com o fim da guerra fria, ainda ha bases com misseis nucleares no território
europeu, que leva a diversos protestos, já que deixariam em risco a segurança dos
territórios. Isso fará com que os estados europeus busquem maior autonomia em relação ao
poder militar americano
A relação entre os EUA e a Europa


Finalizando…

Se a Europa não buscar construir um espaço autônomo, ela continuara sendo um ator
coadjuvante, junto aos EUA
A Alemanha busca um protagonismo maior na politica regional.
A relação entre os EUA e a Europa
Ou seja, não existe uma unidade para construir um projeto europeu de segurança comum. A
Europa fica dependente do poder militar americano.
Além disso, os estados mais fracos desejam que os EUA se mantenha como liderança na
segurança nacional, e os mais desenvolvidos, principalmente a Alemanha, se vê engessados
pelas obrigações do bloco europeu
A relação entre os EUA e a Rússia

Com o fim da URSS, e sua fragmentação em 15 novas repúblicas, a Federação Russa


surgirá como seu estado sucessor, herdando boa parte do aparato nuclear e poder politico.
A Russia, que viveu um periodo de ostracismo (isolamento) na transição sistemica do
socialismo para o capitalismo, com graves problemas sociais e economicos, volta à cena
internacional no seculo XXI, sob a direção do governo Putin, e a exportação de
commodities, como petróleo e gas, alem de um exportador de armamentos. Putin vai buscar
recompor seu espaço estratégico, mesmo sem a capacidade de se colocar no mesmo lugar
dos EUA.
A relação entre os EUA e a Rússia

Breves considerações: Da URSS à Russia
Dando maior foco para o periodo a partir dos anos 70, com a crise do regime socialista na
URSS, que levará à sua desintegração:

Enquanto a economia mundial vem se


transformando no campo produtivo e
tecnologico, com a 3ª Rev. Ind., a URSS
continua pautada no uso de insumos, com
pouca inovação, ficando para traz em relação
às outras economias.

Gorbachev vai enfrentar resistencias internas


das elites, que não queriam abrir mão de seus
privilegios.

A URSS vai procurar se equilibrar no patamar


militar dos EUA, mas a sua economia não tinha
condições para acompanhar

Os EUA vão financiar os Talibãs para acabar


com o poder soviético no afeganistão
A relação entre os EUA e a Rússia

Principais reformas implementadas por Gorbachev
Com a morte de Brejnev, no fim dos anos 70, haverá uma sucessão de presidentes, todos,
entretanto, com idade avançada, que vão durar pouco no poder e abrir espaço para
Gorbachev, que vai assumir com graves crises economicas e com a retirada de tropas do
Afeganistão, que é visto como o “Vietnã da URSS” (ou seja, o que o vietnã foi para os
EUA, em relação às perdas economicas, humanas e militares)
A relação entre os EUA e a Rússia
Reformas com medidas capitalistas, instituindo uma
economia de mercado, diminuindo a influencia
estatal.

Essas mudanças vão fortalecer a criação de classes


sociais, que não eram uma caracteristica do
socialismo.

Os vicios da economia capitalista vão aparecer,


quando as empresas, ao inves de buscarem mais
competitividade, acabam privilegiando sua alta classe
(diretores…), consumindo capital que seria usado na
industria

Com a reduzida oferta de investimentos e


modernização da economia, haverá escassez na
economia, promovendo o escambo, gerando
especulação, consequentemente inflação
A relação entre os EUA e a Rússia
Reformas políticas = Glasnost

O Politburo tinha um “superpoder” dentro do partido,


interferindo diretamente nas estatais.

Pelo combate aos beneficios das elites, Gorbachev sofrerá uma


tentativa de golpe, sendo afastado do poder, que não dá certo.
A relação entre os EUA e a Rússia

Grande parte dos recursos financeiros da URSS eram


consumidos pelo exercito, ele vai suspender muitos desses
gastos, pela suspensão de testes nucleares, por exemplo

Os militares vão perdendo seus privilégios, gerando mais um


inimigo das reformas

O colapso do poder sovietico mostrou a crise do poder dos


militares, num pais com pessima economia, e a necessidade de
reformas economicas e politicas, com uma elite “parasita”

Gorbachev não tinha a intenção de realizar amplas reformas,


que levassem a URSS ao seu fim, eram apenas reformas
paleativas, para enquadrar a URSS às mudanças no contexto
mundial. Gorbachev vai perder o controle dos efeitos dessas
reformas

Yeltsin vai se por contrario a Gorbachev, exigindo reformas


maiores e a soberania das republicas dentro da URSS.

