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REPÚBLICA DO SUDÃO

LIMA, Emilly Vitoria Araujo


1. INTRODUÇÃO

O conflito de Darfur é uma das crises humanitárias mais trágicas e complexas do


século XXI. Localizado na região oeste do Sudão, Darfur tornou-se palco de um conflito
marcado por profundas divisões étnicas, políticas e econômicas. Desde o seu início em
2003, o conflito tem resultado em uma enorme perda de vidas, deslocamentos em massa
e graves violações de direitos humanos.
A situação em Darfur tem despertado a atenção da comunidade internacional, que
tem se mobilizado para buscar soluções e garantir a proteção dos civis afetados por essa
crise. Neste contexto, é fundamental compreender as raízes e as dinâmicas desse
conflito, bem como as implicações que ele acarreta para a população de Darfur e para a
estabilidade regional.

2. CARACTERIZAÇÃO

A República do Sudão é um país localizado na África e tem como sua capital a


cidade de Cartum, atualmente o país tem aproximadamente 45,66 milhões de habitantes,
e tem como sua língua predominante o arabe além de ser multilinguístico, mais de 50%
da população tem como sua religião o islamismo, é importante lembrar que o regime do
país é a democracia, o presidente da República do Sudão é Abdel-Fattah Burhan desde
2019. A moeda usada no país é a Libra Sudanesa, traduzindo para o real o valor chega
ser aproximadamente R$0,85. Os países que fazem fronteira com Sudão: Egito, Líbia,
Eritreia,Etiópia,Sudão do Sul,República Centro-Africana,Chade.

Figura 1: Localização territorial do Sudão

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Fonte: Atlântica sul 2018

O Sudão é o maior país do continente africano com uma área de 2,5 milhões de
quilômetros quadrados. Em sua costa nordeste está o Mar Vermelho. O Sudão tem
aproximadamente 853 quilômetros de litoral e 12 quilômetros de mar territorial. O clima
do Sudão é tropical e úmido no sul e deserto e seco no norte. A estação chuvosa vai de
abril ao início de novembro, mas varia de região para região. A paisagem é caracterizada
por planícies no meio, extremo sul e nordeste, montanhas no oeste e desertos no norte.
É banhado pelo rio Nilo, que corre de sul para norte, e tem como principais afluentes o
Sobat, o Nilo Azul e o Atbara.
O país possui recursos naturais abundantes na forma de petróleo, gás, minério de
ferro, cromo, minério de cobre, zinco, tungstênio, mica, prata e ouro. Além disso, possui
grande potencial hidrelétrico. Nesse sentido, sua coroa é a Barragem de Merowe,
construída no local histórico da cidade de Merowe. O Sudão tem terras agrícolas férteis,
uma grande quantidade de água doce e uma variedade de gado. A produção de petróleo
deu ao Sudão uma certa relevância econômica. A China é o maior comprador do setor
petrolífero e de outros setores econômicos.
A importância do Sudão no campo dos investimentos internacionais aumentou nos
últimos anos devido, por um lado, ao seu crescente potencial econômico e, por outro, aos
abundantes recursos financeiros. Além de sua localização geográfica distinta, o país
também é uma das portas de comércio e investimento mais importantes para o
continente. O país tornou-se um destino de investimentos para empresários de várias
partes do mundo, o que se confirma pelo fato de que, segundo relatórios de organismos
regionais e internacionais, ocupa o segundo lugar na lista dos países mais atrativos para
investimentos. O vermelho representa o socialismo, a luta contra o colonialismo britânico

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e o sangue dos combatentes sudaneses.O branco representa a pureza e o otimismo,o
preto representa o Sudão e a Revolução do Mahdi e triângulo verde representa a
prosperidade, a agricultura e o islamismo.
O Sudão é um país muito heterogêneo com mais de 500 tribos diferentes. Cada
tribo tem sua própria etnia e muitas até têm sua própria língua. Essa diversidade resultou
em uma cultura eclética e fascinante, e quando você adiciona influências externas do
Egito e do domínio colonial britânico à mistura, é seguro dizer que não existe uma
cultura sudanesa única. Tem várias influências diferentes e podem ser vistas em
marcadores culturais, como música, roupas e culinária. O país tem grandes tradições
musicais. Desde os primeiros poetas da resistência sudanesa, como Mahjoub Sharif, que
escapou da prisão, e cerimônias tradicionais de grupos culturais, até influências
ocidentais, como gaita de fole e música de marcha militar, a mistura cultural é única. Hoje,
a música do país continua sendo uma mistura eclética de sons e idiomas nativos que
evoluíram para o rap ocidental e a música folclórica.
Figura 2 : Danças culturais

