Você está na página 1de 21

As origens da Segunda Guerra Mundial - Por Georg

Franz-Willing

Institute for Historical Review

Georg Franz-Willing

I – Desenvolvimento Histórico do Século Dezenove até a Primeira Guerra Mundial

Em 1955, o historiador e diplomata indiano K. M. Panikkar, um amigo e


colaborador de longa data do Pandita Nehru, o primeiro-ministro indiano, publicou um
livro intitulado Asia and Western Dominance 1498 – 1945. Ele mostra o domínio
ocidental da Ásia como começando com o descobrimento da rota marítima da Índia por
Vasco da Gama, e terminando com a Segunda Guerra Mundial. As duas guerras mundiais
da primeira metade do século 20 ele descreve-as justamente como uma guerra civil
europeia. Por esta automutilação, a Europa perde sua posição no mundo, sua hegemonia
e provocou a ela mesma estar dividida em duas esferas de influência: uma americana, e
outra russa[1].

Pode-se somente compreender as origens, progresso, e resultados da Segunda


Guerra Mundial se, como Panikkar, se considerar ambas guerras como constituindo uma
homogênea e internamente coerente era.

As raízes imediatas da Segunda Guerra Mundial residem na terminação da


Primeira Guerra Mundial pelos então chamados “tratados suburbanos” de Paris em 1919.

A profunda causa de ambas guerras mundiais tem de ser procurada na


industrialização de nosso modo de vida, e no imperialismo capitalista da segunda metade
do século 19. A reviravolta na economia e sociedade causada pela nova tecnologia, meios
modernos de comunicação e transporte, e o rápido crescimento da população europeia
levou a desenvolvimento da economia capitalista moderna.

A Grã-Bretanha foi o local de nascimento e ponto inicial do processo de


industrialização. Ela tornou-se a loja de departamentos do mundo. Os britânicos
importaram matéria prima das colônias deles e enviaram os produtos finalizados para
todo o mundo.
A Índia, a principal competidora da indústria têxtil da Grã-Bretanha, foi
forçosamente reduzida a uma colônia produtora de matérias primas. A França, a mais
perigosa inimiga do colonialismo britânico, tinha sido enfraquecida durante as coalizões
de guerra contra Napoleão, até finalmente a hegemonia naval britânica ser assegurada
pela vitória de Nelson sobre as combinadas frotas francesas e espanholas em Trafalgar
em 1805.

O Império Britânico foi indubitavelmente a potência principal do mundo através


do século 19. Até a eclosão da Primeira Guerra Mundial, foi a principal nação industrial,
assim como o mais importante poder marítimo, naval e financeiro[2]. O equilíbrio
europeu do poder, a fundação da liderança britânica ao redor do mundo, tinha sido
reestabelecido no Congresso de Viena em 1814. Este sistema da paz seguindo as Guerras
Napoleônicas ruiu com a Guerra da Criméia (1853 – 1856)[3]. Na época a Grã-Bretanha
e a França declararam guerra a Rússia czarista por causa de seu ataque sobre o decrépito
Império Turco e derrotaram sonoramente os russos. Então, com a unificação nacional da
Itália e a fundação de um Segundo Império Alemão depois da vitoriosa guerra contra a
França em 1870 – 1871, um novo sistema de estados subitamente desenvolveu-se na
Europa. Ao unificar os estados centrais e do sul com a Prússia, Bismarck deu forma ao
Segundo Império Alemão.

Entre 1850 e 1870, o continente europeu, bem como a América do Norte


completaram a transição para um modo de vida industrial. Os Estados Unidos realizaram
o processo de industrialização na mesma velocidade das principais nações da Europa, as
quais eram na época a Grã-Bretanha e a França. A Guerra Civil de 1861 – 1865, com a
derrota dos Estados Confederados, foi salva a grande União Americana e assegurado
desta maneira seu caminho para tornar-se uma potência mundial industrial – um
portentoso evento para o desenvolvimento da Europa e mundo[4]. Foi nesta mesma época
que a Ásia Oriental foi forçosamente aberta pelos dois poderes anglo-saxão e a França.
Depois da sangrenta supressão da revolta de Sepoy de 1857 a 1859, os ingleses fizeram
da Índia uma colônia da coroa, e fizeram dela o coração do Império Britânico[5]. Na
expedição do Almirante Perry em 1853, os americanos forçaram os japoneses a abandonar
sua política de isolamento[6], e com o início do período Meiji em 1868, a adoção do Japão
de uma nova economia industrial adquiriu uma velocidade cada vez mais crescente. No
mesmo jeito, a China, o país com a maior população do mundo, foi forçosamente juntada
ao sistema econômico anglo-saxão pelo tratado da paz de Pequim, em 1860, o qual tinha
sido precedido pelas britânicas Guerras do Ópio (1840 – 1860). A França tinha estado
envolvida nestas guerras também. O Império Chinês foi assim degradado a uma
semicolônia[7].

Nos anos setenta, o imperialismo se estabeleceu, começando da Inglaterra, como


uma competição de poderes agora carregada nas asas da tecnologia. A economia mundial,
como foi desenvolvida radiando a partir da Grã-Bretanha, envolveu, e ainda envolve, o
impulso para a hegemonia do mundo através da luta para dominar os recursos e mercados.
Nesta competição pelo domínio global, o Império Britânico estava em uma grande medida
na liderança. De sua maior comunidade das nações da história da humanidade
{commonwealth}, estendendo sobre cinco continentes, o imperialismo capitalista
ampliou como nunca sua órbita de poder.

Os vice-campeões eram os Estados Unidos e (especialmente no continente


europeu) o Império Alemão. A indústria na Alemanha assumiu uma velocidade de tirar o
fôlego. Entre 1870 e 1890, o gênio inventivo alemão, a organização alemã, a diligência,
e competência formaram o novo Império Alemão unificado como a potência industrial
líder no continente europeu, e aos olhos ingleses, fez dela uma competidora incômoda.
Em 1887, o governo britânico implementou Trade MarksAct, requerendo que qualquer
produto alemão chegando ao mercado mundial britânico tivesse a marca “Made in
Germany”. Esta medida, contudo, teve um efeito boomerang. Para o consumidor, “Made
in Germany” tornou-se o sinal de um produto melhor e ao mesmo tempo menos custoso.

O inglês Lord Balfour


Inglaterra acima do certo
e do errado.
A competição alemã cresceu irresistivelmente. Nos campos da produção de ferro
e aço e nas indústrias químicas, a Alemanha deixou para trás a competidora Grã-Bretanha
pela virada do século. A isto foi adicionado o crescimento da frota mercante, e
posteriormente da marinha. Nos anos oitenta, o Império Alemão adquiriu protetorados ou
colônias na África. Nos anos noventa, um número de ilhas no Pacífico foi adicionado. Na
costa da China, a Alemanha adquiriu Kiaochow com sua capital Tsingtao por um tratado
de locação em 1897.

Conforme o poder financeiro e industrial da Alemanha assim como seu comércio


cresceu, um crescente antagonismo entre Alemanha e Império Britânico surgiu. Em todos
os lugares a ambiciosa indústria alemã confrontou um competidor britânico avidamente
observando o crescente perigo para suas relações comerciais monopolistas, zelosamente
guardada até então. Uma conversação entre Lorde Balfour, líder do Partido Britânico
Conservador, e Henry White, então embaixador do Estados Unidos em Londres, mostra
o contraste entre os dois poderes industriais europeus, e a atitude da liderança britânica[8]:
Balfour: Nós somos provavelmente tolos em não encontrar uma razão para declarar
guerra à Alemanha antes que ela construa tantos navios e tire nosso comércio.
White: Você é um homem de mente muito elevada na vida privada. Como pode
você contemplar possivelmente alguma coisa politicamente imoral como provocar uma
guerra contra uma nação inofensiva a qual tem como bem um direito à uma marinha como
vocês têm? Se você acha difícil competir com o comércio alemão, trabalhe mais duro.
Balfour: Isto significaria baixar nosso padrão de vida. Talvez seria mais simples para nós
ter uma guerra.
White: Eu estou chocado que você de todos os homens deva enunciar tais princípios.
Balfour: É uma questão de certo ou errado? Talvez seja apenas uma questão de manter
nossa supremacia.
Em conexão com esta conversa, o general Wedemeyer chama a atenção para uma
declaração do historiador militar britânico, o general J. F. C. Fuller[9]:
Fuller comenta com referência a esta conversa registrada que seu interesse não reside
simplesmente na evidência que proporciona o cinismo sem princípios de Balfour. Sua
significância reside no fato que “a Revolução industrial tem levado ao estabelecimento
de uma luta econômica pela existência na qual a autopreservação ditou um retorno as
maneiras da selva. A luta primeva entre nação e nação na qual todos competidores eram
bestas.”
Naturalmente, o rápido crescimento da população da Alemanha, da economia, e
de seu potencial militar foi um espinho nos lados de seus vizinhos no continente. França
nunca tinha superado a derrota de 1870 e estava sedenta por revanche. A Rússia, o maior
poder terrestre e principal inimigo do Império Britânico através do século XIX
(especialmente na Ásia), tinha perdido a Guerra da Criméia em 1856, e teve de retirar-se
em face do poder britânico depois de uma segunda guerra vitoriosa contra o Império
Turco, por medo de outra confrontação militar com a Inglaterra.

