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Resumo 1 (aula 15/03/2021) WALTZ, Kenneth (1979) “Chapter 3 Systemic Approaches and
Theories”, p.38-59 in Theory of International Politics, Addison Wesley.
A Segunda Guerra Mundial na Ásia se manifestou por meio do confronto militar entre
Japão e China na Segunda Guerra Sino-Japonesa. Na Guerra do Pacífico entre Japão e
Estados Unidos. Esses conflitos são impulsionados pelo militarismo expansionista do Japão,
que quer se expandir na China e combater a influência americana na região. O conflito na
Ásia começou na Segunda Guerra Sino-Japonesa em 1937, quando o Japão começou a lançar
operações militares contra a China. A Segunda Guerra Mundial começou oficialmente em
1939. Quando o Japão atacou várias regiões do Sudeste Asiático entre 1940 e 1941, a
situação da guerra se expandiu. No final de 1941, o Japão iniciou um conflito com os
americanos por meio de um ataque à base de Pearl Harbor.
A Europa, desde então, nunca mais seria a mesma. Numa tentativa de reencontrar o
Equilíbrio de Poder consagrado em 1815, e adaptar a nova política bismarckiana da
Realpolitik, são feitas várias alianças que culminariam nas mesmas estipuladas na Primeira
Guerra Mundial. A ascensão do Kaiser Guilherme II (1888) dá fim às formalidades, e
inicia-se uma série de corridas armamentistas e o recrudescimento de conflitos locais. A
Grande Guerra se inicia, a Alemanha perde e propaga, durante toda República de Weimar
(1919-1933), o longo processo de revanchismo e revisionismo do Tratado de Versalhes. A
inconformidade alemã abre espaço ao autoritarismo de Adolf Hitler, proclamando o III Reich
(1933-1945). Hitler, com o mesmo pragmatismo e estrategismo de Bismarck, promete então a
vitória na Segunda Guerra com base em duas estratégias: a restauração do exército nacional
(Wehrmacht) e o aprendizado dos erros cometidos na Primeira Guerra.
Assim, seja pela sua posição geográfica, seja pela ambição de seus estadistas, a
história da Alemanha moderna nos apresenta as principais características do realismo
ofensivo. Tendo sempre em vista a exaltação de seus comportamentos agressivos, bem como
sua insaciável busca pelo poder, a Alemanha se torna o exemplo vivo dessa teoria.
III) União soviética (1917-1991)
Essa ânsia de expandir o território vinha do medo que os governantes russos tinham
de ter o seu território invadido, assim a expansão territorial era uma forma de se prevenir.
Essa forma de lidar com os problemas nos diz muito sobre a Política Externa do país, a qual
era motivada, em grande parte, pela lógica realista. O raciocínio estratégico russo, de 1600
até 1914, media o impacto de suas ações no Sistema Internacional, ponderando os pontos
altos e baixos das Nações inimigas e prezando pela garantia de sua segurança e poder.
A ideologia comunista não fora deixada de lado pelos líderes soviéticos, tanto que a
Guerra Fria apresentou um embate ideológico: Comunismo (URSS) vs Capitalismo (EUA).
No entanto, a abordagem realista era preferível quando se tratava de sobrevivência no
Sistema Internacional.
Dentre as nações que detinham o poder na época, a Itália era considerada a mais fraca.
Por não possuir poder armado que se igualasse ao das outras potências, o estado italiano
buscava poder através de medidas diplomáticas formando alianças, evitando contato militar
direto com outras potências, a menos que as tais estivessem em posição de desvantagem em
uma guerra, ou seja com seu número de tropas reduzido.
A Itália tinha como seus maiores rivais na luta por expandir seu território a França
(que visava o norte do território africano composto por Egito, Tunísia e Líbia e o Chifre
africano formado por Eritreia, Etiópia e Somalilândia) e o Império Austro-Hungaro que
desejava obter o território do sul dos Balcãs (Albânia, Corfu, Ilhas do Dodecaneso). A
primeira tentativa de expansão feita pela Itália foi pelo território europeu, porém na década de
1880, após o Congresso de Berlim, o governo italiano resolveu desbravar o território
africano.