Fonte: African arguments 2018

Da mesma forma, as roupas sudanesas variam entre grupos culturais e também


entre regiões. No entanto, existem algumas semelhanças nas roupas, já que a maioria
dos sudaneses usa o tradicional jalabiya, uma peça de vestuário larga até o tornozelo.
Outra vestimenta comum a todas as culturas de fusão, semelhante ao jalabiya, mas um
pouco mais formal, com gola e mangas mais curtas.

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3. HISTÓRICO

O conflito teve início em 2003 entre árabes e não-árabes na região de Darfur, no


oeste do Sudão. Eles geralmente se davam bem até que os recursos se tornassem
escassos, então a etnia e a raça se tornaram um fator no conflito, é começa surgir
disputas sobre o acesso a recursos naturais, como pastagens e pontos de água, bem
como invasão de gado (pastoreio em terras agrícolas), fechamento de rotas de rebanho e
gado invadindo. Os rebeldes se levantaram contra o que alegaram ser o desrespeito do
governo sudanês pela região ocidental e sua população não árabe e, em resposta, o
governo equipou e apoiou milícias árabes - mais tarde conhecidas como Janjaweed - para
lutar contra os rebeldes darfur. Nos confrontos entre o governo sudanês, milícias e outros
grupos rebeldes armados, ocorreram massacres, estupros de civis e outras atrocidades.
Como bandeiras, hinos, marchas militares, ícones de líderes políticos e assim por diante.
Identificamos duas áreas sociais nas quais essa violência ocorre: as políticas do sistema
educacional do país e as práticas do governo em relação às mudanças no uso da
linguagem.

Figura 3 : Mapa do Sudão

Fonte: BBC

Na história do país, tiveram várias dificuldades para serem enfrentadas , o que


ficou claro principalmente em constante instabilidade política. Em 1989, o presidente
Omar Hassan Ahmad Al-Bashir assumiu este posto via golpe e era membro da Frente
Nacional Islâmica. Em seu governo, criou-se a Força de Defesa Popular (People 's
Defense Force, DLF, em inglês), iniciando o processo de militarização da população
sudanesa. Da mesma maneira que a DLF, um grupo chamado Saqqara se militarizou e
sua parcela que se localizava a oeste utilizou armamentos para investir contra essas
tribos, com quem disputava território e água em Darfur. São esses saqqara, armados pelo

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próprio governo sudanês, os quais compõem as janjaweed, milícia utilizada para conter a
revolta darfur (residentes de Darfur) no começo de 2003 (PERES, 2016).
Essa revolta eclodiu após a assinatura do acordo de paz do governo com a região
Sul, ainda não independente, o qual ignorou os interesses de outras partes do país.
Portanto, buscava-se chamar a atenção internacional para demonstrar que o acordo
estabelecido não bastava para solucionar as demais crises. A ação visava alcançar um
Sudão mais igualitário e democrático, em que a região deixasse de ser marginalizada.
Vários postos policiais na região de Darfur foram alvos do grupo Darfur Liberation Front
(DLF), que passaria a ser o Sudan Liberation Movement/Army (SLM/A), comandado por
Abdel Al-Wahid. Para realizar essas ações, esteve também presente o grupo Justice and
Equality Movement (JEM), apesar de algumas diferenças entre eles (BADMUS, 2008;
PERES, 2016).