O Congresso de Berlim de 1878, o qual foi dominado por Bismarck, rearranjou


os casos dos Balcãs. Pela sua suprema capacidade de estadista, o chanceler conseguiu
evitar outra guerra entre Rússia, o maior poder terrestre, e Inglaterra, o maior poder
marítimo. A partir de então, contudo, o relacionamento entre Rússia e Alemanha
deteriorou. Inspirado pelas tendências pan-eslavistas então prevalecentes no império do
czar, uma sinistra divisa veio à tona: “Vá para Viena através de Berlim! Na mesma forma
como ele tentou dividir o Império Turco, a política imperialista russa procurou
desmembrar a monarquia dos Habsburgos, que incluía vários povos diferentes. A Rússia
queria colocar eles todos sob o domínio do czar como protetor dos cristãos ortodoxos nos
Balcãs. Diplomaticamente falando, isto significava nada menos que a integração da
Bulgária e da Sérvia na monarquia russa, bem como daqueles povos eslavos do oeste e
do sul. Depois que o Japão derrotou a Rússia na Ásia durante a guerra russo-japonesa de
1904-05, a qual terminou com uma paz trazida pelo presidente americano Theodore
Roosevelt, a política expansionista russa então mudou seu alvo e voltou-se novamente
para os Balcãs.

Em 1914, a Sérvia desencadeou a fúria da guerra, conforme o aparente herdeiro


austríaco, o arquiduque Franz Ferdinand e sua esposa foram ambos assassinados pelos
terroristas sérvios. Os assassinatos tinham sido organizados pelo coronel Dragutin
Dimitrevic, chefe do departamento de inteligência do Estado Maior da Sérvia, enquanto
o adido militar russo em Belgrado, Coronel Artamanov, financiou eles[10]. Em adição, o
governo sérvio tinha recebido uma garantia de apoio do governo russo no caso de um
ataque da Áustria à Sérvia. Assim a Rússia czarista traz a principal responsabilidade da
eclosão da Primeira Guerra Mundial. A Rússia encorajou a Sérvia à guerra, e em 25 de
julho o Conselho Privado Russo decidiu uma mobilização parcial das províncias
ocidentais adjacentes à Áustria-Hungria e Alemanha[11].

A Rússia tinha estado aliada da França desde 1892; a França tinha conectado-se
ela mesma com a Inglaterra em 1904 pela “Entente Cordiale,” e a Rússia tinha feito um
acordo com a Inglaterra em 1907. O cerco nas duas potências centrais – Alemanha e
Áustria – foi completo. A Itália era um aliado pouco confiável dos Poderes Centrais; mas
foi somente a declaração britânica de guerra contra a Alemanha, em 4 de agosto de 1914,
que ampliou o conflito europeu em uma guerra mundial; Após 27 de julho, a Marinha
Britânica foi a primeira força a mobilizar-se plenamente[12].
Dois anos antes do eclodir desta guerra, convencido da inevitabilidade da guerra
entre Inglaterra e Alemanha, o autor americano Homer Lea (1876 – 1912) escreveu em
seu livro The Day of the Saxon [13].
O Império Alemão é menos área que o único estado do Texas, enquanto a raça saxônica
reivindica o domínio político sobre a metade da superfície da Terra e sobre todas suas
vastidões no oceano. Ainda o Império Alemão possui uma renda maior que a república
americana, é a mais rica nação em produtividade e possui uma população 50 por cento
maior que a do Reino Unido. Seu poder militar real é multiplamente maior que o da inteira
raça saxônica. A Alemanha é tão fortemente cercada pela raça saxônica que ela não pode
mesmo fazer uma tentativa de extensão de seu território ou soberania política sobre os
estados não saxões sem colocar em perigo a integridade do mundo saxão. A Alemanha
não pode mover-se contra a França sem envolver ou incluir em sua queda a do Império
Britânico. Ela não pode mover-se contra a Dinamarca ao norte, Bélgica e Países Baixos
no oeste ou Áustria-Hungria ao sul sem envolver a nação britânica em uma luta final pela
existência política saxônica. Qualquer extensão da soberania alemã sobre estes estados
não britânicos predeterminam a dissolução política do Império Britânico. Em maneira
parecida qualquer extensão da soberania teutônica no hemisfério ocidental, embora contra
uma raça não saxã e remota da integridade territorial da República Americana, pode
somente ser sucedida na destruição do poder americano no hemisfério ocidental.
O fundador da União Soviética, Vladimir Ilych Lenin, disse sobre as causas da
Primeira Guerra Mundial: “Nós sabemos que três ladrões (a burguesia e governos da
Inglaterra, Rússia czarista e França) preparam-se para saquear a Alemanha.”[14]

A Alemanha enfrentou a Tríplice Entente do Império Britânico, França, e Rússia,


enquanto seus próprios aliados – Áustria-Hungria, o Império Turco, e desde 1915, a
Bulgária, eram todos fracos e necessitavam de apoio. A Itália, a qual tinha originalmente
estado aliada com as duas potências centrais, permaneceram a princípio neutra e então
entrou na guerra ao lado da Entente.

Apesar da distribuição desigual de forças, a habilidade militar e competência


econômica da Alemanha, bem como o espírito de sacrifício e resistência mostrado por
seu povo, provou-se tão forte que o inimigo oriental da Alemanha, a Rússia, colapsou na
primavera de 1917. Em março de 1918, depois da Revolução Bolchevique, o Império
Russo teve de assinar o Tratado de Brest-Litovsk ditado pelas vitoriosas potências
centrais. O destino parecia ter decidido a favor dos Poderes Centrais. Os aliados
ocidentais estavam enfrentando a necessidade de um acordo de paz. Afim de evitar isso,
a Inglaterra então enredou os Estados Unidos na guerra.

Depois do eclodir da guerra em 1914, o EUA forneceu para a Entente munição,


armas, e outros materiais de guerra, assim cometendo uma aberta violação de sua
neutralidade. A maior parte deste tráfico foi conduzida pela companhia bancária Morgan.
Para assegurar seus lucros dos fabricantes de armas, os EUA teve de entrar na guerra
como um ativo participante, perdendo assim sua posição como um mediador neutro.
Relato da entrega da Palestina aos judeus, Times de Londres, 09/11/1917.
Uma manobra decisiva para os sionistas americanos articularem a entrada
dos EUA na Primeira Guerra Mundial contra o Império Alemão.

A decisiva influência em conquistar a administração Wilson para a guerra foi a


dos sionistas. A Inglaterra tinha conquistado a ajuda deles ao prometer estabelecer um lar
nacional para os judeus na Palestina se os judeus exercessem a influência deles em
Washington em favor de uma intervenção militar americana ativa na guerra europeia. A
decisão foi facilitada pelo fato de que seus parentes foram capazes de tomar o poder na
Rússia em 1917 através da revolução bolchevique depois da queda do regime czarista
antissemita. Os Estados Unidos declararam guerra às potências centrais em 6 de abril de
1917; em 2 de novembro de 1917 o Ministério do Exterior britânico entregou ao Barão
Rothschild uma declaração do governo em relação ao estabelecimento de um lar nacional
para os judeus na Palestina[15].

