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O autor inicia a proposta do texto em enfatizar que a Guerra de 1914 e sua magnitude não
eram esperadas por nenhum de seus beligerantes, mesmo com inúmeros conflitos se
antecipando na região. A questão dos Balcãs era conhecida como o barril de pólvora europeu,
mas ainda assim, segundo ele “era um ponto conhecido da pauta da diplomacia internacional,
mas que nunca escapara totalmente ao controle”. Outro fator era a chamada tecnologia da
morte a qual já havia avançado notavelmente pela transformação no poder de fogo das
artilharias e dos navios de guerra por meio de motores-turbina. Essa corrida armamentista,
uma competição e comparação de forças entre os Estados, segundo Hobsbawn, ocorreu de
forma modesta na década de 1880 e se acelerou nos últimos anos antes da guerra.
“A economia mundial deixara totalmente de ser, como fora em meados doo século XIX, um
sistema solar girando em torno de uma estrela única, a Grã-Bretanha.”
Inúmeras revoluções a partir de 1905 inflamaram ainda mais a região: revolução Russa, que
impossibilitou o império czarista e encorajou a Alemanha a reivindicar Marrocos, Revolução
Turca que ignorou acordos que visavam equilíbrio internacional no Oriente próximo, a Áustria
anexou Bósnia Herzegovina, precipitando um conflito com a Rússia.
“Em suma, as crises internas e internacionais nos últimos anos anteriores a 1914 fundiram-se.
A Russa uma vez mais ameaçada pela revolução social, a Áustria desafiada pela desintegração
pelo imobilismo devido a suas divisões políticas – todos eles pendiam para o lado de seus
militares e suas soluções.”