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Cap.

05 – A Nova Ordem Mundial Nova Ordem Mundial: novos pólos de poder


As características dos pólos de poder mudaram com o fim da
Introdução Guerra Fria. Se EUA e URSS rivalizavam e mantinham suas
A Nova Ordem Mundial resultou do colapso da URSS que regiões de influência mediante poder militar, com armas
extinguiu a ordem da Guerra Fria. convencionais e de destruição em massa, outros aspectos
garantiriam poder para os países ou grupos de países na Nova
Se até a década de 1940 a URSS apresentou grande Ordem Mundial.
crescimento econômico, esse quadro não se manteve no pós- • Tríade – anos 90. Com o fim do socialismo soviético o
Guerra. O ritmo de crescimento econômico diminuiu implicando capitalismo (na sua vertente neoliberal) tornou-se o
problemas até para a manutenção da qualidade de vida da sistema econômico hegemônico mundial. Assim, as
população. São fatores da crise da economia soviética: maiores economias do mundo caracterizavam-se como
• Burocratização da economia. A atividade econômica países de maior influência no Sistema Internacional.
soviética era controlada de forma rígida pelo governo. Seriam eles: EUA (maior economia do mundo), Japão
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Esses dispositivos de controle estatal funcionaram (2 maior economia mundial nos anos 90) e União
enquanto a economia, na primeira metade do século Européia que congregava países como Alemanha
XX, era mais simples. A necessidade de decisões (unificada), França e Reino Unido.
econômicas mais rápidas no cenário dos anos 70 fez • Poder Unipolar – 2001. No ano de 2001 os EUA foram
com que a economia soviética, emperrada em regras atacados em seu território nos episódios de 11 de
rigorosas e restritivas, reduzisse seu crescimento. Além setembro. A reação americana envolveu o lançamento
disso, o estatismo econômico reduziu a iniciativa por de um novo modelo geopolítico – a Doutrina Bush – que
inovações e ganho de produtividade das pessoas e dava ao país o direito de pressionar ou atacar
empresas. “preventivamente” os países que potencialmente
• Gastos na Guerra Fria. A Corrida Espacial e a Corrida atentassem contra suas necessidades ou sua
Armamentista geravam gastos elevados que não segurança. Mesmo com a oposição de potencias
davam retorno econômico. Esses gastos drenavam os mundiais como Rússia, França e Alemanha, os EUA
recursos que poderiam ser usado na produção. conseguiram viabilizar ações como as guerras do
• Nacionalismo. A URSS jamais conseguiu anular os Afeganistão e, principalmente, do Iraque. Para alguns
sentimentos nacionais das diferentes repúblicas assim analistas, esse fato evidenciava a formação de um
como as rivalidades entre elas. mundo unipolar no qual os Estados Unidos seriam
A crise econômica que avizinhava a URSS foi mascarada nos potência hegemônica pois aliavam poder militar
anos 70 devido aos preços elevados do petróleo no mercado (convencional e nuclear) e econômico.
internacional. Assim, com as exportações de petróleo, o país • Multipolaridade – 2008. A crise econômica mundial de
tinha recursos para sustentar a atividade econômica, os 2008 fragilizou a economia dos países centrais
investimentos em armas e um bom padrão de vida para a aumentando a inserção de países semi-periféricos no
população. Isso mudou nos anos 80. Sistema Internacional. Grandes economias como a do
A queda dos preços do petróleo nos anos 80 evidenciou a crise Brasil, da China, da Índia e da Rússia fizeram desses
da economia soviética e a necessidade de reformas. Foi países importantes jogadores do Sistema Internacional.
implementada a Perestroika. A atuação desses países é ainda mais destacada em
Com a reestruturação econômica, o governo objetivava conjuntos como BRIC, MERCOSUL e G-20.
descentralizar as decisões dando maior autonomia para as
empresas serem geridas livres da burocracia do governo. Além
disso, o governo deveria diminuir os gastos militares para A Nova Ordem Mundial é palco da intensificação do processo de
incentivar a produção. globalização e da difusão de um meio tecnificado por recursos
Para implementar a reestruturação econômica era necessário de informática e telecomunicações. É importante o entendimento
apoio político a ser conseguido dentro do próprio partido. do processo de globalização, da produção do meio tecnificado,
Setores progressistas do Partido Comunista seriam mais das suas relações e consequências.
