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Estados Unidos Contemporâneo

basicamente sobre às estratégicas político-militares, sua soberania territorial e à


expansão de sua área de influência econômica e cultural

(VIDEO) Atualmente os Estados Unidos são considerados a principal potência do


mundo, mas essa condição alcançada não ocorreu repentinamente, foram necessários vários
fatores para que este se consolidasse como uma das nações mais importantes do planeta. Hoje
vamos ver o início dessa era contemporânea.

Desde as ações de guerra, com a ampliação de suas capacidades bélicas, o


recrutamento de contingentes militares, disputa ideológica entre seu regime econômico
(capitalismo) até a defesa de patrimônio e recursos naturais essenciais ao desenvolvimento
econômico da nação.

Calma lá Dayane, é muita informação! É sim, mas vamos destrinchar tudo devagar ao
longa da sua história. Eu vou mostrar para vocês como isso tudo é cobrado nos vestibulares e
vamos praticar isso com alguns exercícios ao final dessa aula. Bora lá!

 DA INDEPENDÊNCIA A POTÊNCIA MUNDIAL

Nas duas primeiras décadas do século XIX, a jovem nação americana, ainda em
formação, corria riscos de invasão por potências européias de áreas já incorporadas ao seu
território ou de áreas que viriam a ser incorporadas, como o litoral do Pacífico onde ingleses e
russos penetravam.

O presidente James Monroe reagiu enviando ao Congresso uma declaração — a


Doutrina Monroe — que nunca chegou a ser votada como lei, mais serviu para distintos
propósitos, nos dois últimos séculos, principalmente como justificativa às sucessivas
intervenções na América Latina Estados Unidos se colocavam como tutores de toda a América.

A Doutrina Monroe tem sido, recorrentemente, invocada para justificar ações de


intervenção diversas, seja no "Big Stick" de Theodore Roosevelt (1901) seja nas "Políticas de
Boa Vizinhança" ou "Aliança para o Progresso".

O Big Stick (em português: "grande porrete") Estados Unidos deveriam exercer a sua
política externa como forma de deter as intervenções europeias, principalmente britânicas, no
continente americano. Dessa maneira os EUA assumiriam a liderança dentro do continente. As
intenções dessa diplomacia eram proteger os interesses econômicos dos Estados Unidos na
América Latina. A ideologia do Big Stick levou à expansão da Marinha dos Estados Unidos e a
um maior envolvimento dos Estados Unidos em questões internacionais. Tudo isso conduziu à
"diplomacia do dólar".
Política de boa vizinhança -Sua principal característica foi o abandono da prática
intervencionista adotou-se a negociação diplomática e a colaboração econômica e militar com
o objetivo de impedir a influência européia na região, manter a estabilidade política no
continente e assegurar a liderança norte-americana no hemisfério ocidental.

Aliança para o Progresso -foi um amplo programa cooperativo destinado a acelerar o


desenvolvimento econômico e social da América Latina, ao mesmo tempo que visava frear o
avanço do socialismo nesse continente (proposta oficial do Presidente John F. Kennedy, no seu
discurso de 13 de março de 1961).

À medida que o processo de colonização do Oeste prosseguia, o colono participava de


um compromisso ideológico a que Francis Sullivan denominou, em 1845, de o Destino
Mandesto.

A doutrina do "Destino Manifesto" é uma filosofia que expressa a crença de que o


povo dos Estados Unidos foi eleito por Deus para comandar o mundo, sendo o expansionismo
geopolítico norte-americano apenas uma expressão desta vontade divina.

Representava um desejo, compartilhado pelos colonos de estender a sua


"comunidade" até o Pacífico, intensificavam lhes a fé sobre a superioridade e o destino
glorioso de suas instituições livres, as quais teriam a missão de espalhar-se por todos os vastos
territórios a oeste do Mississippi. Nesse conjunto de idéias vagas cabiam os interesses dos
especuladores de terras, dos colonos ávidos de terras livres e religiosos desejosos de estender
sua atuação missionária para o oeste e para o Pacífico.

A anexação do Texas, a guerra com o México (com a conseqüente incorporação do


vasto oeste) e a atuação na bacia do Pacífico e o domínio do comércio com o Oriente, a partir
dos portos de San Diego, San Francisco e do Puget Sound (já em meados do século XIX)
demonstram bem como esse ideário serviu como justificativa a expansionismos de diversas
naturezas.

