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O autor trata nesse capítulo sobre a ascensão estratégica de Hitler e como ele conseguiu
descumprir o tratado de Versalhes explorando os princípios que fomentaram, de certa
maneira, o próprio tratado. Seu discurso que aos poucos foi tomando a Alemanha e fazendo
com que fosse eleito pautou-se em uma retórica de derrota da Alemanha à traição, a uma
conspiração judaica e à falta de firmeza dos líderes alemães que não lutaram até o fim. O
Tratado de Versalhes deixou a Alemanha em uma vantagem muito a frente dos demais,
embora tenha sido não proposital (diferente da Paz de Vestfália). O país germânico ficou
limitado a leste por estados pequenos e fracos, possibilitando sua fácil retomada hegemônica.
Hitler assume com a proposta de uma política de expansão sob um discurso baseado no
princípio da autodeterminação dos países. Retoma a produção militar sob o pretexto de
manter o número abaixo do que a França, desviando a atenção para o fato de estar infringindo
um dos pontos do tratado.
Fortalece com a Inglaterra o acordo de desarmamento, a fazendo acreditar de que não iria
romper e, logo, não seria um ataque provável. França, mesmo com um acordo de intervenção
em caso de descumprimento alemão, sabia que a Inglaterra não iria cumprir com ao seu termo
de proteção. Buscou outros meios de se proteger: tentou alianças de defesa mútua em 1920
com países recém formados e fracos militarmente como Tchecoslováquia, Polônia e Romênia,
estabelece uma aliança política e não militar com a União Soviética em 1935 (receio de
prejudicar sua relação com os ingleses, aliados do Leste Europeu não admitiam tropas
soviéticas em seu território, medo de desencadear uma declaração de guerra com os alemães),
acordo de segurança coletiva com a Itália, que temiam que houvesse uma anexação alemã da
Áustria, fazendo com que perdessem seu território Tirol do Sul, etnicamente alemão.
Conquista japonesa da Manchúria põem em xeque efetividade da Liga das Nações. Estadistas
temiam mais a guerra do que uma alteração do equilíbrio de poder. Tentavam impor sanções
econômicas, mas, ainda assim, com receio de provocar mais conflito não eram sanções
pesadas, era o chamado appeasement (politica oficial de aceitar condições com receio de
conflitos armados, pautado no idealismo wilsoniano). Entretanto, Itália de Mussoulini tinha
claras intensões de expansão para a África, principalmente na Etiópia (Pacto Hoare-Laval, entre
franceses e ingleses, para tentar por um fim ao conflito, Etíope continua governando a região,
Inglaterra daria a Abissínia como saída para o mar, mas o plano é mal visto e não é concluído).
Hitler primeiro envia, em 1936, exército para a região da Renânia sob pretexto de estar apenas
reocupando território alemão, justifica ato como resposta ao pacto franco-sovietico e diz que
manterá limite de tropas. Com o envolvimento da Liga sobre a situação da Italia, não queriam
se confrontar com outra grande potência. (reocupação da renania abriu a estrada da Europa
Central militarmente)
“O que importa é que, no final do processo, a Renânia tinha guarnição alemã, a Europa
Oriental estava fora do alcance da ajuda militar francesa e a Itália cada vez mais perto de dar à
Alemanha de Hitler seu primeiro aliado.”
“Os vencedores da Primeira Guerra Mundial haviam perpetrado uma paz punitiva e, depois de
eles próprios criarem o incentivo máximo para o revisionismo, cooperaram no desmanche de
seu próprio acordo”