No inicio dos anos 90, as republicas vão declarando as suas


independencias
A relação entre os EUA e a Rússia
O mapa mostra o que ocorreu com a URSS, com a sua fragmentação em 15 novas
repúblicas, que vão constituir em 1992 o CEI (Comunidade de Estados Independentes), que
vai manter o elo entre os novos estados, mantendo as relações economicas, mesmo após o
fim da união. (*é tambem uma forma de a Rússia manter o seu entorno estratégico)
A transição para o modelo capitalista vai gerar consequencias graves para os novos estados
A relação entre os EUA e a Rússia

A dificil transição sistemica dos anos 90
Essa decada foi muito dificil para os Russos, graças a transição sistemica. Yeltsin, agora
presidente da Russia independente, vai introduzir uma “terapia de choque”, que seria a introdução
de politicas neoliberais na Rússia, de maneira incondicional, que vai gerar graves problemas
sociais e economicos (*Imaginem como é para uma população que até ontem vivia num estado
socialista, controlador de tudo e todos, do dia pra noite ter que lidar com politicas neo-liberais.
Por mais estranho que pareça, é uma liberdade absurda que ninguém no país está acostumado)

Com essa liberalização, os preços internos disparam, encarecendo o custo de vida, e levando ao
fenômeno do escambo, com muitas pessoas trocando pertences nas ruas. Com a redução das
tarifas, as industrias internas, vindas de um país fragilizado e em crise economica, tem que
competir com produtos vindos de fora. Com as restrições financeiras, o poder de compra dos
russos reduz, levando a dificuldades até para consumir produtos básicos.
A relação entre os EUA e a Rússia

A moeda russa vai sofrer uma grande desvalorização, afetando a capacidade de investimento
estatal.

Yeltsin vai criar, com as privatizações, uma politica de barganha entre grupos privados e o
governo, fazendo com que empresas acabassem nas mãos de oligarcas, e dando os setores
mais produtivos do país nas mão deles, em troca de apoio às campanhas politicas.
A relação entre os EUA e a Rússia

(O indice de gini mede a concentração de renda, quanto mais perto de 1, mais desigual).
A relação entre os EUA e a Rússia
A terapia de choque trouxe diversos problemas para a sociedade Russa:
Favoreceu “castas” de empresários e financistas (Red Directors), que se beneficiaram das
aberturas economicas e das barganhas.
A corrupção e o crime viraram regra, e o estado perdeu sua legitimidade, um fantoche dos
empresários
A abertura economica trouxe resultados catastróficos, com diversas falências devidas à
concorrência com o mercado externo.
Queda na produtividade da indústria, que muitas acabaram fugindo do país com a crise.
Muitos países dificultaram a importação de produtos russos, dificultando o aumento das
exportações russas.

(Chechenia é uma região de maioria muçulmana na Russia, que busca sua independencia.)
Boris Yeltsin renuncia ao cargo em 1999, deixando seu cargo para Vladmir Putin.
A relação entre os EUA e a Rússia
Esse mapa mostra a região do Cáucaso, de grande turbulencia, com vários conflitos de
regiões em busca de independencia, não só na Russia. Putin vai intervir na região para
combater os movimentos separatistas, inclusive em assuntos internos das antigas republicas
soviéticas, como a Geórgia e o Azerbaijão, muitas vezes em comunidades de maioria russa.
“Onde há russos, também é Russia”
A relação entre os EUA e a Rússia
Esses indicadores mostram a decadencia russa no inicio dos anos 90, e a retomada, com a
ascensão de Putin, nos anos 2000. Putin será visto como arrojado, mais jovem, destemido,
que vai enfrentar os grupos terroristas na chechênia, e vai aproveitar um momento
importante para a economia russa, o crescimento das commodities, principalmente petróleo
e gás, em decorrencia da demanda chinesa.
A relação entre os EUA e a Rússia
O mapa mostra a pobreza nas ex republicas sovieticas no fim da década de 90.
A relação entre os EUA e a Rússia
Esse mapa mostra as contradições do espaço russo, com grandes reservas de petróleo e gás,
das quais o país dependia, mas mesmo assim com uma população, até então, cada vez pobre.
Os oleodutos e gasodutos se conectam com vários espaços regionais, como Oriente Médio e
Europa
A relação entre os EUA e a Rússia
Esse mapa mostra a dependencia europeia em relação ao gas e petroleo russos, trazendo o
debate da “geopolitica dos dutos”. Os países por onde passam esses dutos se tornam
extremamente importantes para os russos, principalmente a Ucrânia, por onde passam a
maioria dos dutos.
O gás poderá ser visto como uma arma geopolitca, pois a falta do gá russo pode trazer
enormes consequencias para toda a região.
A relação entre os EUA e a Rússia

Novos/Velhos rumos da Rússia de Putin
Desde que chegou ao poder, Putin se mantém no poder, seja como primeiro-ministro, ou como
presidente, alternando os cargos com políticos, como Medmedev.

Esse enfrentamento aos oligarcas vai dar muita popularidade para Putin.

Ou seja, vai arrumando meios para eliminar concorrencia politica e se manter no poder

Retomando a auto-estima dos russos, lembrando os “bons tempos” de quando a Rússia era uma
potencia global
A relação entre os EUA e a Rússia

Apesar de Putin tentar reestabelecer a força do estado na sociedade, ele não altera as
reformas liberais, mas acaba com os beneficios sociais dos oligarcas
A relação entre os EUA e a Rússia

Breves considerações finais
1) Ou seja, de um sistema socialista para
um sistema capitalista, com graves
consequencias

2)ocorre uma alternancia entre o estado,


ainda forte, e o setor privado, com forte
concentração economica

4)É uma democracia fragilizada, muito


autoritária.
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)

Rússia: um estado emergente?
Esses gráficos comparam a variação do PIB russo com os PIBs chinês e americano
Observa-se no fim da decada de 80 uma queda absurda no PIB russo, decorrente da crise
econômica
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)

Como Putin está a 20 anos no poder?

Os 5 pontos chaves da longevidade do poder de Putin:


Lembrando que a China estava demandando cada vez mais
recursos, e a Russia aumentando cada vez mais os preços.