Figura 4 :O caos em Darfur

Fonte: Accord 2016

O governo lançou sua campanha de contra insurgência, colocando em prática uma


tática militar conhecida como ‘processo de vasculhamento’ (combining process), que
mostra a destruição total e completa de vilarejos rurais, frequentemente ateando fogo nos
mesmos, empreendendo ataques tanto aéreos quanto por terra. Como resultado dessa
campanha brutal, que, mais tarde, a administração dos EUA classificou como genocídio,
milhares de homens, mulheres, crianças foram massacradas e víveres destruído
(BRAGA, Camila. 2016, p. 2).
De acordo com Braga (2016, p. 3), “entre 2003 e 2006, o conflito armado em Darfur
provocou a morte por violência direta, fome ou doença, de aproximadamente 350.000

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pessoas e um fluxo de 2 milhões de deslocados internos e refugiados.” Evidentemente, o
confronto chamou a atenção da comunidade internacional. A cobertura de crimes de
guerra da Anistia Internacional e do International Crisis Group em 2003 começou a
chamar a atenção internacional para o conflito de Darfur. No entanto, não foi até Mukesh
Kapila, Residente e Coordenador Humanitário do Sudão, chamar Darfur de "a maior crise
humanitária do mundo" que, em 2004, começou a ser amplamente divulgado na mídia.
Em julho de 2007, o Conselho de Segurança da ONU autorizou a operação conjunta de
manutenção da paz ONU-UA e em 2008, o Tribunal Penal Internacional indiciou o
presidente sudanês Omar al-Bashir por dez acusações de crimes de guerra.
Em 2009, as diversas falhas nas tentativas de selar um acordo de paz na região
levou o Tribunal Penal Internacional (TPI) a emitir, pela primeira vez na história, uma
ordem de prisão contra um presidente em exercício. Cartum (Capital do Sudão) rejeitou a
decisão da Corte e ainda declarou que em represália iria expulsar 13 organizações que
estavam realizando assistência humanitária e dissolver duas ONGs nacionais que
atuavam em Darfur (BRAGA, 2016).
Em 2011, foi realizado um referendo para decidir se o Sudão do Sul deveria se
tornar um país independente do Sudão. O Sudão do Sul, onde a maioria da população
segue uma religião indígena ou o cristianismo, conquistou formalmente a independência
do Sudão (principalmente muçulmano). O país continua devastado pela guerra civil, é o
país menos desenvolvido do mundo e enfrenta uma enorme crise humanitária. A
migração de Darfur evoluiu durante o conflito. Em particular, a migração para a Europa
aumentou a partir de 2014. Jaspars e Buchanan-Smith (2018) descrevem o perigo e o
abuso que Darfur enfrenta em sua fuga pela Líbia para a Europa, inclusive no Reino
Unido. Esse abuso se agravou nos últimos cinco anos. Como antes, essas são áreas
importantes nas quais incentivamos envios.
Em agosto de 2020, o Governo de Transição do Sudão (formado após a derrubada
de Bashir em 2019) assinou um acordo de paz abrangente com o SLM/A e o Movimento
de Justiça e Igualdade. No entanto, as milícias árabes atacam civis sem qualquer
intervenção do governo. O oeste de Darfur, em particular, registrou vários incidentes
graves de violência desde o início de 2021. Centenas de pessoas foram mortas e
dezenas de milhares desalojadas.O Programa Alimentar Mundial informou no ano
passado que 65 por cento da população no oeste de Darfur estava em situação de
insegurança alimentar – a taxa mais alta no Sudão. De acordo com a Human Rights
Watch, nem o governo de transição do Sudão nem os atuais governantes militares

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abordaram de forma significativa as causas profundas da violência em Darfur, incluindo a
marginalização e as disputas pelo controle e acesso à terra e aos recursos
naturais.“Essas falhas contribuíram novamente para a escalada da violência e danos aos
civis” (Human Rights Watch.).

