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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DA HUÍLA.

ISCED-HUÍLA.
SEÇÃO DE HISTÓRIA

TRABALHO EM GRUPO DE HISTÓRIA DE ÁFRICA III

TEMA: RUMO A INDEPENDÊNCIA

 A Indepenência Da Nigéria
 A Lei Quadro De 1956
 A Independência Da RDC
 A Independência Do Congo Brazzavil
 A Independência Da Libéria

3º Ano: Ensino de História


Regime: Pós-Laboral

O Docente
___________________________
Dr. Helder Mayunga

Lubango, Janeiro 2022/2023


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DA HUÍLA.

ISCED-HUÍLA.
SEÇÃO DE HISTÓRIA

Integrantes Do Grupo

1- Daniel Alicerce A. Venâncio


2- Daniel Elisio Malaquias
3- Eduardo Cahala Cativa
4- Gorgel Floriano Evaristo
5- José Kahulumama Segunda
6- Luciano Jamba Solombe
7- Manuel Luaia Mateus
8- Rosa Claudia Tchafunda
9- Corina Nobregas Carvalho
ÍNDICE

INTRODUÇÃO...............................................................................................................................4
1- A Independêcia da NIGÉRIA................................................................................................5
2- LEI QUADRO 1956................................................................................................................7
3- A Independência da REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO...........................................10
4- A Independência do CONGO BRAZZAVIL...........................................................................14
5- A Independência da LIBÉRIA..............................................................................................16
CONCLUSÃO...............................................................................................................................18
Referências Bibliográficas.........................................................................................................19
INTRODUÇÃO

O presente trabalho fala sobre a Lei Quadro de 1956, das independências dos
países da Nigéria, República Democrático Congo, Congo Brazzaville e Libéria.
Para começar, as duas guerras mundiais que fustigaram a Europa durante a
primeira metade do século XX deixaram os países europeus sem condições
para manterem um domínio económico e militar nas suas colónias. A esta
realidade, juntou-se o surgimento e intensificação dos movimentos
independentistas particularmente após a Conferência de Bandung, que levou
as antigas potências coloniais a negociarem as independências das colónias.

O processo de independência das colónias europeias no continente africano


teve início após a II Guerra Mundial, e prolongou-se até a década de 70.
Durante a guerra, a pressão das metrópoles pelo crescimento da produção
colonial, o avanço dos meios de comunicação (aviação, rádio, construção de
estradas) e a desestruturação das metrópoles europeias – Inglaterra, França,
Bélgica, Alemanha e Itália – favoreceram o surgimento de movimentos de
libertações. A descolonização dá-se de forma lenta e desigual em todo o
continente.

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1- A Independêcia da NIGÉRIA

Assim a marcha para a independência será mais pacífica na Nigéria. Um dos


homens que mais influenciaram a sua evolução foi Namdi Azikiwé. Oriundo do
povo ibo do leste nigeriano,que desde cedo partiu para os Estados
Unidos,com o intuito de proceder os seus estudos.

Também ele foi profundamente marcado pelas teses de Marcus Garvey e


pela luta dos negros americanos contra a discriminação racial. De regresso, em
1934, lançou uma cadeia de jornais, que desenvolveram uma campanha
nacionalista de rara veemência.

Foi ao ponto de predizer que um dia Londres e Nova Iorque seriam


destruídos pelos aviões dos povos negros. Criou também o (N.Y.M) que
influenciou fortemente a juventude destribalizada dos centros urbanos como
lagos.O ponto de vista era nitidamente pan-africano e supratribal, propondo um
caminho comunista de modernização. Porém mesmo nos tempos de paz
persistia um conjunto de obstáculos a unificação dos territórios nigerianos,
entre eles houve evidentes faltas de coesão relativamente maior das diversas
regiões africanas, tudo porque nem todos encaravam essa realidade de
maneira igual, houve diferenças entre ideologias e pensamentos, fruto disto o
advogado e transportador yoruba Obofami Awolowo deixou o (N.Y.M) e fundou
em Londres em 1945 uma associação cultural com base Ioruba. Assim, Egbé
Omu Oduduwo encara o cenário de forma peculiar a favor dos yoruba no
quadro federal nigeriano tendo também outras organizações adoptadas aos
mesmos ideias centrados nos problemas económicos.

