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1. ANDREW KARYBKO
Andrey Korybko, é analista político americano, baseado na Rú ssia, jornalista da Sputnik News,
conselheiro e membro do Conselho de Especialistas do Instituto de Estudos e Previsõ es
Estratégicas, uma seçã o especializada da Universidade da Amizade dos Povos da Rú ssia
Esta é a primeira vez que as Revoluçõ es Coloridas sã o analisadas por um prisma geopolítico, e isso
traz uma maneira completamente diferente de ver a utilizaçã o dessa arma. Esse novo paradigma é
absolutamente essencial para entender a nova abordagem dos EUA para a mudança de regime e a
forma, tanto física quanto geopolítica, que deverá assumir nos pró ximos anos
Para Clausewitz (1984, p.75) “guerra é, portanto, um ato de força para obrigar
o nosso inimigo a fazer a nossa vontade”. Por meio dessa frase, o pensador
prussiano estabelece uma importante relação, explicando que a guerra, por não ser
autônoma, é a extensão da política.
A política, por sua vez, determina o caráter da guerra e, ao estabelecer as
condições de como ela será travada, se mostra em um nível condutor com maior
hierarquia. Nesse contexto, emerge a máxima do autor “a guerra é meramente a
continuação da política por outros meios” (CLAUSEWITZ, 1984, p. 91). Desse modo,
o pensador prussiano deixa clara sua idéia de que a guerra é vista como ato ou
instrumento da política
2. APRESENTAÇÃ O
A partir do 2010 uma onde de protestos emergiu no mundo á rabe:
Tunísia > Argélia >> Jordâ nia, Egito e Iêmen > PRIMAVERAS Á RABES
Depois se espalhou com CARACTERÍSTICAS SEMELHANTES
o Europa Central e Leste
o América Latina >> Brasil
ONGs, think thanks e veículos de comunicaçã o >> SAUDARAM as ondas de protestos
o MOTO COMUM: inexistência de partido ou instrumento político
Defesa de bandeira genéricas e pretensamente universais
Democracia
Liberdade
Até Felicidade
o Movimentos organizados através de REDES SOCIAIS de aparência EXPONTANEA
o E havia um claro aval do governo dos EUA
Neste livro
o Elabora um novo conceito de GUERRA HIBRIDA para entender a TÁ TICA POLÍTICO-
MILITAR dos EUA a fim de SUBSTITUIR GOVERNOS NÃ O ALINHADOS à sua política no
séc XXI
o Diferente da tá tica anterior de invadir militarmente países > desde o SEC XIX e
apoiar GOLPES E DITADURAS militares na América Latina
MAS uma nova CONFIGURAÇÃ O GEOPOLÍTICA exige um novo modelo de guerra INDIRETA
o Ao invés de GOLPE > mudança de REGIME
OPERAÇÕ ES mais econô micas
Menos sensíveis do ponto de vista político >> PEGA MENOS MAL
GUERRA HÍBRIDA = REVOLUÇÕ ES COLORIDAS + GUERRAS NÃ O CONVENCIONAIS
o REVOLUÇÕ ES COLORIDAS
Planejamento de ferramentas de propagandas e estudos psicoló gicos
combinado com o USO DE REDES SOCIAIS
Visando DESESTABILIZAÇÃ O DE GOVERNOS através de:
Manifestaçõ es em massa > reinvidaçõ es abstratas de democracia,
liberade, corrupçã o, etc.
