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Prefeitura Municipal de São Vicente

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
Centro Municipal de Educação de Jovens e Adultos de São Vicente

HISTÓRIA
ENSINO MÉDIO

TERMO III

UNIDADE 1

CONTEÚDOS:

 IMPERIALISMO: A CRÍTICA DE SUAS JUSTIFICATIVAS


(CIENTIFICISMO, EVOLUCIONISMO E RACIALISMO).

 CONFLITOS ENTRE OS PAÍSES IMPERIALISTAS E A


PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL.

 A REVOLUÇÃO RUSSA E O STALINISMO

 TOTALITARISMO: OS REGIMES NAZIFASCISTAS.

 A CRISE ECONÔMICA DE 1929 E SEUS EFEITOS


MUNDIAIS.

 A GUERRA CIVIL ESPANHOLA.


SÃO VICENTE
2020

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PLANEJAMENTO DE ESTUDOS
Leia com atenção as dicas abaixo e tenha SUCESSO nos ESTUDOS.

 Lembre-se de que você vai estudar sozinho, segundo suas oportunidades, conveniências e
ritmo de trabalho. Mas, o hábito de estudar deve ser planejado de forma a ocorrer sempre
no em um determinado horário.

 O local de estudo dever ser bem iluminado e silencioso. Evite musicas altas, TV ligada
entre outros.

 Realize todos os exercícios proposto na Unidade de estudo. Você esta com dificuldade na
matéria? Não desanime! Vem para o CEJAIN. Converse com o professor que o orientará.

 Quando o professor devolver uma atividade corrigida, refaça as questões que você errou,
consultando a Unidade de estudo. APRENDA o que ainda não sabe.

 Após a leitura, faça 3 perguntas difíceis sobre o assunto. Se você acertar é por que
entendeu.

ANTES DA AVALIAÇÃO

 Nunca deixe pra estudar de véspera. Siga um plano diário para poder tirar as dúvidas.

 Estude sempre a matéria na seqüência da apostila.

 Refaça os exercícios. Em caso de dúvida, consulte o professor.

 Você deve repassar a matéria diariamente; na época da avaliação só precisará recordar o


que estudou.

NO DIA DA AVALIAÇÃO

 Leve o material necessário para fazer a prova: lápis, borracha, caneta (azul ou preta), etc...

 Leia toda a prova antes de respondê-la. Inicie sempre pelas questões mais fáceis.

 Responda uma questão de cada vez.

 Calcule o tempo para que sobre alguns minutos para revisar suas respostas.

 Preste atenção ao enunciado das questões, isto é, o que elas pedem como respostas.

 Evite rasuras.

 Lembre-se: toda avaliação é um documento, que deve ser feito a caneta.

