Você está na página 1de 14

Universidade da Beira Interior

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas


Departamento de Sociologia

Conflito no Sudão: Contextualização histórica e geográfica

Mariana Rodrigues nº46688


Tiago Neiva nº46196

Trabalho desenvolvido no âmbito da unidade curricular Direitos Humanos e


Multiculturalismo

Licenciatura em Sociologia

(1º ciclo de estudos)

Docente: Donizete Rodrigues

Ano letivo: 2022/2023

Covilhã, junho, 2023


Índice

Introdução..........................................................................................................................3

Tempo Colonial.................................................................................................................4

Independência e Guerra Civil............................................................................................6

Divisão do Sudão com o Sudão do Sul.............................................................................8

Economia.......................................................................................................................9

Educação........................................................................................................................9

Religião........................................................................................................................10

Outras curiosidades......................................................................................................10

Conflito Atual..................................................................................................................10

Considerações Finais.......................................................................................................12

Referência Bibliográfica..................................................................................................13

i
Palavras-Chave

Sudão Guerra Civil Independência Conflito

Introdução

Este trabalho é realizado pela unidade curricular Direitos Humanos e


Multiculturalismo, pelo docente Donizete Rodrigues. Tem como objetivo perceber o
conflito atual no Sudão e os seus conflitos internos que originaram milhões de mortes,
muita discordância, mas que acima de tudo perdurou durante muitas décadas. O Sudão
um dos maiores países de África, rico em matérias-primas, tinha muito para ser um dos
grandes países de desenvolvimento de África, mas acabou por ficar em queda devido a
vários conflitos existentes internos.

Assim, para percebermos esse conflito recorremos a uma contextualização


histórica e geográfica, pois não conseguimos entender a conflitualidade sem
entendermos a história.

Começámos por explicar o tempo do colonialismo, e depois a separação do


Sudão com o Sudão do Sul a partir dos aspetos político, económico social e cultural, por
fim vamos abordar o principal deste trabalho que é o conflito atual que não parece ter
um fim.

Os procedimentos teóricos adotados neste trabalho consistem num estudo


teórico-reflexivo, recorrendo a uma investigação qualitativa, para melhor
aprofundarmos este tema, tendo como auxílio a pesquisa bibliográfica, que tem
especificamente um carácter exploratório e reflexivo. Para realizar esta pesquisa,
utilizámos uma metodologia baseada em análise bibliográfica. Realizámos uma extensa
revisão de literatura disponível em artigos académicos e algumas fontes de notícias
confiáveis.

Esta abordagem permite-nos obter uma visão mais abrangente e fundamentada


sobre a história do Sudão e como tudo começou, bem como o conflito atual no Sudão,
nomeadamente sobre a trajetória e as ações dos generais Burhan e Hemedti.

3
Tempo Colonial

A capital do Sudão e a segunda maior cidade do país, Cartum, foi sempre uma
região com bastante procura por parte dos países colonialistas, com o atravessar do Nilo
e não só, muitos países foram em busca de garantir este território devido ao facto de ser
uma área muito rica em matérias-primas. Esta região começou a ser alvo da corrida ao
marfim e também da caça aos escravos no qual originou o seu desequilíbrio e deu início
aos conflitos entre o Sul e o Norte.

Em primeiro lugar, antes de identificarmos o conflito que existe no Sudão, é


preciso recuarmos até à raiz do problema, que é o continente africano, o mesmo teve
origem com o colonialismo através da “Conferência de Berlim” realizada entre 1884 e
1885, juntou vários países europeus e dividiu África a régua e esquadro como se pode
verificar na figura 1.

Em relação ao enquadramento geográfico importa referir que o Sudão antes de


2011 tinha uma superfície territorial de 2.505.810 km², na altura era o maior país do
continente africano, com os seguintes limites: Norte, o Egipto e Líbia; a Sul, República
Democrática do Congo, Quênia e Uganda; Oeste, a República Centro Africana e Chade;
a Leste, Eritreia e Etiópia.

Figura 1 Divisão da África – conferência


4 de Berlim. Fonte: (MARQUES, 1969)
Esta divisão que foi feita no continente africana não se preocupou com a junção
em territórios de pessoas de diferentes etnias, religiões entre outras “Dentre os dois
maiores grupos socio-étnico-culturais da África temos o norte com população branca e
religião islâmica e o Sul com população negra de religiões animistas e cristãs. Entre o
norte e o sul da África temos uma região intermediária onde os conflitos são mais
intensos, denominado Sahel” (Gurjão, Pereira) esse foi um dos problemas que está nos
conflitos que estão dentro do território do Sudão.