Fagulha para CONFLITO INTERNO da sociedade
GOLPE BRANDO > soft coup
o CASO SEJA INSUFICIENTE
Avança-se para um está gio de GUEERA NÃ O CONVENCIONAL
Combate por forças nã o regulares > MILÍCIAS, GUERRILHAS OU
INSURGÊ NCIAS
Momento do GOLPE MAIS RIGIDO
Quanto mais pró ximas dos países alvo > MENORES CHANCES DE GUERRA
DIRETA
Para elaborar a tese, o autor recorre a GEOPOLÍTICA DA EURÁ SIA (Rú ssia, China e Irã ) e ao
pensamento militar dos EUA pó s-Guerra Fria para o sec XXI
Foco na Ucrâ nia e na Síria
Euromaidan, 2013 constitui a perfeita aplicaçã o da Guerra Híbrida
o Queda do governo pró -russo
o Manifestaçõ es espontâ neas de multidõ es em locais pú blicos
o Virou um conflito civil > organizaçõ es de extrema-direita paramilitares causaram
centenas de mortes
o Levou ao impeachment do presidente e a substituiçã o por um governo pró -europeu
hostil a Rú ssia conveniente aos interesses dos EUA na regiã o
o PARTE ESTRATÉ GICA da GUERRA INDIRETA a fim de causar INSTABILIDADES
NOS PAÍSES VIZINHOS E FRONTEIRIÇOS como AMEAÇA CONSTANTE AO
VERDADEIRO ALVO> RÚ SSIA
o Similaridades> Oriente Médio >> Venezuela e Brasil
3. INTRODUÇÃ O
Sun Tzu
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o Guerra indireta é uma das formas mais eficazes de combater o inimigo >
VANTAGENS TÁ TICAS
Nã o é necessá rio enfrentá -lo diretamente
Economizar recursos
Coloca o inimigo numa posiçã o defensiva > vulnerá vel a outras formas de
ataque > precisa empreender recursos para se defender
o VANTAGENS ESTRATÉ GICAS
Podem haver restriçõ es políticas e militares que impeçam uma guerra
direta
SÉ C XXI
o Arsenal nuclear + Mundo Multipolar Emergente
IMPÕ E LIMITES ao confronto direto entre grandes potências
Custos políticos e físicos > OPÇAO MENOS ATRATIVA
GUERRA INDIRETA ganha destaque no planejamento estratégico
o No SEC XX a guerra foi marcada por BOMBARDEIROS e TANQUES DE GUERRA,
agora é marcada por MANIFESTANTES E INSURGENTES
o MIDIAS SOCIAS e TECNOLOGIAS AFINS
“As mídias sociais e tecnologias afins substituirão as munições de precisão guiadas como armas de
“ataque cirúrgico” da parte agressora, e as salas de bate-papo online e páginas no Facebook se
tornarão o novo “covil dos militantes””
o conflitos por procuraçã o serã o promovidos na vizinhança dos alvos para
desestabilizar sua periferia.
o Esse novo MODELO PARA TROCA DE REGIME:
Revoluçõ es coloridas + Guerra nã o convencional
Como a Líbia está na extrema periferia da Rússia e do Irã, em últi- ma análise, aplicam-se métodos
diretos para a troca de regime; porém, visto que a Ucrânia e a Síria estão mais próximas dos núcleos-
alvo, tentativas de troca de regime indiretas, por intermédio de revoluções coloridas e guerra não
convencional
MAHAN > pai do pensamento geopolítico > conduçã o da política externa americana
o The Influence of Sea Power Upon History (A influência do poder marítimo na
história) em 1890
o Importâ ncia da estratégia naval na projeçã o da influência mundial
o CONCEITO: controle estratégico do mar projeta controle e influência sobre
outras regiõ es
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o COMO RESPOSTA
MACKINDER
o The Geographical Pivot of History (O pivô geográfico da história)
o Influência do poder EM TERRA > HEARTLAND > Coraçã o da Terra (Rú ssia e
Á sia Central)
PRÉ -CONDIÇÃ O necessá ria para o controle da ILHA MUNDO da
Eurá sia
Definiu o LESTE EUROPEU como PORTA DE ENTRADA para o
heartland
1919 que “aquele que controla o Leste Europeu comanda o heartland; aquele que controla o heartland
comanda a ilha-mundo; aquele que controla a ilha-mundo comanda o Mundo”.
A aná lise ELEVA A IMPORTANCIA DA RUSSIA NO planejamento
geopolítico mundial e a colocam na mira daqueles que buscam
HEGEMONIA GLOBAL
INNER CRESCENT (margem interna) > regiã o que sofre influencia
direta da HEARTLAND > Europa, Índia, China e Oriente Médio
OUTER SCRECENT (margem externa) > Américas e Oceania
PROMETEÍSMO – PILSUDSKI
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o Saul Cohen levou adiante a teoria de Spykman fazendo uma compraçã o
inter-regional dos Estados da rimland >> SHATTERBELTS
Cinturões fragmentados” numa tradução literal – a definição do conceito é exatamente essa que vem depois
no texto: regiões em conflitos disputadas ou de grande valor para grandes potências.
