A VELHA ORDEM MUNDIAL
Principais características
-Período: 1945 – 1989/90/91
-Também conhecido como ‘Guerra Fria’
-Disputa ideológica: capitalismo vs socialismo
-Mundo bipolar: URSS vs EUA
-Poder medido pela capacidade bélica
-Disputa por zonas de influência
No período da Guerra Fria, consolidou-se a
hegemonia norte-americana no bloco capitalista,
ou ocidental. A URSS formou o bloco socialista,
ou oriental.
A divisão do mundo em dois blocos rivais e a
emergência do conflito Leste-Oeste foram
marcadas pelo antagonismo geopolítico militar e
pela propaganda ideológica, já que as super
potências disputavam por zonas de influência e
tentavam conter a expansão da outra.
Durante a Guerra Fria, a ordem internacional foi
marcada pela bipolarização de poder entre os EUA
e a URSS. As duas potências tentavam manter o
equilíbrio bélico e a pariedade nuclear,
mantivendo uma corrida armamentista e uma
corrida nuclear.
“Guerra Fria, paz impossível, guerra imporvável”.
A paz era impossível porque as superpotências
apresentavam um antagonismo insuperável. A
guerra era improvável porque poderia significar o
fim da humanidade por causa de uma possibilidade
de guerra nuclear. O que garantiu a paz desse
período foi a premissa de que o conflito bélico
asseguraria mútua destruição dos contendores.
“Paz armada”: as armas eram construídas não para
ser usadas, especialmente os letais mísseis
nucleares, mas para servir de instrumento de
dissuasão.
Em 1947, EUA lançou bases da Doutrina Truman
e Plano Marshall. Tinham como objetivo
geopolítico a contenção do socialismo. A ideia era
isolar a URSS e impedir a expansão da sua área de
influência. Era uma ajuda econômica aos países da
guerra a fim de evitar uma crise e conter o avanço
socialista. Plano Marshall: Europa. Plano
Colombo: Japão e Coreia do Sul. Usaram o
dinheiro para comprar máquinas e equipamentos,
matérias-primas, fertilizantes e alimentos.
Alianças Militares
Os norte-americanos construíram blocos militares
com o objetivo de impedir a expansão da zona de
influência soviética. Muitos americanos
acreditavam no efeito dominó: se URSS se
estendesse para paíes além do Leste Europeu e
China, todos os países virariam socialistas.
EUA criou a OTAN, Organização do Tratado do
Atlântico Norte, que defendia a Europa Ocidental
da ameaça soviética. Com a criação da Otan, os
EUA delimitaram sua zona de influência na
Europa Ocidental por meio de bases militares e
armamentos.
URSS criou o Pacto de Varsóvia, usado para a
União Soviética delimitar sua própria zona de
influência e seu principal mercado de armas.
A COMECON era um conselho criado pela URSS
para Assistência Econômica Mútua. Compete com
o Plano Marshall. Tinha como objetivo a
integração econômica dos países do Leste
Europeu, que seguiam a ideologia socialista.
Muro de Berlim foi criado quando estava havendo
êxodo de trabalhadores e a URSS precisava
reafirmar sua soberania. Muitos berlinenses
estavam saíndo do setor oriental e indo para o
setor ocidental para procurar melhores condições
de trabalho.
Fim da Guerra Fria
- Crise capitalista: desvalorização do dólar, países
com problemas econômicos, mas os EUA e o
bloco capitalista se reinventaram.
- Crise socialista: não conseguiram alcançar o
capitalismo:
- Atraso tecnológico industrial: indústrias fortes
eram as indústrias de base, então faltavam bens de
consumo.
- Glasnost/Perestroika era a reestruturação,
reconstrução, e a transparência para tentar acabar
com a crise. Menos intervenção do estado, menos
burocracia, fim da censura. Possibilidade de países
capitalistas EUA invistam na URSS (abrir
emoresas, levar dinehiro; acaba com as bases do
socialismo) Glasnost: permissão de se organizarem
BRASIL NA VELHA ORDEM MUNDIAL
Desde o início da Velha Ordem, o Brasil era
considerado a extensão dos EUA geograficamente,
então os norte-americanos achavam que o Brasil,
assim como a América Latina, adotaria o sistema
capitalista.
