fortalecimento e a solidificação do
capitalismo. Assim, o imperialismo
A Primeira Guerra Mundial
A guerra
A Primeira Guerra Mundial, ocorrida entre
os anos de 1914 e 1918, foi um
acontecimento que marcou a história da
humanidade, como tantos outros que já
estudamos. Nossa tarefa agora é desvendar
os principais motivos desse conflito.
Sabemos que as nações imperialistas
brigavam entre si por razões econômicas,
pois estavam interessadas em dominar cada
vez mais novos países em busca de mer-
cados consumidores e matéria-prima. Por
isso, sacrificaram milhares de homens
movidos por sentimentos nacionalistas nos
campos de batalha.
Antecedentes históricos
Na época da Segunda Revolução Industrial,
as máquinas a vapor foram substituídas pelas
elétricas, e surgiram os motores a
combustão. As empresas cresceram muito,
tornando-se grandes monopólios capitalistas.
Para vender seus produtos, necessitavam
agora não apenas do
seu país de origem, mas de outras nações
onde pudessem encontrar também matérias-
primas e pessoas dispostas a trabalhar em
troca de um salário irrisório.
Quando empresas detêm o mercado de um
determinado produto ou serviço,
conseguindo, portanto, influenciar o preço
do bem que comercializam, dizemos que
elas formam monopólios.
Os grandes monopólios (inglês, francês,
alemão, norte-americano), ao mesmo tempo
que buscavam grandes lucros com sua
expansão imperialista, contribuíam para o
representa uma nova fase do capitalismo
monopolista.
É importante dizer que foi apenas no século
XX que economistas ingleses e alemães
conceituaram a palavra imperialismo. De
acordo com eles, esse sistema se caracteriza
pelo capital aplicado no exterior e pela do-
minação econômica sobre outras nações.
Na incessante busca por lucros cada vez
maiores, os países imperialistas não mediam
esforços para tomar regiões já pertencentes a
outros Estados também imperialistas. Essa
disputa resultou na Primeira Guerra Mun-
dial, na qual se envolveram quase todos os
países europeus, bem como os Estados
Unidos e o Japão. Apesar de a maior parte
das batalhas ter ocorrido na Europa, houve
lutas em outros continentes (na Ásia, por
exemplo).
A seguir, vamos conhecer alguns impasses
que contribuíram para o início desse grande
conflito.
Inglaterra X Alemanha
A Inglaterra, por causa do seu potencial
industrial, dominava a maior parte dos
mercados consumidores do mundo. Afinal,
foi lá que a Revolução Industrial começou,
no fim do século XVIII. Mas, no início do
século XX, a Inglaterra se viu ameaçada por
outra potência: a Alemanha.
Depois de sua unificação, a Alemanha
cresceu bastante em termos industriais. Suas
fábricas passaram a produzir mais e melhor
que as fábricas inglesas. Consequentemente,
as pessoas passaram a preferir os produtos
alemães, o que desagradou à Inglaterra. Esse
clima de rivalidade levou os dois países à
guerra.
Para convencer os cidadãos a irem à guerra,
as autoridades das duas nações pregavam a
ideologia de que o país adversário precisaria
ser destruído para que o outro vivesse
melhor.
Os líderes alemães e ingleses fizeram como
todos os governantes fazem quando querem
incutir algo na mente do
povo: usaram os meios de comunicação de
massa. Na Primeira Guerra Mundial, o meio
mais utilizado foi o jornal, pois ainda não
havia televisão nem emissoras de rádio.
Cartazes e peças de teatro também serviram
a esse fim. Além disso, apelava-se para o
sentimento nacionalista (o amor à pátria)
Multidões absorveram as mensagens
contidas nos jornais e partiram para os
campos de batalha, na intenção de defender
seu país, mesmo que isso lhes custasse a
vida. Em contrapartida, os responsáveis pelo
conflito pensavam apenas nos lucros que
poderiam obter com esse conflito.
