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5 Fatos Históricos Relevantes sobre o Amazonas

Quando o Brasil passou a se tornar colônia portuguesa com a assinatura do Tratado de


Tordesilhas, o território do Amazonas ainda estava sob domínio dos espanhóis. Francisco de
Orellana, em busca de ouro, foi o primeiro homem branco a explorar todo o comprimento do
rio que, mais tarde, receberia o nome de Amazonas, que significa “ruído de águas, água que
retumba” em idioma indígena. Por volta de 1541, Orellana encontrou uma tribo de Icamiabas,
índias guerreiras que protegiam a região e seus bens naturais, e acabou travando uma
sangrenta batalha contra elas. Entretanto, as tropas espanholas foram derrotadas pelas
estratégias da tribo.

A assinatura do Tratado de Madrid, em 1750, tira da Espanha o domínio da área do


Amazonas. Os portugueses trataram de construir fortalezas na região para evitar a invasão de
estrangeiros, formando, em 1755, a Capitania de São José do Rio Negro. Desta forma, o
território amazônico faria parte do Estado do Pará e tinha como capital a cidade de Barra do
Rio Negro, onde fica a cidade de Manaus. Após a proclamação da Independência, D. Pedro II
estabeleceu a Província do Amazonas e separou a região do estado do Pará. Com a ascensão
do uso da borracha como matéria-prima, o rio Amazonas ficou aberto para navegações
internacionais a partir de 1866.

No período de 1890 e 1910, a grande procura pela borracha atraiu imigrantes e povoados do
Nordeste para a capital amazonense, que sofreu transformações significativas em
infraestrutura e demografia. Foram construídos os primeiros sistemas de telefonia, bondes
elétricos, um saneamento básico mais desenvolvido e um porto flutuante. Depois da queda
pela demanda de borracha, o Amazonas sofreu um déficit econômico que só seria novamente
estabilizado por volta da década de 1950, com investimentos do Governo Federal. Em 1967,
foi criada a Zona Franca de Manaus, que deu impulso à entrada de indústrias na região.

O Mercado Municipal Adolpho Lisboa, conhecido como Mercadão, está localizado às


margens do rio Negro, no Centro de Manaus. Construído durante o ciclo da borracha com
material importado da Europa, sua estrutura em ferro fundido foi projetada pelo engenheiro
francês Gustave Eiffel, o mesmo que projetou à famosa Torre Eiffel de Paris. Com mais de
135 anos de história, foi inaugurado em 15 de julho de 1883, sendo um importante espaço de
comercialização de produtos e alimentos da Amazônia, variedade de espécies de peixes de
água doce, artesanatos, frutas, legumes e especiarias, atraindo atenção e curiosidade de
visitantes.

O ciclo da borracha foi um momento da história econômica e social do Brasil, relacionado


com a extração de látex da seringueira e comercialização da borracha. Teve o seu centro na
região amazônica, e proporcionou expansão da colonização, atração de riqueza,
transformações culturais, sociais, arquitetônicas, e grande impulso ao crescimento de Manaus
e Belém, até hoje capitais e maiores centros de seus respectivos estados, Amazonas e Pará;
Além de muitas outras cidades da região como: Itacoatiara, Marabá, Rio Branco, Eirunepé,
Cruzeiro do Sul e Altamira. O ciclo da borracha viveu seu auge entre 1879 e 1912, tendo
depois experimentado uma sobrevida entre 1942 e 1945, durante a Segunda Guerra Mundial
(1939-1945).

Aluno: Renan Hudson Henrique de Lima

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