II – ‘Os tratados Suburbanos’ de Paris

Foi a intervenção dos Estados Unidos a que decidiu a guerra em favor da Entente,
por causa do imenso potencial militar da América e suas tropas novas. Em outubro de
1918 o último governo imperial do Reich alemão pediu a Wilson, o presidente americano,
para mediar as conversas em relação a um armistício e eventualmente um tratado da paz,
baseado nos “Quatorze Pontos” que ele tinha proclamado anteriormente. Os Aliados
Ocidentais, contudo, não aderiram a estes “Quatorze Pontos”. Assim, eles quebraram o
contrato preliminar, cuja validade foi enfatizada pelos políticos americanos e conselheiros
presidenciais como Bernard Baruch e John Foster Dulles. De acordo com Baruch, o
Presidente tinha recusado “aceitar medidas as quais claramente não respondiam às
moções como que nós tínhamos persuadido o inimigo a concordar e as quais nós não
podemos mudar nada apenas porquê nós somos poderosos suficiente para fazer
isso.”[16]Em Versalhes, Baruch foi o conselheiro de Wilson nos assuntos financeiros.
Similarmente, o primeiro-ministro sul-africano, o general Smuts, em sua carta para o
presidente americano datada de 30 de maio de 1919, apontou as obrigações dos Aliados
ocidentais aceitas no tratado preliminar, a qual eles não honraram. O Presidente Wilson,
todavia, não foi capaz de defender seu ponto de vista contra as potências ocidentais, desde
que ele estava severamente doente.[17]
Wilson tinha induzido o povo alemão a capitular e derrubar a monarquia com a
promessa, brevemente a ser quebrada, de uma paz sem anexações e indenizações. A
capitulação e revolução entregaram o Império Alemão à piedade de vingativos vitoriosos.
A Alemanha não foi permitida tomar parte nas negociações de paz; os vitoriosos somente
decidiram as condições da paz, em um processo sem precedentes na história europeia.
Em 7 de maio de 1919, as condições de paz foram entregues para a delegação alemão da
paz. O conde Brockdorff-Rantzau, secretário de Relações Exteriores e líder da delegação,
assinalou em seu discurso perante os delegados dos Aliados ocidentais e os associados
deles[18]:
... Nós sabemos o impacto do ódio que nós estamos encontrando aqui, e nós temos ouvido
a apaixonada demanda dos vitoriosos, que nos exigem, os derrotados, pagar a conta e
planejar punir-nos como a parte culpada. Fomos solicitados a confessarmo-nos nós
mesmos os únicos culpados; em minha visão, tal confissão seria uma mentira...
Com estas palavras o Ministro de Relações Exteriores recusou-se a aceitar o artigo
231do tratado da paz, o então chamado artigo da culpa de guerra, a mentira a qual alegou
que a Alemanha unicamente foi responsável pela guerra e poderia, portanto, ser feita
responsável por todos os estragos causados pela guerra. Os vitoriosos ameaçaram que se
o governo alemão não assinasse o tratado, eles iriam invadir a Alemanha propriamente.
A indignação na Assembléia Nacional de Weimar foi geral, e o clima da opinião
favoreceu a rejeição. O social democrata Philipp Scheidmann, que tinha proclamado a
República Alemã em 9 de novembro de 1918, e foi o primeiro ministro do primeiro
governo republicano eleito pela Assembléia Nacional, declarou: “Eu lhe pergunto, quem
como um homem honesto – nem mesmo como um alemão, simplesmente como um
homem honesto sentindo-se ele mesmo preso por contratos, é capaz de aceitar tais
condições? Que mão não iria murchar, devendo ela estar presa em tais correntes? Na visão
do governo, este trabalho é inaceitável.”[19] Schneidemann, bem como o Conde
Brockdorff-Rantzau, resignou sobre protesto. Importantes líderes econômicos judaico-
alemães, nominalmente Walther Rathenau e o banqueiro de Hamburgo Max Warburg,
assumiram a firma posição contra aceitar o ditado dos vitoriosos e pediram por uma
recusa, mesmo contra todas as probabilidades de uma invasão inimiga da Alemanha[20].
A Assembléia Nacional, contudo, não teve a coragem de manter tal posição, e sob
protesto, votou a aceitação do ditado de Versalhes. Isso foi em 28 de junho de 1919, a
data fixada pelas potências vitoriosas, que os plenipotenciários da Assembléia Nacional
tiveram de assinar este tratado. A data tem sido escolhida como uma lembrança do
assassinato de Sarajevo em 28 de junho de 1914.

Conectadas com o “artigo da culpa de guerra” estavam as regulações punitivas


das seções 227 – 231, referindo-se a rendição dos “criminosos de guerra” aos vitoriosos,
o mais proeminente “criminoso” da lista sendo o imperador alemão, que tinha fugido para
os Países Baixos. Desde que o governo holandês declinou extraditar o imperador, o
julgamento planejado não ocorreu. O governo alemão recusou a entregar outros
proeminentes líderes alemães aos vitoriosos, e aprovou um ato relativo a acusação de
crimes de guerras.

Uma das condições inumanas de capitulação foi o bloqueio de fome contra a


Alemanha, a qual foi continuado por demanda francesa até o Tratado de Versalhes entrar
em vigor em 1920.

Devido a seus efeitos a longo prazo, o bloqueio de fome imposto pelos britânicos
foi mais decisivo em derrotar as potências centrais que a pressão militar em tempos de
guerra. O número de mortes devido à fome e desnutrição é estimado em 800,000 em 1919
somente. Um comitê de mulheres americanas viajando através da Alemanha por ordem
de Herbert Hoover, chefe de alívio de guerra e mais tarde presidente, relatou em julho de
1919, “Se as condições continuarem como nós temos visto na Alemanha, uma geração
irá crescer na Europa Central a qual irá ser fisicamente e psicologicamente incapacitada,
de modo que irá se tornar um perigo para o mundo inteiro.”[21]

Hitler experimentou a Revolução de Novembro de 1918 caindo ferido em um


hospital militar. Ele tornou-se um inimigo apaixonado da Revolução de Novembro e da
“República Soviética” na capital bávara, Munique, em abril de 1919, um golpe político
desempenhado principalmente por judeus e dirigido por Lenin através de comandos por
rádio de Moscou. Hitler tornou-se um membro do então totalmente sem importância
“Deutsche Arbeitpartei” (Partido dos Trabalhadores Alemão) fundado em janeiro daquele
mesmo ano, e ele logo provou ser um brilhante orador. Seu principal tópico foi o ditado
de Versalhes, o qual ele viu tão intimamente conectado com a revolução de Novembro e
as perniciosas atividades revolucionárias dos judeus. Como um alemão do fim da
monarquia Habsburgo, ele era um fanático apoiador da união de austríacos com alemães
em um Reich Alemão. O principal foco de sua atividade política foi a luta contra o ditado
da paz, a ameaça marxista-comunista com o papel de liderança dos judeus na revolta, e a
luta por autodeterminação e igualdade dos direitos do povo alemão.[22]

A derrubada da monarquia, a mudança de um império para uma república, bem


como a capitulação, tinha sido iniciada pela terceira nota de Presidente Wilson, datada de
23 de outubro de 1918. A Assembléia Nacional, a qual começou a sentar-se em janeiro
de 1919, foi determinada a formar o novo estado de acordo com o exemplo ocidental,
conforme os vitoriosos tinham desejado. Pelo ditado da paz, contudo, os Aliados tinham
sentenciado a República de Weimar à morte mesmo antes que a nova constituição tivesse
sido ratificada pela Assembléia Nacional. Em 28 de junho de 1919, o governo alemão
assinou o ditado de Versalhes; a nova constituição entrou em vigor em 11 de agosto,
sobrecarregada com a maldição do tratado de Versalhes e suas demandas irrealizáveis. O
miserável fim da República de Weimar, “A mais livre democracia do mundo”, e seu
resultado, a ditadura de Hitler, foi consequência do ditado de Versalhes. Os vitoriosos
tinham vencido a guerra, mas perdido a paz pelo tratado deles.

As mais importantes estipulações do ditado de Versalhes foram as seguintes: O


Reich Alemão tinha de ceder 73,485 quilômetros quadrados, habitado por 7,325,000
pessoas, para os estados vizinhos. Antes da guerra ele possuía 540,787 quilômetros
quadrados e 67,897,000 habitantes; depois da guerra, 467,301 quilômetros quadrados e
59,036,000 habitantes restantes. A Alemanha perdeu 75% de sua produção anual de
minério de zinco, 74.8% de minério de ferro, 7.7% de minério de chumbo, 28,7% de
carvão, 4% de potássio. De sua produção agrícola anual, a Alemanha perdeu 19,7% em
batatas, 18.2% em centeio, 17.2% em cevada, 12.6% em trigo, e 9.6% em aveia.