O Azikiwé concentrou-se fazendo a diferênça com os demais na Nigéria


oriental região Ibo. Criou o National Council of Nigeriano and the Camroons,
este com uma zona restrita Ibo, conservava as suas bases ligações
interetinicas e as suas perpectivas nitidamente anticolonialistas e pan-
africanas. O governo trabalhista estava disposto a ceder a corrente
autonomista das colonias do Oeste africano, mas sem conhecimentos precisos
dos problemas locais estes confiou quase inteiramente nas iniciativas dos

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governadores que esses estavam mais intereçados aos particularismos locais
cujo disparidade lhes oferecia uma margem de manóbra. Os lideres estavam
com os olhos no poder, porque almejavam com o objectivo de engrandecer um
grupo etnico e inferiorizar outros. Motivos pela qual a constituição de 1922 não
previa a participação dos africanos do norte da Nigéria, no conselho legislativo.
Os governos do norte sentiam-se muito avontade e desconfiavam de tudo e de
quaisquer relações com o Sul. A consequência politica dessas diferentes
posições criou um clima de forte tensão que só fez aumentar com o epsódio de
grande violência da parte dos muçulmanos sobre a população essencialmente
ibo do Sul. Em quatro dias de revoltas somaram-se 36 mortos sendo 21 ibos e
16 nortistas, com inúmeros feridos. Diante desta situção os ingleses passaram
efectivamente a considerar a alternativa do desmembramento político entre
norte e sul como a saida menos má para restaurar a ordem. Porém a falta de
agilidade política de decisão do governo britânico contribuiu para que se
estendesse, ideias favoráveis a constituição Lyttleton de Outubro de 1956 que
propunha a introdução de uma federação de três estados dotado cada um
conselho de ministros com expressivos poderes ainda que submetidos a
direcção do governo geral.

Esta violência deu um grande impulso na aceitação da constituição unitária por


parte dos britanicos de 1945 a 1951 fossem preteridas concentindo em 1954 na
separação da Nigéria em três estados.

Quando a independência ficou agendada para 1 de Outubro de 1960, em uma


cerimónia considerada uma verdadeira caricatura entre a Grã-betânia e a
Nigéria naquele momento, nela o Dr. Margai representando o governo da
Nigéria.

Assim, a política britânica deu início para que se formasse uma imagem
resumida na ideia de partir para ficar. Houve uma coligação entre os diferentes
partidos ( N.P.C e N.C.N.C.- N.E.P.U) coligações estas que estavam ao poder
e Awolowo veio ser o lider da oposição todos os partidos se entendiam para
um reforço da fidelidade à Comowealth que constituia assim um factor de
integração tanto mais precioso quanto o direito constitucional de secessão era
uma lenta ameaça interna de desmembramento.

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O país tornou-se indepedente em 1960, após um longo processo de
negociação com a metrópole. Mergulhou em uma guerra civil, vários anos
depois de ganhar a independência.

Ao longo desse processo foram promulgadas três Constituições, que, apesa


de transferirem a administração para os nigerianos,de forma responsáveis pela
institucionalização de uma fragmentação interna do país nascente. A Nigéria se
estruturou como uma federação composta por três regiões autônomas,
subordinadas a um governo central fraco. Poucos anos após a independência,
em 1967, houve a eclosão de uma guerra civil, a Guerra de Biafra, originada
pela intenção da região sudeste do país de se tornar independente. A guerra se
estendeu até 1970 e, apesar do amplo apoio internacional conseguido pelos
secessionistas, o governo federal saiu vitorioso do conflito. Portanto, a vitória
do governo federal no conflito de Biafra foi essencial para o processo de
construção do Estado nigeriano, assim como o foram as reformas aplicadas na
década que se seguiu à guerra.

2- LEI QUADRO 1956

A seguir à Segunda Guerra Mundial, a França enfrentava insurreições na


Argélia e na Indochina e perdeu Marrocos e a Tunísia, em 1956, como
resultado de movimentos independentistas, aos quais foi obrigada a ceder.