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IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO.
Na segunda metade do século XIX, países europeus como a Inglaterra, França, Alemanha,
Bélgica e Itália, eram considerados grandes potências industriais. Na América, eram os Estados
Unidos quem apresentavam um grande desenvolvimento no campo industrial. Todos estes países
exerceram atitudes imperialistas, pois estavam interessados em formar grandes impérios
econômicos, levando suas áreas de influência para outros continentes.
Com o objetivo de aumentarem sua margem de lucro e também de conseguirem um custo
consideravelmente baixo, estes países se dirigiram à África, Ásia e Oceania, dominando e
explorando estes povos. Não muito diferente do colonialismo dos séculos XV e XVI, que utilizou
como desculpa a divulgação do cristianismo; o neocolonialismo do século XIX usou o argumento
de levar o progresso da ciência e da tecnologia ao mundo.
Na verdade, o que estes países realmente queriam era o reconhecimento industrial
internacional, e, para isso, foram em busca de locais onde pudessem encontrar matérias primas e
fontes de energia. Os países escolhidos foram colonizados e seus povos desrespeitados. Um
exemplo deste desrespeito foi o ponto culminante da dominação neocolonialista, quando países
europeus dividiram entre si os territórios africanos e asiáticos, sem sequer levar em conta as
diferenças éticas e culturais destes povos.
Devido ao fato de possuírem os mesmo interesses, os colonizadores lutavam entre si para
se sobressaírem comercialmente. O governo dos Estados Unidos, que já colonizava a América
Latina, ao perceber a importância de Cuba no mercado mundial, invadiu o território, que, até
então, era dominado pela Espanha. Após este confronto, as tropas espanholas tiveram que ceder
lugar às tropas norte-americanas. Em 1898, as tropas espanholas foram novamente vencidas pelas
norte-americanas, e, desta vez, a Espanha teve que ceder as Filipinas aos Estados Unidos.
Outro ponto importante a se estudar sobre o neocolonialismo, é à entrada dos ingleses na
China, ocorrida após a derrota dos chineses durante a Guerra do Ópio (1840-1842). Esta guerra foi
iniciada pelos ingleses após as autoridades chinesas, que já sabiam do mal causado por esta
substância, terem queimado uma embarcação inglesa repleta de ópio. Depois de ser derrotada pelas
tropas britânicas, a China, foi obrigada a assinar o Tratado de Nanquim, que favorecia os ingleses
em todas as clausulas. A dominação britânica foi marcante por sua crueldade e só teve fim no ano
de 1949, ano da revolução comunista na China.
Como conclusão, pode-se afirmar que os colonialistas do século XIX, só se interessavam
pelo lucro que eles obtinham através do trabalho que os habitantes das colônias prestavam para
eles. Eles não se importavam com as condições de trabalho e tampouco se os nativos iriam ou não
sobreviver a esta forma de exploração desumana e capitalista. Foi somente no século XX que as
colônias conseguiram suas independências, porém herdaram, dos europeus uma série de conflitos e
países marcados pela exploração, subdesenvolvimento e dificuldades políticas.

CONFLITOS ENTRE OS PAÍSES IMPERIALISTAS E A PRIMEIRA GUERRA


MUNDIAL

Principais causas (motivos) que provocaram a Primeira Guerra Mundial:

 A partilha das terras da África e Ásia, na segunda metade do século XIX, gerou muitos
desentendimentos entre as nações européias. Enquanto Inglaterra e França ficaram com
grandes territórios com muitos recursos para explorar, Alemanha e Itália tiveram que se
contentar com poucos territórios de baixo valor. Este descontentamento ítalo-germânico
permaneceu até o começo do século XX e foi um dos motivos da guerra, pois estas duas
nações queriam mais territórios para explorar e aumentar seus recursos.

 No final do século do século XIX e começo do XX, as nações européias passaram a


investir fortemente na fabricação de armamentos. O aumento das tensões gerava

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insegurança, fazendo assim que os investimentos militares aumentassem diante de uma
possibilidade de conflito armado na região;

 A concorrência econômica entre os países europeus acirrou a disputa por mercados


consumidores e matérias-primas. Muitas vezes, ações economicamente desleais eram
tomadas por determinados países ou empresas (com apoio do governo);

 A questão dos nacionalismos também esteve presente na Europa pré-guerra. Além das
rivalidades (exemplo: Alemanha e Inglaterra), havia o pangermanismo e o pan-
eslavismo. No primeiro caso era o ideal alemão de formar um grande império, unindo os
países de origem germânica. Já o pan-eslavismo era um sentimento forte existente na
Rússia e que envolvia também outros países de origem eslava.

Antecedentes

Vários problemas atingiam as principais nações européias no início do século XX. O século
anterior havia deixado feridas, difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente
descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e
Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e
Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado
consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das
causas da Grande Guerra.
Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial
entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta
concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países
estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem,
ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre
os países, onde um tentava se armar mais do que o outro.
Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A
França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha,
durante a Guerra Franco-Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando
uma oportunidade para retomar a rica região perdida.
O pangermanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na
Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação,
todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.

O início da Grande Guerra

O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império


austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao
criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência
da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas
tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à
Servia.

Política de Alianças

Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século
XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice
Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a
outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação
de França, Rússia e Reino Unido.

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O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e
medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.