facilmente atraídos para as reformas econômicas mediante um
processo mais amplo que envolvesse abertura política: a Globalização
Glasnost. A Glasnost também serviria para minar o poder dos Anthony Giddens, em As Consequências da Modernidade,
opositores da abertura econômica. Afinal, era através dos sugere que “A globalização pode assim ser definida como a
dispositivos de censura e repressão que a “Linha Dura” do intensificação das relações sociais em escala mundial, que ligam
partido Comunista atuava. Com o relaxamento dessas localidades distantes de tal maneira que acontecimentos locais
instituições, os conservadores perderiam capacidade de ação são modelados por eventos ocorrendo a muitas milhas de
política. distância e vice-versa”. Esse processo foi facilitado nas últimas
Ao realizar a abertura política o Estado soviético evidenciou década por fatores como:
fraqueza diante de setores políticos historicamente reprimidos: • Transformação nos sistemas de comunicação e
políticos liberais e nacionalistas. O aumento das tensões transporte. As comunicações via satélite, uso de fibra
culminou com a extinção da URSS em dezembro de 1991 e a ótica e computadores em rede criaram uma condição
formação da CEI (Comunidade de Estados Independentes). de instantaneidade para a produção e difusão de
Enquanto a URSS agonizava, seu poder sobre sua esfera de informações. Além disso, as tecnologias de transporte
influência reduzia evidenciando o esgotamento da geopolítica da (com destaque para o transporte marítimo e aéreo)
Guerra Fria. Em 1989 o Muro de Berlim era derrubado; em 1990 tornaram as distâncias pouco importantes.
era extinto o COMECON; em 1991, às vésperas do fim da União • Fim do socialismo. Apesar de existirem tecnologias de
Soviética, terminava o Pacto de Varsóvia. comunicação e transporte bem desenvolvidas nos anos
A geopolítica da Guerra Fria, iniciada no pós-Guerra, chegava ao 1970/80, o intercâmbio entre regiões era limitado pela
fim com a extinção de um de seus pólos de poder. Era iniciada geopolítica da Guerra Fria. Com o fim socialismo e
uma nova etapa da geopolítica mundial: a Nova Ordem Mundial. difusão do capitalismo neoliberal as barreiras nacionais
para circulação de investimentos e mercadorias forma
relaxadas ou eliminadas.
A globalização como processo criou, mais rapidamente nas das ciências: ciência e engenharia de materiais, física, química,
últimas décadas, um mesmo padrão de produção, consumo, biologia. Além disso, as informações são os recursos de
organização social e meio técnico em escala mundial. Isso não alimentação e processamento por esses objetos.
significa, entretanto, que todos participam desse processo da O desenvolvimento do meio técnico-científico-informacional
mesma forma. Há uma relação centro-periferia que evidencia permite conexões mais eficientes entre regiões distantes:
uma participação “agente”, “ativa” de algumas regiões do mundo, transportes mais volumosos e baratos de cargas e pessoas;
enquanto outras, as periferias, são regiões “objeto”, “passivas” instantaneidade da difusão de informações e capitais.
no processo. São regiões centrais os países do Norte
desenvolvido; são periferias os países do Sul pobres. Com o desenvolvimento do meio técnico-científico-informacional
a lógica de distribuição da produção em escala mundial mudou,
Há que se destacar que o modelo capitalista hegemônico após o isto é, a Divisão Internacional do Trabalho (DIT) foi alterada.
fim do socialismo é o modelo Neoliberal. Segundo esse modelo, Com menor custo de transporte de cargas e meios de
o Estado não deve interferir sobre a atividade econômica. Assim, comunicação que permitem coordenar a produção em escala
barreiras legais (tributárias ou não-tributárias) que os governos mundial, há espalhamento das indústrias em diferentes países.