A França e a revanche
Quando estudamos a Europa do fim do
século XIX, vimos que a França foi obrigada
a ceder os territórios da Alsácia-Lorena aos
alemães na Guerra Franco-Prussiana (1870–
1871). Essa região era rica em ferro e
carvão, matérias-primas necessárias para a
fabricação do aço. Os franceses não
esqueceram essa perda e esperaram o
momento certo para uma revanche e
recuperar a região. A guerra, portanto, seria
uma ótima oportunidade para que isso
acontecesse.
A Alemanha e a Itália
A Inglaterra e a França, no início do século
XX, dominavam grandes extensões da Ásia,
da África e da Oceania. A Alemanha e a
Itália, no entanto, por terem sido uni-ficadas
tardiamente, quase não tinham colônias.
Quando se tornaram grandes nações
imperialistas, encontraram menos territórios
para dominar, pois a Inglaterra e a França
haviam chegado primeiro. Assim, os
alemães e ingleses encontraram na guerra o
meio para aumentar seu processo de
dominação.
Disputando os Bálcãs
Os Bálcãs são uma grande região no sudeste
da Europa, limitada pelos mares Negro,
Adriático e Egeu. Nessaépoca, três impérios
disputavam o território: o Turco Otomano, o
Russo e o Austro-Húngaro.
Os Bálcãs são uma região complexa: a
maioria dos habitantes é formada por
eslavos, etnicamente ligados aos russos,
cujos descendentes são os eslovenos,
sérvios, croatas e outros. Os sérvios, em sua
maioria, são cristãos ortodoxos, mas há
também muçulmanos (os bósnios), além de
muitos judeus, espalhados por todas as áreas.
O Império Austríaco também dominava
povos não eslavos, como os húngaros, que
ainda desfrutavam de certa autonomia em
relação aos demais. Esse conjunto de povos
se chamava Império Austro-Húngaro, tendo
Viena como capital e o alemão como língua
oficial. Os povos eslavos se sentiam
oprimidos e pretendiam se tornar
independentes.
O outro império era o russo. Os russos
também eram eslavos e tinham em seu
território povos asiáticos e eu-ropeus, além
de outros povos eslavos, como os
ucranianos. O czar (imperador) da Rússia
queria ter o controle de todos os povos
eslavos europeus, sobretudo daqueles que se
localizavam na região dos Bálcãs. O Império
Austríaco reivindicava a mesma coisa. A
Rússia pregava o pan-eslavismo, que
objetivava reunir todos os povos eslavos.
Nos Bálcãs, existia um país chamado Sérvia,
cujo governante incentivava e apoiava a luta
dos povos eslavos oprimidos pelo Império
Austro-Húngaro. Veremos mais adiante que
nessa região ocorreu um grave incidente
considerado, por muitos historiadores, como
o estopim para o início de um grande
conflito mundial.
A indústria da guerra
As transformações pelas quais o mundo
vivenciava, sobretudo com as consequências
da Segunda Revolução Industrial, que se
disseminavam por toda a Europa, acabaram
contribuindo, e muito, para que se desenca-
deasse a Primeira Guerra Mundial. O
conflito que mobilizou boa parte dos países
europeus para a guerra contou com
tecnologias nunca antes vistas,
principalmente no campo bélico. Durante os
embates, vários países, com destaque para a
França e a Alemanha, passaram a mobilizar
suas economias para responder às
necessidades das Forças Armadas,
concedendo, dessa forma, prioridade para a
indústria armamentista. Dentro desse contex-
to, no qual as nações envolvidas no conflito
buscavam superar seus inimigos, criando
mecanismos que aumentassem seu poder
letal, é que irá se desenvolver uma série de
avanços tecnológicos dentro do setor. Não é
à toa que alguns historiadores afirmam que o
conflito na verdade foi uma “guerra
industrial”. Para além da indústria arma-
mentista, a guerra trouxe significativas
mudanças para a indústria química,
automotiva, de saúde e aviação.
O legado tecnológico do período é extenso.
Nos campos de batalha, pela primeira vez,
foram utilizados carros em vez de cavalos.