Desenvolvimento

As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas


vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território.
A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a
utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto
os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como
empregadas.

Fim do conflito

Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância: a entrada dos Estados Unidos
no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a
defender, principalmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando
os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de
Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército
reduzido, sua indústria bélica controlada, perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à
França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países
vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da
Segunda Guerra Mundial.
A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou
campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos.

A REVOLUÇÃO RUSSA E O STALINISMO

Introdução

No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da


agricultura, pois 80% de sua economia estava, concentrada no campo (produção de gêneros
agrícolas).

Rússia Czarista

Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para
manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista,
ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia. Mesmo os
trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam
descontentes com o governo do czar.
No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No
conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros
do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.
Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a
liderança de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar a revolução socialista na Rússia e a
queda da monarquia.

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A Rússia na Primeira Guerra Mundial

Faltavam alimentos na Rússia czarista, empregos para os trabalhadores, salários dignos e


democracia. Mesmo assim, Nicolau II jogou a Rússia numa guerra mundial. Os gastos com a
guerra e os prejuízos fizeram aumentar ainda mais a insatisfação popular com o czar.

Greves, manifestações e a queda da monarquia

As greves de trabalhadores urbanos e rurais espalham-se pelo território russo. Ocorriam


muitas vezes motins dentro do próprio exército russo. As manifestações populares pediam
democracia, mais empregos, melhores salários e o fim da monarquia czarista. Em 1917, o governo
de Nicolau II foi retirado do poder e assumiria Kerenski (menchevique) como governo provisório.

A Revolução Russa de outubro de 1917

Com Kerenski no poder pouca coisa havia mudado na Rússia. Os bolcheviques, liderados
por Lênin, organizaram uma nova revolução que ocorreu em outubro de 1917. Prometendo paz,
terra, pão, liberdade e trabalho, Lênin assumiu o governo da Rússia e implantou o socialismo.
As terras foram redistribuídas para os trabalhadores do campo, os bancos foram nacionalizados e
as fábricas passaram para as mãos dos trabalhadores. Lênin também retirou seu país da Primeira
Guerra Mundial no ano de 1918. Foi instalado o partido único: o PC (Partido Comunista).

A formação da URSS

Após a revolução, foi implantada a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).
Seguiu-se um período de grande crescimento econômico, principalmente após a NEP (Nova
Política Econômica). A URSS tornou-se uma grande potência econômica e militar. Mais tarde
rivalizaria com os Estados Unidos na chamada Guerra Fria. Porém, após a revolução a situação da
população geral e dos trabalhadores pouco mudou no que diz respeito à democracia. O Partido
Comunista reprimia qualquer manifestação considerada contrária aos princípios socialistas. A falta
de democracia imperava na URSS.

Características do Stalinismo

Os regimes classificados com o termo "stalinismo", seja sob conotação pejorativa (pelos
críticos) ou, ao contrário, laudatória (pelos admiradores), apresentam determinadas características
em comum com relação ao modo de conduzir a construção do socialismo e, principalmente, a
segurança do Estado. Embora não sejam necessariamente todos adotados simultaneamente, são
aspectos comuns do stalinismo, entre outros:
 Ditadura burocrática do regime de partido único;
 centralização dos processos de tomada de decisão no núcleo dirigente do Partido;
 burocratização do aparelho estatal;
 intensa repressão a dissidentes políticos e ideológicos;
 culto à personalidade do(s) líder(es) do Partido e do Estado;
 intensa presença de propaganda estatal e incentivo ao patriotismo como forma de
organização dos trabalhadores;
 censura aos meios de comunicação e expressão;
 coletivização obrigatória dos meios de produção agrícola e industrial;
 militarização da sociedade e dos quadros do Partido.