tinham para proteger suas economias até os anos 1980 não Dessa forma, a antiga DIT que diferenciava países
existem mais nos anos 1990. Há uma tendência (ou pressão) desenvolvidos de países subdesenvolvidos através da produção
pelo livre comércio internacional e pela liberdade para os fluxos industrial foi definitivamente superada. Hoje os países centrais
financeiros, inclusive especulativos. Essas características são identificados pela produção em Pesquisa e Desenvolvimento
econômicas da Nova Ordem Mundial intensificam a globalização (P&D), pela patente de novos produtos e pela centralização de
(como definida por Giddens). Afinal, no contexto financeiro atual, serviços disseminados em escala mundial (jornalismo, cinema).
as Bolsas de Valores, os grandes bancos e outras instituições Nesse novo contexto, a produção de mercadorias pode migrar
financeiras estão todos fortemente conectados através de para países periféricos que possam oferecer as bases técnicas
complexas formas de transações. Com isso, eventos financeiros para a produção de diferentes outras vantagens como mão-de-
em uma região do globo (crise americana de 2008, crise dos obra barata, benefícios fiscais, leis ambientais ausentes ou
PIIGS de 2010) se desdobram em escala mundial. relaxadas.

Um aspecto fundamental e distintivo do atual cenário de Através do entendimento da formação e importância do meio
globalização é a difusão de um meio específico, marcado pela técnico-científico-informacional, é possível afirmar que a
ciência e pela tecnologia, chamado meio técnico-científico- globalização cria um padrão técnico que abrange todas as
informacional. regiões do planeta. Mas nem todas as regiões ou pessoas estão
integradas da mesma forma.
O meio técnico-científico-informacional Há regiões com baixa densidade de sistemas técnicos que não
Para o entendimento da fluidez das mercadorias, pessoas, correspondem às demandas do capital. Sem recursos de
capitais e informações no cenário de globalização é necessário o transporte e comunicação de elevada complexidade e
entendimento das características e evolução do meio artificial e densidade, regiões como o continente africano, partes da Ásia e
tecnificado que o homem criou e o engloba na atualidade – o da América Latina ficam excluídas de maiores investimentos e,
meio técnico-científico-informacional. consequentemente, de uma participação ativa no processo de
Meio natural: perdurou desde os primórdios da humanidade até globalização.
o século XVIII para o Mundo Ocidental. Nesse contexto, o A exclusão também ocorre em termos sociais. As populações
homem já criava objetos que aumentavam sua capacidade de mais pobres não têm condições de participação ativa no
transformação da natureza. Mas a baixa densidade e processo de globalização. São pessoas que não tem como
capacidade desses objetos fazia com que a sobrevivência do acessar os meios digitais, não falam inglês como segundo
homem em sociedade, através do trabalho, ainda dependesse idioma, não têm dinheiro para viagens. Concluindo, a integração
de ciclos de produção fixados pela natureza e não pela econômica efetivada pela globalização no meio técnico-
sociedade. Assim, as atividades produtivas só poderiam se científico-informacional não integra todas as pessoas e regiões
desenvolver durante o dia, com iluminação natural; a da mesma forma.
agropecuária era limitada à presença de rios, à chuva abundante
ou à presença de animais nativos que seriam domesticados em A financeirização no processo de globalização
pecuária. As atividades produtivas tinham um caráter A economia contemporânea tem como marca o volume,
fundamentalmente local ou, no máximo, regional. diversificação e alcance dos negócios realizados dentro do
Meio técnico: desenvolveu-se no Mundo Ocidental com a sistema financeiro. Esse capital financeiro é muito superior ao
Revolução Industrial e evoluiu até a segunda metade do século capital produtivo e está lastreado, muitas vezes, em si mesmo.
XX. Trata-se de um meio no qual os objetos criados pelo homem Os países, inclusive desenvolvidos, acabaram reféns desse tipo
não são mais meros desdobramentos de seu corpo (machado, de capital que é, ao mesmo tempo, fundamental para alavancar
enxada, arado) para serem desdobramentos do território a produção e um risco para a estabilidade das economias
(estradas de rodagem e de ferro, portos). O desenvolvimento nacionais e da economia mundial. O cenário de financeirização é
desse meio técnico, motivado pelas necessidades do capital em fruto de uma série de características já analisadas do processo
expansão na Europa e nos EUA dos séculos XVIII e XIX, fez intensificado de globalização.
com que as técnicas fossem difundidas em escala mundial. • Fim do padrão ouro-dólar.