Putin vai coibir os oligarcas, inclusive pendrendo Khodorkovski,


que vira exemplo para os outros
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
Putin, por exemplo, vai suspender eleições para
governadores, que agora serão indicados por ele,
afastando seus opositores dos governos das “provincias”
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)

Questões geopoliticas

Russia ainda é detentora de arsenal nuclear significativo

Posição geografica como ponte entre oriente e ocidente, e como o país é importante na
manutenção da unidade europeia.

Grande exportador e produtor de petróleo

Assento permanente no conselho de segurança da ONU

Vincos privilegiados com a China e a manutenção do seu entorno estratégico (“Exterior
Próximo”)

Resquicios da Guerra Fria e a expansão da OTAN para o leste europeu, interferindo no
“Exterior Próximo”

Doutrina Ivanov: utilização preventiva de força militar quando os interesses do país se
sentirem ameaçados, tais como a “intromissão de estados estrangeiros ou organizações
apoiadas por estados estrangeiros nos assuntos da Rússia (*DESCULPA PARA A GUERRA
COM A UCRÂNIA!!!!) e “instabilidade nos países de fronteira, resultante da fraquesa de
seus governos centrais” (*DESCULPA PARA A INVASÃO DA GEÓRGIA)
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
Apesar de a economia russa não se comparar com as maiores do mundo, os russos vão
buscar recompor seu arsenal militar, através, principalmente, de novas tecnologias,
permitindo até a exportação de armas para a Venezuela, por exemplo.
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)

Debate histórico quanto a identidade russa
Ocidentalistas x Eslavófilos (afastar do ocidente) x eurasianistas (focados na ásia central)

A Russia, ao perceber que não conseguiria se estabelecer como uma superpotencia global
novamente, busca, no século XXI, recompor o seu entorno estratégico, se estabelecendo como
potência regional.

Fazendo referência à OTAN penetrando cada vez mais na área de influência russa
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
O mapa mostra a região do Cáucaso, repleta de conflitos separatistas, com forte presença de
gasodutos.
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
Essa figura mostra como os americanos buscam controlar o territorio russo, por meio de
satélites, atravessando o oceano ártico
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
Esse mapa mostra a região do Mar Negro, evidenciando a importância geografica da
Ucrânia para a hegemonia russa, principalmente a Criméia e o leste ucraniano, areas
populadas por russos
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
Qualquer tipo de ação que pudesse ser vista como
ameaça à Rússia ou seus interesses na região
poderia ser respondido com forças convencionais
ou nucleares. Ameaça clara aos EUA e à Ucrânia,
que parecia estar cada vez mais se aliando ao
ocidente.

Os EUA buscavam restringir o retorno da


hegemonia russa, isolando-a.

As ações dos EUA estavam dentro do Código da


Contenção. Visava inserir a Ucrânia na UE e
OTAN, e podia ser uma porta de entrada dos EUA
para a Ásia central e uma possível presença no
Mar Negro, áreas vitais para a Rússia
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
Esse mapa mostra uma Ucrânia dividida entre áreas pró-ocidente e pró-rússia. Putin vai se
utilizar dessas comunidades russas, fazendo com que elas se ponham contra a politica
ucraniana de aproximação ao ocidente, fomentando o processo separatista da Crimeia e sua
futura anexação
A relação entre os EUA e a Rússia
(2) *BOI
A Ucrânia vai ser um exemplo claro de os EUA buscando entrar nas antigas republicas
sovieticas, e de como os russos vêem o país como área fundamental para o seu entorno
estratégico.
O autor Andrew Korybko vai chamar isso de “Guerras Hibridas” (*possivel boi do mestre),
que serão os conflitos onde as potências não inteferem diretamente nos estados, elas apenas
fomentam revoltas internas.

*mt texto agarra aq, pode cagar


A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
Como resposta:
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)

Ásia Central – Heartland
A Russia, movido pelo interesse pelas reservas de gás natural na região, vai buscar ao
maximo manter sua influencia na região.

A leitura do Mackinder, que já havia


entrado em desuso, sera resgatada, agora
por um olhar moderno, dentro do cenario
do seculo XXI.
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
O mapa relembra a ideia de Heartland, de Mackinder, e Rimland, de Spykman
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
O mapa mostra os estados da Ásia Central
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
Esse mapa é pautado na análise de Brzezinski, mais linha dura norte americana, e vai
retratar essa região como os “Balcãs Eurasianos”, se referindo ao que ocorreu nos Balcãs
(Região do sudeste europeu), com as guerras que fragmentaram a antiga Iugoslavia em
Sérvia, Croácia, Macedônia do Norte…
Essa area seria de grande instabilidade, com grande possibilidade de fragmentações, e
também muito rica em recursos naturais
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)

Projeto Iceberg e os planos da Rússia pela corrida aos
recursos do Ártico

A russia tenta utilizar as questoes relacionadas a reinvindicar territórios maritmos no Ártico como
uma cortina de fumaça para a expansão de seu programa militar e exploração de recursos naturais

A russia tem enfrentado diversas sanções em decorrencia da intervenção em diversos países nas
ultimas decadas, que acabou impedindo parte do acesso a tecnologia, que limitou as intenções
russas no artico.
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)

Com as mudanças climaticas, o oceano artico poderia se tornar mais navegável, despetando
interesse economico e, principalmente, militar
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
As imagens mostram o reposicionamento espacial russo no artico
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)

Brics


Os EUA viam a ascensão dos BRICS como uma ameaça aos seus interesses.
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)

Breves considerações finais
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)

O apoio aos EUA no pós 11/09 serviu


para a agenda Rússia no combate às
revoltas separatistas no Cáucaso.