O território do Saar e outras regiões a oeste do Reno foram ocupados por tropas
estrangeiras e eram para permanecerem assim por quinze anos, com Colônia, Mainz, e
Coblença como cabeças de ponte. Os custos da ocupação, 3,640,000,000 marcos de ouro,
tinha de ser pago pelo Reich alemão. A Alemanha não foi permitida estacionar tropas ou
construir fortificações a oeste do Reno e a uma zona de cinquenta quilômetros do leste.

A Alemanha foi forçada a desarmar-se quase completamente, as condições


chamavam por: abolição do projeto geral, proibição de todas armas pesadas (artilharia e
tanques), um exército voluntário de somente 100,000 tropas e oficiais restritos a
alistamento de longo prazo; redução da marinha à seis navios capitais, seis cruzadores
leves, doze destróieres, doze torpedeiros, 15,000 homens e 500 oficias. Uma força aérea
foi absolutamente proibida. O processo de desarmamento foi supervisionado por um
comitê internacional militar até 1927. Adicionalmente, todos os rios alemães tinham de
ser internacionalizados e cabos ultramarinos cedidos para os vitoriosos.

As condições econômicas do tratado de Versalhes foram como segue: Depois da


entrega da marinha, os navios mercantes tinham de ser entregues também, com somente
umas poucas exceções. A Alemanha foi privada de todas suas contas externas – privadas
também – e perdeu suas colônias. Por um período de dez anos, a Alemanha tinha de
fornecer a França, Bélgica, Luxemburgo, e Itália com 40 milhões de toneladas de carvão
por ano, e tinha de entregar máquinas, mobiliário de fábrica, ferramentas e outros
materiais para restauração das áreas devastadas na Bélgica e norte da França. Em relação
ao bloqueio de fome, o qual continuou até janeiro de 1920, uma especial dificuldade sobre
o povo alemão foi a entrega forçada do gado alemão para os vitoriosos para propósitos de
criação e abate.

O Tratado de Versalhes não continha qualquer limitação nas exigências


financeiras dos vitoriosos, a fim de facilitar demandas adicionais. Em 1920, os aliados
ocidentais fixaram a quantidade de reparações primeiro na soma de 269 bilhões de marcos
de ouro; então, em 1921, em 132 bilhões – ambas demandas irrealistas. A França fez uso
desta oportunidade ao ocupar adicionais cidades alemãs. Esta política de chantagem
culminou na invasão do território do Ruhr por unidades militares francesas e belgas em
janeiro de 1923. Desta maneira, a França esperou realizar a desintegração do Reich
alemão. E estabelecer o Reno como fronteira oriental da França. Posteriormente, as forças
de ocupação francesa aceleraram a inflação nas zonas ocupadas ao confiscar as
impressoras para imprimir notas de banco, e produziram dinheiro em quantidades sem
precedentes. Foi assim que a França promoveu alta inflação até a pane da moeda
alemã.[23]

O governo francês, contudo, não alcançou este objetivo. Mesmo seus aliados
britânicos e italianos condenaram o ataque francês no Ruhr como uma brecha aberta do
tratado de Versalhes. A paralisia da economia da Alemanha resultando da inflação,
combinada com resistências passivas forçaram os Estados Unidos a abandonar sua
política de isolamento e a concentrar-se na regulação das dívidas de guerra.

O Império Habsburgo, o segundo mais forte das potências centrais, foi destruído
e dividido pelos vitoriosos. Sérvia e Romênia foram amplamente recompensados com
amplificações substanciais de território, desde que elas tinham ficado ao lado dos Aliados
ocidentais. A Sérvia engoliu seus vizinhos croatas, eslovenos, e montenegrinos para
tornar-se o Reino da Iugoslávia, e a Romênia recebeu sua parte oriental da ex-monarquia
Húngara. Os vitoriosos estabeleceram outro novo estado, especialmente favorecido pelo
Presidente Wilson, e o qual até então tinha sido desconhecido na história europeia,
nominalmente a Tchecoslováquia. Esta nova Tchecoslováquia tornou-se a herdeira da
monarquia da Bohemia-Morávia, anteriormente pertencente a metade ocidental da
monarquia Habsburgo, e da velha Eslováquia, então parte da Hungria. Por causa que os
líderes checos Thomas Masaryk e Eduard Benes tinham dado falsos dados aos vitoriosos,
os tchecos formando somente 44% da população do novo estado, foram permitidos
governar sobre os outros 56% da população, consistindo de 23% de alemães. 18% de
eslovacos, 5% de magiares, 3,8% de ucranianos, 1,3% de judeus e 0,6% de poloneses. Os
Sudetos alemães eram a maior das minorias, totalizando 3,5 milhões de pessoas seguida
pelos eslovacos, totalizando 2,5 milhões, que tinham somente concordado ao
estabelecimento do novo estado da Tchecoslováquia depois de a eles terem sido
prometida a plena autonomia. Esta promessa foi quebrada. Também, à Itália foi cedido o
Tirol do Sul alemão.[24]

Em sua assembléia nacional em Viena em novembro de 1918, os alemães da parte


austríaca do Império Habsburgo tinham decidido eles mesmos juntarem-se ao Reich
alemão. A Assembléia Nacional de Weimar tinha concordado anexar os 10 milhões de
alemães da metade ocidental do Império do Danúbio. Os vitoriosos, contudo, negaram ao
povo alemão o direito deles de autodeterminação, forçando 3,5 milhões de alemães dos
Sudetos sob o governo checo, e compelindo os alemães austríacos a estabelecerem uma
república “independente” com Viena como capital. O truncado estado austríaco estava
sobrecarregado com o ditado de Saint Germain[25], um tratado duro e humilhante como
aquele de Versalhes. Hungria, a parte oriental da Monarquia Habsburgo, reduzida a um
terço de seu anterior território devido as perdas em favor da Romênia, Sérvia e
Tchecoslováquia, foi forçada assinar um igualmente áspero tratado em Trianon.

A Polônia, recém-fundada como uma monarquia em 1916 depois de sua liberação


da Rússia pelas tropas alemãs, tornou-se uma república e foi grandemente aumentada as
expensas da Alemanha e da Áustria-Hungria. Do Império Habsburgo, a Polônia recebeu
Galícia e Cracóvia; a Polônia teve de renunciar seus direitos à Prússia Ocidental, Posen,
e a parte oriental da Alta Silésia. A cidade alemã de Danzig foi separada do Reich e
colocada sob a administração da Liga das Nações como uma então chamada “cidade
livre”. O “Corredor Polonês” separado da Prússia Oriental do resto do Reich de modo que
esta província prussiana era inacessível aos oficiais, exceto pelo mar.

Esta fixação sádica de fronteiras foi devido a influência francesa. O comandante


em cargo francês, o marechal Ferdinand Foch, declarou que em vinte anos uma nova
guerra era inevitável. Para manter a Alemanha abatida permanentemente, a França
desenvolveu um sistema de tratados com a Polônia, Tchecoslováquia, Romênia, e
Iugoslávia. O Primeiro Ministro Britânico David Lloyd George desaprovou a imposição
das novas fronteiras alemãs-polonesas[26], mas o governo britânico nada fez para impedir
isso. O General Henry Allen, comandante-em-chefe das forças de ocupação americana
do Rino, também falaram fortemente contra tal “política errada.”[27]

Quando visto de um ponto de vista global, o mais iminente resultado da Primeira


Guerra Mundial foi a vitória dos Estados Unidos da América. O primeiro estágio da
guerra civil europeia tinha resultado na diminuição do poder europeu e trazido a ascensão
da América à primeira potência mundial, bem como o determinante fator no destino da
Europa. Certamente as duas potências coloniais ocidentais Grã-Bretanha e França tinham
alcançado sua maior extensão territorial com a derrota da Alemanha, a destruição da
Monarquia Habsburgo, e a divisão do Império Turco; mas eles tinham sido capazes de
vencer somente com ajuda e uma potência extra europeia, e eles tinham assim se tornando
devedores da América. O Império Britânico, o qual até então tinha sido o principal
representante do poder europeu através dos mares, bem como a principal potência
financeira e naval, tinha ao fim da guerra se tornado dependente de seu “parceiro júnior”
norte americano. Pelo acordo alcançado na Conferência Naval de Washington de 1921-
1922, Londres tinha de compartilhar seu papel naval com o EUA e conceder à América
igualdade de direitos nos mares.
Como ele estava afligido com paralisia, o Presidente Wilson não foi capaz em
1918 e 1919 de realizar os ideais baseados sobre seus “Quatorze Pontos.” Os tratados da
paz foram assim distorcidos pelos ódios e vinganças inglês e francês, pondo em perigo a
paz depois que eles tinham vencido a guerra com ajuda americana[28]