Assim, ao longo do século XIX e XX as regiões centrais e Até a década de 1930 e não de forma continua, houve uma
periféricas do mundo apresentavam, com graus diferenciados de predominância formal do padrão ouro, isto é, a moeda nacional
densidade, um mesmo padrão de comunicação e transporte: deveria ser lastreada em uma quantidade de ouro equivalente na
transportes marítimos e terrestres, telégrafo e, eventualmente, sociedade. Trata-se de uma herança dos princípios do
rádio, televisão telefonia. Liberalismo (séc. XVIII e XIX) nos quais o dinheiro investido era
Meio técnico-científico-informacional: identificado no pós- limitado ao dinheiro poupado.
Guerra, especificamente após a Terceira Revolução Industrial Em 1945, na conferência de Bretton Woods, o padrão ouro foi
(recursos de informática e comunicações – microprocessador, definitivamente abandonado em favor do padrão ouro-dólar.
fibra ótica, comunicação via satélite). Os objetos desse meio Dessa forma, cada país teria sua moeda nacional lastreada em
são distintos dos demais por duas razões. Primeiro, são objetos dólar e manteria uma cotação fixa entre a própria moeda
que só podem ser produzidos com acentuado desenvolvimento nacional e o dólar. Os EUA, por sua vez, manteriam a paridade
de 35 dólares por onça de ouro (1 onça = 28,350g). Havia, com credores da própria economia permitindo a constante
portanto, um limite para a expansão monetária (oferta de rolagem, isto é, renegociação da dívida.
dinheiro) dentro de cada país – o limite de dólares – e nos EUA
– o limite em ouro para manutenção da paridade entre ouro e Blocos econômicos
dólar. No cenário de globalização dos anos 90 e século XXI houve
Já nos anos 70, o governo americano não sustentou mais a difusão dos chamados “blocos econômicos”, isto é, acordos
paridade e deixou o dólar e o ouro flutuarem livremente. Assim, a entre países para aumentar a circulação econômica entre eles.
limitação de expansão monetária foi relaxada podendo haver Os países europeus já ensaiavam um bloco econômico desde o
maior emissão de moeda em cada país e nos EUA. final da Segunda Guerra Mundial – a Comunidade Econômica
Européia. Na atualidade, são importantes blocos econômicos:
• Neoliberalismo. NAFTA, MERCOSUL, UNIÃO EUROPÉIA. Eles podem ser
Em meio o modelo capitalista intervencionista keynesiano (dec. categorizados de três formas:
1930/45 – 1970) os governos mantinham controles rígidos sobre • Zona de Livre Comércio: as barreiras comerciais entre
o funcionamento do sistema financeiro impedindo que os bancos os paises são lentamente extintas. É o caso do NAFTA
e outras instituições financeiras fizessem negócios que na América do Norte.
expusessem a instituição (e seus acionistas/clientes) a riscos • União Aduaneira: os países membros unificam sua
abusivos. Porém, o ideal neoliberal tornou-se predominante nos relação comercial com os países de fora de bloco. O
anos 1980 fazendo com que as restrições estatais aos negócios MERCOSUL é, formalmente, uma união aduaneira
especulativos no sistema financeiro acabassem. Assim, novas desde a criação da Tarifa Externa Comum (TEC) nos
modalidades de negócios financeiros, criativas e arriscadas, anos 90.
foram implementadas. • Mercado Comum: livre circulação dos fatores de
produção entre os associados. Assim, trabalho e
• Meio técnico-científico-informacional. investimento circulam livremente. A União Européia e
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O novo contexto econômico de maior expansão da base um exemplo de mercado comum .