O discurso de “combate aos comunistas”


se mostra anacrônico e ultrapassado nos
dias de hoje

O século XXI seria muito mais instável e


dinâmico do que o discurso de Guerra
Fria do século XX
Os EUA e o Oriente Médio
O Oriente médio é umas das principais regiões de interesse da agenda politica americana,
principalmente a partir da 2ª guerra.
Para compreender os eventos que ocorrem na região, é importante refletir sobre os objetivos da
politica estratégica americana.
Segundo Luiz Alberto Nunes Bandeira, a politica externa americana determina, em grande medida,
a agenda internacional, influenciando eventos em todo o globo, estando, portanto, influenciando
tambem o Oriente Médio. Nenhum outro país teria tal poder.
O principal aspecto economico presente nos embates que ocorrem na região é a luta pela ampla
area produtora de petróleo e gás (Bacia do Mediterrâneo, golfo pérsico, Irã, Iraque e Ásia Central.
Outro ponto importante é a politica de Israel, e sua relação de cúmplice com os EUA, em relação
ao conflito árabe-israelense.
Os estados árabes laicos buscaram modernizar suas sociedades, levando a menores antagônicas
seitas, como os Xiitas e Alawitas. Esses regimes laicos, diante do sucesso das politicas e
modernização econômica, e sua incapacidade de se opor militarmente a israel, passaram a ser alvo
de organizações religiosas fundamentalistas.
Os EUA e o Oriente Médio

O Oriente Médio a partir da logica do conflito
Há muitas criticas a forma como a região é representada pela midia, geralmente limitada a
um espaço de conflitos. Isso resume o debate sobre a região e sua diversidade regional a um
conjunto de ingredientes que gera muitos conflitos no mundo contemporâneo.
Não ha um consenso sobre o que é exatamente o oriente médio, onde ele começa e termina,
e quais são os seus países.
Orientalismo: conjunto de ideias sistematizadas que avançaram a partir do sec XVII, que é
como o ocidente representa o oriente. Um espaço fixo no tempo, atrasado, ao contrario do
ocidente, dinâmico.
Os EUA e o Oriente Médio
Segundo Said, o Oriente é uma invenção do Ocidente, uma homogeneização dos povos que
vivem num grande espaço geografico.
Os EUA e o Oriente Médio

Possibilidades de leituras geograficas

Nessa, o petróleo seria visto como um recurso de disputas entre grandes potencias e grupos
locais. Principalmente a partir dos anos 20 e 30

Essa contrapõe a visão do oriente como apenas um palco de conflitos, mostra as


possibilidades da região para a economia mundial (Catar, Bahrein, Emirados Árabes...)
Os EUA e o Oriente Médio
Esse grafico ilustra como o oriente médio é a maior região de reserva de petróleo e gás no
mundo. O sec XXI marca uma nova corrida imperial sobre o espaço mundial, com grandes
empresas e potencias disputam essas regiões
Os EUA e o Oriente Médio
Esses mapas ilustram como é diverso e complexo o Oriente médio, com diversas
possibilidades de representação, por exemplo, a diferença entre Oriente Médio e Mundo
Árabe
Os EUA e o Oriente Médio
Esses gráficos mostram que, apesar das riquezas da região, o IDH da região, em regral, é
muito baixo, ou sexa, apresentam condições socioeconômicas muito precárias, alem de
apresentarem muitas morte decorrentes do terrorismo.
Os EUA e o Oriente Médio

Contexto: fim do sec. XX e inicio do sec. XXI
-A luta entre desenvolvimento globalizado e empobrecimento regional. A luta entre a
inserção da região no espaço global e a contradição com seu empobrecimento. Mesmo com
o desenvolvimento da região, as condições sociais pouco se alteraram.
-A luta entre proliferação nuclear e controle de armas de destruição em massa, já que a
região é uma das maiores importadoras de armas do mundo, principalmente dos EUA.
-A luta entre democracia e islamização. Como consolidar a democracia numa região com
forte presença de estados autocraticos, com influencia religiosa e fundamentalista. “O
islamismo não é violento, mas parte dele não sente remorso em adiquirir armas letais”.
Os EUA e o Oriente Médio
Esse mapa mostra a expansão territorial do islã pelo mundo.
Os EUA e o Oriente Médio

11 de setembro
Segundo Demant, quando os EUA invadiram o Iraque e o Afeganistão, ainda acreditava-se
na possibilidade de implantar valores ocidentais na sociedade oreintal, fazendo com que eles
abraçassem a democracia ocidental, abrindo espaço para o desenvolvimento capitalista,
integrando a região com a economia mundial.
Entretanto, essas invasões acabaram gerando mais caos e instabilidade na região, junto ao
terrorismo.
Os EUA e o Oriente Médio

Como a derrubada do governo da


Líbia e a interferencia dos EUA na
Ásia Central, area de interesse
russa
Irã é governado por xiitas, mas
Saddam Husseim era sunita

Isso mostra como ações erradas


acabaram levando perdas aos
EUA, dando poder, inclusive
nuclear, ao Irã, seu rival, e
fortalecendo Russia e China,
indiretamente, com esses países
fazendo acordos com os estados da
região
Os EUA e o Oriente Médio

Breves Considerações

Mostrando que nem essas ditaduras, nem o


petróleo mudaram a realidade regional.