4. ATORES

Os principais atores desse conflito são os grupos milicianos e o governo sudanês


que também tem uma mera participação, logo, é possível compreender os dois principais
grupos de rebeldes e quais as causas que são defendidas por esses grupos.
O governo equipou e apoiou as milícias árabes – que passaram a ser conhecidas
como milícias Janjaweed para lutar contra os rebeldes em Darfur. A milícia teve origem
em meados da década de 1980, quando Darfur passou por tempos devastadores devido a
uma série de fatores, o termo Janjaweed refere-se aos grupos armados dos árabes de
Darfur e Kordofan no oeste do Sudão. Alguns acontecimentos por exemplo: a eclosão da
guerra civil entre o norte e o sul do Sudão, aumento dos fluxos migratórios do Chade,
rebeldes chadianos e atividades militares líbias e enfraquecimento do mecanismo
indígena de solução de controvérsias.
Todos esses acontecimentos contribuíram para criar uma situação em que houve
um colapso da lei e da ordem. Os darfurianos começaram a se armar. Vários grupos
árabes e não árabes formaram suas próprias milícias em legítima defesa.
Janjaweed tem sido usado para se referir a todos os grupos armados árabes,
independentemente de sua origem. Podem ser de origem chadiana, líbia ou outra não
sudanesa, por exemplo. Mas a maioria deles eram árabes de Darfur. A maioria deles
eram pastores de camelo do norte de Darfur que reclamavam da falta de um lugar para
morar (Dar), como os Fur e outros grupos árabes. A fome e a desordem estimularam a
formação de grupos, pois poderiam ocupar terras e repor os animais perdidos.

Figura: 5 Grupo Rebeldes

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Fonte: The News York Times 2008

A militância do governo central do Sudão é impulsionada, em parte, por uma


ideologia que promove uma dualidade polaridade entre “árabes sudaneses” e “africanos
sudaneses”. Os árabes sudaneses são tratados como verdadeiros cidadãos da nação –
verdadeiros sudaneses –, dignos de direitos, capazes de ocupar cargos de poder e
sujeitos idôneos à proteção do Estado. Em total contraste, os africanos sudaneses
recebem um status subordinado – presumivelmente por causa de sua subjugação
histórica como escravos, suas práticas culturais aparentemente estranhas e sua alegada
incapacidade de ocupar posições de liderança. Esse argumento tem um impacto direto na
campanha militar do governo em Darfur. Por exemplo, em conjunto com incentivos
monetários e a atração de cargos de administração.

Estabelecido no começo de 2003 por um grupo de darfurianos educados e


politicamente experientes, muitos deles ex-membros do Partido do Congresso Popular
(PCP) de Hassan Turabi. O Movimento de Justiça e Igualdade (JEM) tinha uma estratégia
de reforma nacional e mudança de regime, usando as atrocidades em Darfur para
deslegitimar o governo de Cartum internacionalmente. Recusou-se a assinar o Acordo de
Paz de Darfur em maio de 2006 e, dois anos depois, ganhou novo apoio em Darfur após
atacar a cidade gêmea de Cartum, Omdurman. Apesar da ampliação de sua base, o
verdadeiro poder político e militar do JEM permanece com o círculo interno de Kobe.
Novamente em 2007 o grupo recusou a participar das negociações em Sirte, na Líbia, o
mesmo discursou que muitas das facções rebeldes convidadas para as negociações
eram militarmente irrelevantes ou representantes do governo. Logo, Khalil fortaleceu suas
forças militares,