Este problema que assistimos no continente africano, teve também um grande


impacto no Sudão visto que este país tem uma grande diversidade étnica, cultural e
religiosa, fruto do processo de colonização do século XIX, conta com dezanove etnias e
maios de seiscentos grupos, este tem sido um dos grandes problemas desde que houve a
independência do Sudão em 1956, após esse acontecimento o país já viu dentro do seu
território a existência de quatro guerras internas na disputa do domínio dessa área que
tiveram origem em 1958, 1969, 1985 e 1989.

O próprio colonialismo dentro do território sudanês não é propriamente delinear,


visto que o Sudão era controlado pelo Egito e por Inglaterra, ambos já tinham conflitos
em 1820 a 1822, esta divisão está ao redor dos problemas atuais dos dias de hoje,
segundo Martins (2022) a parte sul do país ficou ao encargo dos ingleses que decidiram
implementar os seus valores e crenças e espalhar o cristianismo pela região, enquanto os
egípcios ficando com a parte norte do território optaram por introduzir os valores
islâmicos por toda a área que controlavam.

Estes interesses como já foi referido antes estão muito por parte do que se passa
nos tempos de hoje em dia, visto que com o colonialismo tivemos um país
fragmentando, completamente dividido que teve muito da multiculturalidade. É
importante também evidenciar que ao termos um país dividido em dois, ambos os
territórios se desenvolveram de maneira diferente, segundo Martins (2022) o lado
egípcio apresentava sinais de promoção do bem-estar enquanto do outro lado havia
sinais de subdesenvolvimento. É preciso também referir havia sinais de diferenciação
quanto às infraestruturas, oportunidades de emprego, diferenças socioeconómicas entre
outras.

5
Independência e Guerra Civil

Em 1953, a Inglaterra e o Egipto chegam a um acordo e dão a oportunidade aos


sudaneses de se autogovernarem durante 3 anos, ao fim desse período, em 1956 é
proclamado a independência do Sudão em 1956. É importante afirmar que quando se dá
a independência do país o mesmo já se encontra em um conflito interno que durou até
1972.

Neste primeiro conflito está muito assente o principal problema do território


sudanês por causa de duas grandes divergências de pensamento dos dois lados, muito
também por causa da religião ser diferente de ambos os lados. Ambos tinham os seus
próprios interesses “O Norte buscava a “islamização” do Sul, que resistia firmemente.
Além disso, havia o facto de o Norte ter ficado com mais poder em relação ao Sul. O
Sul adotou uma retórica anti-imperialista pregando que o Norte seria uma extensão da
colonização daí os confrontos entre o governo do Norte e o Sul rebelde” (Lubango,
2022, cit Campos, 2017)

Logo aqui se verifica uma diferença de ambos os lados, as diferenças religiosas


existentes, políticas e sociais, a maneira como se vê um lado e o outro é bastante
diferente e desrespeitosa como temos o caso do Norte tentar islamizar o Sul não
respeitando a religião que se apresenta no lado Sul.

Estas divergências existentes (políticas, religiosos, culturais) fazem com que em


1983 haja a criação de um novo grupo SPLA (Exército Popular de Libertação do Sudão)
que acaba por unir esforços com outros movimentos rebeldes já existentes como é o
caso do Anyanya que já tinha estado à frente na primeira guerra civil contra o Norte.

Acabam por surgir outros movimentos que em vez de tentarem criar conflito têm
outra ideia como é o caso da SPML (Movimento Popular de Libertação do Sudão) que
tem como objetivo lutar pela “unificação do Sudão, com perspetiva de ter um “novo
Sudão” unido por todos os sudaneses independentemente da sua etnia, Partido Político e
a religião ou idioma (Lubango, 2022, cit Johnson, 2003)

Em 1983 acaba por se originar a segunda guerra civil que vai perdurar até 2005,
teve mais uma vez interesses existente pelo território do Sul isso fez com que em 1983

6
acaba-se com a paz existente no qual deu origem a um conflito que pôs em confronto o
SPLA e o governo do Sudão.