Que limitam a ideia de estado nacional.

Essas organizações cumprem o papel do


estado e arrumando jovens para lutaremn
por eles
Os EUA e o Oriente Médio

Em muitos estados, o governo é, além de


autocrático, controlado pelas forças armadas
São governos engessados, autocraticos, que
produzem esses conflitos. De um lado ha
pressões modernizantes, que buscam afastar
esses governos, e do outro, forças
fundamentalistas que tambem se opõem a esses
governos
Os EUA e o Oriente Médio (2)

Introdução
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Os principais fatores que ajudam a compreender o contexto atual:

Esses regimes (como da arabia saudita, ou de Saddam Hussein), não foram capazes de
melhorar a qualidade de vida da população, mesmo em momentos de alta do preço do
petróleo, com captação de capital que acabou em mãos de uma oligarquia.
Os EUA e o Oriente Médio (2)

Importante lembrar que os EUA eram aliados do Irã até os anos 70, quando o lider iraniano
é derrubado, na revolução dos Aiatolás, que transformou o país em uma teocracia,
conduzida pela lei Sharia.
Por outro lado, a Arábia Saudita é uma aliada incondicional dos EUA, que tem no poder
uma linha tradicional de Wahabitas, mas é financiadora de diversos grupos
fundamemtalistas pelo oriente médio
Os EUA e o Oriente Médio (2)

Israel é o principal aliado americano na região, e foi fundado principalmente pela ONU, em 1948, como
um estado judeu numa região dominada por muçulmanos. Isso gerou uma demonização de judeus e
americanos na região.

Esses grupos são transnacionais, e associam o discurso religioso ao projeto político, pondo os EUA e
israel como grandes inimigos, se aproveitando da miséria da população para suas causas

Erdogan adota uma politica de afastamento do discurso liberal, promovendo um modelo secular, baseado
nas glorias do império otomano.
Os EUA e o Oriente Médio (2)

Os EUA vão derrubar Saddam, afirmando que haviam armas de destruição em massa,
abrindo espaço para a ascensão do Irã

Movimento surgido em 2011, criado por jovens sem perspectiva de trabalho e sem
condições socio-econômicas, que protestavam contra os governos autoritários em seus
países, levando a queda de vários governos e permitindo o surgimento de grupos como o
ISIS (Estado Islamico do Iraque e da Siria).
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Esse mapa mostra os palcos de guerra na região (Invasão do Afeganistão em 2001 e invasão do
Iraque em 2003). Com essas invasões, ocorre a ascensão de governos aliados ao Irã, que vai
fortalecer grupos radicais em toda a região, ampliando sua ação na região.

Observa-se também a presença de bases aereas americanas em toda a região, e destaca-se as da Asia
central (Usbequistão, Quirguistão,…), que existem mesmo sendo países altamente influenciados
pela Russia
*Mestre disse que esse mapa vai cair na prova…
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Os EUA, a partir da derrubada de Saddam, e todo o fortalecimento iraniano, busca
fortalecer suas bases no oriente médio, isolando seu rival. Em busca dos recursos da região,
e usando o terrorismo como desculpa, ha a ampliação dessas bases
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Esses mapas mostram que a intenção dos EUA é isolar o Irã no espaço regional,
principalmente o seu suporte a grupos em diversos paises
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Há tambem interesses de potencias externas:

A russia tende a fortalecer o dialogo com países do oriente medio (Irã, Síria..)

Anexação da Crimeia possibilita a Russia se fortalecer e projetar seu poder em regiões como
o Oriente Medio

Os EUA não podem negligenciar o papel da Russia na região.


Os EUA e o Oriente Médio (2)
Essa charge mostra a contradição na politica americana. Eles criticam grupos
fundamentalistas e governos inimigos, mas são aliados de países que cometem os mesmos
atos
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Esse mapa reforça a importância estratégica do Oriente Médio, com torres de petroleo e gas
e os dutos que conectam as regiões, transformando o oriente médio em um grande ponto de
encontro, acarretando uma corrida imperialista na região
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Essas fotos mostram as atrocidades cometidas pelos americanos na prisão de Abu Ghraib.
Muitos dos culpados pela tortura regressaram aos EUA e não foram julgados.
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Esse mapa mostra o Iraque depois da intervenção americana. Ocorreu uma fragmentação,
com 3 grupos etnicos separados (Curdos, Xiitas e Sunitas)
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Desde o 11 de setembro, os EUA passaram a executar o codigo da prevenção, intervindo em diversos
países.

Quando os EUA interviram no Iraque, eles esperavam implementar a teoria do “Dominó democratico”
(Democratizar o Iraque faria com que a democracia se espalhasse pela região). Entretanto, ocorrearam
vários efeitos colaterais, como a tomada de poder no Iraque por xiitas

Ao tirar os sunitas do poder, os EUA favoreceram a criação de vários conflitos internos.


