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1ª PP
Este “resumo” tem como objetivo ser o mais fiel às aulas possível, utilizando os mesmos
termos e vocabulário usados nas videoaulas.
2046 PERRETT
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX
No pos 2ª guerra, ha a construção de uma nova ordem mundial, liderada pelos EUA. A influencia
americana na questão cultural, politica e economia marca o mundo.
Os eua ascendem como a grandes provedores da retomada da economia mundial, como a partir do
Plano Marshall (retomada da economia europeia, financiada pelos EUA, nos moldes capitalistas).
Eles buscam aumentar suas areas de influencia em diferentes continentes, visando neutralizar as
politicas de expansão do socialismo sovietico no espaço mundial, por meio da sua força
economica e militar, consolidando sua presença em diferentes espaços.
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX
●
Considerações sobre a prosperidade economica no
pós-segunda guerra
Entre 1945 e 1953, o mundo experimentou um tempo de crescimento economico sem
precedentes, cunhado por Jean Fourastié de “Os trinta anos gloriosos”. Outros autores
americanos chamam de “A era de ouro”.
Os EUA, a Europa e o Japão se tornam os 3 espaços regionais que ganham visibilidade
nesse periodo.
Os EUA, após a guerra, se sobressaem dos demais países, pois não saem devastados da
guerra, nem militar, nem economicamente
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX
São caracteristicas desse crescimento econômico:
●
O aumento da produção mundial de bens e serviços, promovido pela retomada da produção industrial,
diversificando as relações interestatais.
●
A produtividade agrícola duplicou em virtude das técnicas de exploração da terra por meio do recurso à
mecanização cada vez mais intensiva. Os eua se tornam o grande celeiro da economia mundial
●
Elevada produção energética e avanço na produção industrial de bens de consumo como automóveis e
eletrodomésticos, em função do crescimento da sociedade urbana nos territórios destacados, instituindo um
padrão de consumo na sociedade capitalista
●
Destaque para os progressos tecnológicos em setores tradicionais industriais, aumento de patentes no
desenvolvimento da aviação comercial, da industria eletrônica e das telecomunicações, da informática e da
robotica, que vão marcar a 3ª revolução industrial, promovido pelo Japão, que passa a ser concorrente dos
EUA.
●
Aumento do volume de trocas comerciais na escala mundial, intensificando a globalização
●
Avanço do estado Keynesianista, com o estado grande provedor.
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX
De acordo com o grafico, entre meados dos anos
40 e 60, ocorre as menores taxas de desigualdade
de renda nos EUA, reflexo das politicas
Keynesianistas, com estado provedor de politicas
sociais, direitos trabalhistas. Isso fez com que as
condições sociais dos trabalhadores fossem bem
melhores do que o visto posteriormente, nos anos
80, com a renda mais concentrada, levando ao
estado neo-liberal, com menor intervenção do
estado.
Essa politica economica tende a reforçar o
aumento da desigualdade de renda
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX
Há uma forte crise economica nos anos 70, fazendo com que os EUA enfraqueçam seu
poder:
●
Crise do sistema de Bretton Woods, os Eua acabam com a conversibilidade dólar-ouro,
fazendo com que o dolar seja conduzido por taxas flexiveis, aumentando a volatilidade da
moeda
●
Fracasso no Vietna, levando a perda de poder politico e militar
●
A decadencia do padrão fordista, em contraste a ascensão do Toyotismo
●
Crise interna de corrupção e conflitos raciais
●
Crise dos principios keynesianistas e emergencia do neo-liberalismo
●
Endividamento dos Estados com o aumento dos gastos públicos na decada de 50 e 60
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX
O governo de Reagan busca atrair o capital circulante na economia mundial para os EUA,
no processo de modernização do setor militar (Politica da Guerra nas Estrelas, que visava
atrair o poder militar americano para o espaço sideral), inaugurando a era dos mercados
financeiros livres.
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX
●
Desregulamentação dos mercados, levando a mudanças no papel dos estados, como os taxadores da
movimentação do capital. É campo fertil para a proliferação de paraisos fiscais, com sonegação de
impostos, lavagem de dinheiro, e dinheiro do narcotrafico, longe das fiscalizações. Há também um
desmembramento dos processos de trabalho, com descentralização espacial do trabalho e das
atividades, levando as empresas a migrarem para onde os custos são menores.