O norte teve um papel muito importante na origem desta segunda guerra civil,
visto que, quando decidiu revogar a paz existente, como já se tinha falado
anteriormente, a parte Sul do Sudão era rica em matérias primas e este foi um dos
principais, se não o principal motivo para a origem deste conflito visto que “ queriam
redefinir as fronteiras do sul onde incluíam os locais onde foi descoberto petróleo”
(Lubango, 2022) como também era um território de solo fértil e grandes demandas de
água, com isto mais uma vez podemos verificar a importância da riqueza que o Norte
andava atrás e não com a importância das pessoas que residiam nesse território e
também a grande fiscalização que eles faziam.

Esta segunda guerra civil trouxe graves problemas devido ao facto de ter sido
mais violenta que a primeira se assistiu “em termo das suas divisões étnico-económico,
humilhações, explorações, pilhagem, estupro, em que a escravidão foi revivida em
particular no Sul, utilizado como arma de terror” (Lubango, 2022, cit Johnson 2011) isto
são acontecimentos horríveis que aconteceram já com a existência da ONU
(Organização das Nações Unidas) que se coloca a pergunta o que fez para parar isto?
Que vai contra os direitos de todos os seres humanos. Esta é uma resposta que pode ser
dada através de algumas verificações, que por exemplo os Estados Unidos da América
que só começaram a ganhar interesse neste tema quando se colocou a questão do
petróleo mas também com pressões internas, isto é, “Com a chegada de George W.Bush
ao poder nos Estados Unidos em 2000, processa-se uma mudança significa na atenção
internacional conferida ao Sudão, resultante de interesses relacionados com petróleo,
mas também das fortes pressões internas por parte das comunidades e grupos cristãos
norte-americanos para que a administração norte-americana” (Nascimento, 2009).

Mais uma vez se coloca a par do que já aconteceu com outras situações em que a
ajuda só chega a partir do momento em que se começam a colocar questões/ interesses
terceiros na situação, porque já que se coloca a questão da ONU é importante afirmar
que só em 2011 é que a ONU colocou uma missão de paz na região fronteiriça (mais
conhecida como Abyei) do que é o hoje designado Sudão do Norte e Sudão do Sul “ No
local, há uma missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) nomeada
United Nations Interim Security Force for Abyei (UNISFA) desde 2011.” ( Gétulio et
al,2020), estamos a falar de uma guerra segundo (Lubango,2022) que resultou em mais
7
de 2 milhões de mortos que sejam conhecidos e que gerou cerca de 4 milhões de
refugiados que tiveram que emigrar para países vizinhos há procura de segurança.

Divisão do Sudão com o Sudão do Sul

Perante os custos do conflito civil no Sudão, decidiu-se por um novo processo de


negociações entre o governo central de Cartum e o SPLM, assim o Sudão do Sul
proclamou-se independente do Sudão, no dia 9 de julho de 2011, na cidade de Juba.
Esta separação era algo que o Sudão do Sul muito ansiava, 99% dos sudaneses do Sul
votaram pela separação.

“De resto, o próprio Presidente da República do Sudão do Sul, no seu


discurso no dia da independência, aludia a um provérbio africano – “a
noite pode ser muito longa, mas o dia irá chegar” – para parecer querer
transmitir à comunidade inter- nacional o difícil caminho que o novo
país ainda terá que percorrer para encontrar a paz definitiva com o
vizinho do Norte, assim como para alcançar a estabilidade interna e o
progresso económico e social para o seu povo.” (Correia, 2012, p.137)

No entanto, dividiram-se, mas continuaram unidos pela economia, por causa da


demarcação das fronteiras, o uso das redes hidrográficas, a dívida externa e a extração
de petróleo. Os dois países precisam um do outro, o que causa tensões, combinaram
50% do petróleo para cada um, mas nem toda a gente concorda, contribuindo, dessa
forma, para a atual situação de crise humanitária nos dois países sudaneses.

“Desde essa altura, começaram a ficar cada vez mais evidentes os


motivos da guerra civil, que passavam pela luta pelos recursos naturais,
pelo papel da religião na sociedade, pelo poder em si e, naturalmente,
pelo desejo de autodeterminação. (Correia 2012, pp.142)”

Nesse sentido, a problemática atual no norte do Sudão do Sul, agravou-se ainda


mais com o aumento da violência nos confrontos envolvendo o Exército de Libertação
do Povo do Sudão do Sul (SPLA) e as Forças Armadas do Sudão e, consequentemente,
a chegada diariamente de milhares de refugiados, especialmente, os provenientes das
regiões fronteiriças e dos Estados produtores de petróleo.