Juntando-se a isso as formulações do spencerianismo ou do darwinismo social que


entendiam como natural a expansão dos mais fortes sobre os mais fracos e a missão
civilizatória e cristianizadora do homem branco, além da difusão do progresso à maneira
ocidental, teremos o balizamento moral e ético para as ações geopolíticas que caracterizaram
o final do século XIX.

(continuar)

Guerra de Secessão, também conhecida como Guerra Civil Americana aconteceu entre
1861 e 1865, entre o norte e o sul dos Estados Unidos. Esse conflito trouxe grande destruição,
sobretudo para o sul do país, saldo aproximado de 600 mil mortos. A secessão americana foi
motivada basicamente pelas diferenças existentes entre norte e sul. Os estados do norte eram
caracterizados pelo desenvolvimento manufatureiro, com a existência de pequenas
propriedades agrícolas e predominância do trabalho livre assalariado. O sul, por sua vez, era
caracterizado pela dependência do cultivo agrícola baseado no sistema do plantation, no qual
havia a existência da grande propriedade de terra (latifúndio), baseada na monocultura (em
geral, algodão) e totalmente dependente do trabalho escravo.

teoria do Heartland- Heartland significa, literalmente, Coração da Terra. Mackinder


situou o Heartland na zona territorial que abrange os continentes europeu e asiático, e que
recebe a denominação de Eurásia ou Ilha Mundial.
 UM INTERVENCIONISMO MILITANTE CADA VEZ MAIS PRONUNCIADO
 UMA SUPERPOTÊNCIA. À PROCURA DE UM PAPEL

Primeiramente, surge no século XVII, após a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) uma
configuração na Europa conhecida como um sistema multipolar (O mundo multipolar é uma
nova organização geopolítica, de forma que há distintos centros de poder, exercendo
influência no campo político, econômico e militar), este perdurando até as duas grandes
guerras do século XX, que assinalaram o declínio das grandes potências europeias.

As grandes guerras e a organização geopolítica mundial A 2a Guerra Mundial foi um


conflito armado que envolveu diversos países entre 1939 e 1945, e teve como palco principal o
continente europeu e o Leste/Sudeste Asiático. Com este fato histórico, houve grandes
mudanças no cenário geopolítico internacional, pois envolveu as principais potências
econômicas da época, travada basicamente por dois grupos de países: de um lado, a
Alemanha, a Itália e o Japão (países do Eixo); e, do lado opositor a estes países, estavam os
Estados Unidos, a União Soviética, a Inglaterra e a França (países Aliados).

Passada mais de meia década de intensos combates, os países do Eixo foram


derrotados: primeiramente a Itália (1943), logo depois a Alemanha nazista de Adolf Hitler
(maio de 1945) e, em seguida, o Japão (agosto de 1945). A rendição deste último deu-se após o
lançamento de duas bombas atômicas pelos Estados Unidos nas cidades de Hiroshima e
Nagasaki, ação que colocou fim ao conflito e que também serviu para amedrontar o mundo,
demonstrando o poderio bélico do país norte-americano.

Após a guerra, os grupos confrontantes não existiam mais. No seu lugar, emergiu um
sistema internacional baseado na rivalidade entre os EUA e a URSS (União Soviética). Esse
sistema bipolar distinguia-se do antigo, demonstrando uma rivalidade entre as superpotências
que produziu a divisão geopolítica da Europa e também influenciou, as relações entre os
outros Estados da Ásia, África e América Latina, situação que perdurou, teoricamente, até o
final da década de 1980. Os EUA passaram a liderar o conjunto dos países que se desenvolviam
sob o sistema econômico capitalista; e a URSS, o bloco dos países que aderiram ao sistema
socialista.

A efetivação das áreas de influências geopolítica soviética e norte-americana no


continente europeu (principal alvo das duas superpotências) deu origem à divisão entre
Europa Ocidental (países capitalistas aliados aos EUA) e a Europa Oriental (com países
socialistas aliados à URSS). A partilha dos países derrotados na Segunda Guerra Mundial foi o
início das disputas entre EUA e URSS, como foi no caso da Alemanha.