●
Eixo tecnologico torna-se o principio ordenador do capitalismo:
-Civil: concorrencia industrial
-Militar: armamentos, comunicações e inteligencia
-Cultural: visão de mundo como mercadoria cultural
●
Dimensão interna (EUA):
-A reestruturação produtiva foi baseada na flexibilização das relações capital/trabalho, como na
migração das empresas, para areas com regulações mais frageis. Além da redução e miniaturização
das equipes de produção, mudando a geografia economica estadunidense (Manufacturing Belt e Sun
Belt)
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX
Estados como as Carolinas do Norte e do Sul, Flórida, Texas, Arizona, California e o
Noroeste dos EUA tornam-se areas de maior dinamismo economico, a produção é flexivel e
voltada para tecnologia de ponta.
O capital tende a migrar para espaços mais dinamicos, com novas tecnologias, menores
custos e maior qualificação de mão obra, levando a fechamento de fabricas, como em
Detroit.
Destaca-se tambem a descentralização e internacionalização da produção, com empresas
como as Maquiladoras (que mudaram sua produção para o México). Essas empresas buscam
legislações mais frouxas e mão de obra mais acessivel, principalmente em mercados
periféricos, como o sudeste asiatico.
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX
Esse mapa divide os EUA em 3 grandes partes:
●
Nordeste e grandes lagos: Manufacturing Belt
●
Diagonal interior (Centro): Onde há o
agronegocio, grandes pradarias
●
Crescente Periférico (Sun Belt): aborda o sul,
sudoeste e noroeste dos EUA. São as areas com
maior crescimento populacional, além de as mais
dinamicas, pois recebem mais investimentos,
tanto do governo, quanto da iniciativa privada,
estabelecendo grandes cinturões tecnológicos
O capital tende a migrar para espaços mais
dinamicos, com novas tecnologias, menores
custos e maior qualificação de mão obra, levando
a fechamento de fabricas, como em Detroit.
Os EUA e a conjuntura mundial
na segunda metade do sec. XX
Fiori se contrapõe à ideia da Arrighi, de que os EUA estaria entrando no processo de crise
terminal, dizendo que a crise dos anos 70 não é uma crise sinalisadora, mas sim marca uma
4ª explosão expansiva no sistema mundial (*como se fosse mais um ciclo hegemonico, mas
ainda com os EUA sendo a potencia hegemonica. Os EUA seriam a potencia em queda, e a
potencia em ascensão, ao mesmo tempo).
*Ele diz basicamente que a potencia hegemonia precisa da competição e da guerra para se
manter no poder. Para se expandir, ela precisa, muitas vezes, agir contra si mesma,
destruindo suas próprias regras e instituições, agindo como uma potencia rival numa crise
hegemônica, num periodo de caos sistemico (como estudamos em Hegemonia, no inicio do
ano.
*ele fala p krl aq, resumi um pouco com as minhas palavras, porque ngm merece
EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial
●
Aspectos condicionantes da agenda politica externa
dos EUA no pós guerra fria
Com o fim da guerra fria, os EUA vão emergir como o único polo de poder do mundo,
dividindo sua influencia com outras potencias regionais. As ameaças aos EUA se tornam
difusas, vindas de grupos não estatais, como terroristas e traficantes. Será composta uma
nova agenda global, em detrimento dessas novas ameaças.
EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial
●
Códigos Geopoliticos
Os estados tendem a atuar no meio externo através de “códigos geopolíticos”.
Ou seja, são essas intenções e ações que vão definir o a politica externa.
Os estados elaboram o seu código geopolítico buscando, por exemplo:
●
Influenciar parceiros acerca da justeza de suas intenções geopolíticas (intervenção no Iraque, por
exemplo)
●
Dominar estados mais fracos, visando se beneficiar da assimetria de poder
●
Adequar-se à presença de um vizinho mais poderoso (por exemplo: o Brasil, atualmente, vem se
adequando às politicas americanas, visando se beneficiar da relação)
●
Projetar sua nova condição politica, econômica ou militar num sistema já consolidado (por
exemplo: China buscando influenciar o sistema já consolidado com seus interesses)
EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial
Segundo Taylor e Flint, houve uma alteração do código geopolítico americano em
decorrência do fim da Guerra Fria. Saiu do Código da Contenção (contenção do
comunismo, buscava conter a “ameaça comunista”), para o Código da Prevenção (muito
influenciado pelo 11 de Setembro, visava prevenir possíveis ataques ao seu território, ou de
aliados)
O núcleo funcional seria os espaços que estão altamente integrados aos processos da
globalização, ou seja, os eventos políticos, econômicos, militares ou culturais. O gap é o
espaço que estão pouco integrados a globalização
EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial
Ou seja, essas instabilidades que marcam o mundo no fim do sec. XX. Seriam na sua visão,
parte do processo de expansão.