“Atualmente, 70% das fontes de exploração estão no Sudão do Sul,


representando uma grave perda econômica para o Sudão, por conta
disso há o grande impasse pela região de Abyei (Fig. 1), o epicentro das

8
fontes de exploração. A total perda dessa região resultaria em aumento
das dificuldades econômicas do país. Em contra partida, o Sudão do Sul
é extremamente subordinado ao Sudão, no que diz respeito ao
transporte do petróleo, os dutos que ligam as fontes de exploração a
saída para o mar, no caso o mar vermelho, passam inteiramente pelo
território do país, agora, vizinho.” (Gurjão, pp.6)

Fonte: BBC- Sudão e Sudão do Sul acordam zona desmilitarizada na fronteira

Economia

 85% do petróleo- Sul

 Refinarias- Norte

Em 14 de julho de 2011, o Sudão do Sul tornou-se um Estado-membro das Nações


Unidas (ONU). O país entrou para a União Africana em 28 de julho de 2011, sendo o
país mais recente do mundo.

O Sudão é dos países mais pobres do mundo, com uma taxa elevada de mortalidade
infantil, o sistema de saúde é considerado os piores do mundo.

Educação

 Apenas 27% da população acima dos 15 anos sabe ler e escrever;


 84% é o índice de analfabetismo entre as mulheres;

9
 Maior parte das crianças não frequentam unidades escolares.

Religião

O Sudão e o Sudão do Sul são constituídos, no seu conjunto, por 175 tribos e
325 grupos mais pequenos, existe uma forte componente árabe no Norte, etnia árabe e
muçulmana e no Sul etnia diversificada e cristã.

Em 18 de dezembro de 2012, um relatório sobre religião e vida pública, de autoria


do Pew Research Center (PRC), afirma que, em 2010:

 60,5% da população do Sudão do Sul era cristã;


 32,9% eram seguidores de religiões tradicionais africanas;
 6,2% eram muçulmanos.

Outras curiosidades

 O sistema de televisão é de controle estatal


 Somente 7% da população possui acesso à Internet.
 Quase não há eletricidade disponível, exceto para 5% da população.
 A água tratada atinge 55% da população e a rede de esgotos 20%
 Fora da capital, que conta com poucas ruas pavimentadas, predominam as
estradas de terra, existem apenas 60 km de estradas precariamente asfaltadas.

Conflito Atual

O Sudão tem uma história complexa de instabilidade política e militar, com


diferentes fações lutando pelo poder e influência. Houve golpes de Estado e mudanças
frequentes no governo ao longo das últimas décadas. Após a queda de Bashir, um
Conselho Militar de Transição assumiu o controlo do país. No entanto, os protestos
continuaram, com os manifestantes a exigir uma transição civil para um governo
democrático.

As negociações entre os líderes dos protestos e o Conselho Militar resultaram na


assinatura de um acordo em agosto de 2019 para compartilhar o poder e estabelecer um
governo de transição. Desde então, o Sudão tem passado por um processo de transição
política, com a formação de um governo de transição civil-militar.

10
Este conflito atual não tem nada a ver com a religião, é um duelo entre dois
generais que estão a disputar o poder: Abdel Fattah al-Burhan, líder das Forças Armadas
Sudanesas (SAF) (com 300 mil homens), e Mohamed Hamdan Dagalo, mais conhecido
como Hemedti, chefe das Forças de Apoio Rápido (RSF) paramilitares (com 100 mil
combatentes). têm a mesma religião (muçulmanos), só que um é do exército nacional e
outro russo.

Ambos os líderes desempenharam um papel importante na luta em Darfur, e


anteriormente trabalharam juntos durante a guerra civil na região. Hemedti era
comandante de uma milícia conhecida como Janjaweed, enquanto o general Abdel
Fattah al-Burhan liderou o exército sudanês em Darfur.