Na Conferência de Potsdam, realizada meses antes do fim da guerra, os países Aliados


estabeleceram zonas de controle dentro da Alemanha já derrotada. Assim, existiam 4 zonas de
domínio estrangeiro em território alemão, principalmente na capital, Berlim, considerada de
grande importância estratégica. Dessa forma, a Alemanha encontrava-se sob o domínio de três
Estados capitalistas (França, Inglaterra e EUA) e um Estado socialista (URSS), como pode ser
observado na figura. A figura mais evidente da Guerra Fria foi a criação do Muro de Berlim que
demonstrava esta divisão entre capitalistas e socialistas.

A Europa Ocidental e a Europa Oriental, antes de serem espaços definidos pela geografia ou
pela história, foram fruto da geopolítica. A fronteira estratégica representada pela

Cortina de Ferro passou a separar os dois espaços antagônicos da época: o Ocidente capitalista
e o Oriente socialista. A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança militar
criada em 1949 (é uma organização intergovernamental formada por 30 países que se ajudam
mutuamente em termos políticos e militares, garantindo a segurança de seus países-
membros), e a Comunidade dos Estados da Europa (CEE – atual União Europeia) (constituía um
mercado comum, ou seja, uma união econômica plena entre os países constituintes.
Estabelecia uma união aduaneira (ou seja, tarifa externa comum e a livre circulação das
mercadorias oriundas dos países associados) e uma política unificada de regulamentação de
circulação de capital, bens, produtos e serviços). funcionaram como pilares da Europa
Ocidental. O Pacto de Varsóvia, aliança militar fundada em 1955(criando um compromisso de
ajuda mútua em caso de agressões militares e legalizando na prática a presença de milhões de
militares soviéticos nos países do leste europeu), e o Conselho Econômico de Assistência
Mútua (Comecon), estabelecido em 1949, funcionaram como pilares da Europa Oriental
(visava a integração econômica das nações do Leste Europeu e o impedimento do avanço do
Plano Marshall sobre a região). Com a exceção de alguns Estados neutros de economia
capitalista (Ex.: Suíça) e da Iugoslávia e Albânia, todos os demais países do continente
colocaram-se à sombra das superpotências (MAGNOLI & ARAÚJO, 2005).

Caracterizada por conflitos indiretos, a Guerra Fria foi marcada pelas disputas entre os blocos
capitalistas e socialistas.

Os EUA, que viam o fortalecimento político e militar soviético como uma séria ameaça à sua
hegemonia no mundo, passaram a criar estratégias que pudessem impedir a expansão do
movimento socialista na Europa e na Ásia. Entre essas estratégias, destacou-se o chamado
Plano Marshall, que, a partir de 1947, passou a destinar recursos financeiros para a
recuperação econômica dos países europeus afetados pelas guerras.

Com o capital investido pelos EUA, boa parte dos países europeus conseguiu reerguer sua
infraestrutura interna. E, com a condição de grande credor destes países, possibilitou aos
norte-americanos colocar as nações europeias em uma situação subordinada aos seus
interesses estratégicos durante muitos anos. Como resposta a esta investida dos EUA, a URSS
efetivou sua influência sobre os países do Leste Europeu apoiando o estabelecimento de
governos com a orientação socialista, utilizando muitas vezes suas forças militares para tal.

O envolvimento em conflitos regionais e a formação de alianças militares levaram as duas


superpotências a uma acirrada corrida armamentista, como forma de alcançar um equilíbrio
de poder em escala mundial. Ambas acreditavam que, quanto mais bem equipadas
militarmente, mais protegidas estariam de qualquer ofensiva inimiga. Os gigantes arsenais
bélicos desenvolvidos durante a corrida armamentista foram instalados nos territórios das
superpotências nucleares, assim como nos países com os quais firmaram tratados, além de
pontos considerados estratégicos.

As rivalidades e disputas entre EUA e URSS também marcaram o esporte mundial. Nos jogos
olímpicos, a maior manifestação esportiva envolvendo os países do mundo, a busca por
medalhas parecia indicar a busca pela superioridade ideológica. Os boicotes aos jogos também
marcaram a influência política no esporte. Os norte-americanos não participaram das
Olimpíadas de Moscou (1980) em protesto à invasão do Afeganistão pela URSS. Ocorreu o
contrário nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984. (BOLIGIAN & ALVES, 2004).

