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Separação do Sudão

Entenda os fatores envolvidos na independência do Sudão do Sul.


Informações sobre os países

Sudão Sudão do Sul

Capital: Cartum Capital: Juba


Cidade mais populosa: Omdurman Cidade mais populosa: Juba
Presidente: Omar Al-Bashir Presidente: Salva Kiir Mayardit
Moeda: Dinar Sundanês Moeda: Libra Sul-Sundanesa
Línguas Oficiais: Árabe e Inglesa Língua Oficial: Inglesa
SUDÃO
 Com extensão territorial de 2,5 milhões de quilômetros quadrados, o Sudão é o maior país do
continente africano. Seu território é banhado pelo Mar Vermelho e possui fronteiras ao norte com o
Egito, a noroeste com a Líbia, a oeste com Chade e com a República Centro-Africana, a sudoeste com a
República Democrática do Congo, ao sul com Uganda, a sudeste com o Quênia e a leste com a Eritreia e
Etiópia.
 Desde a conquista da independência, em 1956, o país enfrenta uma guerra civil envolvendo o governo
muçulmano e guerrilheiros cristãos. Esse confronto entre diferentes grupos religiosos provocou a morte
de mais de 2 milhões de habitantes, além de 3 milhões de refugiados. Os conflitos em Darfur foram
considerados a pior crise humanitária do século XXI, havendo relatos de estupros, assassinatos, roubos,
entre outras atitudes perversas envolvendo grupos étnicos diferentes.
SUDÃO DO SUL
 Em fevereiro de 2011, a população no Sudão – país localizado na região norte da África – foi
às urnas para definir, em referendo, a separação e emancipação da região na porção
meridional do país. Com a aprovação de esmagadores 98,8% dos votantes, surgiu o até
então mais novo país: o Sudão do Sul, tendo como capital a cidade de Juba.
 Apesar das intensas celebrações nas ruas, não tardou para que a população percebesse que
havia muito pouco para comemorar, pois o novo país nascia com graves convulsões sociais e
pesados desafios a enfrentar. Para piorar, os conflitos com os vizinhos do norte foram
retomados em função das indefinições no estabelecimento das fronteiras entre os dois
países, que disputam regiões ricas em petróleo.
MOTIVOS DA SEPARAÇÃO
Assim como no restante da África, as fronteiras do Sudão foram desenhadas por potências coloniais
pouco preocupadas com as realidades étnicas e culturais da região.
Enquanto o Sudão do Sul tem uma paisagem repleta de selvas e pântanos, o norte é mais desértico.
A maioria da população do norte é muçulmana e fala árabe; o sul é composto de vários grupos
étnicos, de maioria cristã ou animista.
Com o governo centralizado no norte, em Cartum, a população no sul se dizia discriminada e
rejeitava tentativas de imposição da lei islâmica no país. Os dois lados lutaram entre si durante a
maior parte de sua história.
A separação foi, então, definida em um referendo realizado em janeiro de 2011, quando 99% dos
votantes apoiaram a divisão do país, marcado por conflitos sectários .
MAPA DA SEPARAÇÃO E REGIÃO
PETROLÍFERA
CONFLITOS EM DARFUR
Darfur é uma região localizada no extremo oeste da República do Sudão, esse é dividido em três estados, denominados de Darfur ocidental,
Darfur do sul e Darfur do norte. Possui uma população aproximada de 5,5 milhões de pessoas que vivem com pouco acesso à escola e aos
serviços assistenciais do governo, se trata de uma área de restrito desenvolvimento, os povos do local são divididos em três tribos que são os
fur, masalit e os zaghawa, são basicamente todos negros e mulçumanos.

Em fevereiro 2003, iniciou um conflito em Darfur, o ponto de partida da ofensiva foram os rebeldes que lutam pela separação de seu território,
afirmaram que o governo a qual eram subordinados agia representando apenas a elite de religião islâmica, e por outro lado tratava as pessoas
de Darfur com displicência, ou seja, eram deixados de lado. Darfur é composta quase totalmente por negros, com atividade econômica ligada à
produção de agricultura de subsistência e uma restrita parcela de nômades que criam animais.