Uma crise econômica ou uma guerra não são, necessariamente, sinal de declinio de uma
hegemonia, se contrapondo a Arrighi. Segundo Fiori, a crise dos anos 70 trazem uma
mudança no sistema estrutural, instituindo uma nova corrida imperialista, levando o sistema
internacional a se expandir, graças a pressão competitiva. Os estados estariam
reconfigurando sua hegemonia
EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial
Ele vai dizer que, ao invés dos EUA aniquilarem seus rivais, eles trazem essas potencias
para a competição, pois necessita deles para que a pressão competitiva faça com que eles se
reinventem.
EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial
●
Subcomandos militares
Os subcomandos militares são regionalizações do espaço mundial. Caracteriza uma nova estrategia
imperial estadunidense, pautada na instalação de bases militares e de intervenções ao redor de todo
o globo.
O projeto Joint Vision visava por em pratica o seu poder militar cybertech, com um conjunto de
serviços de satélite, monitorando e municiando de inteligencia suas forças de segurança em todo o
mundo. Visava militarizar o espaço sideral, junto a politica da “Guerra nas Estrelas”
Há também a estrategia do BMD (Ballistic Missile Defense) – defesa contra misseis balísticos
Cada subcomando terá uma importância relacionada à situação geopolítica da região quando
foi criado. USPCOM : conter o avanço socialista no leste asiático, mantendo o Japão como
um grande aliado. USEUCOM : conter o avanço socialista, e manter a segurança da Europa
ocidental. USSOUTHCOM : agia nas derrubadas de poder que aconteceram no continente
na época. USCENTCOM : invasão do Afeganistão pela USSR. USNORTH : 11 de
setembro. USAFRICOM : combate ao trafico e ao terrorismo, além da presença chinesa e os
recursos naturais
EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial
O gráfico mostra que os EUA ainda são os que mais gastam com armamentos e segurança,
mostrando que eles ainda podem sofrer ameaças, principalmente diante de um mundo super
tecnológico com redes e fluxos que podem ser utilizados para atacá-los.
EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial
Desde os anos 80, os EUA tem definido as drogas como um problema de segurança
nacional, cujo combate deveria ser feito atacando a fonte, em países como Bolívia,
Colômbia, Equador e Peru
EUA: Códigos geopoliticos e
reposicionamento no espaço mundial
Ceceña vai reforçar as áreas de interesse de atenção do pentagono: Caribe, america central e
países andinos, Africa, oriente médio, Ásia central e parte do sudeste asiático.
Segundo Thomas Barnett, essas áreas estão dentro do “Gap”, e são áreas de mais
instabilidade, que desde o fim da guerra fria, os EUA estariam intervindo nessas áreas.
Entretanto, é importante perceber que estar conectado aos processos da globalização não
garante paz, ao contrario do que as ideias de Barnett dão a entender
A relação entre os EUA e a Europa
●
Introdução
É importante lembrar que a Europa sempre foi vista como ponto estratégico para a politica
externa norte-americana, principalmente após o fim da 2ª guerra, com o Plano Marshall.
Além disso, ela sempre foi vista como espaço de potencias mundiais. Entretanto, com o fim
da segunda guerra, elas se viram num mundo de hegemonia americana, e vai tentar se
reorganizar para recuperar sua influencia.
A relação entre os EUA e a Europa
●
Projetos de Europa
A União Europeia (UE) é realmente um ator autônomo? Até que ponto o projeto de um
bloco como esse é subordinado ao poder politico, economico e militar americano?
