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NASCIMENTO E AFIRMAÇÃO DE UM NOVO

QUADRO GEOPOLÍTICO
O tempo da Guerra Fria – a consolidação de um
mundo bipolar
A ocidente, os EUA, a leste, a URSS.

Estaline pretende expandir a revolução socialista, para áreas


anteriormente ocupadas pelos nazis. Os EUA, não viam como sendo
bom o crescimento militar da URSS e por isso passaram a intervir no
alargamento da sua influência para conseguir combater o avanço
soviético.

As conferências de paz e a definição de áreas de


influência
A Inglaterra e os Estados Unidos mostram preocupação com a
reconstituição do mundo, visto que Estaline mostrava sinais
expansionistas evidentes.

As conferências não conseguiram esconder a divisão do mundo em


áreas de influência antagónicas (contrárias).

A conferência de Ialta

Com o fim da guerra, realizou-se a conferencia de Ialta, onde se definiu a


nova ordem internacional.
Churchill (Inglaterra), Estaline (URSS) e Roosevelt (EUA), acordaram
sobre questões como:

• A divisão da Alemanha em quatro zonas de ocupação – controladas


pela Inglaterra, URSS, França e EUA;
• Valores a pagar pela Alemanha – reparações de guerra;
• Realização da conferencia de São francisco – para aprovar a carta
das Nações Unidas – futura ONU;
• Fixação das fronteiras da polonia;
• Redefinição das fronteiras dos territórios que foram ocupados pelos
Nazis;
• Celebração de eleições livres nos países anteriormente ocupados
pelos Nazis;
• Divisão da Coreia – Norte (URSS) e Sul (EUA).

A conferência de Potsdam

Em julho, de 1945, as divergências de interesses dos países vencedores,


inviabilizou o consenso para soluções dos países vencidos e acabou-se
apenas por confirmar as deliberações da conferencia de Ialta.

• Desnazificação – da Alemanha e Áustria e o julgamento dos


criminosos de guerra, pelo tribunal de Nuremberga;
• Divisão e Ocupação da Áustria;
• Desmilitarização da Alemanha;
• Valor das indeminizações de guerra – para pagar aos aliados;
• Estatuto de Berlim – Berlim situado na zona da URSS, foi dividido
pelos 4 aliados (que também dividiram a Alemanha);
• Redefinição do mapa político da europa.

A definição de áreas de influência

O velho continente foi dividido em duas zonas:

• O ocidente do meridiano 12 – Europa Atlântica, destruída e


reconstruída graças à ajuda económica dos EUA;
• A leste do referido meridiano – Europa destruída, europa de leste,
onde se situavam entre outros a República democrática Alemã (de
domínio da URSS).

Esta divisão da europa veio a reforçar a desconfiança relativa às


posições de Estaline sobre as políticas dos países de leste consequente
divisão do mundo em dois.

A guerra fria
Conceito de Guerra Fria

Guerra fria, designou o ambiente de tensão das relações entre o governo


americano e o soviético, desde o final da segunda guerra mundial.
Com a derrota do eixo (vencidos da 2a guerra), vieram ao de cima os
antagonismos (diferenças) ideológicos.
✓ Os EUA – pretendiam um regime político democrático-liberal e
uma economia do tipo capitalista;

✓ A URSS – pretendia um regime socialista de centralismo


democrático e uma economia baseada na coletivização e
planificação.

A rutura da aliança deve-se às ambições expansionistas da URSS nos


países do leste da europa. A resposta americana foi de contenção
desses expansionismo e reforço dos EUA no ocidente.

Tratou-se de guerra fria, porque foi uma guerra de nervos, e não foram
usadas diretamente às armas, mas:

✓ Utilizaram a propaganda ideológica;


✓ Intensificaram a corrida ao armamento;
✓ Desenvolveram uma intensa ação de espionagem;
✓ Organizaram alianças estratégicas de caracter político e militar;

✓ Intervieram em conflitos localizados no mundo.

O início da Guerra Fria

Em 1945, Estaline recusou-se a promover eleições livres na polonia, pois


pretendia impor um governo de sua confiança.
Churchill, considera que a nova ameaça era soviética, e que deixava de
haver condições para um entendimento pacífico.