Os bálcãs eurasiáticos constituem o núcleo interno desse quadrilá- tero (porções do Sudeste
Europeu, Ásia Central e partes do Sul da Ásia, área do Golfo Pérsico e Oriente Médio) [...] além
de suas en- tidades políticas serem instáveis, elas tentam e convidam à invasão de vizinhos mais
poderosos, cada um dos quais está determinado a resistir ao domínio da região por outro. É essa
combinação familiar de vácuo de poder e sucção de poder que justifica a denominação ‘bálcãs
eurasiáticos’.
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o Ápice do pensamento geopolítico estadunidense
Mackinder > localizou a Rússia no heartland
Spykman e Cohen > vunerabilidades
Pilsudski > método de fragmentação
Brzezinski > combinou as teorias para fundamentar a geoestratégia da
primazia dos EUA
o A ideia é instigar o caos periférico e maximizá-la para fins estratégicos
De forma constante >> fluxo caótico
A Russia desequilibrada ficará incapacitada de impedir os planos
hemenônicos dos EUA
o Ascenção novamente de um mundo multipolar
DESAFIO aos EUA
Russia recupera sua capacidade de afirmar seus interesses na Eurásia
EUA obrigados a praticar indiretamente seus métodos de
desestabilização
Campanhas como shock and awe de 2003 no Iraque ou a Guerra da
OTAN da Líbia em 2011 são impossíveis de se repteir no Cazaquistão e
na Ucrânica devido as circunstâncias internacionais e aos enormes
custos colaterais (físicos, financeiros e políticos)
Então se apostam em campanhas de sabotagem indireta sob a aparência
de movimentos PRÓ-DEMOCRACIA ou CONFRONTOS CIVIS
A “NOVIDADE” desta abordagem é que para ser bem sucedida basta
SEMEAR O CAOS e CRIAR FORÇAS CENTRÍPETAS que ameaçam a
sociedade alvo;
Nã o necessariamente precisa DERRUBAR UM GOVERNO
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Precisa DIVIDIR A SOCIEDADE > incerteza em larga escala e
o caos social faz o resto
Nesse VÁ CUO E SUCÇÃ O (Brzezinski) o ESTADO ALVO precisa
tomar iniciativas dentro das fronteiras do país diretamente
desestabilizado
Esse é obrigado a lidar com o problema, colocando-o na
defensiva estratégica
Ainda mais se com este fizer fronteira > UCRÂ NICA
B. TEORIAS MILITARES
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o No cená rio de guerras nã o convencionais > FOCO NOS 3 ANÉ IS CENTRAIS por
conveniência e eficá cia
o Para o caso das REVOLUÇÕ ES COLORIDAS existem 2 conjuntos de anéis:
SOCIEDADE e INDIVÍDUO
A SOCIEDADE em massa é o alvo neste caso
Como o objetivo é derrubar a liderança do Estado
Unir a populaçã o em um enxame para subjugar as instituiçõ es
publicas que representam o governo
Anel externo une-se para atingir o anel interno driblando os
demais
Se as FORÇAS ARMADAS/POLÍCIA vierem a socorro da
liderança e forem bem-sucedidas em repelir a ofensiva, está
armado o cená rio para uma guerra nã o convencional, ainda que
em baixas proporçõ es
ELITE é o 3º anel mais profundo
o Poder de influenciar a mídia e a populaçã o, mas em
geral incapaz de induzir as forças armadas
MÍDIA NACIONAL/INTERNACIONAL
o Grau variado de importâ ncia a depender do Estado-Alvo
o Mas tem efeito sobre a populaçã o
o O segundo alvo: INDIVÍDUO
Movimento que buscar PESCAR O MAIOR NÚ MERO deles antes do início
da desestabilizaçã o
Os anéis sã o diferentes para cada cultura e demografia >> VARIAÇÕ ES
NÚ CLEO: FAMÍLIA
Campanha de operaçã o psicoló gica capaz de mobilizar o
individuo se aproveitando da VULNERABILIDADE para
convencê-lo a aderir ao movimento >> VANTAJOSO
SOCIEDADE >> dizer como se deve evocar estes sentimentos
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o A ideia é que um indivíduo toma uma decisã o depois de Observar a situaçã o,
Orientar-se, Decidir e, entã o, Agir.
