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A "Política de Apaziguamento" foi uma estratégia diplomática adotada por alguns

países, principalmente a França e o Reino Unido, na década de 1930, antes do início


da Segunda Guerra Mundial. O principal objetivo dessa política era evitar um
conflito em grande escala com a Alemanha nazista liderada por Adolf Hitler, que
estava se rearmando e expandindo territorialmente.

O contexto histórico em que a Política de Apaziguamento se desenvolveu foi marcado


pelas consequências da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e pelas duras condições
impostas à Alemanha pelo Tratado de Versalhes em 1919. As punições impostas à
Alemanha após a Primeira Guerra, incluindo reparações econômicas pesadas e perdas
territoriais significativas, geraram instabilidade política e econômica no país.

Quando Hitler e o Partido Nazista assumiram o poder em 1933, começaram a rearmar a


Alemanha e a adotar políticas expansionistas, como a anexação da Áustria
(Anschluss) em 1938 e a ocupação dos Sudetos, uma região da Tchecoslováquia
habitada predominantemente por alemães, também em 1938.

Frente à possibilidade de um novo conflito armado, alguns líderes europeus adotaram


a abordagem de apaziguar as ambições territoriais de Hitler, na esperança de evitar
uma guerra em larga escala e de preservar a paz. Eles acreditavam que cedendo às
exigências territoriais da Alemanha, poderiam satisfazer suas reivindicações e
evitar um confronto militar. O primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain foi
um dos principais defensores dessa política e se encontrou com Hitler em Munique,
em setembro de 1938, assinando um acordo que permitiu a anexação dos Sudetos pela
Alemanha.

Contudo, a estratégia de apaziguamento se mostrou infrutífera. Hitler continuou


suas ambições expansionistas e, em setembro de 1939, a Alemanha invadiu a Polônia,
dando início à Segunda Guerra Mundial. A esperança de que a política de
apaziguamento pudesse impedir o conflito foi desfeita quando ficou claro que Hitler
não tinha intenção de se contentar com as concessões territoriais iniciais e estava
determinado a alcançar seus objetivos por meio da força militar.

A Segunda Guerra Mundial então se desenrolou com a formação de alianças militares


opostas, como os Aliados (principalmente liderados por Reino Unido, Estados Unidos
e União Soviética) e o Eixo (Alemanha, Itália e Japão). O conflito durou de 1939 a
1945 e teve um impacto devastador em todo o mundo, resultando em milhões de mortes
e destruição generalizada. A política de apaziguamento tornou-se alvo de críticas e
análises históricas posteriores, com muitos argumentando que ela permitiu que
Hitler ganhasse tempo para fortalecer seu poderio militar e que uma ação mais firme
contra a Alemanha nazista poderia ter evitado a eclosão do conflito.

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Fatos importantes

A política de apaziguamento foi um período importante da história pré-Segunda


Guerra Mundial e envolveu uma série de eventos e fatos relevantes. Aqui estão
alguns pontos-chave que você deve saber sobre essa política:

Contexto pós-Primeira Guerra Mundial: Após o término da Primeira Guerra Mundial em


1918, a Alemanha enfrentou duras condições impostas pelo Tratado de Versalhes em
1919. Essas punições, incluindo reparações econômicas pesadas e perdas
territoriais, geraram instabilidade política e econômica no país.

Ascensão de Adolf Hitler: Com o crescimento do descontentamento na Alemanha devido


às condições impostas pelo Tratado de Versalhes, Adolf Hitler e o Partido Nazista
ganharam força política e assumiram o poder em 1933.

Rearmamento e expansão da Alemanha: Sob o governo de Hitler, a Alemanha começou a


se rearmar e adotar políticas expansionistas, buscando recuperar territórios
perdidos e aumentar sua esfera de influência.

Crise dos Sudetos: Em 1938, Hitler reivindicou a anexação dos Sudetos, uma região
da Tchecoslováquia com uma população majoritariamente de origem alemã. A crise dos
Sudetos tornou-se um ponto crítico na política de apaziguamento, pois alguns
líderes europeus buscaram evitar um conflito ao ceder às demandas de Hitler.

Acordo de Munique: Em 30 de setembro de 1938, representantes da Alemanha, França,


Reino Unido e Itália assinaram o Acordo de Munique, que permitiu à Alemanha anexar
os Sudetos em troca de garantias de que Hitler não buscaria mais expansão
territorial.

Ineficácia da política de apaziguamento: A política de apaziguamento mostrou-se


ineficaz, pois Hitler continuou suas ambições expansionistas e invadiu o restante
da Tchecoslováquia em março de 1939, ignorando o acordo de Munique.

Início da Segunda Guerra Mundial: Em 1º de setembro de 1939, a Alemanha invadiu a


Polônia, marcando o início da Segunda Guerra Mundial, uma vez que o Reino Unido e a
França, desta vez, decidiram responder com uma declaração de guerra à Alemanha.

Críticas pós-guerra: Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a política de


apaziguamento foi alvo de críticas, com muitos argumentando que a hesitação em
confrontar as ambições de Hitler permitiu que a Alemanha nazista crescesse
militarmente e desencadeasse o conflito.

Esses são alguns dos fatos importantes sobre a política de apaziguamento, que teve
consequências significativas na história do século XX, culminando com o início da
Segunda Guerra Mundial.

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A palavra "Lebensraum" em alemão significa "espaço vital" ou "espaço de vida". Essa
ideologia era comum na Alemanha desde o século XIX e foi adotada pelo nazismo de
Adolf Hitler. O conceito de Lebensraum defendia a ideia de que a Alemanha precisava
expandir seus territórios para acomodar seu povo e garantir recursos suficientes
para sustentá-los. Isso incluía a anexação de territórios habitados por povos
considerados "racionalmente inferiores" pelos nazistas, como os Sudetos na
Tchecoslováquia, para criar um grande império alemão que se estendesse além das
fronteiras existentes. Essa ideologia foi uma das bases para a expansão territorial
e agressão da Alemanha nazista nas décadas de 1930 e 1940.
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Paul Reynaud não esteve presente na Conferência de Munique em 1938. As
personalidades que participaram dessa conferência foram:

b) Édouard Daladier - Primeiro-ministro da França na época.


c) Adolf Hitler - Líder da Alemanha nazista.
d) Benito Mussolini - Líder da Itália fascista.
e) Neville Chamberlain - Primeiro-ministro do Reino Unido na época e um dos
principais defensores da política de apaziguamento.

Paul Reynaud assumiu o cargo de Primeiro-ministro da França após a conferência de


Munique, sucedendo a Édouard Daladier, mas não esteve presente na própria
conferência.

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