Tentando conter o movimento nacionalista nos restantes territórios aprovou, em


1956, uma «Lei-Quadro» e, em Setembro de 1958, organizou um referendo
sobre a «autonomia» das suas colónias, no quadro de uma «Comunidade
Francesa». Este processo iniciou-se durante a Segunda Guerra Mundial,
quando, sob a liderança do General Charles de Gaulle, se realizou em Braza-
Ville, em 1944, uma conferência de funcionários coloniais que recomendou
alterações na estrutura do império colonial. Todos os súbditos das colónias
deveriam tornar-se cidadãos franceses com direito a representatividade na
Assembleia Constituinte, que tinha a tarefa de elaborar uma constituição para a
França e para as colónias. O império devia ser transformado numa União, na
qual as colónias deveriam compartilhar uma parte das responsabilidades do
seu governo através das assembleias eleitas.

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Estas ideias foram integradas no projecto constitucional de 1946 que,
entretanto, viria a ser rejeitado num referendo dominado por eleitores da
metrópole. Assim, a constituição da IV República aprovada em Outubro de
1946 não reflectia os interesses das colónias, na medida em que ao povo das
colónias, embora se atribuísse estatuto de cidadãos, não tinha os mesmos
direitos que os franceses da metrópole, o direito de cidadania era restrito, as
eleições eram feitas separadamente, em círculos que davam maior influência
aos franceses das colónias e a alguns, poucos, africanos e a autonomia local
estava aquém das expectativas.

No final dos anos de 1950, os franceses tentavam libertar-se dos problemas


causados pelo recuo em relação às promessas feitas em Brazzaville, através
dum hábil aproveitamento da fraqueza política da IV República e pelo regresso
de Gaulle ao poder. Apesar das restrições, os africanos possuíam, agora, uma
base legal para o exercício da actividade política e, embora em menor escala,
estavam representados na Assembleia Francesa.

O contexto político dos anos de 1940 permitiu a criação do RDA


(Rassemblement Democratique Africain) ao qual estavam ligados todos os
líderes políticos e cooperava com o Partido Comunista Francês. Esta aliança
alimentou a hostilidade das autoridades francesas que, através dos seus
administradores em África, quase eliminaram o RDA entre 1948 e 1950.

Sob a liderança de Félix Houphouet-Boigny desde a sua fundação, nos anos


50, o RDA mudou a sua estratégia, que consistia em apoiar os governos que
se propunham fazer concessões a favor das colónias. O quadro político francês
nos anos 50 tornava o apoio do RDA importante para a manutenção de
qualquer governo, pelo que Boigny e outros africanos começaram a beneficiar
de nomeações ministeriais.

A «lei-quadro» de 1956 veio dar uma nova viragem a tudo isto. Portanto, no
seguimento das concessões a favor dos africanos, em 1956 foi aprovada uma
lei-quadro, luz da qual foi estabelecida, em cada colónia, uma assembleia eleita
localmente com poderes sobre a política e as finanças.

No Senegal, o RDA nunca foi muito forte, pois os eleitores preferiam uma
opção mais independente, com Leopold Senghor cabeça. Segundo Senghor, a

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lei-quadro dividia as federações da Africa Ocidental e da Africa Equatorial em
territórios isolados e incapazes de fazer face as pressões da França.

Sendo a base de todos os serviços federais na África Ocidental, o Senegal safa


prejudicado com a implementação da lei-quadro. A ideia de que a lei-quadro
era desvantajosa para os interesses dos africanos foi também sustentada por
Ahmed Sekou Touré, um influente líder sindical na Guiné Francesa (Guiné-
Conacri).

Em 1958, a tendência de evolução nas colónias francesas alterou-se.

De Gaulle retomara o poder e decidira tomar algumas posições sobre as


colónias. Rompendo com a tradicional ideia de que as colónias eram
possessões francesas, propôs uma alteração constitucional para acomodar a
criação de uma comunidade francesa. Em Setembro de 1958, a nova
constituição foi a referendo para que cada colónia decidisse entre integrar a
comunidade e a independência fora dela.

Todas as colónias votaram na comunidade excepto a Guiné que, por influência


de Sekou Touré, votou contra a comunidade, optando pela independência.
Neste contexto a Costa do Marfim, o Níger, o Alto Volta e o Daomé decidiram
formar a «União Sahel-Benin» e, mais tarde, o «Conselho do Entendimento»,
enquanto o Senegal se unia ao «Sudão Francês» para formar a «Federação do
Mali». Estas uniões não duraram muito tempo, e a França, em 1960,
reconheceu a independência da maioria das suas colónias africanas.

A decisão da Guiné de se opor comunidade francesa levou a que a França


retirasse todo o seu apoio material e humano. Entretanto, e contra as
expectativas da França, a Guiné conseguiu sobreviver, pois teve de imediato o
apoio do Gana e, sobretudo, dos países comunistas da Europa e Ásia.