monetária (emissão de moeda com o fim do padrão ouro-dólar) e Apesar desses blocos institucionalizados, é possível identificar
ausência de regras rígidas contra o capital especulativo forte influência dos EUA em todo o continente americano, da
(neoliberalismo) se associou ao novo meio técnico da Terceira Europa em partes da Ásia e da África e do Japão no Extremo
Revolução Industrial. Dessa forma, um grande volume de capital Oriente e Oceania.
especulativo pode fluir de um canto ao outro do mundo
instantaneamente criando incríveis soluções econômicas ou a Aumento das desigualdades
ruína de economias nacionais. Na Nova Ordem Mundial houve intensificação do processo de
globalização em um contexto neoliberal. Assim, houve maior
Há grave fragilização das economias nacionais nesse cenário de exposição dos países pobres frente aos ricos, aumentando as
financeirização. E não se trata apenas da exposição de desigualdades em escala mundial. Dentro de cada sociedade, o
economias periféricas (crise russa, crise tequila no México, crise neoliberalismo desmontou os aparatos do governo para
coreana, desvalorização do Real no Brasil, todas nos anos 90). salvaguardar as populações (em especial, as mais pobres)
O primeiro país a sofrer um ataque especulativo a sua moeda aumentando as desigualdades em vários países. Esse processo
nos anos 90 foi o Reino Unido; em 2008 o sistema financeiro pode ser medido na diferença de Índice de Desenvolvimento
americano entrou em crise e arrastou com ele países da União Humano2 entre os países e na permanência de elevado Índice
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Européia (os PIIGS: Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha). de Gini em diferentes sociedades.

Por uma série de fatores, muitos países acabam acumulando Fluxos migratórios e xenofobia
dívidas elevadas junto aos credores internacionais. Essas Com graves desigualdades entre os países e pobreza em
dívidas podem ser mais adequadamente medidas através da regiões africanas, latino-americanas e asiáticas, intensificaram-
comparação do total da dívida com o PIB do país, isto é, com a se fluxos migratórios orientados, basicamente, do Sul (pobre)
sua capacidade anual de geração de riquezas. Veja na tabela para o Norte (rico).
abaixo alguns exemplos: Os países desenvolvidos, apesar do desemprego, precisam
país Relação dívida/PIB dessa força de trabalho, pois o desemprego não ocorre da
Portugal 73,7% mesma forma em todas as faixas de renda/remuneração. Com o
Irlanda 62,2& processo de envelhecimento da população de elevada
Itália 116.3% qualificação profissional, há necessidades de profissionais que
Grécia 113,2% executem trabalhos de baixa qualificação4.
Espanha 49,7% Apesar da demanda por esses trabalhadores, há forte
Se os países chamados PIIGS estão em situação delicada no preconceito contra os imigrantes nos países ricos traduzido não
sistema financeiro internacional, com dívidas elevadas frente ao apenas na presença de grupos violentos na sociedade como
PIB, o mesmo não acontece com outros países como o Brasil ou também no crescimento de uma extrema direita nacionalista e
o Japão. Entretanto, a dívida brasileira chega a 45% do PIB, xenófoba.
enquanto a japonesa supera os 200% do PIB. É preciso
considerar mais duas variáveis para entender a fragilidade dos
países europeus na atualidade.
Apesar de somar um endividamento razoavelmente elevado em
1
relação ao PIB, as contas do governo são superavitárias (geram Há na Europa um exemplo de integração ainda mais forte entre países
excedente) para o pagamento (até adiantado!) das dívidas de chamada União Monetária, apenas na Zona do Euro.
2
curto prazo. Assim, o Brasil tem uma condição tranqüila frente O IDH é um indicador socioeconômico produzido desde indicadores
aos credores. de Longevidade, Alfabetização e Renda per Capita. Varia entre 0 (pior
Por sua vez, o Japão, que apresenta uma dívida tão elevada indicador) e 1 (melhor indicador).
3
frente ao PIB do país, tem menos de 10% do seu total junto a Gini é um indicador de concentração de renda variando entre 0
credores internacionais. A quase totalidade da dívida japonesa é (distribuição perfeita de renda) e 1 (concentração máxima de renda).
4
Sem mencionar a chamada “migração de cérebros”, mão-de-obra de
elevada qualificação dos países pobres que migra para os países ricos.

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