Após a queda do presidente Omar al-Bashir em 2019, Burhan e Hemedti se


uniram para formar um governo de transição liderado por civis. No entanto, em outubro
de 2021, os militares tomaram o poder novamente, com Burhan reassumindo a liderança
do país e Hemedti como seu vice.

As tensões entre o exército e a RSF aumentaram devido a questões como


reintegração das forças da RSF às forças armadas regulares e a luta pelo controle do
Estado sudanês. A situação resultou em combates intensos e um impacto significativo na
população civil.

Dezenas de pessoas que moram na capital do Sudão, Cartum, já estão a


abandonar a cidade na tentativa de escapar aos conflitos intensos no país, cerca de 200
pessoas já morreram nos enfrentamentos, muitos moradores relatam passar noites sem
dormir e sem água e comida.

Os confrontos continuam e têm causado mortes entre civis, com relatos de falta
de remédios e eletricidade nos hospitais. O general Burhan afirmou estar disposto a
negociar, mas a situação permanece instável.

11
Considerações Finais

Atualmente, tanto o Sudão quanto o Sudão do Sul enfrentam uma crise


humanitária, com aumento da violência e fluxo de refugiados. A região de Abyei, rica
em petróleo, é fonte de disputa entre os dois países. A situação socioeconómica é
precária, com altas taxas de mortalidade infantil e um sistema de saúde deficiente. O
Sudão e o Sudão do Sul têm uma história complexa de conflitos, instabilidade política e
militar, motivados por diferenças étnicas, religiosas, políticas e pela busca por recursos
naturais. A região ainda enfrenta desafios significativos em busca de estabilidade, paz e
desenvolvimento económico.

O trabalho apresentou uma análise objetiva das dificuldades enfrentadas pelo


Sudão e pelo Sudão do Sul, bem como uma visão geral das perspetivas futuras. Embora
os desafios sejam significativos, existem oportunidades para avançar em direção à
estabilidade e ao desenvolvimento, desde que haja um compromisso contínuo com a
paz, a justiça e a cooperação internacional.

Algumas dificuldades que encontrámos foi o acesso a fontes confiáveis, contexto


político complexo e disponibilidade limitada de dados visto o conflito atual ser um
assunto bastante recente. Apesar das dificuldades enfrentadas, este trabalho é valioso
para ampliar o conhecimento sobre a região.

Futuramente é recomendado acompanhar a evolução política, social e económica


do Sudão, manter uma atualização sobre os eventos e discussões. Além disso, é
importante abordar o trabalho com uma mentalidade flexível, adaptando-se às novas
informações e desenvolvimentos à medida que surgirem.

Em suma, o trabalho cumpriu o objetivo de fornecer uma visão geral acerca do


Sudão e do Sudão do Sul, contribuiu também para a compreensão e conscientização do
país.

12
Referência Bibliográfica

Correia, José Manuel, “Sudão do Sul: a Longa Espera”, Nação e Defesa, vol.5, nº131,
pp. 137-154.

De Freitas, Jeane Silva, “Cruzando as Fronteiras: causas e consequências dos refugiados


no Sudão do Sul”, Revista Politica Hoje, vol.22, nº2, pp. 171-187.

Gurjão, Rafael, e Pereira, Diego, “Formação da República do Sudão do Sul e o conflito


pela demarcação de fronteiras”, consultado em 3/5/23.

Martins, Estevão Nunes (2022), Os conflitos no Sudão antes e depois da independência


(1983 a 2011): o caso do Sudão do Sul, Lubango, ISCED-HUILA, projeto final de
licenciatura

Nascimento, Daniela (2009), “Sudão: Entre a Promessa de Paz no Sul e a Incerteza da


Guerra no Darfur” em Contexto Internacional, vol.31, n º3 (setembro/dezembro), pp-
529-458.

Neto, Getúlio et.al (2020), “Dossiê de Conflitos Contemporâneos, Observatório de


Conflitos, vol.1, nº1, pp. 27-33.

Pereira, Daniel (2020), “Sudão e Sudão do Sul: da crise à divisão”, História Online,
Youtube, emitida a 09/09/2020, consultada a 27/05/2020, em
https://www.youtube.com/watch?v=4ulDLcMcuUE&ab_channel=Hist
%C3%B3riaOnline~

Sudão do Sul, In WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre. Wikimédia 2023 disponível em:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Sud%C3%A3o_do_Sul consultado a 24/05/2023

13

Você também pode gostar