Para entender isso, é necessario entender os projetos de Europa:
Os estados permanecem soberanos, porem continuam
cooperando politica, economica, e politicamente
Foi o projeto que se consolidou. Com a formalização do mercado comum europeu, houve a
liberalização do comercio e diminuição das tarifas alfandegárias, ampliando o comercio
entre as nações
Viria a partir da integração de duas potencias rivais, que deixariam de lado suas rivalidades
em prol de reconstruir o espaço europeu.
A relação entre os EUA e a Europa
●
Pressupostos da integração
●
Fim da primeira guerra como resolução das disputas internas
●
Emergencia dos EUA e URSS como novos nucleos de poder, que vai secundarizar o espaço
europeu
●
Perda de posição no espaço mundial, devido a devastação das guerras
●
Perda das colonias na africa e asia
●
Subordinação da Europa em relação a uma aliança com os EUA (Estrategia da Contenção)
●
Projetos europeus restritos as relações comerciais e alianças militares
●
Europa concebida como uma “terceira força”
●
Recriar a ideia de uma “família europeia”, ou um “Estados Unidos da Europa”, alem de
rivalidades, um projeto maior.
A relação entre os EUA e a Europa
O mapa mostra as esferas de poder na Europa. Verde – influencia americana. Vermelho -
URSS
A relação entre os EUA e a Europa
●
Laboratórios de Integração
BENELUX (1944) – Pacto entre Belgica (BE), Países Baixos (NE) e Luxemburgo (LUX),
buscava consolidar um projeto de livre comercio entre eles
CECA (1951) – Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. Criada pelo Tratado de Paris.
Buscava recompor a siderurgia como industria de base para que as outras pudessem se
recompor no espaço europeu. Tende a adotar o modelo Fordista. Idealizado por França e
Alemanha.
Comunidade Economica Europeia – Criada pelo tratado de Roma. É o “DNA” da União
Europeia.
AELC – Associação Economica de Livre comercio. Idealizada pelo Reino Unido, e foi
desfeita em função da CEE em 1973
A relação entre os EUA e a Europa
Esse mapa ilustra a progressão da adesão dos estados a CEE. Ao longo do tempo, a CEE vai
além da questão econômica, indo para a politica, social e partidária.
A relação entre os EUA e a Europa
Era importante executar um projeto de integração muito mais amplo, para poder recuperar a
perda de espaço sofrido pela Europa, e retornar a competir com EUA e Ásia.
A relação entre os EUA e a Europa
●
Finalizando…
Se a Europa não buscar construir um espaço autônomo, ela continuara sendo um ator
coadjuvante, junto aos EUA
A Alemanha busca um protagonismo maior na politica regional.
A relação entre os EUA e a Europa
Ou seja, não existe uma unidade para construir um projeto europeu de segurança comum. A
Europa fica dependente do poder militar americano.
Além disso, os estados mais fracos desejam que os EUA se mantenha como liderança na
segurança nacional, e os mais desenvolvidos, principalmente a Alemanha, se vê engessados
pelas obrigações do bloco europeu
A relação entre os EUA e a Rússia
Com essa liberalização, os preços internos disparam, encarecendo o custo de vida, e levando ao
fenômeno do escambo, com muitas pessoas trocando pertences nas ruas. Com a redução das
tarifas, as industrias internas, vindas de um país fragilizado e em crise economica, tem que
competir com produtos vindos de fora. Com as restrições financeiras, o poder de compra dos
russos reduz, levando a dificuldades até para consumir produtos básicos.
A relação entre os EUA e a Rússia
A moeda russa vai sofrer uma grande desvalorização, afetando a capacidade de investimento
estatal.
Yeltsin vai criar, com as privatizações, uma politica de barganha entre grupos privados e o
governo, fazendo com que empresas acabassem nas mãos de oligarcas, e dando os setores
mais produtivos do país nas mão deles, em troca de apoio às campanhas politicas.
A relação entre os EUA e a Rússia
(O indice de gini mede a concentração de renda, quanto mais perto de 1, mais desigual).
A relação entre os EUA e a Rússia
A terapia de choque trouxe diversos problemas para a sociedade Russa:
Favoreceu “castas” de empresários e financistas (Red Directors), que se beneficiaram das
aberturas economicas e das barganhas.
A corrupção e o crime viraram regra, e o estado perdeu sua legitimidade, um fantoche dos
empresários
A abertura economica trouxe resultados catastróficos, com diversas falências devidas à
concorrência com o mercado externo.