O sucesso da Guiné estimulou outros estados integrados na comunidade a


lutar pela sua independência. Inicialmente, o Senegal e o Sudão Francês
formaram, em 1959, a Federação do Mali. Pouco depois, o seu pedido para a
independência total foi aceite pela França. Em 1960, a Federação desfez-se.

As diferenças entre os líderes dos dois estados à volta das prioridades em


relação ao futuro eram muito grandes. O Senegal queria manter o auxílio

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francês, enquanto o Mali aspirava a uma evolução mais autónoma, que lhe
permitisse densenvolver o interior, mais pobre Depois disso os outros territórios
perceberam como a comunidade era desnecessária e começaram a negociar a
sua independência legal e completa.

Apesar da independência, todos os estados do antigo império francês


continuaram a receber o apoio da ex-metrópole, excepto a Guiné e o Mali, pela
orientação política que adoptaram, e a Costa do Marfim e o Gabão, que não
tinham conseguido uma autonomi a considerável.

3- A Independência da REPÚBLICA DEMOCRÁTICA


DO CONGO

Os progressos do movimento nacionalista na década de 1950 criaram


condições para o avanço do país rumo a independência. Nesta fase da
resistência merecerá particular destaque o papel de Patrice Lumumba cuja
acção levou a independência do país. Entretanto a lição levará também a uma
abordagem sobre os conflitos no seio do movimento nacionalista, que neste
caso foram particularmente graves.

Ao falar sobre a independência do congo é importante referir sobre o grande


papel de Patrice Lumumba.

Após concluir os estudos primários e empregar-se como empregado dos


correios, Lumumba iniciou, através de artigos publicados em jornais a crítica ao
colonialismo, advogando a igualdade entre africanos e belgas.

Na sua intervenção na conferência de Acra, Lumumba deixou vincadas as suas


ideias, que aliás viriam a constituir o seu programa de luta, ao dar vivas a
nação congolesa e a África Independente e dizer abaixo ao imperialismo ao
colonialismo ao racismo e ao tribalismo.

Já de volta ao Congo, Lumumba reivindicou a independência imediata.

Em Janeiro de 1959, eclodiu em Leopoldville (Kinshasa) uma revolta


encabeçada pelo proletariado urbano que via na independência a única saída
para os problemas sociais e políticos com que a colónia se debatia.

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O balanço oficial dos tumultos indicava 49 mortos e 116 feridos graves dos
quais se contavam 15 europeus. Apesar do rescaldo negro, que incluía ainda a
prisão de alguns chefes políticos locais, o rei Baudouin reconheceu, num
discurso a 13 de Janeiro de 1959, que a independência era o único fim do
processo político em curso. Para consubstanciar essa ideia prometeu a
independência para o Congo, cujos passos iniciais seriam a criação de um
parlamento congolês eleito por sufrágio indirecto e a integração racial

Pouco depois iniciavam as negociações para a independência, numa mesa-


redonda belgo-congolesa, especialmente convocada para o efeito em Bruxelas.
Desse encontro deviam participar todos os líderes políticos, por isso Lumumba
que fora preso nos tumultos de Novembro de 1959, foi liberto especialmente
para o efeito.

Para este encontro colocavam-se duas questões fundamentais:

1. Calendário da descolonização e;

2. A Cosntituição do novo Estado.

Em relação ao calendário, não houve grandes discussões pois, a Bélgica teve


uma reviravolta admirável acelerando o processo e fixar a data da
independência para 30 de Junho.

Quanto ao estatuto constitucional existiam duas posições antagónicas:

• Federalismo defendido por Kasavubu – em que se propunha a existência


de Estados federais fortes que tivessem à cabeça um poder central moderado;

• Estado unitário, defendido por Lumumba

As discussões em torno desta matéria terminaram com a adopção de uma


fómula intermédia em que se ficava por um Estado republicano no qual
existiram um poder central forte e seis governos provinciais. Paralelamente foi
adoptada uma lei fundamental que devia vigorar até ser votada uma
Constituição para o país.

Entretanto o quadro preparado para a independência apresentava duas


fissuras bastante perigosas para o futuro país independente. O Banco Central

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do Congo continuava nas mãos da Bélgica e o país não dispunha de quadros
suficientes para tomar de imediato dos destinos do país.

