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Escola Secundaria de Metuge, Salas Anexas de Impire

As potências europeias diante do Movimento Nacionalista

Nome de discentes:

Alfane Luís
Arlindo Genito
Bacar Amade
Benilde Salvador
João Pedro
Pissaia Alfredo

Impire, Setembro de 2023


Escola Secundaria de Metuge, Salas Anexas de Impire

As potências europeias diante do Movimento Nacionalista

Nome de discentes do II
Grupo:
Alfane Luís
Trata-se de trabalho de carácter
Arlindo Genito
avaliativo na disciplina de História,
Bacar Amade
Curso de Diurno, 11ª Classe, orientado
Benilde Salvador
pelo Professor:
João Pedro
Pissaia Alfredo Soares José Omai

Impire, Setembro de 2023

Índice
Introdução.........................................................................................................................................3

As potências europeias diante do Movimento Nacionalista.............................................................4

A Conferência de Bandung..............................................................................................................4

Factores da descolonização..............................................................................................................5

Mecanismos da descolonização........................................................................................................6

Conclusão.........................................................................................................................................8

Referências bibliográficas................................................................................................................9
Introdução

O trabalho em causa constitui um dispositivo de debate muito importante, porém o


mesmo está inserido na disciplina de História. Trata-se dum trabalho de carácter
colectivo recomendado pelo docente da cadeira em causa á respeito dos conteúdos do
programa da disciplina.

O presente trabalho tem como tema: as potências europeias diante do Movimento


Nacionalista, a conferência lançou a ideia de um Tribunal da Descolonização, para
julgar os culpados desse crime contra a humanidade, mas a ideia foi abafada pelos
países centrais. Abordou também as Responsabilidades dos Países Imperialistas, que
existem até hoje, entendidas como ajuda para reconstruir os estragos que eles fizeram no
passado.

Objectivo Geral:
 Conhecer a reacção da Inglaterra e França diante do nacionalismo africano.

Objectivos Específicos:

 Descrever a reacção da Inglaterra e França diante do nacionalismo africano.


 Explicar como Portugal e Bélgica reagiram perante a intensificação do
nacionalismo africano.

Para o alcance dos objectivos acima, foi graças a consulta de várias obras bibliográficas
e a parte virtual que é a internet, que consistiu na análise, selecção de conteúdos que
achou-se pertinente para apresentação do trabalho em causa.

O trabalho esta estruturado da seguinte forma: Introdução, As potências europeias


diante do Movimento Nacionalista, a Conferência de Bandung, Factores da
descolonização, Mecanismos da descolonização, conclusão e referências bibliográficas.
As potências europeias diante do Movimento Nacionalista
As duas guerras mundiais que fustigaram a Europa durante a primeira metade do século
XX deixaram os países europeus sem condições para manterem um domínio económico
e militar nas suas colónias.
A esta realidade, juntou-se o surgimento e intensificação do movimento independentista
particularmente após a Conferência de Bandung, que levou as antigas potências
coloniais a negociarem a independência das colónias.
O processo de independência das colónias europeias no continente africano teve início
após a II Guerra Mundial e prolongou-se até a década de 70.
Durante a guerra, a pressão das metrópoles pelo crescimento da produção colonial, o
avanço dos meios de comunicação (aviação, rádio, construção de estradas) e a
desestruturação das metrópoles europeias – Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha e
Itália – favorecem o surgimento de movimentos de libertação. A descolonização dá-se
de forma lenta e desigual em todo o continente.
Os movimentos anti colonialistas intensificaram-se após a Conferência Afro-Asiática de
Bandung, na Indonésia, em 1955, que reuniu 29 países asiáticos e africanos e proclamou
o princípio do não-alinhamento automático ao lado das novas potências emergentes,
EUA e URSS, e defendeu o direito de autodeterminação dos povos. Nos dez anos que se
seguem à conferência, 33 países obtêm a emancipação.