Os EUA e o Oriente Médio (2)
A primavera arabe se expalha por toda a região. Em alguns países, consegue-se derrubar o
poder, entretanto, ha lugares que se afundaram em guerras civis, que não obtiveram êxito.
Esse mapa mostra a situação siria, dividida entre os EUA, Russia (apoiadora do regime),
Turquia e os Terroristas do ISIS.
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Observa-se como a instabilidade na Siria e no Iraque promoveu o controle de territorios por
outros grupos, como o ISIS e Curdos
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Esse mapa mostra os resultados dos levantes da primavera árabe, iniciada na Tunísia,
mostrando quais mudanças levaram esses movimentos. (Azul = democracia, Verde =
democracia restrita, Amarelo = Autocracia, Vermelho = Estado Falido)
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Esse mapa mostra a proposta de reordenamento espacial proposta pelo Pentágono na região,
fragmentando diversos países, e resolvendo diversas questões geradoras de conflitos
(Antes/Depois)
Os EUA e o Oriente Médio (2)

Reflexões finais

Com a ascensão do interesse de outras potencias na região, e as alianças construidas, os


EUA vão continuar sendo a potencia mais presente, mas de forma diferente

(Questionamento dos motivos da invasão do Iraque) Os EUA não tem mais o apoio
incondicional dos outros países

(Isso se deve ao efeito do Blowback.)

É o estado mais moderno, com maior capacidade bélica, e aliado dos EUA.
Os EUA e o Oriente Médio (2)

Enquanto o preço do petróleo estava alto, os países exportadores se beneficiavam,


entretanto, com a queda, de 2010 até os dias de hoje, esses países serão muito afetados pela
pobreza e por conflitos.
Os EUA e o Oriente Médio (2)

Efeito contrario do esperado, ao invés da pacificação, ocorre cada vez mais a militarização
da região

A religião vai continuar muito presente na condução social, economica e politica da região.
Os países não conseguem estabelecer uma unidade entre eles, como um país arabe, e ao
mesmo tempo a democracia continua distante
Os EUA e o Oriente Médio (2)

As instituições regionais são fragilizadas demais para estabelecer qualquer unidade entre os
estados.
A formação do Oriente Médio
*adianto que essa aula tá bem estranha, ele pula muita coisa que tá escrita, e corta do nada muitas
vezes tambem


Algumas Definições

Há muitas confusões acerca da terminologia de árabes, oriente médio, mundo muçulmano… Islã =
religião, Oriente Médio = Região, Árabe = Povo (nem todo árabe é muçulmano, nem todo
muçulmano é árabe. Há povos Muçulmanos ao redor de todo o mundo, como na Indonésia, Índia…)
A formação do Oriente Médio

O Islã

Conduz o comportamento e as relações


sociais entre os muçulmanos

Islã é uma referencia indentitária


coletiva, a religião que articula
diferentes povos

Fundamentalismo está ligado a visão


radical do islã, como um instrumento
politico.
A formação do Oriente Médio
Esse mapa mostra a expansão do Islã por diferentes partes do mundo.
A formação do Oriente Médio

Cinco pilares do Islã
Religião monoteísta

A prece é sempre voltada à cidade de


Meca
A formação do Oriente Médio
O corão (alcorão): Livro sagrado
Caaba: uma pedra negra que representa a identidade coletiva do islã. Todos da religião,
excetuando os que não tem condições economicas ou de saúde, devem ir ao menos uma vez
na vida às cidades sagradas do islã e circular no sentido horário ao redor da Caaba (prática
suspensa no período da pandemia)
A formação do Oriente Médio
A partir do séc. VII, haverá uma expansão da fé islamica sobre diferentes espaços geográficos. Essa
expansão será dividida em ondas:

Avanço da ciência (astronomia,geografia…)


A formação do Oriente Médio

O esplendor do império Turco-Otomano
Turcos se tornam os administradores do
estreito de Bósforo-Dardanelos, com
grande posição estrategica comercial.
Ao dominarem regioes com grupos de
diferentes estruturas, os turcos garantem
autonomia, até religiosa
A formação do Oriente Médio
Nesse mapa, a linha verde marca os limites do Império Otomano no fim do século XIX.
Com a expansão imperialista, as potencias europeias vão procurar fragilizar os otomanos, se
apossando de seus territórios. Nota-se também a presença russa no leste do império
A formação do Oriente Médio
De acordo com Linhares: Alem dos interesses das potencias
europeias, teremos também povos
que eram subjulgados internamente,
principalmente árabes, criando
movimentos nacionalistas,
enfraquecendo o dominio otomano
A formação do Oriente Médio

O oriente médio aós a 1ª Guerra Mundial
Nota-se que o Império Otomano lutou ao lado da Alemanha durante a Guerra, sendo
derrotados, e tendo seu territorio dividido, principalmente, entre Inglaterra e França

Até que ponto a identidade cultural árabe podia resistir aos preceitos modernos introduzidos
pelas potencias modernas?

