Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Calma lá Dayane, é muita informação! É sim, mas vamos destrinchar tudo devagar ao
longa da sua história. Eu vou mostrar para vocês como isso tudo é cobrado nos vestibulares e
vamos praticar isso com alguns exercícios ao final dessa aula. Bora lá!
Nas duas primeiras décadas do século XIX, a jovem nação americana, ainda em
formação, corria riscos de invasão por potências européias de áreas já incorporadas ao seu
território ou de áreas que viriam a ser incorporadas, como o litoral do Pacífico onde ingleses e
russos penetravam.
O Big Stick (em português: "grande porrete") Estados Unidos deveriam exercer a sua
política externa como forma de deter as intervenções europeias, principalmente britânicas, no
continente americano. Dessa maneira os EUA assumiriam a liderança dentro do continente. As
intenções dessa diplomacia eram proteger os interesses econômicos dos Estados Unidos na
América Latina. A ideologia do Big Stick levou à expansão da Marinha dos Estados Unidos e a
um maior envolvimento dos Estados Unidos em questões internacionais. Tudo isso conduziu à
"diplomacia do dólar".
Política de boa vizinhança -Sua principal característica foi o abandono da prática
intervencionista adotou-se a negociação diplomática e a colaboração econômica e militar com
o objetivo de impedir a influência européia na região, manter a estabilidade política no
continente e assegurar a liderança norte-americana no hemisfério ocidental.
(continuar)
Guerra de Secessão, também conhecida como Guerra Civil Americana aconteceu entre
1861 e 1865, entre o norte e o sul dos Estados Unidos. Esse conflito trouxe grande destruição,
sobretudo para o sul do país, saldo aproximado de 600 mil mortos. A secessão americana foi
motivada basicamente pelas diferenças existentes entre norte e sul. Os estados do norte eram
caracterizados pelo desenvolvimento manufatureiro, com a existência de pequenas
propriedades agrícolas e predominância do trabalho livre assalariado. O sul, por sua vez, era
caracterizado pela dependência do cultivo agrícola baseado no sistema do plantation, no qual
havia a existência da grande propriedade de terra (latifúndio), baseada na monocultura (em
geral, algodão) e totalmente dependente do trabalho escravo.
Primeiramente, surge no século XVII, após a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) uma
configuração na Europa conhecida como um sistema multipolar (O mundo multipolar é uma
nova organização geopolítica, de forma que há distintos centros de poder, exercendo
influência no campo político, econômico e militar), este perdurando até as duas grandes
guerras do século XX, que assinalaram o declínio das grandes potências europeias.
Após a guerra, os grupos confrontantes não existiam mais. No seu lugar, emergiu um
sistema internacional baseado na rivalidade entre os EUA e a URSS (União Soviética). Esse
sistema bipolar distinguia-se do antigo, demonstrando uma rivalidade entre as superpotências
que produziu a divisão geopolítica da Europa e também influenciou, as relações entre os
outros Estados da Ásia, África e América Latina, situação que perdurou, teoricamente, até o
final da década de 1980. Os EUA passaram a liderar o conjunto dos países que se desenvolviam
sob o sistema econômico capitalista; e a URSS, o bloco dos países que aderiram ao sistema
socialista.
A Europa Ocidental e a Europa Oriental, antes de serem espaços definidos pela geografia ou
pela história, foram fruto da geopolítica. A fronteira estratégica representada pela
Cortina de Ferro passou a separar os dois espaços antagônicos da época: o Ocidente capitalista
e o Oriente socialista. A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança militar
criada em 1949 (é uma organização intergovernamental formada por 30 países que se ajudam
mutuamente em termos políticos e militares, garantindo a segurança de seus países-
membros), e a Comunidade dos Estados da Europa (CEE – atual União Europeia) (constituía um
mercado comum, ou seja, uma união econômica plena entre os países constituintes.
Estabelecia uma união aduaneira (ou seja, tarifa externa comum e a livre circulação das
mercadorias oriundas dos países associados) e uma política unificada de regulamentação de
circulação de capital, bens, produtos e serviços). funcionaram como pilares da Europa
Ocidental. O Pacto de Varsóvia, aliança militar fundada em 1955(criando um compromisso de
ajuda mútua em caso de agressões militares e legalizando na prática a presença de milhões de
militares soviéticos nos países do leste europeu), e o Conselho Econômico de Assistência
Mútua (Comecon), estabelecido em 1949, funcionaram como pilares da Europa Oriental
(visava a integração econômica das nações do Leste Europeu e o impedimento do avanço do
Plano Marshall sobre a região). Com a exceção de alguns Estados neutros de economia
capitalista (Ex.: Suíça) e da Iugoslávia e Albânia, todos os demais países do continente
colocaram-se à sombra das superpotências (MAGNOLI & ARAÚJO, 2005).