Queda na produtividade da indústria, que muitas acabaram fugindo do país com a crise.
Muitos países dificultaram a importação de produtos russos, dificultando o aumento das
exportações russas.
(Chechenia é uma região de maioria muçulmana na Russia, que busca sua independencia.)
Boris Yeltsin renuncia ao cargo em 1999, deixando seu cargo para Vladmir Putin.
A relação entre os EUA e a Rússia
Esse mapa mostra a região do Cáucaso, de grande turbulencia, com vários conflitos de
regiões em busca de independencia, não só na Russia. Putin vai intervir na região para
combater os movimentos separatistas, inclusive em assuntos internos das antigas republicas
soviéticas, como a Geórgia e o Azerbaijão, muitas vezes em comunidades de maioria russa.
“Onde há russos, também é Russia”
A relação entre os EUA e a Rússia
Esses indicadores mostram a decadencia russa no inicio dos anos 90, e a retomada, com a
ascensão de Putin, nos anos 2000. Putin será visto como arrojado, mais jovem, destemido,
que vai enfrentar os grupos terroristas na chechênia, e vai aproveitar um momento
importante para a economia russa, o crescimento das commodities, principalmente petróleo
e gás, em decorrencia da demanda chinesa.
A relação entre os EUA e a Rússia
O mapa mostra a pobreza nas ex republicas sovieticas no fim da década de 90.
A relação entre os EUA e a Rússia
Esse mapa mostra as contradições do espaço russo, com grandes reservas de petróleo e gás,
das quais o país dependia, mas mesmo assim com uma população, até então, cada vez pobre.
Os oleodutos e gasodutos se conectam com vários espaços regionais, como Oriente Médio e
Europa
A relação entre os EUA e a Rússia
Esse mapa mostra a dependencia europeia em relação ao gas e petroleo russos, trazendo o
debate da “geopolitica dos dutos”. Os países por onde passam esses dutos se tornam
extremamente importantes para os russos, principalmente a Ucrânia, por onde passam a
maioria dos dutos.
O gás poderá ser visto como uma arma geopolitca, pois a falta do gá russo pode trazer
enormes consequencias para toda a região.
A relação entre os EUA e a Rússia
●
Novos/Velhos rumos da Rússia de Putin
Desde que chegou ao poder, Putin se mantém no poder, seja como primeiro-ministro, ou como
presidente, alternando os cargos com políticos, como Medmedev.
Esse enfrentamento aos oligarcas vai dar muita popularidade para Putin.
Ou seja, vai arrumando meios para eliminar concorrencia politica e se manter no poder
Retomando a auto-estima dos russos, lembrando os “bons tempos” de quando a Rússia era uma
potencia global
A relação entre os EUA e a Rússia
Apesar de Putin tentar reestabelecer a força do estado na sociedade, ele não altera as
reformas liberais, mas acaba com os beneficios sociais dos oligarcas
A relação entre os EUA e a Rússia
●
Breves considerações finais
1) Ou seja, de um sistema socialista para
um sistema capitalista, com graves
consequencias
A Russia, ao perceber que não conseguiria se estabelecer como uma superpotencia global
novamente, busca, no século XXI, recompor o seu entorno estratégico, se estabelecendo como
potência regional.
Fazendo referência à OTAN penetrando cada vez mais na área de influência russa
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
O mapa mostra a região do Cáucaso, repleta de conflitos separatistas, com forte presença de
gasodutos.
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
Essa figura mostra como os americanos buscam controlar o territorio russo, por meio de
satélites, atravessando o oceano ártico
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
Esse mapa mostra a região do Mar Negro, evidenciando a importância geografica da
Ucrânia para a hegemonia russa, principalmente a Criméia e o leste ucraniano, areas
populadas por russos
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
Qualquer tipo de ação que pudesse ser vista como
ameaça à Rússia ou seus interesses na região
poderia ser respondido com forças convencionais
ou nucleares. Ameaça clara aos EUA e à Ucrânia,
que parecia estar cada vez mais se aliando ao
ocidente.