A Conferência de Bandung
A Conferência de Bandung realizou-se entre 18 e 24 de Abril de 1955, na Indonésia,
com a participação dos líderes de vinte e nove Estados asiáticos e africanos.
O objectivo era a promoção da cooperação económica e cultural afro-asiática, como
forma de oposição ao que era considerado colonialismo ou neocolonialismo dos Estados
Unidos da América, da União Soviética ou de outra nação considerada imperialista.
Foi a primeira conferência a falar e a afirmar que o imperialismo e o racismo são
crimes.
A conferência lançou a ideia de um Tribunal da Descolonização, para julgar os
culpados desse crime contra a humanidade, mas a ideia foi abafada pelos países
centrais. Abordou também as Responsabilidades dos Países Imperialistas, que existem
até hoje, entendidas como ajuda para reconstruir os estragos que eles fizeram no
passado.
Nessa conferência foram lançados os princípios políticos do "não-alinhamento"
(Terceiro Mundo), ou seja, de uma postura diplomática e geopolítica de equidistância
das superpotências.
Apesar do não-alinhamento todos os países declararam que eram socialistas mas não
iriam se alinhar ou sofrer influência Soviética.
O "Não-alinhamento" não foi possível no contexto da Guerra Fria, onde URSS e EUA
buscavam cada vez mais por áreas de influências.
No lugar do conflito Leste-Oeste, Bandung criava o conceito de Conflito norte-sul,
expressão de um mundo dividido entre países ricos e industrializados e países pobres
exportadores de produtos primários.
A pressão dos movimentos nacionalistas forçou diversas potências europeias a conceder
a independência as suas colónias, procurando, porém manter laços económicos e
políticos. Aos EUA e à URSS, interessava pôr fim ao mundo colonial, e abrir as antigas
colónias a disputa comercial das principais potências.

Factores da descolonização
Um breve olhar aos principais factores da emergência do nacionalismo africano permite
verificar que as condições para esse movimento encontravam-se criadas nos meados do
século XX.
Uma das questões que se levanta quando se fala do nacionalismo africano é “como é
que as potências europeias reagiram ao crescimento do movimento nacionalista em
África?”
A atitude das potências coloniais diante do movimento nacionalista foi variável. Alguns
países, com destaque para Inglaterra e França, que já tinham, nas colónias, uma posição
económica firme sobretudo graças as companhias aí instaladas optaram por soluções
neocoloniais.
A descolonização da África ocorreu durante no século XX quando as populações dos
territórios africanos ocupados conseguiram expulsar o invasor europeu e assim,
conquistar a independência.
O primeiro pais africano a ser independente de forma pacífica foi a libéria, em 1847, e
de forma de luta armada foi Gana em 1957 e por ultimo foi o Sudão de Sul em 2002 e a
Eritreia em 1993.
Assim os factores da descolonização africana foram:
 Perda da hegemonia europeia, graças ao desgaste material e humano provocado
pelas duas grandes guerras;
 O desenvolvimento do sentimento nacionalista nos povos colonizados;
 Os acordos pactuados entre os EUA e a União Soviética, após a Primeira Guerra
Mundial, comprometendo-se em não interferir em ambos os continentes;
 Formação de Novos Estados nacionais;
 Ocorrência de guerras civis;
 Disputas ideológicas entre apoiantes e opositores do comunismo soviético;
 Conformação cultural do Pan-africanismo.

Mecanismos da descolonização
Diante da intensificação do movimento nacionalista e das pressões internacionais,
Inglaterra e França, concederam autonomia política as suas colónias, mantendo porém
governos leais à antiga metrópole e, sobretudo, o domínio económico.
 Enfraquecimento dos paises eutropeus;
 Colaboração das populações coloniais no conflito;
 Inicio da Guerra-Fria, com apoio dos blocos de poder que buscavam ampliar
suas zonas de influência;
 Os partidos e movimentos africanos organizados com a intenção de
descolonização lutavam pela independência de suas nações;
 Expulsão dos colonizadores;
 Criação de Novos Estados nacionais e definição do alinhamento ideológico ao
socialismo soviético ao modelo capitalista.