Os aviões também passaram a ocupar os
céus do conflito. É importante destacar que a
engenharia aeronáutica ainda não era muito
avançada. Os primeiros aviões utilizados
eram feitos de madeira e lona e tinham como
objetivos principais monitorar o território
inimigo e fazer missões de reconhecimento,
já que não eram dotados de armamentos. Os
pilotos ainda estavam aprendendo a lidar
com aquelas máquinas, o que causou a morte
de muitos militares durante os treinamentos.
No 0decorrer da guerra, os estudos sobre
essas importantes máquinas evoluíram tão
rapidamente que, em 1918 já existiam aviões
de carga armados com metralhadoras e
capazes de atingir 200 km/h. Surgiram
técnicas e máquinas que posteriormente
deram origem ao sistema de controle de
tráfego aéreo. Nesse período, também já era
possível que pessoas em solo se
comunicassem com os pilotos, bem como a
comunicação de pilotos entre si.
A indústria de armamentos também alcançou desenvolvimento de submarinos, de drones,
resultados nunca antes vistos, passando a de fertilizantes industriais, da criptografia,
produzir armas mais leves e rápidas que etc.
fossem eficazes para uso nas trincheiras.
Destaca-se, também, o uso de gás de cloro e As mulheres na guerra
gás mostarda nos campos de batalha. Sendo
Durante a Primeira Guerra Mundial, em
altamente perigosas, a utilização dessas
alguns países, muitas mulheres passaram a
armas químicas no conflito foi iniciada pelos
trabalhar nas fábricas na Grã-Bretanha e nos
alemães, seguidos dos franceses e ingleses.
Estados Unidos. Por exemplo, elas
A utilização do gás fez com que se buscasse
produziam armamentos, munições,
desenvolver máscaras capazes de proteger os
embalagens, ferramentas e outros produtos.
soldados. De acordo com especialistas, as
Além da produção voltada para atender às
máscaras de gás modernas são fabricadas de
demandas da guerra, as mulheres também
forma muito semelhante às utilizadas
eram empregadas como bombeiras, guardas
durante o conflito. Vale ressaltar que o
de trânsito, paramédicas, motoristas, entre
horror causado pelo uso do gás foi tão
outras funções. Nas regiões de conflito,
grande que, após o fim da guerra, a maioria
atuavam como médicas ou enfermeiras e em
dos países assinou um acordo se
setores administrativos das forças militares.
comprometendo a não mais utilizar tal
A Rússia chegou a ter um batalhão feminino,
artifício. No campo da saúde, muitos
que obteve sucesso em combate contra os
avanços merecem destaque, como a criação
austríacos. Mesmo que a participação
de máquinas de raio-x portáteis, idealizadas
feminina na guerra não tenha significado
e produzidas pela cientista franco-polonesa
ganhos imediatos em direitos políticos, a
Marie Curie. O desenvolvimento dessas
experiência vivida por elas no conflito foi
máquinas era necessário para atender aos
importante para impulsionar o surgimento de
soldados que lutavam na batalha e ajudar a
muitos movimentos que começaram a
salvar a vidas deles. O atendimento médico a
advogar a presença das mulheres na vida
soldados mutilados acabou impulsionando o
civil e política de seus países. Esses
uso de novas técnicas na área cirúrgica,
movimentos alcançariam importantes
sendo as cirurgias modernas derivadas desse
conquistas posteriormente.
período. Os bancos de sangue também foram
criados durante o conflito.