A russia tenta utilizar as questoes relacionadas a reinvindicar territórios maritmos no Ártico como
uma cortina de fumaça para a expansão de seu programa militar e exploração de recursos naturais
A russia tem enfrentado diversas sanções em decorrencia da intervenção em diversos países nas
ultimas decadas, que acabou impedindo parte do acesso a tecnologia, que limitou as intenções
russas no artico.
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
Com as mudanças climaticas, o oceano artico poderia se tornar mais navegável, despetando
interesse economico e, principalmente, militar
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
As imagens mostram o reposicionamento espacial russo no artico
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
●
Brics
●
Os EUA viam a ascensão dos BRICS como uma ameaça aos seus interesses.
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
●
Breves considerações finais
A relação entre os EUA e a Rússia
(2)
Nessa, o petróleo seria visto como um recurso de disputas entre grandes potencias e grupos
locais. Principalmente a partir dos anos 20 e 30
Esses regimes (como da arabia saudita, ou de Saddam Hussein), não foram capazes de
melhorar a qualidade de vida da população, mesmo em momentos de alta do preço do
petróleo, com captação de capital que acabou em mãos de uma oligarquia.
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Importante lembrar que os EUA eram aliados do Irã até os anos 70, quando o lider iraniano
é derrubado, na revolução dos Aiatolás, que transformou o país em uma teocracia,
conduzida pela lei Sharia.
Por outro lado, a Arábia Saudita é uma aliada incondicional dos EUA, que tem no poder
uma linha tradicional de Wahabitas, mas é financiadora de diversos grupos
fundamemtalistas pelo oriente médio
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Israel é o principal aliado americano na região, e foi fundado principalmente pela ONU, em 1948, como
um estado judeu numa região dominada por muçulmanos. Isso gerou uma demonização de judeus e
americanos na região.
Esses grupos são transnacionais, e associam o discurso religioso ao projeto político, pondo os EUA e
israel como grandes inimigos, se aproveitando da miséria da população para suas causas
Erdogan adota uma politica de afastamento do discurso liberal, promovendo um modelo secular, baseado
nas glorias do império otomano.
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Os EUA vão derrubar Saddam, afirmando que haviam armas de destruição em massa,
abrindo espaço para a ascensão do Irã
Movimento surgido em 2011, criado por jovens sem perspectiva de trabalho e sem
condições socio-econômicas, que protestavam contra os governos autoritários em seus
países, levando a queda de vários governos e permitindo o surgimento de grupos como o
ISIS (Estado Islamico do Iraque e da Siria).
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Esse mapa mostra os palcos de guerra na região (Invasão do Afeganistão em 2001 e invasão do
Iraque em 2003). Com essas invasões, ocorre a ascensão de governos aliados ao Irã, que vai
fortalecer grupos radicais em toda a região, ampliando sua ação na região.
Observa-se também a presença de bases aereas americanas em toda a região, e destaca-se as da Asia
central (Usbequistão, Quirguistão,…), que existem mesmo sendo países altamente influenciados
pela Russia
*Mestre disse que esse mapa vai cair na prova…
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Os EUA, a partir da derrubada de Saddam, e todo o fortalecimento iraniano, busca
fortalecer suas bases no oriente médio, isolando seu rival. Em busca dos recursos da região,
e usando o terrorismo como desculpa, ha a ampliação dessas bases
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Esses mapas mostram que a intenção dos EUA é isolar o Irã no espaço regional,
principalmente o seu suporte a grupos em diversos paises
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Há tambem interesses de potencias externas:
A russia tende a fortalecer o dialogo com países do oriente medio (Irã, Síria..)
Anexação da Crimeia possibilita a Russia se fortalecer e projetar seu poder em regiões como
o Oriente Medio
Quando os EUA interviram no Iraque, eles esperavam implementar a teoria do “Dominó democratico”
(Democratizar o Iraque faria com que a democracia se espalhasse pela região). Entretanto, ocorrearam
vários efeitos colaterais, como a tomada de poder no Iraque por xiitas
(Questionamento dos motivos da invasão do Iraque) Os EUA não tem mais o apoio
incondicional dos outros países
É o estado mais moderno, com maior capacidade bélica, e aliado dos EUA.
Os EUA e o Oriente Médio (2)
Efeito contrario do esperado, ao invés da pacificação, ocorre cada vez mais a militarização
da região
A religião vai continuar muito presente na condução social, economica e politica da região.