O presidente americano foi capaz de efetuar a criação da Liga das Nações,


vislumbrada como um pacífico governo mundial regulando disputas entre os povos, mas
uma maioria isolacionista no Congresso impediu a filiação americana na Liga, bem como
rejeitando a ratificação do Tratado de Versalhes. Em 1921, o EUA e a Alemanha
assinaram um acordo de paz separado garantindo todas as vantagens do tratado de
Versalhes para os EUA. Contudo, a tentativa de se retirar em isolamento foi um grave
erro bem como uma evasão de responsabilidade, pois a Europa tinha nem sido apta a
terminar a guerra por si mesma ou alcançar um compromisso de paz. Assim a principal
responsabilidade pelo subsequente desenvolvimento da história europeia recai sobre os
Estados Unidos.

O Cardeal Pietro Gaspari, secretário do Estado Papal, declarou que a forçada paz
de Versalhes foi inaceitável. O nome de Deus tinha sido excluído dele, e dele não somente
uma, mas dez guerras iriam originar-se[29]. Lenin, o fundador ateu da União Soviética,
disse sobre o ditado de Versalhes[30]:
Uma paz atroz, fazendo escravos milhões do mais civilizado povo. Isto não é paz; aquelas
são condições ditadas a uma indefesa vítima por ladrões com facas nas mãos deles.
George Kennan, o bem conhecido diplomata e historiador americano, julgou[31]:
Desta forma, o padrão dos eventos que levou o mundo ocidental para novo desastre em
1939 foi estabelecido em sua totalidade pelos governos Aliados em 1918-19. O que nós
teremos de observar daqui em diante, nas relações entre Rússia, Alemanha e Ocidente,
segue uma lógica tão inexorável como aquela de qualquer tragédia grega.

III – O Período entre as guerras

Desde que as potências aliadas dependiam das reparações da Alemanha para pagar
as dívidas delas ao EUA, o governo americano em 1924 regulou o problema de reparações
com um plano de pagamento nomeado pelo financista americano Charles Dawes. O Plano
Dawes foi baseado no princípio de transformar a culpa política em dívida comercial.
Conformemente, os empréstimos americanos, principalmente os de curto prazo,
investiram a economia alemã. A Alemanha poderia somente satisfazer as reivindicações
de reparação dos vencedores através de um superávit resultando de exportações
aumentadas. Uma vez que muitos estados buscaram uma política de implementar tarifas
protecionistas para restringir a competição alemã, um novo plano de pagamento teve de
ser arranjado em 1928, o então chamado Plano Young, nomeado em homenagem ao
banqueiro americano Owen Young.

De acordo com o Plano Young, o Reich Alemão pagaria reparações até 1988,
enquanto ao mesmo tempo tendo de pagar juros e amortizar os principais empréstimos
privados de curto prazo. Contudo, a destruidora quebra de Wall Street de 1929 e a
seguinte crise da economia mundial tornaram o Plano Young absurdo antes dele entrar
em vigor. Em 1931 o desemprego em massa e uma diminuição do produto nacional bruto
resultante da quebra de Wall Street levaram à insolvência alemã e mobilizou Hindenburg,
então presidente do Reich Alemão, a escrever para o Presidente Hoover pedindo por uma
moratória. Em julho de 1932 a Conferência de Lausanne encerrou os pagamentos de
reparação alemão ao fixar um pagamento final de três bilhões de marcos-ouro. O Reich
alemão tinha já pago no total 53,155 bilhões de marcos-ouro em reparação, incluindo
contribuições em espécie.

A economia alemã tinha ainda de cumprir obrigações de juros derivadas da


enorme dívida alemão estrangeira. Na primavera de 1933, depois que a liderança política
tinha mudado simultaneamente no EUA e na Alemanha, a influência judaica e socialista
de emigrantes da Alemanha levou à relação entre os dois países a deteriorar. No início,
ambos presidentes Roosevelt e os governo de Hitler contiveram problemas domésticos
idênticos de depressão econômica e desemprego em massa através de programas de
trabalho estatais: O New Deal no EUA; o Plano de Quatro Anos na Alemanha. Pouco
depois de sua inauguração em 1933, Roosevelt estabeleceu relações diplomáticas com a
União Soviética na esperança de favorecimento das relações comerciais as quais iriam
impulsionar a indústria americana[32]. Um ano depois, a União Soviética foi aceita como
um membro da Liga das Nações, outro augúrio da coalizão anti-alemã da Segunda Guerra
Mundial.

Depois da tomada do poder pelos partidos nacionalistas na Alemanha, resultando


depois de um ano e meio do governo autocrático de Hitler, baseado em um movimento
de massas, todos estados vitoriosos da Primeira Guerra Mundial falaram de uma guerra
futura. Não foi Hitler que queria a guerra, mas sim seus inimigos internos e externos.
Pouco depois da ascensão de Hitler ao poder, o governo polonês sugeriu uma guerra
preventiva contra a Alemanha ao seu aliado francês[33]. Em março de 1933, a liderança
judaica internacional decretou uma guerra econômica e de propaganda à Alemanha,
ligada a um boicote dos produtos alemães. Durante sua jornada para a América em maio
de 1933, Hjalmar Schacht, o presidente do Reichsbank, achou a atmosfera hostil. Quando
suas conversas com o Presidente Roosevelt em relação a regulação das dívidas alemãs
tomaram uma virada amigável, Schacht explicou à Roosevelt que a Alemanha poderia
cumprir suas obrigações aos credores privados americanos somente se fosse dado a
Alemanha a oportunidade de aumentar suas exportações. Isto, contudo, não mudou o
movimento de boicote internacional organizado pelos judeus, o qual procurou acelerar a
derrubada do governo de Hitler. Durante sua estadia na América, à Schacht também foi
dito que Paris nutria sentimentos extremamente anti-alemães e que o povo estava dizendo
que a Alemanha deveria ser dividida a fim de realizar o que havia sido negligenciado em
Versalhes[34].

Schacht conseguiu tornar o boicote inútil, todavia, e ele fez a Alemanha


economicamente independente ao assinar acordos de compensação. O Plano de Quatro
Anos provou ser um sucesso, e o governo de Hitler conseguiu colocar aproximadamente
todos os desempregados em algum tipo de emprego ao fim de 1937. Ao mesmo tempo, o
New Deal americano falhou. Após isto, Roosevelt mudou sua política para uma
favorecendo intervenção. Ele introduziu ela em seu discurso “quarentena” datado de
outubro de 1937, dirigido contra o Japão, mas também contra a Alemanha e Itália[35].

Para o ambicioso Roosevelt, uma guerra de larga escala poderia ajudar a resolver
seus problemas domésticos ao absorver desempregados através do impulso armamentista,
bem como subsequentemente trazendo o prosseguimento do “século americano” através
de sua liderança de um governo mundial. Ele favoreceu a turbulência na Europa, e através
de seu embaixador, Anthony Biddle, ele influenciou o governo polonês a não entrar em
negociações com a Alemanha[36]. Quando, em 1938, o povo alemão percebeu o direito
de autodeterminação ao se fundir à Áustria e aos Sudetos no Reich de acordo com as
decisões da conferência de Munique de setembro de 1938, Roosevelt protestou contra a
aceitação das potências ocidentais das reivindicações de plenos direitos da Alemanha. O
acordo de Munique, envolvendo Alemanha, Grã-Bretanha, França, e Itália, foi a última
decisão independente na Europa, não influenciada nem pela América ou Rússia. Por isso,
o Presidente Roosevelt declarou isso uma capitulação à Hitler, e trouxe pressão sobre as
potências ocidentais e Polônia para oferecer dura resistência à Alemanha[37]. Roosevelt
e Stalin tinham iguais interesses no estalido de uma guerra na Europa, cada um deles
nutrindo seu próprio sonho de dominação mundial; Roosevelt como presidente de um
governo mundial na forma das Nações Unidas, Stalin como ditador de um Império
Comunista mundial[38].