V) Comportamento derrotista
As quatro nações que foram faladas no texto defendem a ideia de que grandes
potências buscam aumentar sua participação no âmbito mundial, e estão dispostas a fazer uso
da força para alcançar seu objetivo. Segundo Jack Snyder “a ideia de que segurança pode ser
alcançada através das expansões é um tema difundido na grande estratégia de grandes
potências na era industrial” o que explicita a ideia do realismo defensivo de que manter o
status quo é a melhor solução e que o expansionismo (que é mal orientado) e a conquista
apenas geram gastos o que leva a um suicidio nacional.
I) Hegemonia:
Assim, deve-se entender que a cooperação é relevante e pode ser mantida, mesmo em
um cenário pós-hegemonia. Mas, a sua organização se torna uma tarefa difícil, podendo ser
facilitada pelos regimes internacionais. Por fim, o autor irá explicar os conceitos de “regime
internacional” e “cooperação”, de forma a compreender melhor como a cooperação se
manterá pós-hegemonia.
A cooperação, por sua vez, vê a harmonia como um evento de raríssimo alcance. Isso
porque, em geral, os Estados têm seus próprios objetivos e dificilmente abrem mão de sua
soberania pela “vontade geral”. Dessa forma, os indivíduos, os estadistas e as organizações
internacionais devem utilizar da negociação e da diplomacia como meio de encontrar o
equilíbrio entre seus interesses individuais e os interesses gerais. Esse processo é comumente
referido como “Política de Coordenação”. No entanto, caso não haja tentativa de encontrar
esse “equilíbrio”, ou caso ele não seja encontrado, outro fenômeno toma espaço no cenário
em análise: a “Discórdia”. Esta resultaria, então, na ascensão de conflitos políticos.
Regimes internacionais são descritos por John Ruggie em 1975 como "um conjunto
de expectativas mútuas, regras e regulamentos, planos, energias organizacionais e
compromissos financeiros, que foram aceitos por um grupo de estados", porém mais
recentemente foi decidido coletivamente que sua definição mudaria para “conjuntos de
princípios, normas e regras implícitos ou explícitos e procedimentos de tomada de decisão em
torno das expectativas dos atores convergentes em uma determinada área das relações
internacionais.”. A nova definição é importante pois oferece juntamente a ela a definição
necessária para diferenciar normas de regras e princípios, sendo esta:
As regras são mais específicas que as normas, elas indicam em mais detalhes os
direitos e obrigações específicas de membros. As regras podem ser alteradas mais facilmente
do que os princípios ou normas, uma vez que pode haver mais de um conjunto de regras que
podem atingir um determinado conjunto de propósitos.
Os princípios dos regimes definem, em geral, os propósitos que espera-se que seus
membros sigam.
Grande parte dessa ideologia, se concentra nos pensamentos de finais do século XVIII
de Immanuel Kant. Mais precisamente, em seu célebre livro: a Paz Perpétua. Nele, o autor
defende que existe uma “União Pacífica” entre os Estados liberais, e um conflituoso “Estado
de Guerra” entre Liberais versus Não Liberais. Nesse sentido, é importante notar que o
liberalismo utiliza do pensamento kantiano por conta de três ideias abordadas pelo filósofo
alemão: a de que o aumento das Repúblicas trariam a paz; o de respeito mútuo entre as
potências, pois como as diferenças culturais são muito amplas, o respeito se torna a base de
uma ligação entre as Repúblicas; e o “Direito Cosmopolita”, que permitiria o florescimento
de um “Espírito do Comércio” capaz de fazer com que as nações promovessem a paz e
evitassem a guerra.