Os países não conseguem estabelecer uma unidade entre eles, como um país arabe, e ao
mesmo tempo a democracia continua distante
Os EUA e o Oriente Médio (2)
As instituições regionais são fragilizadas demais para estabelecer qualquer unidade entre os
estados.
A formação do Oriente Médio
*adianto que essa aula tá bem estranha, ele pula muita coisa que tá escrita, e corta do nada muitas
vezes tambem
●
Algumas Definições
Há muitas confusões acerca da terminologia de árabes, oriente médio, mundo muçulmano… Islã =
religião, Oriente Médio = Região, Árabe = Povo (nem todo árabe é muçulmano, nem todo
muçulmano é árabe. Há povos Muçulmanos ao redor de todo o mundo, como na Indonésia, Índia…)
A formação do Oriente Médio
●
O Islã
Até que ponto a identidade cultural árabe podia resistir aos preceitos modernos introduzidos
pelas potencias modernas?
(não se concretizou)
A formação do Oriente Médio
O mapa da esquerdamostra a descolonização do Oriente Médio e o domínio das potencias
europeias.
Os mapas da direita mostra as regiões onde habita o povo curdo, que hoje em dia é a maior
etnia sem estado nacional no mundo, lembrando que nenhuma das propostas de criação
desses estado foi levada a diante. Essa questão tem gerado diversos conflitos armados,
principalmente com a Turquia
A formação do Oriente Médio
●
Formação do estado de Israel
A formação do estado de Israel esta relacionada aos preceitos religiosos da terra prometida,
que iam desde o Egito até o rio Eufrates, na Síria.
A formação do Oriente Médio
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A Palestina e os filisteus
A região sofreu diversas influencias das diversas nações que dominaram o espaço.
A formação do Oriente Médio
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A diáspora judaica
A diaspora judaica só acabaria quando houvesse o retorno dos judeus a sua terra prometida.
A formação do Oriente Médio
Houveram varias diásporas:
●
●
A formação do Oriente Médio
●
Movimento Sionista
O desejo de criar um estado judeu foi chamado de sionismo, e ganhará força na segunda
metade do sec. XIX, em função das perseguições sofridas pelos judeus na Europa. O nome
deriva do Monte Sião, que fica nos arredores de Jerusalém.
O anti-semitismo crônico é muito visivel na Europa Ocidental, principalmente na segunda
metade do sec XIX e sec. XX, com movimentos de perseguição direta às comunidades
judaicas, nos momentos que antecedem a 2ª Guerra Munidal. Essas comunidades vão se
segregar em guetos, com funções de ajudar uns aos outros, criando instituições filantrópicas,
buscando receber e apoiar os imigrantes Judeus, na Europa e na América do Norte
A formação do Oriente Médio
A grande questão do sionismo seria onde criar esse estado Judeu. Muitos lugares foram
considerados (desde Chipre, uma ilha no mediterrâneo, à Argentina), mas os Judeus
defendem que o seu lar seria a terra prometida.
Ou seja, a ONU interveio a favor dos direitos dos palestinos prejudicados, mas Israel nunca
cumpriu as determinações da ONU, muito em função do apoio dos EUA
A formação da Palestina
●
“Lar nacional”
A Inglaterra, grande impulsionadora da criação do estado de Israel, se retira em 1947 da
região, entregando à ONU, recém criada, a responsabilidade de conduzir a partilha da
palestina.
Israel não reconhece o direito palestino a terra, toda a palestina deveria ser de posse judaica.
A formação da Palestina
Esses mapas mostram a evolução da distribuição das terras palestinas, e a progressão da
conquista de território pelos Judeus.
A formação da Palestina
●
As guerras Árabe-Israelenses
A partir de 1949, ocorrerão varias guerras entre arabes e israelenses
Na primeira guerra, países como Síria, Jordânia e Egito se unem contra Israel, avançando
sobre a palestina (deve-se perceber que os países arabes, muitas vezes, usavam a causa
palestina como uma desculpa contra Israel), ocupando muitos territórios
Os segundo e terceiro mapas mostram a reação de israel, com um poder bélico muito maior,
que vai rechaçar seus oponentes. O terceiro mapa mostra a invasão da peninsula do Sinai, na
Guerra do Suez, em 1956
A formação da Palestina
Na guerra do Yom Kippur (Yom Kippur = Dia do Perdão, o dia mais importante para os
judeus), os países arabes tentam pegar israel de surpresa, num dia religioso. Israel reverte as
perdas e ganha.