O governo sudanês respondeu de forma violenta e repressora as ofensivas dos rebeldes separatistas, apoiados pela milícia dos árabes que
habitavam o local e que eram chamados de janjaweed, o governo esperava acabar com os rebeldes que eram de religiões e etnias
diferentes. O conflito de Darfur deixou um saldo bastante desumano, segundo as estimativas da ONU a guerra civil já deixou cerca de 30 mil
mortos e milhões de refugiados. De acordo com estudos e estimativas da OMS (Organização Mundial de Saúde) a realidade no qual vive os
refugiados do conflito é extremamente degradante, aproximadamente 10 mil pessoas morrem mensalmente vítimas da violência, fome e das
diversas doenças epidêmicas presentes como, por exemplo, a AIDS.
GUERRA CIVIL SUL-SUDANESA
Ocorrida entre os anos de 1983 e 2005, a Segunda Guerra Civil Sudanesa foi um embate que colocou frente à frente as regiões sul e norte
do país. Esta guerra teve seu início com uma atitude do governo muçulmano da região norte, que tentava a imposição da Sharia, código de
leis do islamismo, em toda a nação sudanesa. Isso gerou protestos da parte sul, em que a maior parte dos habitantes é animista ou cristã.
De acordo com alguns historiadores, este conflito teve origem na Primeira Guerra Civil Sudanesa, que ocorreu entre os anos de 1955 e
1972 e, mesmo com seu término, não conseguiu cessar as tensões entre as duas parte do Sudão.
A Segunda Guerra Civil Sudanesa teve duração de mais de 20 anos e culminou em cerca de 2 milhões de mortes, além das doenças e
escassez de alimentos trazidas pela guerra. Fora isso, gerou aproximadamente 4 milhões de refugiados. Esta guerra foi tão catastrófica que,
se contados todos os números de mortes que causou, chega-se a um número que somente não supera a quantidade de baixas da Segunda
Guerra Mundial.
Segundo informações de ONGs (2004), o SPLA/M (Exército Popular de Libertação do Sudão) incluiu cerca de 2.500 a cinco mil menores de
idade em seu contingente. Porém, em sua defesa, a organização armada afirma que desde 2001 já devolveu mais de 16.000 crianças para o
lar. Entretanto, algumas agências internacionais afirmam que muitas destas crianças voltaram a praticar atividades com o grupo de
guerrilha.
No dia nove de janeiro do ano de 2005, a Segunda Guerra Civil Sudanesa foi encerrada quando foi assinado o Tratado de Naivasha, que
teve os vistos do vice-presidente sudanês, Ali Osman Taha e de John Garang, chefe do Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA/M).
Com a assinatura do documento nasceu o Sudão do Sul, que é uma região autônoma.
Para entender melhor a Segunda Guerra Civil Sudanesa, é necessário voltar ao primeiro conflito, que ocorreu de 1955 a 1972, também
entre as partes sul e norte do país. No caso, a região do sul tinha o objetivo de se tornar uma área autônoma.  Durante estes dezessete
anos de conflito ocorreram mortes de meio milhão de pessoas. Assim como a segunda, a Primeira Guerra Civil Sudanesa foi tão extensa
que acabou sendo dividida em três períodos: guerra de guerrilhas, Anyanya e Movimento para a Libertação do Sudão do Sul. O final do
conflito ocorreu no ano de 1972, quando foi assinado o tratado Adis Abeba. Porém, esse acordo foi um fracasso e deu origem à Segunda
Guerra Civil.
mapa do conflito
Grupo
✖ Marcio, n.º18
✖ João, n.º12
✖ Breno, n.º6
✖ Nickolas, n.º23
✖ Vinicius, n.º28

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