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TOTALITARISMO: OS REGIMES NAZIFASCISTAS

Totalitarismo é um regime político baseado na extensão do poder do Estado a todos os


níveis e aspectos da sociedade ("Estado Total", "Estado Máximo”).
Pode ser resultado da incorporação do Estado por um Partido (único e centralizador) ou da
extensão natural das instituições estatais. Geralmente, é um fenômeno que resulta de extremismos
ideológicos e uma paralela desintegração da sociedade civil organizada
O totalitarismo é um regime inserido na 'sociedade de massas', não existindo enquanto tal
antes do século XX. São paradigmas na história os regimes totalitários de Adolf Hitler e Josef
Stalin, respectivamente na Alemanha e na União Soviética.

REGIMES NAZIFASCISTAS

Os regimes fascistas foram alternativas drásticas para preservar o capitalismo em época de


crise. A burguesia temerosa de revoluções socialistas apoiou governos com características
nacionalistas, militaristas e autoritárias.

Características:
 Nacionalismo exacerbado, culto à personalidade do líder, anti-liberalismo, anticomunismo,
uni partidarismo, militarismo.

Fascismo Italiano:

 Benito Mussolini liderou o movimento fascista que cresceu em meio a crise econômica e
social gerada pela Primeira Guerra. Com promessas nacionalistas e militaristas de resgatar
a grandiosidade do antigo império romano, teve amplo apoio da Igreja e da burguesia,
temerosas de uma revolução socialista. Chegou ao poder em 1922 após a “Marcha sobre
Roma”. Implantou um regime ditatorial com censura a imprensa, controle ideológico,
eficiente propaganda, repressão aos movimentos sociais e leis trabalhistas corporativistas.

O Nazismo Alemão:

 Causas da ascensão: crise econômica, humilhações do Tratado de Versalhes, fragilidade


política da República de Weimar, apoio da burguesia com medo do comunismo. Em 1923
houve uma tentativa frustrada de golpe de estado Putsh de Munique, onde Hitler foi preso e
na cadeia escreveu o livro “Minha Luta” (Mein Kampf).
 Com a crise mundial de 1929, o Partido Nazista cresceu sob o comando de Hitler, líder
carismático e brilhante orador. Em 1933 foi nomeado chanceler pelo presidente
Hindemburg. Com a morte deste, tornou-se o fuhrer (líder) e ditador. Com apoio de uma
eficiente propaganda, Hitler manipulou as massas e implantou um Estado Totalitário que
implantou a “banalidade do mal” com práticas de racismo, anti-semitismo, campos de
concentração e extermínio, culminando com o Holocausto durante a Segunda Guerra.

A CRISE ECONÔMICA DE 1929 E SEUS EFEITOS MUNDIAIS

Introdução

A crise econômica desencadeada a partir de 1929, quando da quebra da Bolsa de Valores


de Nova Iorque, reflete a crise mais geral do capitalismo liberal e da democracia liberal. No
período entre guerras (1919 -- 39), a economia procurou encontrar caminhos para sua recuperação,
a partir do liberalismo de Estado, ao mesmo tempo em que consolidava-se o capitalismo
monopolista. Mesmo nos EUA, as leis anti-trustes perdiam o efeito e grandes empresas –

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industriais e bancárias -- tomavam conta do cenário econômico, protegidas pela política não
intervencionista adotada principalmente a partir de 1921.

A prosperidade americana

Desde o final do século XIX, a indústria norte americana conheceu um grande crescimento,
no quadro da Segunda Revolução Industrial.
Em 1912 foi eleito o presidente Woodrow Wilson, do Partido Democrata, a partir da defesa
da Nova Liberdade, que começou a ser aplicada com a criação de leis trabalhistas específicas a
algumas categorias profissionais como os marinheiros e de leis que pretendiam eliminar os
grandes privilégios de pequenos grupos, através de mecanismos que coibiam o controle de
mercado, aperfeiçoando a Lei Anti truste. No entanto o início da Primeira Guerra anulou essa
política e a economia passou a ser dominada por Trustes, Holdings e Cartéis.
As transações de produtos industriais e agrícolas se ampliaram com a abertura de créditos aos
aliados, seguida da concessão de empréstimos à Inglaterra e França.
A produção norte americana deu um salto gigantesco em vários setores, destacando-se a
indústria bélica, de material de campanha, de alimentos e mesmo de setores destinados ao
consumo interno, uma vez que o potencial de consumo no país aumentou com a elevação do
nível de emprego; ou ainda para a exportação, principalmente para a América Latina, tomando o
lugar que tradicionalmente coube à Inglaterra.