Intifada = desobediência civil, os palestinos vão jogar pedras e granadas contra as forças
israelenses que tentava controlá-los
A formação da Palestina
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Refugiados palestinos
Os palestinos vão sair como os mais prejudicados, pois vão acabar perdendo seu território e
sem seu estado-nação, levando a uma enorme quantidade de refugiados palestinos
A formação da Palestina
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Acordos de Oslo 1993
A causa palestina teve visibilidade na comunidade internacional, fazendo com que em 1993
a Noruega conduza os Acordos de Oslo, que seria um acordo de paz entre palestinos e
judeus.
O reconhecimento do estado palestino nunca aconteceu.
Lembrar que Jerusalém é a cidade mais importante para as 3 principais religiões do mundo.
A formação da Palestina
As 2 imagens mostram o que aconteceu a partir do acordo de Oslo, com um aperto de mão
entre autoridades Israelenses e Palestinas, mediadas por Bill Clinton, presidente americano.
E com os lideres dos 2 estados recebendo o Nobel da Paz.
A formação da Palestina
Esses acordos não ocorreram como o pensado, pois israel não desocupou todos os territorios
combinados (saiu apenas da faixa de Gaza).
Há uma resistencia por parte de israel na desocupação da Cisjordânia, pois alegam a
existencia de assentamentos importantes de Israel nesse território.
O muro tira toda a mobilidade da população palestina dentro de seu próprio territorio. Israel
usa como justificativa a segurança
A formação da Palestina
Esse mapa mostram os 2 territorios que seriam do estado palestino, a Faixa de Gaza e a
Cisjordania.
A faixa de Gaza foi totalmente devolvida aos palestinos em 2005
A formação da Palestina
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O HAMAS - “Movimento de resistência islâmica”
Contra os acordos entre palestinos e israel, surgirão vários grupos em territórios árabes de
resistencia contra a atuação de Israel na região.
Israel passa a sofrer ataques de misseis vindos da Faixa de Gaza, lançados pelo Hamas, que
passa a controlar Gaza, ganhando eleições palestinas.
A formação da Palestina
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FATAH – “movimento de libertação nacional dos
escravos liderados pelo povo da Palestina”
É outro grupo que surge da dissidencia palestina. É menos radical que o HAMAS, e acaba
sendo reconhecido como o único interlocutor do povo palestino pela comunidade
internacional
O FATAH e o HAMAS dividiram o movimento palestino, com o FATAH controlando a
Cisjordania, e o HAMAS, a faixa de Gaza, enfraquecendo o movimento.
A formação da Palestina
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HAMAS x FATAH
Esse movimento foi motivado por:
Oriente Médio: outras temáticas
Essas imagens mostram a região onde aconteceram os eventos, ilustram como se
desencadeou, a partir da Tunísia, e mostram a importância das redes sociais.
Muitos desses países fazem parte dos “Black Holes”, lugares onde o governo controla o
sinal de internet. Muitas vezes eles derrubam o sinal de internet, fazendo que noticias de
massacres e atos antidemocraticos não sejam divulgados
Oriente Médio: outras temáticas
Essa figura mostra os lideres afetados pela primavera arabe, tanto os derrubados, quanto os
que apenas cederam a algumas pressões.
Deve-se lembrar que esse movimento terá forte apoio dos EUA, que esses países tem muitos
recursos petrolíferos, e que com a derubada do poder na Líbia, o país vive uma guerra civil,
com vários grupos disputando o poder.
Oriente Médio: outras temáticas
Esse mapa mostra a dimensão espacial que o movimento ocupou, levando alguns governos a
serem depostos, e outros a abrirem mão de seus interesses para se manterem no poder,
cedendo as exigências dos movimentos populares. Entretanto, ainda percebe-se forte
autoritarismo na região
Oriente Médio: outras temáticas
As disputas pelos recursos hídricos
Deve-se lembrar também da “hidropolitica”, ou seja, a importância que os recursos hidricos
tem na região, onde há baixa pluviosidade.
Oriente Médio: outras temáticas
Introdução