É desse período também que nasce a ideia

do que no futuro viria a se tornar os
absorventes femininos. Enfermeiras norte-
americanas passam a utilizar ataduras
descartáveis com base de celulose para tratar
ferimentos nos soldados. Alguns anos
depois, a empresa Kimberly-Clark,
utilizando-se dessa ideia, desenvolveu uma
versão de ataduras e passou a comercializá-
la para a população e depois para as
mulheres, já como os absorventes que
conhecemos hoje. Houve ainda muitos
outros avanços tecnológicos, como: o
O início da guerra

Como percebemos, a Europa, no início do
século XX, vivia em um clima bastante
tenso. Qualquer fato, por mais banal que
fosse, seria suficiente para fazer estourar a
guerra. Na verdade, as grandes potências só
precisavam mesmo de um pretexto para
iniciar o conflito. Em 1908, o Império
Austro-Húngaro dominou dois territórios da
região dos Bálcãs: a Bósnia e a Herzegovina,
onde moravam povos eslavos. Isso
desagradou à Rússia, que também cobiçava
esses lugares. Para piorar a situação, o
arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro
do trono austríaco, em uma demonstração de
ousadia e força, visitou Sarajevo. Quando
desfilava em carro aberto pela cidade, em 28
de junho de 1914, Francisco Ferdinando foi
assassinado pelo estudante Gavrilo Princip,
que era, para alguns, um bósnio a serviço da
Sérvia e, para outros, um terrorista sérvio.
Esse acontecimento foi o estopim da guerra.
A Áustria culpou a Sérvia pelo assassinato e
declarou-lhe guerra. A Alemanha declarou-
se solidária à Áustria. A Rússia, que era
aliada da Inglaterra e da França, apoiou a
Sérvia. Os russos, ingleses e franceses
aproveitaram para declarar guerra à
Alemanha. Dava-se início ao grande conflito
mundial.
A política de alianças
Antes mesmo da guerra, já havia sido
formada uma política de alianças. Em 1907,
França, Inglaterra e Rússiatornaram-se
aliadas, formando a Tríplice Entente. A
França e a Inglaterra já tinham um acordo
militar desde 1904; portanto, a Rússia
integrou-se à aliança franco-inglesa três anos
depois do pacto inicial.
Outro bloco de países formava a Tríplice
Aliança, acor-
do militar entre Alemanha, Áustria-Hungria
e Itália, desde
1882, ou seja, 32 anos antes do início da
guerra. Entretanto, iniciada a guerra, a Itália
juntou-se à Tríplice Entente. Do lado da
Alemanha, lutaram a Bulgária e o Império
Turco-Otomano, e a Inglaterra contou com a
ajuda da Romênia. Muitos pensavam que a
guerra seria curta. Até os ingleses afirmavam
que no Natal o conflito já estaria acabado.
Mas se enganaram. A tragédia durou quase
quatro anos! Cidades inteiras sumiram
atingidas pelas balas dos canhões modernos,
de longo alcance. Além disso, os dois lados
envolvidos no conflito utilizavam gases
tóxicos, que sufocavam as pessoas até a
morte ou as deixavam com sequelas graves,
como a cegueira, para o resto da vida.
A participação dos Estados
Unidos
Os Estados Unidos, inicialmente, venderam
à França e à Inglaterra alimentos,
combustível, máquinas e produtos
industriais, na condição de receber o
pagamento quando terminasse o conflito. A
entrada dos norte-americanos na guerra se
deu por um conjunto de razões: por um lado,
havia uma grande identidade entre os norte-
americanos e a Tríplice Entente; por outro,
os países dessa aliança deviam tanto aos
Estados Unidos que, se perdessem a guerra,
seria desastroso para a economia norte-
americana. Além disso, a Alemanha já era o
principal rival econômico dos Estados
Unidos. Os estadunidenses decidiram o
conflito: as nações europeias já estavam
exaustas, e a potência militar norte-
americana desequilibrou a guerra,
derrotando os alemães e seus aliados.
As consequências da guerra
Estima-se que cerca de nove milhões de
pessoas morreram nos campos de batalha.
Mais de seis milhões de soldados ficaram
mutilados. Sem falar na fome e nas
epidemias, tão responsáveis pela destruição
das populações quanto as armas de fogo.
Na verdade, quem se beneficiou nessa
história foram os Estados Unidos. Nos anos
pós-guerra, eles passaram a ser uma potência
mundial, por conta da sua neutralidade
durante quase todo o embate, quando
puderam se dedicar à produção agrícola e
industrial, fornecendo mercadorias aos
países europeus envolvidos no conflito.