o A imprevisibilidade inerente à abordagem indireta dribla o ciclo OODA do alvo
desorientando-o, debilitando assim sua capacidade de tomar as decisõ es certas
e de agir da maneira mais apropriada
o desejam seduzir novos adeptos, elas passam sua mensagem da maneira mais
simples possível para tirar o má ximo proveito do ciclo OODA deles
TEORIA DO CAOS
o Steve Mann, Chaos theory and strategic thought [Teoria do caos e pensamento
estratégico] em 1992
o Caos como sinô nimo de DINAMICA NÃ O LINEAR e aplicá vel SISTEMAS COM
NUMEROS MUITO GRANDES DE PARTES E CONSTANTE TRANSFORMAÇÃ O
EX. sociedade e guerra
o Mas que é possível observar um ASPECTO DE ORDEM PADRONIZADA EM MEIO
AOS CAOS > Sistemas debilmente caó ticos
o Apresenta 4 variá veis
formato inicial do sistema >> SITUAÇÃ O SOCIAL
estrutura subjacente do sistema
coesã o entre os atores
energia de conflito dos atores individuais
Mann afirma que “para mudar a energia de conflito das pessoas – dimi- nuí-la ou
direcioná-la de maneiras favoráveis a nossos objetivos de segurança nacional –
precisamos modificar o software. Como os hackers nos ensinaram, a forma mais
agressiva para modificar um software é usando um ‘vírus’, e o que é a ideologia
senão um vírus de software para seres humanos?”
Em seu âmago, a guerra híbrida é o caos administrado. Ela começa com um vírus que subverte o
sistema social do Estado-alvo, e, se seus enxames e vanguardas pseudo-guerra não convencional
(por exemplo, indivíduos do Pravy-Sektor*)22 não conseguirem tomar o poder pela força ou
intimidar o governo a abdicar por contra própria, então uma guerra não convencional de verdade
tem iní- cio. A etapa final, o início da guerra não convencional, é a nova contribuição complementar
às revoluções coloridas que compõe a teoria da guerra híbrida.
Unidas em um só pacote (como se viu na Síria e, até certo ponto, na Ucrânia), o objetivo derradeiro
da combinação revolução colorida mais guerra não convencional (guerra híbrida) é o caos
sistêmico.
Por fim, o presidente Obama institucionalizou o modelo de liderança velada quando discursou em
West Point no final de maio de 2014. No discurso, ele declara, com destaque, que “os EUA devem
liderar no cenário mundial [...] mas a ação militar dos EUA não pode ser o único – ou sequer o
principal – componente de nossa liderança em todas as ocasiões. Só porque temos o melhor martelo
não significa que todo problema é um prego”
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RESUMO DAS TEORIAS MILITARES
Talvez a inovação mais importante às guerras e a mais rele- vante para as guerras híbridas seja a
teoria do caos. A dinâmica não linear que Steven Mann descreve é o epítome da guerra de quarta
geração, o atual estado amorfo do campo de batalha. Por sua natureza, a teoria do caos visa tirar
proveito do aparentemen- te imprevisível, o que faz dela largamente indireta e totalmente capaz de
neutralizar o ciclo OODA.
No dia 30 de maio de 2000, o Pentágono lançou um docu- mento intitulado Joint Vision: 2020
(Visão Conjunta: 2020).34 Ele visa explicitamente à dominação de espectro total, que define como
ser “persuasivo na paz; decisivo na guerra; proeminente em qualquer forma de conflito”.
“a capacidade das forças dos EUA, operando sozinhas ou junto com aliados, der- rotarem qualquer
adversário e controlarem qualquer situação no espectro das operações militares”
F. William Engdahl publicou um livro em 2009 sobre esse tema no qual comprova que a
prio-
ridade principal dos EUA é obter domínio total nas esferas das Forças Armadas convencionais, das
armas nucleares, da retórica de direitos humanos e outras normas, da geopolítica, do espaço e dos
meios de comunicação.36
O livro de Engdahl dedica um capítulo inteiro ao fenômeno das revoluções coloridas e como elas
são estruturadas institucio- nalmente. Ele também oferece um panorama detalhado de sua história,
do uso de ONGs como organizações de vanguarda e de sua implantação para garantir os interesses
de energia geoes- tratégicos dos EUA.