(não se concretizou)
A formação do Oriente Médio
O mapa da esquerdamostra a descolonização do Oriente Médio e o domínio das potencias
europeias.
Os mapas da direita mostra as regiões onde habita o povo curdo, que hoje em dia é a maior
etnia sem estado nacional no mundo, lembrando que nenhuma das propostas de criação
desses estado foi levada a diante. Essa questão tem gerado diversos conflitos armados,
principalmente com a Turquia
A formação do Oriente Médio

Formação do estado de Israel
A formação do estado de Israel esta relacionada aos preceitos religiosos da terra prometida,
que iam desde o Egito até o rio Eufrates, na Síria.
A formação do Oriente Médio

A Palestina e os filisteus
A região sofreu diversas influencias das diversas nações que dominaram o espaço.
A formação do Oriente Médio

A diáspora judaica

A diaspora judaica só acabaria quando houvesse o retorno dos judeus a sua terra prometida.
A formação do Oriente Médio
Houveram varias diásporas:


A formação do Oriente Médio

Movimento Sionista
O desejo de criar um estado judeu foi chamado de sionismo, e ganhará força na segunda
metade do sec. XIX, em função das perseguições sofridas pelos judeus na Europa. O nome
deriva do Monte Sião, que fica nos arredores de Jerusalém.
O anti-semitismo crônico é muito visivel na Europa Ocidental, principalmente na segunda
metade do sec XIX e sec. XX, com movimentos de perseguição direta às comunidades
judaicas, nos momentos que antecedem a 2ª Guerra Munidal. Essas comunidades vão se
segregar em guetos, com funções de ajudar uns aos outros, criando instituições filantrópicas,
buscando receber e apoiar os imigrantes Judeus, na Europa e na América do Norte
A formação do Oriente Médio

A grande questão do sionismo seria onde criar esse estado Judeu. Muitos lugares foram
considerados (desde Chipre, uma ilha no mediterrâneo, à Argentina), mas os Judeus
defendem que o seu lar seria a terra prometida.

O movimento ganha força após a segunda guerra, ao pressionar os estados vencedores da


segunda guerra, exigindo a criação do estado de israel na palestina
A formação do Oriente Médio

Declaração de Balfour
Materializa o desejo dos Judeus terem seu estado nacional.
A formação do Oriente Médio
O mapa mostra a imigração judaica para o Estado de Israel, principalmente a partir da
Europa, em grandes ondas migratórias, no periodo antes e durante a segunda guerra.
Nota-se que o estado de Israel somente foi criado em 1948, e a segunda guerra acabou em
45, isso mostra que milhões de pessoas migraram sem ter certeza da criação do estado,
levando a vários conflitos com a população local, até então predominantemente muçulmana
A formação da Palestina

Der Yassin
Com a chegada de uma grande quantidade de imigrantes judeus na palestina, as tensões dos
conflitos entre judeus e arabes se intensificaram, com ataques de ambos os lados.
Para se defender de possíveis ataques arabes, Israel monta braços armados nos Kibutz
(espaços ocupados pelas colonias judias), e respondiam esses ataques massacrando aldeias
na região
A formação da Palestina
Esses braços armados mostraram que Israel investia maciçamente em segurança, para se
estabelecer no espaço palestino diante das ameaças arabes. Isso vai se intensificar com a
entrada dos EUA na região, principalmente com a política de Franklin D. Roosevelt,
favorável ao estado sionista e interessado no petróleo da arábia, fazendo com que os
interesses dos EUA se tornem presentes na região, com Israel e Arabia Saudita como seus
principais aliados no Oriente Médio, que favoreceu as petroliferas americanas.

Ou seja, a ONU interveio a favor dos direitos dos palestinos prejudicados, mas Israel nunca
cumpriu as determinações da ONU, muito em função do apoio dos EUA
A formação da Palestina

“Lar nacional”
A Inglaterra, grande impulsionadora da criação do estado de Israel, se retira em 1947 da
região, entregando à ONU, recém criada, a responsabilidade de conduzir a partilha da
palestina.
Israel não reconhece o direito palestino a terra, toda a palestina deveria ser de posse judaica.
A formação da Palestina
Esses mapas mostram a evolução da distribuição das terras palestinas, e a progressão da
conquista de território pelos Judeus.
A formação da Palestina

As guerras Árabe-Israelenses
A partir de 1949, ocorrerão varias guerras entre arabes e israelenses
Na primeira guerra, países como Síria, Jordânia e Egito se unem contra Israel, avançando
sobre a palestina (deve-se perceber que os países arabes, muitas vezes, usavam a causa
palestina como uma desculpa contra Israel), ocupando muitos territórios
Os segundo e terceiro mapas mostram a reação de israel, com um poder bélico muito maior,
que vai rechaçar seus oponentes. O terceiro mapa mostra a invasão da peninsula do Sinai, na
Guerra do Suez, em 1956
A formação da Palestina

Na guerra do Yom Kippur (Yom Kippur = Dia do Perdão, o dia mais importante para os
judeus), os países arabes tentam pegar israel de surpresa, num dia religioso. Israel reverte as
perdas e ganha.
Intifada = desobediência civil, os palestinos vão jogar pedras e granadas contra as forças
israelenses que tentava controlá-los
A formação da Palestina

Refugiados palestinos
Os palestinos vão sair como os mais prejudicados, pois vão acabar perdendo seu território e
sem seu estado-nação, levando a uma enorme quantidade de refugiados palestinos
A formação da Palestina