Além disso, os estadunidenses supriram os
mercados consumidores da Ásia e da
América Latina, faturando enormes quantias
de dinheiro.
A Europa passou por muitas transformações.
Novos países surgiram, como a
Checoslováquia, a Polônia e a Hungria,
todos frutos da fragmentação do Império
Austro-Húngaro. A Bósnia-Herzegovina foi
dominada pela Sérvia, formando--se daí a
Iugoslávia. Os ingleses passaram a dominar
o Iraque e a Palestina, e a Síria foi
controlada pelos franceses. Já a Rússia saiu
da guerra antes do seu término, mas passou
por uma revolução em 1917, assunto que
abordaremos no próximo capítulo.
O Tratado de Versalhes
Nos anos 1919 e 1920, realizaram-se, na
França, no Palácio de Versalhes, algumas
conferências que tiveram como participantes
os países vencedores da Primeira Guerra
Mundial. Quem liderou foram os
representantes dos Estados Unidos, da
Inglaterra e da França. Eles impuseram à
Alemanha duras penalidades, por meio do
Tratado de Versalhes, que continha 440
artigos. Caso os alemães se recusassem a
assiná-lo, seu território seria invadido. Eis
algumas das imposições à Alemanha:
devolver à França a Alsácia-Lorena, perder
todas as suas colônias, pagar uma grande
indenização em dinheiro aos países
vencedores, entre outras. Além disso, a
Alemanha ficou proibida de ter forças
armadas expressivas, como um forte
exército, aviação e marinha.
Contra essa indenização da Alemanha,
estava o presidente Wilson, dos Estados
Unidos, que propôs um plano de paz
conhecido como os Catorze Pontos. O
presidente acreditava que exigir esse
pagamento da Alemanha contribuiria para
um desequilíbrio ainda maior na Europa.
Mesmo assim, a Alemanha foi forçada a
pagar a dívida.
Membro do Partido Democrata, Thomas
Woodrow Wilson foi eleito presidente dos
Estados Unidos por duas vezes seguidas,
ficando no cargo de 1912 a 1921. Após a
guerra, a Alemanha tornou-se uma república
democrática, chamada de República de
Weimar, que durou até 1933, data em que o
poder foi tomado pelos nazistas. Foi também
criada, em 1919, em Genebra, Suíça, a Liga
das Nações, um organismo internacional que
tinha como objetivo solucionar os possíveis
conflitos do mundo de forma pacífica. No
entanto, devido à ausência de grandes
potências, como os Estados Unidos, a
instituição fracassou.
Como ficou a Europa com o fim da guerra
Com o fim da Primeira Grande Guerra, o
mundo se modificou. O cenário econômico,
social e político mundial foi profundamente
alterado. As mortes, estima-se, chegaram a
alcançar a cifra de 8 milhões de pessoas. Os
feridos contabilizavam algo em torno de 20
milhões. A Europa estava destruída, os
prejuízos econômicos eram enormes. De
acordo com os dados, o parque industrial
europeu sofreu uma redução de 30% de seu
desempenho; a produção agrícola,
severamente castigada durante o conflito, foi
reduzida pela metade. Os países europeus
envolvidos nas batalhas viram-se imersos em
grandes dívidas e em crise financeira.
Bélgica, Dinamarca e Polônia (que
conseguiu se restaurar após o conflito). Na
esfera social e política, o continente europeu
começava a passar por uma crise, dado o
colapso a que estava envolto. Os ideais
embrionários fascistas e comunistas
passaram a se disseminar entre a população e
ganhar terreno. Na Alemanha, as severas
medidas impostas pelos acordos pós-guerra
começaram a provocar no povo, que se
sentia ultrajado, sentimentos revanchistas e
de ódio, que fizeram com que anos mais
tarde estourasse a Segunda Guerra Mundial.