Assim, as revoluções coloridas tentam ganhar controle sobre aspectos intangíveis, tais como
sociedade, ideologia, psicologia e informação.
Logo, se os bálcãs eurasiáticos são a estratégia, a guerra híbrida é a tática para chegar a eles.
5. OUTRO
Além disso, o advento das mídias sociais oferece uma oportunidade excepcional para
penetrar nas mentes de muitos futuros praticantes desatentos, e ficará demonstrado
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que o Pentá gono está ativamente pesquisando formas de potencializar essa
ferramenta.
A. Os manuais de campo
As revoluçõ es coloridas e a guerra nã o convencional têm seus pró prios manuais de
campo, escritos por Gene Sharp e pelo Exército dos EUA, respectivamente. Esses textos
consagrados proporcionam aos praticantes de cada método a orientaçã o tá tica e
estratégica necessá ria para cumprir com êxito seus objetivos grandiloquentes.
Gene Sharp foca na mentalidade geral do movimento das revolu- çõ es coloridas e de
seus apoiadores, bem como dá conselhos sobre como incentivar indivíduos em cima do
muro a se rebelar contra o governo.
A ideia principal consiste em montar uma rede de ativistas e apoiadores passivos que
permitirá ao movimento ser bem-sucedido uma vez que comece a empenhar-se
oficialmente na tentativa de golpe.
Reunidos esses indivíduos, Sharp entã o recomenda 198 métodos de resistência nã o
violenta que eles podem colocar em prá tica. Esses sã o elaborados com vá rios objetivos
em mente, sejam eles confundir as autoridades, manchar sua legitimidade das mes-
mas, impor adversidades econô micas a elas, gerar uma cobertura midiá tica
internacional favorá vel, e assim por diante.
O TC 18-01, o manual do Exército para a guerra nã o con- vencional, também fala sobre
a necessidade de estabelecer redes sociais de apoio, mas obviamente enfatiza o
preparo para operaçõ es militares e violentas contra o Estado.
Nã o obstante, a espinha dorsal social da guerra nã o convencional ainda é identificada
como imprescindível ao sucesso, e a guerra híbrida levanta a hipó tese de que, se a
populaçã o puder primeiramente tornar-se consciente e defensora das publicaçõ es de
Sharp enquanto se prepara para a revoluçã o colorida, as chances de uma guerra nã o
convencional gerar o apoio popular necessá rio para suas operaçõ es futuras au- menta
vertiginosamente.
Seguindo essa ló gica, as obras de Gene Sharp podem realmente ser vistas de modo a
construir a base psicoló gica para a eventual introduçã o da guerra nã o convencional em
situaçõ es em que a revoluçã o colorida nã o tiver êxito.
Afinal de contas, o TC 18-01 enfatiza que, primeiramente, deve-se fazer um estudo de
viabilidade antes do início da guerra nã o convencional, e, se a populaçã o já tiver sido
doutrinada em larga escala contra o governo e estiver pronta para sacrificar e assumir
as privaçõ es associadas à insurreiçã o armada contra o Estado, o planejamento
operacional pode seguir adiante.
B. Estratégias compartilhadas
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As revo- luçõ es coloridas fazem uso de procuradores políticos e sociais para abalar o tecido
social do Estado-alvo, ao passo que as guerras nã o convencionais usam procuradores
armados para cortar fisicamente a conexã o entre todos os elementos da sociedade.
No que tange à estratégia militar, os dois pilares da guerra híbrida mantêm-se fiéis aos
mesmos conceitos. Ambos sã o mani- festaçõ es da guerra de quarta geraçã o no sentido em
que sã o nã o lineares, indiretos e dinâ micos.
BIG TECH:
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A ASCENSÃ O DOS DADOS E A MORTE
DA POLÍTICA, EVNENY MOROZOV, 2018
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