Caracterizada por conflitos indiretos, a Guerra Fria foi marcada pelas disputas entre os blocos
capitalistas e socialistas.
Os EUA, que viam o fortalecimento político e militar soviético como uma séria ameaça à sua
hegemonia no mundo, passaram a criar estratégias que pudessem impedir a expansão do
movimento socialista na Europa e na Ásia. Entre essas estratégias, destacou-se o chamado
Plano Marshall, que, a partir de 1947, passou a destinar recursos financeiros para a
recuperação econômica dos países europeus afetados pelas guerras.
Com o capital investido pelos EUA, boa parte dos países europeus conseguiu reerguer sua
infraestrutura interna. E, com a condição de grande credor destes países, possibilitou aos
norte-americanos colocar as nações europeias em uma situação subordinada aos seus
interesses estratégicos durante muitos anos. Como resposta a esta investida dos EUA, a URSS
efetivou sua influência sobre os países do Leste Europeu apoiando o estabelecimento de
governos com a orientação socialista, utilizando muitas vezes suas forças militares para tal.
As rivalidades e disputas entre EUA e URSS também marcaram o esporte mundial. Nos jogos
olímpicos, a maior manifestação esportiva envolvendo os países do mundo, a busca por
medalhas parecia indicar a busca pela superioridade ideológica. Os boicotes aos jogos também
marcaram a influência política no esporte. Os norte-americanos não participaram das
Olimpíadas de Moscou (1980) em protesto à invasão do Afeganistão pela URSS. Ocorreu o
contrário nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984. (BOLIGIAN & ALVES, 2004).
Durante a Guerra Fria, não existiram confrontos diretos entre EUA e URSS. Porém, entre seus
aliados, o que não faltaram foram conflitos internos e regionais: a Guerra da Coreia (1950-
1953), a crise da Hungria (1956), Macartismo (década de 1950), o movimentos dos não-
alinhados (1955-1956), a Guerra do Vietnã (1960-1975), a crise de Cuba (1959- 1962), a
Primavera de Praga (1968), conflito entre China e URSS (década de 1960), dentre muitos
outros.
Com o início da crise na URSS, em 1985/, Mikhail Gorbatchev assumiu o governo e iniciou um
amplo programa de reformas, dentre os principais, destacam-se a Perestroika (reestruturação
econômica) e a Glasnost (transparência política marcada pela flexibilização das restrições
políticas na tentativa de incentivo da participação popular na tomada das decisões política dos
países). No entanto, esses programas foram insuficientes, pois surgiram tardiamente, quando
os problemas haviam se tornado demasiadamente graves e a situação do país mostrava-se
cada vez mais complicada (BOLIGIAN & ALVES, 2004).
Somaram-se a esses problemas as fortes pressões exercidas pelos EUA e por outras potências
capitalistas para a abertura política e econômica, e a democratização dos países socialistas. O
aprofundamento da crise, em 1991, culminou na extinção da URSS, colocando, assim, um
“ponto final” na Guerra Fria e na ordem geopolítica mundial bipolar.
Com o final da Guerra Fria, ocorreu uma mudança substancial no cenário mundial, no qual o
poder estratégico concentra-se nos EUA, mas existiam diversos grandes polos de poder
econômico. Os EUA dispõem, nesta época, de influência geopolítica e poderio bélico
inigualáveis, tornando-se a superpotência global. Entretanto a economia global torna-se
policêntrica, formando polos concorrentes nas finanças e no comércio internacional: EUA,
União Europeia (antiga CEE) e a Ásia Oriental com o Japão como centro.
A Nova Ordem está vinculada aos interesses dos Estados Unidos. Detentor da maior economia
mundial, o país desenvolveu durante a Guerra Fria todo um arcabouço técnico para aumentar
a sua influência econômica, cultural e militar ao redor do globo. A ordem política e econômica
atual repousa em duas bases interligadas. Um de seus fundamentos é uma distribuição do
poder militar essencialmente assimétrica que confere uma influência política extraordinária
aos Estados Unidos. Já o segundo fundamento reside na clara supremacia do dólar, a principal
moeda internacional.