Por causa da industrialização tardía no Brasil, a
economia no país não estava indo bem. Os
brasileiros estavam com uma qualidade de vida
muito ruim. Em um contexto de disputa
ideológica, a situação socioecômica empobrecida
significava perigo.
Não havia investimento do Estado no Brasil,
provocando a migração interna. Isso levou a piora
na qualidade de vida, pois trabalhadores chegavam
no Rio de Janeiro e São Paulo sem conseguir
trabalho.
Presidentes Latino Americanos fazem movimento
de ir ao EUA fazer um pedido de ajuda econômica,
mas foi negado; os EUA acreditavam que o
socialismo não chegaria na América Latina. Os
ocidentais investiram na Europa e Asia porque era
longe e o risco do socialismo invadir esses países
era maior.
OPA, Operação Pan-Americana, foi criada baseada
na proposta de que os EUA assumissem um
compromisso político com a erradicação do
subdesenvolvimento latino-americano que
incluísse a alocação de investimentos públicos. A
OPA foi acionada três vezes em um ano pedir
ajuda para o EUA, mas seguiam ignorando.
Enquanto isso, a economia latino-americana
deteriorava.
Em 1959 houve uma revolução socilaista em
Cuba, que ficava ao lado dos EUA. Quando isso
acontece, os EUA ajudaram o Brasil e outros
países Latino Americanos apoiando a
implementação da censura através de um regime
ditatorial. Ajudavam com armas, dinheiro,
treinando militares, e formando espiões.
Houve a implementação da ditadura capitalista
militar. Objetivo da implementação da ditadura:
barrar o socialismo. Transformações políticas com
ditaduras capitalistas fora implementadas, como a
censura, espiões, controle do que é publicado e
em partidos para contar os descontentamentos, e
faz com que haja interesse pela democratização.
cantado. O exílio era muito comum com pessoas
consideradas ‘perigo interno’ que não podiam
matar e nem fazer com que desaparecessem.
Durante o período ditatorial, era importante que
focassem no crescimento econômico do Brasil. Os
EUA ajudavam através de empréstimos pelo FMI
com a ampliação do setor industrial, modernização
dos setores de energia, transportes, comunicação, e
a vinda de multi-nacionais para o país. Este
período foi chamado de ‘Milagre Econômico’.
Por um lado, foi essencial para a economia, pois o
PIB passou de 43° para 9°, mas por outro, a dívida
externa subiu, indo de 3,7 para 95 bilhões de
dólares. A classe média alta e alta usufruiam desse
crescimento econômico, mas as classes média e
baixa pioravam. Em 1989, 20% da população mais
rica detia 67.5% da renda nacional. Isto levou ao
grande aumento da desigualdade social no país:
- Redução do poder de compra dos trabalhadores
- Foco estatal nas exportações
- Contínuo êxodo rural:
- Migração do nordeste para RJ e SP
- Crise do petróleo
Durante esse período, a censura foi essencial para
filtrar e manipular as informações, conduzindo o
pensamento da população para o caminho do
crescimento econômico.
Houve um grande crescimento econômico à custa
de endividamento.
Na década de 80, a URSS entra em crise,
acionando a Perestroika e Glasnost, com sinais
claros de fim do socialismo, mostrando-se
ineficaz, e não era mais um perigo. Já que não
existia mais o risco de mais países adotarem o
socialismo, os EUA pedem o dinheiro emprestado
para o Brasil de volta e as multi-nacionais que
tanto ajudavam a economia foram embora.
Com uma dívida externa muito alta, o Brasil não
tinha condições de pagar. Com isso, houve a
estaagflação, período no qual o PIB ficou
estagnado e começou a cair, e a inflação subiu
muito: o Brasil parou de gerar capital. Começou
então a Década Perdida.
Quando o socialismo deixa de ser uma ameaça, a
ditadura não é mais necessária. Com os EUA
saíndo e cobrando o empréstimo, a economia
brasileira foi para o buraco.