Em Maio de 1960 tiveram lugar as eleições para a Assembleia Nacional nas


quais o MNC de Patrice Lumumba saiu vitorioso. Lumumba foi nomeado chefe
do Governo em coligação com Swendé, de origem balubakat e Iléo, da etnia
Bângala. Joseph Kasavubu foi eleito presidente. A 30 de Junho foi proclamada
a independência.

A Crise do Pós-Independência e a Separação de Catanga

O novo Estado enfrenta de imediato problemas graves que irão condicionar a


evolução posterior do país.

• Entre os integrantes da liderança do país nenhum deles tinha


experiência de gestão administrativa, se não a liderança de algumas
associações, portanto a um nível bastante limitado;

• A coesão entre os membros desta liderança era quase nula. Cada um


deles, além de se identificar com o seu próprio grupo étnico –tribal, tinha
convicções políticas próprias.

• As forças centrífugas lideradas por Moses Tchombé (do Catanga) e

A. Kalondji (do Kasai) continuavam bastante fortes.

Neste contexto, poucos dias após a independência a força pública revoltou-se.


A violência criou pânico entre a população branca, agravado pela promoção de
alguns africanos a oficiais superiores. Instalou-se o caos e o país ficou
paralisado.

Na tentativa de encontrar uma solução para a crise, a Bélgica lançou


paraquedistas para controlar as principais cidades, enquanto os principais
líderes do país, Patrice Lumumba e Joseph Kasavubu, decidiram pedir o auxílio
das Nações Unidas. Entretanto o momento foi aproveitado por Moses
Tchombé, apoiado pelos colonos do Catanga e pelo Ministro do Interior
Godefroy Munongo para proclamar a independência do Catanga. Isso
aconteceu a 11 de Julho, passava pouco mais de um mês após a proclamação

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da independência. Pouco tempo depois a província do Kasai seguiu o exemplo
de Catanga liderada por Kalondji.

A intervenção da ONU, dos governos africanos, soviético, americano, belga,


bem como dos interesses económicos no país não conseguiram diminuir o
ambiente. Lumumba e Kasavubu envolveram-se em lutas pelo poder, situação
que foi aproveitada por um grupo de oficiais para levar ao poder o coronel
Joseph Mobutu que decidiu mandar prender os dirigentes políticos e formar um
governo de técnicos cosntituído pelos poucos jovens universitários que o país
dispunha. As forças armadas das diferentes regiões (Stanleyville, Catanga,
Kasai, Kivu, Kwilu, e outros) protagonizam confrontos sangrentos que
envolviam as tropas congolesas e os capacetes azuis.

Então foi no meio desses ambientes que em Janeiro de 1961 quando tentava
regressar a sua cidade Stanleyville,Lumumba foi preso pelas autoridades de
Leopoldville e entregue aos catanguenses que o assassinaram.

Depois de acções diplomáticas pouco conseguidas entre 1961 e 1963, que


incluem de permeio a morte do secretário-geral da ONU num acidente de
aviação a caminho do Congo para negociações, a sesseção do Catanga iria
terminar em Janeiro de 1963 na sequência de uma intervenção militar da ONU.

Em 1964 Kasavubu indica Tchombé para seu primeiro-ministro e, com apoio


militar americano-belga, consegue reduzir o perigo de uma rebelião armada. Só
que pouco depois Tchombé e Kasavubu entra em colisão pelo que o exército
indicou Joseph Mobutu para presidente da República.

Após a eliminação das bolsas de resistência, da morte de Tchombé e

Kasavubu, e ainda do afastamento dos velhos concorrentes políticos de


Mobutu (detidos ou envolvidos em negócios abandonando a política) ficou
aberto o caminho para a acumulação ilimitada de poder por Mobutu. Com
Mabutu na liderança o pais vai viver momentos prodigiosos que de uma forma
sintetica que abordaremos a seguir:

 Em 1966 decorreu a nacionalização da Union Minière;


 Em 1967 houve Reforma monetária para estabilizar a moeda nacional e
elevar a reputação do Zaire no mundo;

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 Em 1970 - No culminar de uma reforma política de grande envergadu

ra, o Mouvement Populaire de la Revolution (MPR) controla a vida política


nacional tornando-se em partido único. A ideologia deste partido passa a ser
resumida na palavra “autenticidade” que pressupõe encarar os problemas de
frente e dar-lhes soluções adequadas com base nos próprios recursos. É esta
ideia que está na origem de uma autênctica confusão no vocabulário e nos
nomes das pessoas Joseph Mobutu passa a chamar-se Mobutu Sese Seku, o
Congo para a ser Zaire, Leopóldville passa para Kinshasa, etc. Tudo autêntico,
originariamente local.