IV – A eclosão da Segunda Guerra Mundial

O problema de induzir o inimigo a disparar o primeiro tiro a fim de estar apto a


denunciá-lo como agressor era mais fácil no confronto alemão-polonês do que foi dois
anos depois no conflito entre Japão e EUA. A Polônia, influenciada pela administração
americana e confiando em sua aliança com a Grã-Bretanha e França, reagiu à última
proposta de paz alemã com uma mobilização geral. Assim eles forçaram a mão do
governo alemão. De acordo com Frederico o Grande, da Prússia, “O atacante é aquele
que força seu adversário a atacar.” Graças a traição de Herwarth von Bittenfeld, então
secretário da embaixada alemã em Moscou, o Presidente Roosevelt soube do tratado
secreto germano-russo de 23 de agosto de 1939 mesmo antes que Hitler pudesse informar
seu aliado. Roosevelt, contudo, não informou o governo polonês deste conhecimento,
desde que ele, como Stalin, queria a guerra[39].

O ditador soviético assinou o tratado com Hitler a fim de causar guerra entre os
estados capitalistas. Foi seu objetivo intervir depois que as potências capitalistas
estivessem exaustas. Desta maneira ele pretendeu emergir como vitorioso de guerra. A
fim de efetuar a revolução mundial bolchevique, com o objetivo último de estabelecer o
governo de Moscou sobre o mundo, a conquista da Alemanha era essencial[40]. As
tentativas bolcheviques de confiscar o poder na Alemanha entre 1918 e 1923 tinha falhado
por causa dos Freikorps (Corpos Voluntários) e da Reichswehr[41]. Por meio da Segunda
Guerra Mundial e com a ajuda do Presidente Roosevelt, Stalin conquistaria metade da
Europa, incluindo metade da Alemanha, e integrou ela no bloco comunista. No entanto,
o sonho de Roosevelt de tornar-se presidente do mundo não era para acontecer; ele morreu
em 12 de abril de 1945, dezoito dias antes do suicídio de Hitler.

Em 3 de setembro de 1939, o governo britânico declarou guerra à Alemanha e


assim forçou a França a tomar o mesmo passo desastroso, hipocritamente alegando que
eles estavam fazendo isso para proteger a independência polonesa. Exatamente 25 anos
antes, em 4 de agosto de 1914, o governo britânico tinha declarado guerra ao Reich
Alemão, proclamando seu apoio pela neutralidade belga. Dentro de um quarto de século,
o Império Britânico assim começou duas guerras não provocadas, afim de destruir a
Alemanha[42]. Para ser exato, em 1939 o governo britânico não atuou
independentemente, mas foi pressionado intensamente pelo Presidente Americano.
Joseph Kennedy, de 1938 a 1940 o Embaixador dos Estados Unidos em Londres,
posteriormente respondeu à questão de James Forrestal, o Secretário de Defesa do EUA,
sobre como esta guerra tinha explodido:
Hitler iria ter lutado contra a Rússia sem qualquer conflito posterior com a Inglaterra se
não fosse por Bullitt [William Bullitt, então Embaixador na França] instando Roosevelt
no verão de 1939 de que os alemães devem ser os intimidadores em relação à Polônia;
nem a França nem a Grã-Bretanha teriam feito a Polônia uma causa de guerra se não
tivesse sido pelas constantes agulhadas de Washington. Bullitt, ele disse, manteve
dizendo a Roosevelt que os alemães não iriam lutar, Kennedy disse que eles iriam e que
iriam invadir a Europa. Chamberlain, ele disse, declarou que os judeus da América e do
Mundo tinham forçado a Inglaterra para dentro da guerra. Em sua conversação por
telefone com Roosevelt no verão de 1939, o Presidente continuava dizendo para ele
colocar um pouco de ferro nas costas de Chamberlain...[43]
O ataque alemão de 1941 sobre a União Soviética foi uma guerra preventiva para
evitar o ataque russo soviético então sendo preparado. Naquela época a União Soviética
provou-se o mais pesadamente armado estado, subestimado não somente pelo alemão,
mas também pelo Estado Maior Aliado[44].

Fábrica de tanques de guerra em Chelyabinsk, 1942, URSS. A URSS era já em 1941 o Estado mais armado do mundo.
(fonte da foto: https://ww2db.com/image.php?image_id=21635 )

A diplomacia de Roosevelt contribuiu para a falha dos planos de ataque alemão


para a primavera de 1941. Desde que ele tinha engendrado o golpe de estado iugoslavo
de 27 de março de 1941[45], o comando alemão viu a necessidade de uma campanha
balcânica, assim atrasando o ataque à União Soviética em cinco semanas. Para o
presidente Roosevelt, a entrada da América na guerra europeia era complicada por causa
da Lei de Neutralidade, e pelo silêncio do governo alemão sobre as crescentes violações
de neutralidade cometidos pelo EUA em nome dos Aliados ocidentais através dos anos
de 1939 – 1941[46]. Finalmente, Roosevelt encontrou a “porta dos fundos para a guerra”
ao provocar a guerra com o Japão[47]. Suas sanções econômicas e demandas políticas
tinham sido planejadas com o propósito de conduzir o Japão à guerra, forçando ele a
disparar o primeiro tiro e assim aparecer para o mundo como o agressor. Ele obteve este
objetivo através de seu ultimato de 26 de novembro de 1941, o qual ele tinha emitido sem
informar o Congresso Americano. O ataque japonês sobre Pearl Harbor de 7 de dezembro
de 1941 foi desse modo artificialmente provocado[48].

O judeu Theodor Nathan


Kaufman elaborou um pla-
no de extermínio para ser
aplicado sobre o povo ale-
mão.

Por sua exigência por rendição incondicional Roosevelt fez impossível qualquer
tentativa em uma solução política dos problemas de guerra. Para ele e seu amigo britânico
Winston Churchill a completa destruição do Reich alemão e o extermínio do povo alemão
eram o principal objetivo de guerra. A força militar, somente um meio para atingir um
fim na visão de Clausewitz, tornou-se um fim em si mesmo. A propaganda anti-
germânica, dirigida pela própria administração americana, cresceu para uma extensão
infernal.

Na primavera de 1941, quando o EUA era ainda oficialmente neutro, o autor


judeu, Theodore Kaufman, publicou o livro Germany Must Perish. Nele, ele delineou um
plano para erradicação biológica do povo alemão através da forçada esterilização da
inteira população adulta alemã.[49]

Charles Lindberg, o famoso piloto americano, registrou estes planos de extermínio


em diário[50]. Os planos de esterilização não puderam ser colocados em prática devido
ao desenvolvimento de discórdia dentro da coalizão anti-Hitler. Em 1943, Roosevelt
revelou que ele pretendida deixar a Europa para os russos como uma esfera de
influência[51]. Um ano depois, quando o Exército Vermelho conquistou a Polônia,
desacordos surgiram entre a Grã-Bretanha e o EUA de um lado, e Stalin em outro,
terminando como a completa integração da Polônia à esfera comunista de influência. Esse
foi apenas um dos resultados de uma guerra mundial desencadeada pela Grã-Bretanha
afim de defender a Polônia.
Roosevelt, que tinha origens judaicas
segundo o jornalista judeu Emil Ludwig,
preferiu apoiar a URSS, muito mais estra-
nha ao povo americano que apoiar o nacio-
nal socialismo alemão que era o único real
combatente ao comunismo. "Roosevelt
revelou que ele pretendida deixar a Europa
para os russos como uma esfera de
influência."

Depois de ser eleito quatro vezes, contrariamente à tradição americana, o


presidente Roosevelt estava em tal forma física ruim depois de sua quarta posse que ele
estava inapto a cumprir seus deveres. Similar ao presidente Wilson em Versalhes em
1919, Roosevelt em Yalta em 1945 mostrou alarmantes sinais de exaustão e demência.
Às vezes ele não era capaz de seguir a linha de pensamento de Stalin durante as conversas
com o ditador soviético. Assim o autocrata russo tinha um jogo fácil para avançar seus
planos em relação a Europa e Ásia. Na Europa a União Soviética alcançou a linha Elba-
Saale, dividindo a Alemanha, bem como o Ocidente, em duas partes. Quanto a Ásia
Oriental, Stalin tinha o Tratado de Portsmouth entre Rússia e Japão revisado como uma
recompensa pela ajuda russa na derrota do Japão. Quatro anos depois, em 1949, a China
tornou-se comunista, o maior triunfo do comunismo depois de seus sucessos na Europa.