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O JEM é agora o grupo rebelde mais forte no terreno e cada vez mais posicionado
para desafiar diretamente as forças sudanesas, mas a falta do poder aéreo que os
militares sudaneses usam contra as forças rebeldes e civis. Recentemente, anunciou que
iria “atacar muito em breve as posições do governo sudanês” em cidades sudanesas não
especificadas e alertou os civis para ficarem longe de “todas as posições militares nas
cidades sudanesas” porque seu ataque é “iminente”. Embora obviamente isso possa ser
uma bravata do JEM, parece um símbolo da crescente confiança do grupo.
O Movimento de Libertação do Povo do Sudão (SPL/M), foi criado por
comunidades no oeste de Darfur em meados da década de 1990 para proteger os
não-árabes de ataques,o governo de Cartum consistentemente apoiou grupos árabes em
conflitos violentos e raciais para tomar terras de grupos não árabes.
Formalmente, o Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA) tem sua ala
militar,e teve uma participação fundamental da Segunda Guerra Civil Sudanesa. O SLA
não é mais como no início da rebelião em 2003. Desde o começo, foi atormentado por
divisões internas e lutas de poder baseadas principalmente em intensos choques de
personalidade e diferenças étnicas entre Abdel Wahid Mohamed al-Nur, um Fur , e Minni
Arko Minawi, um Zaghawa.
Juntando toda a força de todas as facções rivais do SLA combinadas não se
compara às capacidades do JEM, e apenas algumas dessas facções podem reivindicar o
apoio do povo de Darfur. Logo, a participação de algumas facções do SLA é fundamental
para os esforços de paz, pois alguns desses grupos têm alguma legitimidade e podem
desempenhar um papel de spoiler em quaisquer novas negociações.
O exército de Libertação do Sudão-Minni Minawi (SLA-MM)é uma facção, SLA de
Minni Minawi é o segundo grupo de Darfur a assinar o acordo em Juba e estava mais
associado à luta contra as milícias “Janjaweed” acusadas de atrocidades em Darfur do
que à oposição política ao governo em Cartum.O SLA-MM foi recentemente mais ativo na
Líbia, ao qual especialistas dizem que lutou ao lado de forças anti-GNA leais ao
comandante baseado no leste Khalifa Haftar,já o exército de Libertação do Sudão-Abdel
Wahed (SLA-AW) pode ser considerada como a única força de combate rebelde
significativa remanescente dentro de Darfur, onde Nur conta com o apoio de sua tribo
Fur,alguns especialistas costumam dizer que Nur, que tem a reputação de evitar
negociações, se opõe à predominância dos militares nos acordos de transição de poder
no Sudão. especialmente em campos para deslocados de Darfur.

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É importante mencionar que o Movimento Popular de Libertação do Sudão-Norte
(SPLM-N) foi criado por combatentes que se juntaram ao sul na guerra civil antes da
separação do Sudão do Sul em 2011. O SPLM-N, formado no mesmo ano com presença
nos estados sul sudaneses de Kordofan do Sul e Nilo Azul, mais tarde se dividiu em duas
facções, uma comandada por Malik Agar que tentou de vários formas uma autonomia
para os estados do sul, por que as comunidades reclamam da marginalização pelas
autoridades de Cartum. E Yasir Arman,que assinou o acordo de paz em Juba.

5. ANÁLISE

É possível concluir a pesquisa analisando o conflito de Darfur com a seguinte


perspectiva: o conflito de Darfur é uma das mais trágicas e complexas crises humanitárias
da história recente. Suas raízes remontam a profundas divisões étnicas, políticas e
econômicas que afligem a região há décadas. Desde o início dos confrontos em 2003, a
comunidade internacional tem testemunhado um sofrimento inimaginável, com milhares
de mortes, deslocamentos forçados e violações de direitos humanos.
A comunidade internacional falhou em seu dever de proteger e prevenir a tragédia de
Darfur, deixando milhões de pessoas à mercê do caos e da violência.Embora esforços
tenham sido feitos para encontrar uma solução pacífica para o conflito, com a mediação
de organizações internacionais e o estabelecimento de acordos de paz, ainda há muito a
ser feito para garantir a estabilidade e a segurança duradoura em Darfur. A reconstrução
da região e a reconciliação entre as partes envolvidas são essenciais para superar as
cicatrizes deixadas pelo conflito.
No entanto, é importante ressaltar que a paz em Darfur não é apenas responsabilidade
da comunidade internacional, mas também das lideranças locais. É necessário um
esforço conjunto para abordar as questões estruturais subjacentes que alimentam o
conflito, como o acesso a recursos naturais, a governança eficaz e a representação
política inclusiva.
Além disso, a justiça também desempenha um papel crucial na superação do conflito.
A responsabilização dos perpetradores de crimes contra a humanidade e violações dos
direitos humanos é fundamental para garantir a justiça e prevenir futuros abusos. Os
tribunais internacionais devem trabalhar em conjunto com as autoridades locais para levar
os responsáveis à justiça.

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Em resumo, o conflito de Darfur continua a ser uma fonte de sofrimento intenso para
as comunidades afetadas. A resposta à crise deve ser abordada de forma precisa, com
ênfase na proteção dos direitos humanos, na reconciliação e no desenvolvimento
sustentável. Assim será possível garantir um futuro promissor para a região, onde o
respeito e a coexistência pacífica prevaleçam sobre a violência e a opressão.

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REFERÊNCIAS :

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darfur-suffering-continues>. Acesso em 27 mai. 2003

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