 Em 1972 – o governo e a comissão executiva do MPR coligam-se para


formar um Conselho Executivo Nacional, cujos comissários de Estado
eram dotados de funções ministeriais;
 Em 1974 – revisão constitucional atribui ao chefe de Estado a chefia do

Conselho Executivo Nacional, a presidência do Conselho Legislativo Nacional,


a chefia do poder judicial e das forças armadas;

 Em 1975 – Instituída a Comissão Permanente do Secretariado Político


do MPR.

Todavia, a independência do Congo que pertencia a Belgica, ocorreu em 1960.

O desejo de independência dos principais partidos nacionalistas levou os


belgas, em 30 de junho de 1960, a finalmente conceder a independência ao
Congo Belga, com o nome de República do Congo ("Congo-Léopoldville"), mas
passados dias o país encontrava-se mergulhado na anarquia e com vários
surtos de rebelião e lutas tribais até aos dias de hoje.

4- A Independência do CONGO BRAZZAVIL

Em 1946, o Parti Progressiste Congolais (P.P.C) fundada por Félix Tchicaya é


baseada essencialmente na tribo dos vilis, que era a força política dominante.
Filiado no R.D.A. em 1948 foi continuado pela Union Democratique de Difense
des Intérêts (U.D.D.I.A.), criada em 1956 pelo Padre Fulbert Yulu. E por
consequência muitos dirigentes aderiram a este partido desmembrando-se do
anterior, que posteriormente se tornou a secção R.D.A e se opôs violentamente

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ao mouvement socialiste africain (M.S.A), de Jacques Opangault. Com o apoio
de alguns independentes aliados ao M.S.A fez com que não tardasse em tomar
o poder até ao momento da nova votação, que permitiu com que o padre Yulu
ascendesse o cargo de primeiro ministro. Yulu continuou durante muito tempo
como primeiro ministro, apesar de ter causado inúmeros alvorosos entres so
povos. Uma forte tensão política provocou em 1959 inúmeros distúrbios entre
os quais os Laris e os M´Bochis desentenderam-se causando 200 mortos antes
da independência, o que levou os dois dirigente a assinarem um acordo, afim
de se evitarem mais derramamento de sangue, nomeando Opangault ministro
de estado enquanto Fulbert Yulu ascendia a magistratura suprema. O padre
teve como base elementos europeus de extrema direita e instaurou um regime
muito autocrático, tendo no ano de 1960 apoiado Kasacub contra Lumumba e
não escondeu a sua simpatia por Tchombe.

Assim, o Congo obteve a sua independência da França em 15 de agosto de


1960. Seu primeiro presidente foi Fulbert Youlou, forçado a deixar o governo
por uma revolta, em 1963. Assume então, a presidência Alphonse Massamba-
Délbat que, em 1964, fundou um partido adotando uma economia planificada,
de base socialista.

A tensão entre o governo e os militares cresce e, em 1968, o Exército dá um


golpe de estado, liderado pelo major Marien Ngouabi, que assume o poder. Em
dezembro de 1969, o presidente Ngouabi anuncia a nova República Popular
durante a solenidade de fundação do "Partido Congolês dos Trabalhadores"
(PCT), presidido por ele e dirigido por um comitê central composto de 30
membros. Em janeiro de 1970, o país passa a chamar-se República Popular do
Congo, adota como símbolos nacionais a internacional e a tradicional bandeira
vermelha com o martelo, porém sem a tradicional foice, que foi substituída por
uma enxada. O ex-Congo francês consolida seu regime ligado ao marxismo-
leninismo, tornando-se o primeiro país comunista da África. Neste mesmo ano,
o exército esmaga uma tentativa de golpe contra o presidente, liderada pelo ex-
tenente paraquedista Pierre Xitonga, e executa todos os conspiradores, com
exceção do ex-ministro da Defesa, Augustin Poignet, que consegue fugir.
Aproveitando-se desta situação, dá início a um expurgo geral de todos os
suspeitos de serem contrários ao seu governo