Estaline, pretendia a ascensão de partidos comunistas, sob a influencia


soviética, pela europa. Contudo, em 1946, Churchill, acusou a URSS de
fazer descer sobre a Europa uma “cortina de ferro”.
Em 1947 (março), o presidente Truman (EUA), afirmava a necessidade
de adotar uma política de contenção do avanço comunista. A Doutrina
Truman, institucionalizou os EUA, enquanto proteção das democracias
ocidentais.
Em setembro do mesmo ano, os soviéticos criaram a Doutrina Jdanov,
que proclamava a divisão do mundo em dois: imperialista – EUA;
democrático e anti-imperialista – URSS.
Era o início da Guerra Fria, que marcou a consolidação de um mundo
bipolar – mundo capitalista e mundo comunista.

A “questão alemã” e a corrida à formação de alianças militares


Entre 1948 e 1949, na Alemanha houve a unificação administrativa e
monetária das zonas ocupadas pelos americanos, ingleses e franceses.

As potências ocidentais pretendiam edificar uma Alemanha ocidental rica


e capaz de se reafirmar de forma pacifica, como nação livre.

Em oposição, a Alemanha de Leste cada vez mais ruralizada e pobre.

Estaline em retaliação, decretou o bloqueio à zona ocidental da cidade


de Berlim. A impossibilidade dos países ocidentais de chegarem por terra
à cidade de Berlim, levou à organização de uma ponte área, durante 11
meses, que fez chegar produtos, numa manifestação de firmeza do
grande poder tecnológico dos EUA.

O bloqueio acabou por ser levantado, sem problemas de carater militar,


contudo, resultou numa grave crise económica que:

✓ Resultou na divisão da Alemanha em dois estados: República Feral


Alemã – (ocidental) capitalista; República Democrática Alemã – (leste)
socialista;

✓ Verificou as posições expansionistas americanas e soviéticas, com o


objetivo hegemónico na constituição de áreas de influência na europa;

✓ Originou uma intensa corrida ao armamento e a formação dos


primeiros blocos militares e económicos antagónicos.

O mundo capitalista
A política de alianças liderada pelos Estados Unidos

• O Plano Marshall e a formação de alianças económicas

Em 1947, acreditando na rápida recuperação económica da Europa, e a


inviabilidade da expansão comunista para o ocidente, foi reforçada a
presença americana no velho continente. O governo americano propôs o
plano Marshall – plano de reconstrução europeia, extensível para os
países comunista (que sob pressão da URSS, recusaram).
O plano Marshall, obriga aos estados beneficiários a aceitarem o controlo
e fiscalização das suas economias pelas autoridades americanas. Para
isso, foi criado em 1948, a primeira aliança económica europeia –
Organização europeia de Cooperação económica (OECE), futura OCDE.

A concretização da unidade em europeia, levou a que em 1950, se


concretizasse a criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço
(CECA) e em 1957, a Comunidade Económica Europeia (CEE) – tratado
de Roma.

• As alianças militares – a pactomania

Em 1949, foi assinado o Pacto do Atlântico Norte, que viria a originar a


OTAN – Organização do
Tratado do Atlântico Norte (NATO, em Inglês), que teve entre outros,
Portugal na sua fundação.

O empenho os EUA, para isolar a URSS, levou o governo americano a


estender a sua política de alianças multilaterais por todo o mundo:

• TIAR – Inter-American Treaty of Reciprocal Assistance – Pacto do


Rio, em 1947;
• Em 1948, a Conferencia de Bogotá – OEA – Organização dos
Estados Americanos;
• Em 1951, o Pacto do pacífico;
• Em 1954 – OTASE – Organização do Tratado da Ásia do Sudeste;
• Pacto de Bagdade – médio oriente, em 1955, deu origem da
CENTO – Organização do Tratado Central.

A formação destas alianças político-militares e a celebração de acordos


bilaterais entre países aliados, levou ao estabelecimento de bases
militares em pontos estratégicos, para controlar a ameaça comunista.

A prosperidade económica do mundo capitalista e a sociedade de


consumo

Entre 1945 e 1973, foi um tempo de crescimento económico sem


precedentes.
• Os “trinta gloriosos”

“Trinta gloriosos”, foi um tempo de crescimento acelerado da economia,


com origem nos EUA e que se estendeu aos restantes países
capitalistas.

• Aumento espantoso da produção de bens e serviços – o produto


nacional bruto mundial disparou;
• Produtividade agrícola quadruplicou – devido às técnicas de
exploração da terra e o recurso à maquinização;
• Produção de energia – eletricidade, petróleo e gás natural disparou;
• Produção industrial de bens de consumo cresceu múltiplas vezes;
• Momentos de progressos tecnológicos – aviação comercial,
astronáutica, indústria eletrónica, telecomunicações e informática;
• Revolução no desenvolvimento dos transportes terrestres e aéreos,
crescimento das trocas comerciais a nível mundial.