Durante a Guerra Fria, não existiram confrontos diretos entre EUA e URSS. Porém, entre seus
aliados, o que não faltaram foram conflitos internos e regionais: a Guerra da Coreia (1950-
1953), a crise da Hungria (1956), Macartismo (década de 1950), o movimentos dos não-
alinhados (1955-1956), a Guerra do Vietnã (1960-1975), a crise de Cuba (1959- 1962), a
Primavera de Praga (1968), conflito entre China e URSS (década de 1960), dentre muitos
outros.

Fim da Guerra Fria: “nova ordem” multipolar mundial

Em meados da década de 1970, a URSS já dava sinais claros de esgotamento econômico.


Diversos fatores contribuíram para essa situação/ a excessiva burocratização e a estrutura
centralizadora do Partido Comunista, que controlava o Estado, o setor tecnológico tornou-se
obsoleto e de baixa qualidade em relação ao restante do mundo, a dificuldade do diálogo
dentro do partido socialista, as insatisfações dos Estados, que resistiam fortemente à tentativa
da imposição dos padrões russos, a queda da produtividade agrícola, dentre outros.

Com o início da crise na URSS, em 1985/, Mikhail Gorbatchev assumiu o governo e iniciou um
amplo programa de reformas, dentre os principais, destacam-se a Perestroika (reestruturação
econômica) e a Glasnost (transparência política marcada pela flexibilização das restrições
políticas na tentativa de incentivo da participação popular na tomada das decisões política dos
países). No entanto, esses programas foram insuficientes, pois surgiram tardiamente, quando
os problemas haviam se tornado demasiadamente graves e a situação do país mostrava-se
cada vez mais complicada (BOLIGIAN & ALVES, 2004).

Somaram-se a esses problemas as fortes pressões exercidas pelos EUA e por outras potências
capitalistas para a abertura política e econômica, e a democratização dos países socialistas. O
aprofundamento da crise, em 1991, culminou na extinção da URSS, colocando, assim, um
“ponto final” na Guerra Fria e na ordem geopolítica mundial bipolar.

Com o final da Guerra Fria, ocorreu uma mudança substancial no cenário mundial, no qual o
poder estratégico concentra-se nos EUA, mas existiam diversos grandes polos de poder
econômico. Os EUA dispõem, nesta época, de influência geopolítica e poderio bélico
inigualáveis, tornando-se a superpotência global. Entretanto a economia global torna-se
policêntrica, formando polos concorrentes nas finanças e no comércio internacional: EUA,
União Europeia (antiga CEE) e a Ásia Oriental com o Japão como centro.

O presidente norte-americano da época, George Bush, aproveitou a desagregação da URSS,


em 1991, para proclamar uma “nova ordem mundial”, que estaria fundamentada no poder
incontestado dos EUA. Porém os conflitos nacionais pós-Guerra Fria e as desigualdades entre
Norte e Sul, impulsionadas pelo fenômeno da globalização, revelaram os elementos de uma
verdadeira “desordem mundial” (MAGNOLI & ARAÚJO, 2005).

A Nova Ordem está vinculada aos interesses dos Estados Unidos. Detentor da maior economia
mundial, o país desenvolveu durante a Guerra Fria todo um arcabouço técnico para aumentar
a sua influência econômica, cultural e militar ao redor do globo. A ordem política e econômica
atual repousa em duas bases interligadas. Um de seus fundamentos é uma distribuição do
poder militar essencialmente assimétrica que confere uma influência política extraordinária
aos Estados Unidos. Já o segundo fundamento reside na clara supremacia do dólar, a principal
moeda internacional.

A capacidade de investir pesadamente em armamentos sofisticados sem constrangimentos


externos significativos depende da centralidade de Wall Street e dos títulos públicos
americanos na alta finança internacional. Esta, por sua vez, por penetrar no interior das
diversas sociedades civis, ajuda a sustentar, de dentro para fora, o status quo da política
internacional, amarrando um conjunto complexo de interesses privados ao dólar que, deste
modo, permanece sólido tanto em sua dimensão privada quanto pública.

Antes de mais nada, é fundamental descrever sinteticamente o padrão geral de crescimento


econômico inaugurado na década de 1990. Do ponto de vista interno à economia americana, o
investimento se aglutinou no processo de concentração dos grandes varejistas (o Walmart e a
Amazon são os casos mais emblemáticos), na indústria do entretenimento (não apenas o
cinema e a televisão, mas também jogos eletrônicos e aplicativos) e no setor de Pesquisa e
Desenvolvimento.

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