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O Partido Congolês do Trabalho (PCT) permanece como sendo o único legal e,
em 1977, o presidente foi assassinado, assumindo o poder uma junta militar.
Em 1979 passa à presidência o coronel Sassou-Nguesso, que exerce poderes
ditatoriais até 1989.O governo mantém uma política internacional de
neutralidade, relacionando-se tanto com o capitalismo como com o comunismo.
Em 1990, o PCT abandona o marxismo-leninismo. No ano seguinte, tropas
cubanas estacionadas no país desde 1977, deixam o Congo. Em 1992 é
votada a nova Constituição, onde está previsto um sistema político
multipartidário. Em 1993 milícias promovem ataques contra tropas do governo,
cujo presidente é Pascal Lissouba. A situação persiste até 1995, com greves e
motins.

5- A Independência da LIBÉRIA

A história deste país, é única entre as nações africanas pois juntamente com a
Etiopia que não possuia uma história não vinculada ao colonialis europeu. Foi
fundada e colonizada por escravisados americanos libertos com a ajuda de
uma organização privada chamada American Colonsization Society em 1821 a
1822 na premissa de que os ex-escravisados americanos teriam maior
liberdade e igualdade nesta nova nação.

Escravizados libertos dos navios negreiros foram enviados para libéria, em


lugares de serem repatriados para os seus países de origens. Estes colonos
criaram um grupo de elites da sociedade da Libéria e em 1847 fundaram a
república da Libéria que instituiu um governo inspirado nos Estados Unidos
homenagiando James Monroe o quinto presidente dos Estados Unidos que foi
defensor da colonização

Adquirida no século XIX por uma Organização dos Estados Unidos que
pretendia assentar na África os negros livres ou libertos da escravidão
estadunidense, a Libéria foi formada por ex-escravos, e seu nome significa
“país dos libertos”.

A Libéria foi o primeiro país africano a obter sua independência dos


colonizadores, pela saída da Sociedade Americana de Colonização do
território.

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Quando a Sociedade Americana de Colonização definiu o território liberiano,
ela não pensou nas graves conseqüências que viriam. Isso porque os ex-
escravos teriam que dividir o território do país com tribos africanas que lá
habitavam.

Rapidamente ocorreram conflitos entre tribos nativas e os recém-chegados


imigrantes, conflitos esses que iniciaram a triste história do país. Localizada na
África Ocidental, a Libéria limita-se com Serra Leoa (a noroeste), Guiné (ao
norte), Costa do Marfim (a leste) e com o Oceano Atlântico (ao sul e a oeste)

A 26 de Julho de 1847, a Libéria declarou a sua independência, assumindo a


forma de uma república cuja Constituição foi decalcada a partir da Constituição
dos Estados Unidos. Joseph Jenkins Roberts foi o primeiro presidente do país,
exercendo funções até 1856. O reconhecimento da independência da Libéria
pelos países mais importantes da época ocorreu entre 1848 e 1862: Grã-
Bretanha em 1848, França em 1852 e Estados Unidos em 1862.

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CONCLUSÃO

Depois das pesquisas realizadas ao longo da abordagem dos assuntos


temáticos, o grupo chegou a concluir que, o caminho para as independências
dos países da áfrica negra, foi um dos actos ou fenómenos políticos que mais
impactuaram a segunda metade do século xx, por movimentos que iniciaram
na áfrica ocidental britânica e vai se desenvolvendo de maneira acelerada aos
territórios ou estados pertecentes a frança e com o mesmo rítmo para a áfrica
belga, dando sequência aos territórios britânicos da áfrica oriental e central, de
acordo com os assuntos abordados no corpo do trabalho.

Portanto, são muitos os acontecimentos que marcaram este período, por isso é
um trabalho bastante sugestivo; por isso carece de uma análise profunda e ser
feita as devidas correcções para torná-lo cada vez mais sufestivo.

Como sugestão, o gruppo sugere ou seja, é de opião que todo o trabalho


argumentativo ou investigativo de cunho histórico, carece de um cuidado
apurado, pois os fáctos são irreversíveis.

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Referências Bibliográficas

Material de apoio de áfrica III, referenciado no livro de Joseph Ki-zerbo IIº volume História de
África, pág.182, 189-194, 197, 227. 210.

Hernandes Leila, a Africa na sala de aula, pág 198-199

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