• Os fatores de crescimento Fatores de intensificação da procura:

• Surto demográfico – Baby-boom – aumento da natalidade, em


meados dos anos 60, que se traduziu no aumento significativo do
mercado consumidor;
• Liberalização das trocas comerciais – diminuição das barreiras
alfandegárias, proporcionou a internacionalização das trocas
comerciais;
• Intervenção do Estado na promoção da qualidade de vida dos
cidadãos – a recuperação económica dos países aliados, devido à
ajuda americana, proporcionou a melhoria das condições de vida
das populações e no aumento do poder de compra;

Fatores de intensificação da resposta do setor produtivo:


• A mão de obra disponível cresceu – em quantidade e qualidade
(mais qualificados);
• A disponibilidade de capitais – reinvestimento em novos e modernos
empreendimentos industriais;
• Novo capitalismo industrial – caracterizado pelo aumento da
concentração industrial e na formação de poderosas multinacionais,
oferecendo toda uma panóplia de produtos para os consumidores;
• ✓ Aceleração do progresso científico e tecnológico.
• A sociedade de consumo

A sociedade de consumo, é o tipo de sociedade que se caracteriza por


elevados índices de consumo, de bens e de serviços muito necessários,
mas sobretudo de bens e de serviços supérfluos.

Este foi o tipo de sociedade que se afirmou nos “trinta gloriosos” anos, no
mundo capitalista.

Todo o consumo foi estimulado por a criação de grandes centros


comerciais e vendedores de porta, que recorriam a sofisticadas técnicas
de publicidade e marketing.

Havia a conceção de crédito para a compra de produtos.

A afirmação do Estado-Providência

• A ascensão do socialismo reformista

A seguir à guerra surgiram partidos defensores de políticas reformistas e


intervencionistas, inspiradas na social-democracia e na democracia-
cristã.
• Social-democracia – defende a construção de uma sociedade
socialista através de processos reformistas e democráticos, propõe
a conciliação entre os princípios da livre concorrência, com a
intervenção do Estado, que deve intervir no controlo dos setores-
chave da economia e adotar políticas fiscais que favoreçam a
melhor distribuição da riqueza;
• Democracia-cristã – insere-se na moralidade cristão e na doutrina
social da igreja, concilia o espírito laico da democracia com os
valores do cristianismo.

Estas duas ideias encontram nos problemas económicos e sociais


causados pela guerra a necessidade de travar o agravamento dos
mesmos.

Os governantes eleitos devem passar a assumir um papel mais


interventivo na vida económica e social, de forma a promover e
assegurar o bem-estar dos cidadãos e promover uma maior justiça
social.


• O Estado-Providência

O estado-providência foi instituído nos anos 30, como resposta à crise


económica e ganhou um novo impulso.

Os países capitalistas desenvolvem as conceções de Keynes, com o


objetivo de intervir na resolução das dificuldades económicas.

O estado afirma-se como elemento equilibrador e organizador da


economia, bem como promotor da justiça social. Constituiu-se como
grande empregador, concorrendo contra a iniciativa privada na criação
de postos de trabalho.

O estado funciona como patrão, ao fornecer investimentos públicos:

✓ Promover e financiar grandes obras publicas;


✓ Aumentar os funcionários da administração publica e do aparelho
militar;

✓ Participar no setor privado.

O estado funciona como elemento regulador, sem criar uma planificação


rígida da economia, intervém:

• Na nacionalização de setores vitais da economia – setor energético,


setor siderúrgico e metalúrgico, setor financeiro e de transportes;
• No controlo da produção industrial privada – estabelecendo o
equilíbrio entre a oferta e a procura;
• No estabelecimento de horários de trabalho;
• Na fixação de níveis salariais – impedir os abusos dos privados;
• Na supervisão – definição de regras claras do funcionamento do
mercado financeiro;
• Na definição de políticas fiscais – promover uma maior justiça
social.

Como promotor da justiça social, o estado deve redistribuir mais equativa


a riqueza nacional, canalizando-a para a promoção da qualidade de vida
dos cidadãos mais desfavorecidos.
Os governos adotam sistemas de tributação para que o estado possa
absorver uma parte dos rendimentos dos mais ricos, para garantir as
necessidades básicas dos cidadãos. Para isso é instituído um sistema de
serviço social.