O periodo entre guerras

Terminada a Guerra, realizou-se a Conferência de Paris, onde os três grandes tomaram as


principais decisões e impuseram os tratados aos países vencidos. No entanto, apesar da
participação do presidente Wilson, os EUA não criaram mecanismos que garantissem sua
participação nas reparações de guerra ou o pagamento dos empréstimos e das vendas aos países
aliados, ao mesmo tempo em que não reivindicaram nenhum território colonial.
O fim da guerra provocou a retração da economia norte americana, pois a industria de
guerra diminuía o ritmo de produção, assim como os soldados que voltavam da guerra não eram
absorvidos pelo mercado de trabalho, entre 1919 e 21 o país viveu a "Pequena Crise",
determinando a derrota dos democratas.
A partir de 1922 a França e a Inglaterra começam o processo de recuperação e passam a
saldar suas dívidas com os EUA, porém esse procedimento somente será colocado em prática, na
medida em que os alemães pagarem as reparações de guerra. A partir de 1924, os EUA passam a
colaborar com a recuperação da economia alemã, fazendo investimentos no país, garantindo
assim o pagamento das reparações e consequentemente das dívidas da época da Guerra esse
período, após o ano de 1921, até a crise de 29 ficou conhecido como Big Bussines, caracterizado
por grande desenvolvimento tecnológico, grande aumento da produção em novas áreas como a
automobilística, geração de emprego e elevação do nível de consumo das camadas médias
urbanas. Os edifícios tronaram-se os símbolos da prosperidade norte americana. A política
econômica adotada pelos republicanos estimulava o desenvolvimento industrial em setores
variados, a concentração de capitais ao mesmo tempo em que inibia as importações; essa política
caracterizava-se pelo nacionalismo, que do ponto de vista social traduziu-se em preconceito e
intolerância.

A crise

Alguns componentes são fundamentais para a compreensão da crise: 1) a superprodução


que desenvolveu-se durante e mesmo após a Primeira Guerra Mundial, quando o mercado
consumidor estava em expansão. Após a guerra e com o início da recuperação do setor produtivo

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dos países europeus, a produção norte americana entrou em declínio. Essa situação expressou-se
principalmente no setor agrícola.
2) A especulação na década de 20 foi um fenômeno que também alimentou a crise, pois como as
empresas estavam obtendo altos lucros, suas ações tenderam a crescer, originando sociedades
anônimas e empresas responsáveis apenas por gerir e investir dinheiro.
A primeira expressão da crise ocorre no campo, na medida em que as exportações diminuíam, os
grandes proprietários não conseguiam saldar as dívidas realizadas no período da euforia, além
disso eram forçados a pagar altas taxas para armazenar seus grãos, acumulando dívidas que os
levou, em massa, à falência.
A crise no campo refletiu-se nas cidades com o desabastecimento pois o poder de compra
diminuía na medida em que a mecanização da indústria passou a gerar maior índice de
desemprego; e ao mesmo tempo promoveu a quebra de instituições bancárias, que confiscavam
as terras e ao mesmo tempo não recebiam os pagamentos dos industriais que passavam a não
vender sua produção

.A crise mundial

A crise espalhou-se rapidamente pelo mundo, devido a interdependência do sistema


capitalista. Os EUA eram o maior credor dos países europeus e latinos e passaram a exercer forte
pressão no sentido de receberem seus pagamentos. Com a quebra industrial, o abastecimento do
mercado latino americano foi afetado, provocando a falte de produtos e a elevação de preços, as
importações norteamericanoas diminuíam e mais uma vez os países latinos sentiam os efeitos da
crise, pois viviam da exportação de gêneros primários ou mesmo supérfluos, como o café no
Brasil.
Na medida em que a economia européia se retraía, as áreas coloniais na Ásia e na África
eram afetadas, pois aumentava a exploração das potências imperialistas.O único país a não sentir
os efeitos da crise foi a URSS, que naquele momento encerrava o primeiro Plano Quinquenal e
preparava o segundo, ou seja, desenvolvia uma economia fechada, que não utilizou-se de
recursos externos, apesar das grandes dificuldades do país após a Revolução Russa e a Guerra
Civil.