Minha palestra está agora chegando ao fim e irei resumir. No decurso do século
XIX, um mundo de economia capitalista tinha levado a crescente importância e
intensificação dos laços econômicos e interesses no cenário internacional; por um lado
trazendo as nações juntas e estabelecendo uma interconexão de todas as pessoas por meios
modernos de transporte e comunicação; por outro lado, agravando velhos conflitos e
criando novos. A possibilidade de envolvimento mútuo e internacional nos assuntos de
outras pessoas, e de conflitos intermináveis, foi particularmente aumentada. Era
característico da época pré-industrial que o homem só poderia alcançar objetivos
limitados, por meios limitados; o sinal da Era da Máquina e seu modo de vida foi a
habilitação do homem para lutar por ilimitados objetivos através de meios aparentemente
ilimitados.

Os conflitos resultantes de uma economia capitalista mundial culminaram na


virada do século numa rivalidade internacional entre Alemanha e Império Britânico. Esta
tensão, a qual tinha nunca existido entre essas duas nações, era enraizada em competição
comercial, e ofuscou todos os velhos conflitos entre as potências continentais. Um
conflito local estalido pelo pequeno estado da Sérvia em 1914, e expandiu para uma
guerra em escala europeia pela intromissão da Rússia pelo lado da Sérvia, desenvolvendo-
se numa guerra mundial com a declaração de guerra britânica à Alemanha. Werner
Sombart, o bem conhecido historiador alemão do capitalismo, descreve a natureza deste
desenvolvimento:[52]
... [a] característica comum de todos os desenvolvimentos da era capitalista é uma pressão
rumo ao infinito, uma infinitude de objetivos, uma força empenhando-se além de todas
as medidas orgânicas. Aqui nós temos um das maiores contradições internas permeando
a cultura moderna: que a vida, em sua ação mais alta e mais forte, se excede e... destrói
ela mesmo.
A intervenção americana na guerra civil europeia em 1917, trazida pela política
britânica e assegurando a vitória Aliada, inaugurou o clímax do domínio mundial anglo-
saxão. Naquela época, após derrubar duas das mais poderosas potências continentais, a
Rússia e a Alemanha, as duas potências anglo-saxãs eram as governantes do globo. Elas
venceram a guerra, mas elas perderam a paz por causa da própria incapacidade delas em
formar uma justa ordem de paz. Grã-Bretanha e a América têm a principal
responsabilidade para o curso consequente da história internacional no século americano.

A Segunda Guerra Mundial foi uma consequência necessária da terminação da


Primeira Guerra Mundial nos ditados Versalhes e Saint Germain. As origens imediatas
da Segunda Guerra Mundial foi a quebra do preliminar acordo baseada nos Quatorze
Pontos de Wilson; a recusa do direito de alto determinação e igualdade de direito para o
povo alemão; a criação de uma fronteira oriental e o “Corredor Polonês”; os parágrafos
de culpa de guerra e crimes de guerra nos tratados, e as reivindicações econômicas e
financeiras impossíveis.

O estalido da guerra de 1939 foi causada diretamente pelo conflito entre Polônia
e Alemanha sobre o “Corredor” e problemas em Danzig. A Grã-Bretanha e EUA não
concederam o cumprimento dos direitos de auto determinação: unificação da Áustria e da
região do Sudeto com o Reich alemão em 1938 tinha mudado as relações entre as
potências do continente em favor da Alemanha – um evento inaceitável para a tradicional
política inglesa de “Equilíbrio de Poderes.” Igualmente inaceitável para a América foi a
decisão independente dos europeus na conferência em Munique, excluindo o Estados
Unidos e União Soviética.

Por meio da guerra europeia, ambos Roosevelt e Stalin pretendiam realizar o


sonho deles de domínio global em acordo a visões totalmente diferentes e objetivos
totalmente diferentes. Assim Washington e Moscou organizaram uma nova guerra
europeia, possibilitando ambos colossos destruírem e deslocando uma Europa engajada
em automutilação. A ordem europeia do mundo foi substituída por duas “super
potências,” levando para um equilíbrio de terror. Assim, a América perdeu a posição dela
como arbitermundi [“arbitro do mundo”] a qual ela tinha tentado exercer em 1919, e foi
forçada à defensiva contra um máximo esforço agressivo e expansionista comunista para
exclusiva dominação mundial.

Tradução por Mykel Alexander

Notas
[1] Nota do autor: Ver também Erwin Hölzle, Die Selbstentmachtung Europas (Göttingen, 1975).

[2] Nota do autor: Karl Alexander von Müller, “Das ZeitalterdesImperialismus” em Knaur's
Weltgeschichte (Berlin, 1935). Alexander Randa, Handbuch der Weltgeschichte, Volume III (Olten, 1954).

[3] Nota do autor: Georg Franz-Willing, “Der Krimkrieg, einWendepunkt des europäischen Schicksals,”
em Geschichte in Wissenschaft und Unterricht 7, edição 8, Agosto de 1956, páginas 448 e seguintes.

[4] Nota do autor: Georg Franz-Willing, Der weltgeschichtliche Aufstieg der VereinigtenStaatendurch die
Entscheidung des Bürgerkrieges 1861-1865 (Osnabruck, 1979).

[5] Nota do autor: Georg Franz-Willing, “Der Indische Aufstand 1857-1859,” em Die Welt als Geschichte,
XXI, 1961, páginas 29 e seguintes, 109 e seguintes.

[6] Nota do autor: Georg Franz-Willing, “Europa oder Asien. Admiral Perry's Expedition nach Japan,”
em Die Österreichische Furche, 1953, Número. 31, volume 1.8.1953.

[7] Nota do autor: Georg Franz-Willing, Neueste Geschichte Chinas 1840-1973 (Paderborn, 1975) passim.

[8] Nota do autor: Allan Nevins, Henry White. Thirty Years of American Diplomacy (New York, 1930)
página 257 e sequência.Albert Wedemeyer, Reports (New York, 1958), página 13e sequência.

[9] Nota do autor: Wedemeyer, ibid.

[10] Nota do autor: Georg Franz-Willing, Erzherzog Franz Ferdinand und die Plänezur Reform der
Habsburger Monarchie(Munich, 1943), passim.

[11] Nota do autor: Hans Übersberger, Russland and Serbien, (Munich, 1958), passim. Erwin
Hölzle, Amerika and Russland(Göttingen, 1980), página 103 e seguintes.

[12] Nota do autor: Hölzle, Die Selbstentmachtung Europas, página 234. Dietrich Aigner, Das Ringen um
England (Munich, 1969), página 13 e seguintes.

[13] Nota do autor: Homer Lea, The Day of the Saxon (New York, 1912), página 137.

[14] Nota do autor:V. I. Lenin, Über Krieg, Armee and Militärwissenschaft. Eine Auswahlaus Lenins
Schriften in zwei Bänden (East Berlin, 1958), Volume I, página 455.

[15] Nota do autor: Hölzle, Amerika and Russland, página 192 e seguintes. Felix
Frankfurter, Reminiscences (New York, 1960), página 154 e seguintes., 178 e seguintes. Bernard
Baruch, The Public Years (New York, 1960), p. Off., página 49 e seguintes.

[16] Nota do autor: Baruch, Bernard, The Public Years, p. 97 e seguintes. Baruch, The Making of
Reparations and Economic Sections of the Treaty (New York, 1920), passim.

[17] Nota do autor: Fritz Berber, Das Versailler Diktat, 2 vols. (Essen, 1939), Volume I, página 8 e
seguintes., página 35 e seguintes., página 94 e seguintes. Ulrich Graf Brockdorff-Rantzau, Dokumente und
Gedanken um Versailles (Berlin, 1925), página 175 e seguintes. Ray S. T. Baker, Woodrow Wilson and
World Settlement (London, 1923), Volume 3, página 458 e seguintes.

[18] Nota do autor: Berber, loc. cit., Volume I, página 52 e seguintes.

[19] Nota do autor: Philipp Scheidemann, Memoiren eines Sozialdemokraten, 2 volumes. (Dresden, 1928),
Volume I, página 346.