É do dever do estado;
• Acautelar as situações de desemprego, doença, velhice e acidente,
para ajudar sob a forma de subsídios;
• Garantir serviços públicos de educação, saúde e habitação;
• Promover uma melhor qualidade de vida, através de ajudas
financeiras – ao nascimento, na educação, no casamento e nos
óbitos, bem como a instituição de um salário mínimo.

O mundo comunista
O expansionismo soviético na Europa

• Mecanismo de domínio

Como consequência da intervenção americana nas economias europeias


(ocidentais), foi confirmado o clima de guerra fria, pela intensificação da
influência soviética nos países de leste:

• Influencia política – COMIFORM – organização internacional dos


partidos comunistas;
• Influencia económica – COMECON – conselho de assistência
mútua, na qual eram concedidas ajudas financeiras;
• Influencia militar – Pacto de Varsóvia – em resposta à formação da
NATO.

• A formação das democracias populares


O COMINFORM, o COMECON e o Pacto de Varsóvia, foram
instrumentos de domínio dos países que formavam a “cortina de ferro”.

Após a derrota do nazismo, a URSS, reclamou o direito de intervir


diretamente na reorganização económica e política do estado por si
libertados, como forma de compensar materialmente a sua intervenção
na guerra.

Contudo, com as conferencias de paz, muitos países de leste aderiram


ao modelo parlamentar ocidental, em que os partidos comunistas eram
minoritários.
Os partidos comunistas ascenderam ao poder pela via democrática,
apesar de Jdanov defender a instituição de democracias populares à
força.

As democracias populares eram a transição entre a democracia


parlamentar e o centralismo democrático, continuava a existir o
pluripartidarismo e eleições livres.
Os partidos comunistas foram impondo gradualmente o domínio do
estado e transformando as democracias liberais em democracias do tipo
soviético.

• 1º partido comunista formava uma coligação para formar um


governo de esquerda, na qual comandava os ministérios mais
importantes;
• 2º Utilizava o poder para criar sindicatos e milícias armadas, para
pressionar a oposição liberal;
• Após perderem a sua influência política (oposição liberal), foi se
remetendo à inoperância política;
• 3o e por fim, o poder torna-se propriedade exclusiva dos
trabalhadores, tutelada pelo partido comunista.

O expansionismo soviético na Ásia

• O apoio aos movimentos comunistas asiáticos

Sob inspiração marxista, em 1945, originava-se a formação da República


Popular da China e a independência da indochina.

Com o apoio da URSS, arrancou a revolução industrial na república


popular da china em outro de 1949.

O governo chines adotou o modelo político estalinista, de acordo com o


tratado “amizade, aliança e assistência mutua” celebrado em 1950.
A china lança o processo de transição para o socialismo, adotando os
planos quinquenais, para o desenvolvimento industrial e a coletivização
agrícola, através da constituição de cooperativas socialistas.

A formação e fortalecimento dos partidos comunistas por parte da URSS,


que encabeçaram o processo de libertação da Indochina.


• A questão da Coreia

Com os interesses dos Japoneses e dos americanos ameaçados,


intervieram imediatamente em apoio ao governo sul coreano
(anticomunista), e iniciaram bombardeamentos sobre as tropas norte-
coreanas, que eram apoiadas por um exército soviético.

No fim, confirmou-se a divisão da península da Coreia, na República


Democrática da Coreia – Sul, com apoio dos EUA; e na República
Popular da Coreia do Norte – Norte, com apoio da URSS.
A influência soviética na evolução política da América Latina e no
continente africano

• A importância de Cuba na irradiação do comunismo na América do Sul

A 1 de janeiro de 1959, em cuba, um grupo revolucionário, sob o


comando de Fidel Castro, inicia um ato revolucionário e constitui um
governo revolucionário de tendências socialistas.

Cuba passa a aproximar-se militarmente da URSS e deu início à


nacionalização das principais empresas americanas sediadas na ilha de
cuba.
O governo dos EUA passa a apoiar os opositores de Fidel Castro, que
organizam um golpe contrarrevolucionário em 1961, que acaba por
fracassar.