O Novo Estado, “independente”, continua assim vinculado à “antiga” metrópole, no


quadro de uma comunidade de estados independentes – Commonwelth ou a
Comunidade Francesa – ficando as relações exteriores condicionadas por essa
comunidade.

Neste contexto muitas colónias africanas sob domínio inglês ou francês ascenderam à
independência de forma pacífica com base num quadro estabelecido para o efeito. Foi
assim na Costa do Ouro, Nigéria, Tanganyica, Uganda, Senegal, Costa do Marfim, Mali,
Guiné, entre outras colónias inglesas e francesas.
Outros países, como Portugal e Bélgica, até meados do século XX, quando o
movimento nacionalista começou a se intensificar, não possuiam em suas colónias uma
estrutura económica suficientemente forte para assegurar a manutenção dos seus
interesses após a independência por isso foram relutantes em aceder ao desejo de
independência dos africanos.

Essa atitude das potências colonizadoras ditou que a busca da independência das
respectivas colónias fosse por via da insurreição armada. Mais ainda a ascensão das
colónias à independência significou o corte com as antigas metrópoles.
Conclusão
Chegado ao fim do tema acima referido, conclui-se que As duas guerras mundiais que
fustigaram a Europa durante a primeira metade do século XX deixaram os países
europeus sem condições para manterem um domínio económico e militar nas suas
colónias.
A esta realidade, juntou-se o surgimento e intensificação do movimento independentista
particularmente após a Conferência de Bandung, que levou as antigas potências
coloniais a negociarem a independência das colónias.
O processo de independência das colónias europeias no continente africano teve início
após a II Guerra Mundial e prolongou-se até a década de 70.
Durante a guerra, a pressão das metrópoles pelo crescimento da produção colonial, o
avanço dos meios de comunicação (aviação, rádio, construção de estradas) e a
desestruturação das metrópoles europeias – Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha e
Itália – favorecem o surgimento de movimentos de libertação. A descolonização dá-se
de forma lenta e desigual em todo o continente.
Os movimentos anti colonialistas intensificaram-se após a Conferência Afro-Asiática de
Bandung, na Indonésia, em 1955, que reuniu 29 países asiáticos e africanos e proclamou
o princípio do não-alinhamento automático ao lado das novas potências emergentes,
EUA e URSS, e defendeu o direito de autodeterminação dos povos. Nos dez anos que se
seguem à conferência, 33 países obtêm a emancipação.
O primeiro pais africano a ser independente de forma pacífica foi a libéria, em 1847, e
de forma de luta armada foi Gana em 1957 e por ultimo foi o Sudão de Sul em 2002 e a
Eritreia em 1993. Assim os factores da descolonização africana foram:
 Perda da hegemonia europeia, graças ao desgaste material e humano provocado
pelas duas grandes guerras;
 O desenvolvimento do sentimento nacionalista nos povos colonizados;
 Os acordos pactuados entre os EUA e a União Soviética, após a Primeira Guerra
Mundial, comprometendo-se em não interferir em ambos os continentes;
 Formação de Novos Estados nacionais;
 Ocorrência de guerras civis;
 Disputas ideológicas entre apoiantes e opositores do comunismo soviético;
 Conformação cultural do Pan-africanismo.
Referências bibliográficas
Barreira, A., & Moreira, M. (s.d). História Activa 3. Da Guerra de 1914/1918 aos
nossos dias 9º ano de escolaridade, Edições ASA.
Fenhane, J.B. (2000). História-11ª classe, Maputo, DINAME.
Guerra, M.L. (1976). História Moderna e Contemporânea, Porto Editora.
Ki-Zerbo, J. (1999). História da África Negra - Vol. II, Portugal, Publicações Europa
América.
Neves, P. A., Maia, C., & Baptista, D. (2002). Clube de História-9, Porto Editora.

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