Acordos de Oslo 1993
A causa palestina teve visibilidade na comunidade internacional, fazendo com que em 1993
a Noruega conduza os Acordos de Oslo, que seria um acordo de paz entre palestinos e
judeus.
O reconhecimento do estado palestino nunca aconteceu.
Lembrar que Jerusalém é a cidade mais importante para as 3 principais religiões do mundo.
A formação da Palestina
As 2 imagens mostram o que aconteceu a partir do acordo de Oslo, com um aperto de mão
entre autoridades Israelenses e Palestinas, mediadas por Bill Clinton, presidente americano.
E com os lideres dos 2 estados recebendo o Nobel da Paz.
A formação da Palestina
Esses acordos não ocorreram como o pensado, pois israel não desocupou todos os territorios
combinados (saiu apenas da faixa de Gaza).
Há uma resistencia por parte de israel na desocupação da Cisjordânia, pois alegam a
existencia de assentamentos importantes de Israel nesse território.
O muro tira toda a mobilidade da população palestina dentro de seu próprio territorio. Israel
usa como justificativa a segurança
A formação da Palestina
Esse mapa mostram os 2 territorios que seriam do estado palestino, a Faixa de Gaza e a
Cisjordania.
A faixa de Gaza foi totalmente devolvida aos palestinos em 2005
A formação da Palestina

O HAMAS - “Movimento de resistência islâmica”
Contra os acordos entre palestinos e israel, surgirão vários grupos em territórios árabes de
resistencia contra a atuação de Israel na região.
Israel passa a sofrer ataques de misseis vindos da Faixa de Gaza, lançados pelo Hamas, que
passa a controlar Gaza, ganhando eleições palestinas.
A formação da Palestina

FATAH – “movimento de libertação nacional dos
escravos liderados pelo povo da Palestina”
É outro grupo que surge da dissidencia palestina. É menos radical que o HAMAS, e acaba
sendo reconhecido como o único interlocutor do povo palestino pela comunidade
internacional
O FATAH e o HAMAS dividiram o movimento palestino, com o FATAH controlando a
Cisjordania, e o HAMAS, a faixa de Gaza, enfraquecendo o movimento.
A formação da Palestina

HAMAS x FATAH

Os territorios palestinos, que deveriam dar


origem ao estado palestino, com
reconhecimento internacional, não
conseguem manter sua unidade,
dificultando possíveis acordos de paz
A formação da Palestina

O discurso ideológioco do Choque de Civilizações
Qual o embate que pode-se levantar na discussão das questões eticas, culturais, politicas…?
É esse discurso ideologico de “Choque de Civilizações”, criado por Samuel Huntington,
sociologo americano conservador.
Segundo ele, no século XXI, os choques não se dariam por questões ideológicas, como na
guerra fria, mas sim por conflitos civilizacionais. Esse discurso é polemico pois se mostra
uma visão preconceituosa em relação ao não-ocidente, como se existisse uma eterna guerra
entre oriente e ocidente (*como vimos no inicio do ano, civilização x barbárie)
O discurso ocidental nega a possibilidade de haver outras praticas que sejam copiadas, por
exemplo, da democracia liberal norte americana.
Oriente Médio: outras temáticas

Primavera Árabe

O termo “primavera” está ligado a um contexto de mudanças, não está voltado
especificamente ao oriente médio (e não tem nada a ver com estação do ano).

Ela tem inspirado diversas analises sobre os efeitos das redes sociais em movimentos anti-
ditatoriais, especialmente marcados pelas novas gerações de pessoas ligadas a tecnologia.


Esse movimento foi motivado por:
Oriente Médio: outras temáticas

Essas imagens mostram a região onde aconteceram os eventos, ilustram como se
desencadeou, a partir da Tunísia, e mostram a importância das redes sociais.

Muitos desses países fazem parte dos “Black Holes”, lugares onde o governo controla o
sinal de internet. Muitas vezes eles derrubam o sinal de internet, fazendo que noticias de
massacres e atos antidemocraticos não sejam divulgados
Oriente Médio: outras temáticas

Essa figura mostra os lideres afetados pela primavera arabe, tanto os derrubados, quanto os
que apenas cederam a algumas pressões.

Deve-se lembrar que esse movimento terá forte apoio dos EUA, que esses países tem muitos
recursos petrolíferos, e que com a derubada do poder na Líbia, o país vive uma guerra civil,
com vários grupos disputando o poder.
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Esse mapa mostra a dimensão espacial que o movimento ocupou, levando alguns governos a
serem depostos, e outros a abrirem mão de seus interesses para se manterem no poder,
cedendo as exigências dos movimentos populares. Entretanto, ainda percebe-se forte
autoritarismo na região
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As disputas pelos recursos hídricos

Deve-se lembrar também da “hidropolitica”, ou seja, a importância que os recursos hidricos
tem na região, onde há baixa pluviosidade.
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Introdução

Ou seja, se não houver um projeto entre os


países da região, buscando usar de maneira
sustentavel os recursos hidricos, o problema
tenderá a se intensificar
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Nesse mapa, quanto mais escura for a cor, menos metros cubicos de agua por pessoa há.

Percebe-se que muitas nascentes de rios famosos da região estão em outros lugares (como
no caso do Nilo), afetando o potencial hídrico desses países.

No caso da palestina, 55% da agua que atravessa Israel vem de outros territorios. Alem
disso há uma distribuição desigual de agua entre Palestinos, com 60 litros, e israelenses,
com 350 litros. Observe como a água é usada como uma arma de guerra.
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Há tambem a disputa na bacia dos rios Tigres e Eufrates. As nascentes dos rios estão na
Turquia, que constroi barragens que causam diversas consequencias nos territorios da Síria e
Iraque.

Os países tentam utilizar esses recursos para beneficio próprio.

Essa posição do governo turco em relação ao seu plano hidrico gera conflitos com os
governos do Iraque e Síria, já que os rios descem ao territorio desses países, que tambem
dependem desses recursos

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