A GUERRA CIVIL ESPANHOLA

Abalada pela crise mundial de 1929, dois anos depois a Espanha foi palco de uma nova
revolução liberal que substituiu a monarquia pela república.
Visando combater os privilégios vigentes na sociedade espanhola, o novo governo pôs em
prática uma série de reformas (reforma agrária, reforma militar, etc.) que provocaram
imediatamente a ira de grupos dominantes espanhóis (latifundiários, alto clero e oficiais do
exército).
Tais grupos uniram-se em torno de um partido de orientação fascista chamado Falange
que, à semelhança do que existia na Itália e Alemanha, empregava a violência contra os jornais
e os partidos que lhe faziam oposição.
Em 1936, quando a frente popular que unia republicanos, socialistas e comunistas venceu
as eleições, uma parte do exército espanhol, chefiada pelo general Francisco Franco e apoiada
pela Falange, insurgiu-se contra o governo. Foi o início da Guerra Civil Espanhola.
Nessa guerra, que durou três anos, morreu cerca de 750 mil espanhóis. As forças do general
Franco foram vitoriosas graças ao apoio militar e financeiro que receberam da Itália e Alemanha.
Tomando o poder em 1939, o general Franco instalou no país uma brutal ditadura
conhecida como franquismo, que se prolongou até 1976, ano em que finalmente foi
restabelecida a normalidade democrática da Espanha.

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HISTÓRIA – TERMO III – UNIDADE 1 - ATIVIDADES
ENSINO MÉDIO

OS EXERCIOS ABAIXO SÃO PARA SEREM REALIZADOS EM SEU CADERNO, APÓS


A LEITURA DA UNIDADE.

1- Qual o argumento usado pelos países para iniciarem a o neocolonialismo na África e Ásia no
século XIX?
2- Por que os governo dos Estados Unidos invadiram Cuba no final do século XIX?
3- O que realmente interessava para os colonialistas no século XIX em relação as colônias?
4- Faça em seu caderno um resumo da Primeira Guerra Mundial, destacando: o início, o estopim,
o fim da guerra e os países perdedores.
5- Como vivia os trabalhadores rurais na Rússia Czarista?
6- A Revolução ________ ocorreu outubro de 1917, quem assumiu o governo foi _________ que
implantou o ____________?
7- O que é o Totalitarismo?
8- Quais são as características dos regimes nazifascistas?
9- Quem foi os líderes do fascismo italiano e do nazismo alemão?
10- Que relação existe entre o final da Primeira Guerra Mundial e a crise norte americana, de
1929?
11- Como a crise norte americana, de 1929 afetou os países latinos americano?
12- Faça em seu caderno um resumo da Guerra Civil Espanhola, destacando: o início, o líder, o
tempo e as perdas humanas, e até quando durou o franquismo.

BIBLIOGRAFIA – E.M

www.aventurasnahistoria.com.br
www.historiadobrasil.com.br
www.dominiopublico.org.br
www.wikipedia.com.br
www.conhecimentosgerais.com.br
Rodrigues, Joelza Ester
História em documento: imagem e texto; 2. Ed. – São Paulo: FTD, 2002.
Rezende, Antonio Pinto
Rumos da história: história geral e do Brasil/ Antonio Pinto Rezende, Maria Thereza Didier –
São Paulo: Atual 2001.
Schneeberger, Carlos Alberto
Manual compacto da história do Brasil. – 1. Ed – São Paulo: Rideel, 2003.
Faria, Ricardo de Moura
História do Ensino Médio, volume único/ Ricardo, Adhemar, Flávio. – Belo Horizonte, MG:
Ed. Lê, 1998.

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