[20] Nota do autor: Walther Rathenau, Kritik der dreifachen Revolution (Berlin, 1919), página 123 e
seguintes. Walther Rathenau, Tagebuch 1907-1922 (Düsseldorf, 1967), página 226 e seguintes. Friedrich
Boetticher, Soldatam Rande der Politik (UnpublishedMemoirs). Max Warburg, Ausmeinen
Aufzeicheungen, editado por Eric Warburg (New York, 1952), página 57 e seguintes, página 80 e seguintes.

[21] Nota do autor: Münchner Post (jornal social-democrata), Nr. 263 datado de 11/19/19, Artigo: “Die
Hungerblockade und ihre Folgen.”

[22] Nota do autor: Georg Franz-Willing, Ursprung der Hitlerbewegung (Preussisch-Oldendorf, 1947)
página 97 e sequência.

[23] Nota do autor: Georg Franz-Willing, Krisenjahr Hitlerbewegung (Preussisch-Oldendorf, 1975),


página 274.

[24] Nota do autor: Taras Borodajkewycz, Wegmarken der Geschichte Österreichs (Wien, 1972),
(Eckartschriften, publicação n° 42), página 43 e seguintes. Heinrich Ritter von Srbik, “Österreich in der
deutschen Geschichte,” in Zwei Reden für Österreich (Eckartschriften, publicação n° 67), (Wien, 1978),
página 13 e seguintes.

[25] Nota do autor:Taras Borodajkewycz, Saint Germain. Diktat gegen Selbstbestimmung (Eckartschriften,
publicação 31), (Wien, 1969), passim.

[26] Nota do autor: Memorandum of the Premier Lloyd George datado 3/25/19, Berber, loc. cit., Volume
I, páginas 35 e sequência.

[27] Nota do autor: General Henry Allen, My Rhineland Journal (Boston, 1923), notícia de 1/15/20.

[28] Nota do autor: Ver Baruch (Nota. 16).

[29] Nota do autor:Ludwig Freiherr von Pastor, Tagebücher (Heidelberg, 1950), notícia de 3/12/20.

[30] Nota do autor: Lenin, loc. cit., Volume I, página 569, página 600.

[31] Nota do autor: George Kennan, Russia and the West under Lenin and Stalin (London, 1961), página
164.

[32] Nota do autor: Dirk Kunert, Ein Weltkrieg wird programmiert (Kiel, 1984), página 97e seguintes.

[33] Nota do autor: Georg Franz-Willing, 1933. Die nationale Erhebung (Leoni, 1982), página 242 e
seguintes. Waclawa Jedrzejewicz, “The Polish Plan for a 'Preventive War' against Germany in 1933,”
em The Polish Review (New York, 1966), página 62 e seguintes.

[34]Nota do autor: Akten der deutschen auswärtigen Politik (ADAP), Series C,I,I, Número 214, “President
Schacht an das Auswartige Arnt.”Franz-Willing, loc. cit., página 281 e seguintes.

[35] Nota do autor: Kunert, loc. cit., página 192 e sequência.

[36] Nota do autor: Carl J. Burckhardt, Meine Danziger Mission 1937-1939 (Munich, 1960), páginas 225
e sequência. Dirk Bavendamm, Roosevelts Weg zum Krieg (Munich, 1983), página 72, páginas 407 e
seguintes. Kunert, loc. cit., página 226, página 261.

[37] Nota do autor: Bavendamm, loc. cit., páginas 415 e seguintes, páginas 511 e seguintes, página 600 e
seguintes.

[38] Nota do autor: Kunert, loc. cit., página 13 e seguintes., página 271 e seguintes, página 280 e seguintes.

[39] Nota do autor: Hans Herwarth, Against Two Evils (New York, 1981), página 159 e sequência. Charles
Bohlen, Witness To History (New York, 1973), Capítulo: “A Source in the Nazi Embassy.”

[40] Nota do autor: Ernst Topitsch, Stalins Krieg. Die sowjetische Langzeitstrategie gegen den Westenals
rationale Machtpolitik (Murrich, 1985), passim.
[41] Nota do autor: Georg Franz-Willing, Krisenjahr der Hitlerbewegung, página 282 e seguintes.

[42] Nota do autor: Dietrich Aigner, Das Ringen um England, páginas 29 e seguintes, páginas 105 e
seguintes., páginas 269 e seguintes.

[43] Nota do autor: The Forrestal Diaries, editado por Walter Millis (New York, 1951), página 285,
conversa datada em 12/27/45.

[44] Nota do autor: Joachim Hoffmann, “Die Sowjetunion bis zum Vorabend des deutschen Angriffs”
in Das Deutsche Reich und der Zweite Weltkrieg, Volume 4 (Stuttgart, 1983), páginas 83-97, páginas 713-
809.

[45] Nota do autor: Konstantin Fotitsch, The War We Lost. Yugoslavia's Tragedy and the Failure of the
West (New York, 1948). K. O. Braun, “Das kriegsauslösende Serbien 1914 und 1941,” em Deutsche
Annalen (Leoni, 1984), páginas 228 e seguintes.

[46] Nota do autor: Fritz Berber, Die amerikanische Neutralität im Kriege 1939-1941 (Essen, 1943),
passim.

[47] Nota do autor: Charles Tansill, Backdoor To War (Chicago, 1952). Bavendarnm, loc. cit., páginas 563
e seguintes.

[48] Nota do autor: Hamilton Fish, FDR, The Other Side of The Coin. How We Were Tricked Into World
War II (New York, 1976). Peter Herde, Pearl Harbor 7/12/41 (Dannstadt, 1980).

[49] Nota do autor:Newark, New Jersey, Argyle Press, 1941.

[50] Nota do autor: The Wartime Journals, informação datada de 5 de fevereiro1942. Ver também David
Irving, The Last Campaign. Edição alemã: Der Nürnberger Prozess (Munich, 1979), página 19.

[51] Nota do autor: The Cardinal Spellman Story (New York, 1962). (Edição alemã, Neuenbürg, 1963,
página 189 e seguintes).

[52] Nota do autor: Der moderne Kapitalismus, Volume 3, 1928, páginas 12, 25.

____________________________________________________________________________
_____

Informação Bibliográfica

Autor Georg Franz-Willing


Título The Origins of the Second World War
Fonte The Journal for Historical Review (http://www.ihr.org)
Data Primavera de 1986
Fascículo Volume 7 número 1
Localização Páginas 95 - 114
Endereço http://www.ihr.org/jhr/v07/v07p-95_franz-willing.html
Sobre o autor: Georg Franz-Willing (1915 – 2008) foi um historiador alemão. Graduou-
se no Ginásio Humanístico de Rosenheim, Baviera, 1935. Ele estudou história, geografia,
antropologia, filosofia, e direito na Universidade de Munique, obtendo seu doutorado sob
orientação do renomado historiador Karl Alexander von Müller. De 1939 a 1945 ele
serviu no Exército Alemão. Após a guerra ele ensinou história na academia naval da
Bundeswehr em Flensburg, e foi associado a uma série de institutos acadêmicos. Dr.
Franz-Willing foi o autor de numerosos livros e artigos sobre história moderna,
incluindo Die Reichskanzlei1933-1945 e Der Zweite Weltkrieg: Ursachen und Anlass,
bem como trabalhos sobre a Áustria dos Habsburgos, China Moderna, e Guerra Civil
Americana. Seu livro acadêmico sobre o Movimento Nacional Socialista, Die
Hitlerbewegung, foi elogiado pelo semanário alemão Der Spiegel como bem
fundamentado nos fatos, e de escopo enciclopédico. Por anos ele foi associado e apoiador
do Institute for Historical Review.

Segue abaixo a relação de suas principais obras:

Die Hitlerbewegung. Der Ursprung 1919 – 1922 – (1962).

Krisenjahr der Hitlerbewegung 1923 – (1975).

Der Zweite Weltkrieg Ursachen und Anlass – (1979).

1933. Die nationale Erhebung OVP – (1982).

F. D. Roosevelt /Winston Churchill: Verwandler der Welt – (1991).

Die Kriegsschuldfrage der beiden Weltkriege – (1992).

Deutsche Geschichte im 20. Jahrhundert - Weltherrschaft durch Umerziehung ? – (1994).

Die Finanzierung der Novemberrevolution – (2000).

Die Hitlerbewegung 1925-1934 – (2001).

Você também pode gostar