Em resposta, a URSS, faz deslocar para Cubas rampas de lançamento


de misseis nucleares, que foram descobertos pela aviação norte
americana no ano seguinte e foi considerado uma provocação *a paz e
estabilidade mundial.
O governo dos EUA veio a exigir a retirada dos misseis, que se veio a
concretizar, bem como o desmantelamento das bases militares. O
governo americano suspendeu o bloqueio imposto à ilha e prometeu
respeitar o governo revolucionário.
Cuba foi um bastião do comunismo e o ponto de partida das grandes
investidas soviéticas.


• A presença soviética em África

Che Guevara, deslocou-se de cuba até às savanas africanas, com o


objetivo de apoiar os movimentos independentistas, e assim conseguir
organizar o poder segundo as propostas marxistas em países como
Angola e Moçambique.

Opções e realizações da economia de direção central

A segunda guerra mundial interrompeu os sucessos económicos e a


quebra da produção industrial, o que se veio a verificar na degradação da
situação económica da URSS.

• A ação de Estaline
Estaline veio a retomar o modelo de economia planificada, com a
concretização de novos planos quinquenais.

IV plano – desde o fim da guerra até 1950:

• Desenvolvimento da indústria pesada – relançamento dos setores


hidroelétricos e siderúrgicos;
• Investigação científica – produção de armamento e conquista do
espaço.

V plano – 1950 até 1955:

✓ Preocupação de dotar a União Soviética de um poderoso setor


industrial;

✓ Desenvolvimento dos meios de comunicação.

Sucesso do programa de industrialização:

✓ 1949 – URSS produziu a bomba atómica;


✓ 1957 – Primeiro satélite artificial;
✓ Finais da década de 50 – segunda potência industrial do mundo.

A orientação económica de Estaline não se preocupou com a produção


de bens de consumo e foi incapaz de repor os níveis de produtividade
para proporcionar o bem-estar das populações.
Os excessos do centralismo e do aparelho burocrático constituíram um
bloqueio à capacidade de crescimento da União soviética.
• A ação de Kruchtchev (1953-1964)

Em 1959, a política de desestalinização assume como prioridade o


aumento da produção de bens de consumo – industriais e agrícolas.

A economia também foi organizada por planos com uma duração de 7


anos, que eram anualmente ajustáveis.

• A política de Brejnev (1964-1982)

Brejnev regressa ao centralismo e dá prioridade à indústria militar.


Brejnev confirma os excessos da burocracia e o aumento incontrolado da
corrupção na URSS.

A escalada armamentista e o início da era espacial


A corrida ao armamento

A nova escalada armamentista aconteceu num momento de grandes


progressos científicos e técnicos.

O desenvolvimento científico e a sua colocação ao serviço do setor


militar levou a que Estaline assistisse à explosão da primeira bomba
atómica de produção soviética.

Em 1953, os americanos conseguiram a bomba de hidrogénio, que mais


tarde os soviéticos também conseguiram produzir, e assim sucedeu-se a
bomba de neutrões, armas químicas, aviões supersónicos, submarinos
nucleares ... à medida que os americanos produziam uma nova arma os
soviéticos replicavam no mais curto espaço tempo possível.
As relações internacionais passaram a ser condicionadas pelo terror
nuclear, que nunca chegou a acontecer.

O poder nuclear acabou por ser somente uma arma de medo, contudo
nunca chegou a originar nenhum conflito armado.

A liderança soviética na corrida ao espaço

Na década de 50, assistiu-se ao lançamento de satélites artificiais com


potencialidades militares.
A 4 de outubro de 1957, a URSS declara ter colocado em orbita o
primeiro satélite artificial – Sputnik I e assistiu-se ao início da era
espacial.

Os soviéticos acabaram por demonstrar as suas capacidades técnicas e


financeiras.

Passado um mês, a URSS lança o Sputnik II e coloca no espaço a


cadela Laika (primeiro ser vivo no espaço).

Os EUA perante a alteração das forças, leva a que pela primeira vez
durante a Guerra fria, os americanos fossem inferiores à URSS.

Os satélites, para medo dos americanos, podiam transportes armas de


enorme potencial destrutivo, capazes de alcançar o território americano.

A resposta americana

Em 1958, os EUA lançam o Explorer I.

No final dos anos 60, investem na recuperação científica e tecnológica no


domínio aerospacial.
A 20 de julho de 1969, é consumada a primeira viagem tripulada à lua,
entre os astronautas Neil Armstrong.

Os resultados

Provou-se não ser apenas com objetivos militares, a conquista espacial


proporcionou uma grande quantidade de conhecimento sobre a terra e
sobre o universo envolvente.

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