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1. Antecedentes da Guerra
1.1. Porquê a Guerra?
1.2. As grandes transformações porque passou a Europa nas décadas que antecederam
a I Guerra Mundial.
a) O crescimento demográfico – fatores que possibilitaram o forte crescimento
demográfico
b) O crescimento urbano – em 1815 apenas 2% da população europeia vivia em “cidades”
(entenda-se por cidades aglomerados populacionais com mais de 100 mil habitantes);
em 1910, a Europa possuía cerca de 211 aglomerados com mais de 100 000 habitantes,
os quais, no conjunto, representavam 15% da sua população total. A densidade
populacional urbana atingiu valores elevadíssimos (100 000 mil habitantes por Km², em
certos bairros de Paris, esta cidade tinha, em 1900, 3 milhões de habitantes);
c) A hegemonia europeia no início do século XX:
- Era a “fábrica do mundo”: forte desenvolvimento dos sectores secundário e terciário;
as principais potências europeias (Inglaterra, Alemanha e França) detinham quase
60% da produção industrial mundial, no início do século XX.
- Era o “banco do mundo”: investia os seus capitais em todas as actividades lucrativas
de todos os continentes (plantações, minas, caminhos-de-ferro, portos), sendo
europeus 87% dos capitais investidos mundialmente;
- Era o “comerciante do mundo”: pertenciam-lhe quase todas as grandes companhias
de transporte, através das quais controlava o comércio mundial (62% das trocas
internacionais eram realizadas pelos europeus).
d) O crescimento desigual:
- Nem todos os países europeus tinham o mesmo grau de industrialização. As potências
mais industrializadas eram a Inglaterra, a Alemanha, a França e a Bélgica. Pelo
contrário, os países do Sul (como a Itália, a Espanha, 59,6% da população activa no
sector primário e Portugal) e do Leste (caso da Rússia, 86% da população activa no
sector primário), só lentamente começavam a industrializar-se.
e) A corrida colonial
- A política colónia é filha da política industrial: a necessidade de matérias-primas, novos
mercados de escoamento, mão-de-obra barata;
- As principais potências europeias (Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, Alemanha,
Itália, Portugal e Espanha).
- Fora da Europa, o Japão iniciou uma política expansionista
f) Os contrastes políticos
- Os aperfeiçoamentos das democracias liberais.
- A crescente influência das novas ideologias (republicanismo, socialismo marxista,
anarquismo);
A vida nas trincheiras era um inferno. Quando chovia, as longas e tortuosas galerias
ficavam transformadas em verdadeiros rios de lama, nos quais os soldados
rastejavam e se atolavam .
Além disso, as deficientes condições de higiene provocavam doenças na pele e a
multiplicação de parasitas.
Os soldados chegavam a tirar toda a roupa e a queimá-la porque só assim se
conseguiam ver livres dos piolhos que quase os devoravam.
Por vezes, as trincheiras eram invadidas por gases asfixiantes lançados pelo inimigo.
Os soldados que não colocavam a tempo a sua máscara, morriam intoxicados ou
ficavam com os pulmões seriamente afectados para toda a vida.
As ofensivas a partir das trincheiras obedeciam sempre à mesma táctica: vários dias
de bombardeamentos feitos pela artilharia sobre o campo inimigo, seguidos de
assalto pela infantaria. Os resultados eram quase sempre idênticos, o inimigo
refugiava-se nas galerias mais profundas da trincheira e, quando a infantaria
avançava, vinha à superfície e varria-a com metralhadoras.
A terra de ninguém (o território entre as trincheiras, semeado de enormes crateras
provocadas pelo rebentamento de obuses) ficava coberto de cadáveres e o avanço
era mínimo.
m) A mundialização do conflito
n) Retorno à guerra de movimentos e a vitória dos Aliados.
A 3ª fase da guerra (1917-1918), assinala o retorno à guerra de movimentos. Vários
acontecimentos vão contribuir para a guerra tomar novos rumos: a eclosão da
Revolução Russa e a consequente retirada da Rússia da guerra e, pelo contrário a
entrada dos EUA, são os acontecimentos mais decisivos para que os Aliados
comecem a ganhar terreno.
Na frente ocidental, a Alemanha sofre uma grande derrota na Segunda Batalha de
Marne (julho - agosto de 1918), sendo obrigada a retirar do território francês.
Também nos Balcãs as potências centrais sofreram derrotas, conseguindo os Aliados
libertar a Grécia e obrigar a Bulgária e a Turquia a renderem-se.