Dessa forma, Michael Doyle acredita que o melhor sistema de governo que poderia
possibilitar o estado de paz perpétua entre as Nações seria a República, a qual ele interpreta
como equivalente a uma democracia para Kant. Esse sistema seria o mais suscetível a atingir
e manter a paz entre as outras repúblicas. Por isso, Doyle defende o esforço das repúblicas em
manter a aliança com os Estados não liberais, a fim de chegar a um estado de paz.
O liberal internacionalismo entre as nações liberais têm apresentado deficiência na
preservação de suas "pré-condições” básicas que estão sob a influência de mudanças
internacionais, e particularmente no apoio ao caráter liberal de seus estados constituintes.
Ele falhou em diversas ocasiões, como em relação a Alemanha no ano de 1920 ao não ser
capaz de fornecer ajuda econômica internacional para nações com o mercado em crise, com a
Espanha sendo incapaz de fornecer ajuda militar e mediação política, que foi ameaçada por
uma minoria armada e com a Tchecoslováquia, que se deparou com um dilema entre
preservar a segurança nacional ou reconhecer a reivindicação (promovida pela Alemanha de
Hitler) da minoria autodeterminante dos sudetos.
Nos próximos anos, precisamos traçar nossa própria estratégia nacional como uma
democracia liberal confrontada com ameaças, porém, agora, também com oportunidades para
um novo pensamento. A fim de cumprir a promessa do internacionalismo liberal, devemos
garantir uma política que tenta conciliar nossos interesses com nossos princípios. Teremos de
abordar as escolhas difíceis que nenhum governo verdadeiramente comprometido para a
promoção dos direitos humanos pode evitar. Reconhecendo que podem haver circunstâncias
em que a ação internacional - mesmo a força - é necessária, precisamos de um pensamento
estratégico que restringe os humores violentos do momento.
I) Introdução e crítica:
Após essa breve introdução, o autor esclarece alguns conceitos e rebate algumas teorias,
como a de Waltz. Sua principal crítica se refere a estrutura política de Waltz, a qual não prevê
a dinâmica da anarquia, além disso reforça que autoajuda é uma estrutura intersubjetiva,
sendo um fator decisivo para a teoria e sua dinâmica. Então sua crítica é que Waltz não prevê
esses fatores intersubjetivos, deixando em aberto se a autoajuda é uma característica lógica da
anarquia ou se foi algo que aconteceu por acaso.
A partir da introdução e do esclarecimento desses conceitos, o autor irá delinear sua teoria
construtivista, que vai de encontro ao liberalismo, e também desconstruir teorias anteriores.
Suponhamos que Ego fez um gesto desconhecido por Alter, Alter reagirá ao gesto a
partir de duas considerações: qualidades físicas do gesto e do ego; e o que Alter pretendia se
fosse ele a fazer o gesto. Não há razão a priori (antes do gesto) para considerar Ego uma
ameaça. segundo o autor “Ameaças sociais são construções, não naturais” este processo de
sinalizar, interpretar e responder completa um “ ato social” e inicia o processo de criação de
significados intersubjetivos.
Também é levado para a discussão a cooperação entre egoístas, que gera muita
preocupação e falta de confiança. As ações unilaterais são a forma mais direta de fazer algum
acordo, mas precisa de incentivos para engajar. Tradicionalmente, as interações não mudam.
Por fim, o autor faz uma síntese das teorias das relações internacionais discutidas até
então. Segundo o mesmo, todas as teorias de relações internacionais são baseadas em teorias
provindas da relação entre agentes (Estados ou indivíduos), processo (como o histórico) e
estrutura social (como a sociológica ou psicológica). Dentre as principais debatidas, é
chegado a conclusão de qual analisaria melhor as relações internacionais: uma união entre o
neoliberalismo e o construtivismo. Os neoliberais seriam incapazes de criar uma teoria
sistêmica que saia da estrutura neorrealista, e os contratualistas (ele incluso), dão muito foco
às questões ontológicas e pouco às empíricas. Nesse sentido, essa união faria com que um
complementasse a falha do outro.