Dentro desse contexto, os Estados Unidos Exerciso e Revisão Mensal

emergem como nova grande potência
mundial. Apesar de ter sido abalado pelos
resultados da guerra, tanto em número de 1. Cite alguns elementos que
combatentes quanto financeiramente, o país caracterizam o imperialismo no
conseguiu aumentar exponencialmente suas fim do século XIX e início do XX.
exportações durante o conflito, chegando a
duplicar a renda nacional. A prosperidade 2. Por qual razão a guerra do início
econômica chegou também, em variados do século XX foi classificada
níveis, a países que não se envolveram de como Primeira Guerra Mundial?
forma direta no confronto, como é o caso do
Brasil. Por causa da dificuldade em se 3. Qual foi o maior interesse da
importar gêneros europeus, dado o caos em França ao deflagrar a Grande
que o continente estava, incentivou-se Guerra?
internamente o surgimento de novos ramos
industriais. Esse processo foi liderado pelas
4. Qual foi a principal razão
regiões Sul e Sudeste e aconteceu de forma
imperialista para o início da
gradativa. Outros países pouco
Primeira Guerra Mundial?
industrializados conseguiram expandir suas
exportações, sobretudo de gêneros agrícolas
5. Qual foi o papel da mídia nos
e matérias-primas. Em termos políticos,
momentos preparatórios da
devem-se destacar as grandes alterações
Primeira Guerra Mundial?
fronteiriças entre os países europeus, causa-
das principalmente pela extinção dos
6. A expansão imperialista do século
impérios Russo, Alemão e Austro-Húngaro.
XIX é considerada uma das causas
Vale ressaltar que a Alemanha, além de
do primeiro conflito entre nações
perder todas as suas colônias na África e na
que assumiu proporção global: a
Ásia, perdeu cerca de 13% de seu território
Primeira Guerra Mundial. Baseado
na Europa, o qual foi dividido entre França,
 nos seus estudos sobre o
imperialismo, que características
imperialistas levaram os países
europeus à guerra?
7. Qual foi a causa imediata da
Primeira Guerra Mundial?
8. Quais países compuseram os dois
blocos que se confrontaram na
Primeira Guerra Mundial e como
estes eram denominados?
9. Cite duas consequências
geopolíticas da Primeira Guerra
Mundial para a Europa no período
entre 1918 e 1939.
10.(Fuvest) A Primeira Guerra
Mundial (1914–1918) foi o
Primeiro conjunto de
acontecimentos que abalou
seriamente o domínio colonial e a
existência de impérios europeus no
século XX. Pesquise e explique a
associação entre o colonialism
europeu e a Primeira Guerra
Mundial.
11.Como estava o cenário político
mundial antes da Primeira Guerra
Mundial?
12.(Mackenzie) Ao término da
Primeira Grande Guerra Mundial,
as potências vencedoras
responsabilizaram a Alemanha
pela guerra, e foi-lhe imposto um
tratado punitivo, o Tratado de
Versalhes, que teve como
consequências:
a. degradação dos ideais
liberais e democráticos,
agitações políticas de
esquerda, crise econômica e
desemprego.
b. enfraquecimento dos
sentimentos nacionais,
militarização do Estado
alemão, recuperação
econômica e incorporação
de Gdansk.
c. anexação das colônias de
Togo e Camarões, afirmação
dos ideais liberais e
democráticos e valorização
do marco alemão.
d. prosperidade econômica,
rearmamento alemão,
desmembramento da
Alemanha e fortalecimento
dos partidos liberais.
e. surgimento da República
Democrática Alemã e da
República Federal Alemã,
fortalecimento do nazismo e
militarismo e diminuição do
desemprego.
13.(IFRS) Qual foi o estopim da
Primeira Guerra Mundial?
14.A Primeira Guerra Mundial
marcou a crise da sociedade
liberal, construída ao longo do
século XIX, abalando o equilíbrio
da ordem política internacional.
Assinale a opção que apresenta
corretamente uma consequência desse
conflito.
a. Declínio econômico dos
Estados Unidos e do Japão.
b. Fortalecimento do
capitalismo liberal.
 c. Consolidação da monarquia
russa.
15.O clima de tensão oriundo da
expansão imperialista na Ásia e
determinador da Primeira Guerra
Mundial, como ele pode ser
avaliado?