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O que é o Terceiro Estado? O plano desse escrito é muito simples. Temos três questões a tratar: 1. O que é o
Terceiro Estado? Tudo. 2. Que foi ele até a presente ordem política? Nada. 3. Que solicita? Tornar-se alguma coisa.
SIEYÈS, A. O que é o Terceiro Estado? Janeiro de 1789. In: MELLO, L.; COSTA, L. História moderna e contemporânea. São Paulo: Scipione,
1999. (ASS.C3H3 – Revolução Francesa)
Esse trecho é parte do panfleto O que é o Terceiro Estado, escrito por Sieyès, em 1789, nos meses que antecederam
a eclosão da Revolução Francesa. A resposta para a segunda pergunta apresentada pelo panfleto serve para se
compreender a
A falta de unidade existente entre os segmentos sociais que compunham o Terceiro Estado.
B desigualdade e exclusão que caracterizavam a ordem estamental da sociedade francesa.
C violência repressora que definia ação do Estado absolutista sob o governo dos Bourbon.
D ação coordenada da burguesia no comando dos vários grupos sociais revolucionários.
E inexistência de um comando político organizado e coeso do processo revolucionário.
Comentário:
Respondendo à segunda pergunta, dizendo que o Terceiro Estado não era nada, o Abade Sieyès está apresentado uma crítica
à sociedade estamental francesa que, concentrando privilégios nos primeiro e segundo estado, respectivamente,
constituídos pelo clero e pela nobreza, negava ao Terceiro Estado o direito de participar da ordem política.
Questão 02 – ILUMINISMO
Aconselho-te, meu filho, a que empregues a tua juventude em tirar bom proveito dos estudos e das virtudes [...]. Do
Direito Civil, quero que saibas de cor os belos textos e que os compare com a Filosofia. Enquanto ao conhecimento
das coisas da natureza, quero que a isso te entregues curiosamente [...] depois [...] revisita os livros dos médicos
gregos, árabes e latinos, sem desprezar os talmudistas e cabalistas, e por frequentes anatomias adquire perfeito
conhecimento do outro mundo [o microcosmos] que é o homem.
RABELAIS, F. Pantagruel, 1532. In: FREITAS, G de. 900 textos e documentos de História. v.11.Lisboa: Plátano, 1976. (ASS.C1H1 –
Iluminismo)
Segundo o texto apresentado, se o filho seguir o conselho que lhe foi dado, ele deverá pautar as suas ações no
A anticlericalismo jacobino.
B antropocentrismo ateísta renascentista.
C liberalismo girondino.
D universalismo humanista e iluminista.
E hedonismo burguês.
Comentário:
Seguindo o conselho que lhe foi dado, o filho deverá adquirir conhecimento nas áreas do Direito, da Filosofia, da Medicina,
enfim, construir um saber apoiado no universalismo, característica, tanto humanismo, quanto do iluminismo.
Questão 03 – ERA DAS REVOLUÇÕES
O poder do estado centralizado, com os seus órgãos onipresentes: exército permanente, polícia, burocracia, clero
e magistratura – órgãos forjados segundo o plano de uma divisão do trabalho sistemática e hierárquica – tem a sua
origem nos tempos da monarquia absoluta, quando serviu a sociedade da classe média nascente, como arma poderosa
nas suas lutas contra o feudalismo.
ANDERSON, P. Linhagens do estado absolutista. São Paulo: Brasiliense, 2004. (ASS.C3H13 – Era das Revoluções)
Após servir-se do modelo de Estado apresentado pelo texto, o segmento social mencionado foi responsável por sua
A manutenção e aprimoramento.
B derrubada revolucionária.
C revisão conservadora.
D ordenação jurídica.
E supressão parcial.
Comentário:
A classe média nascente, a burguesia, após servir-se do Estado Absolutista, na sua luta contra as forças do feudalismo, foi
responsável por sua derrubada, valendo-se para tanto, das revoluções liberais burguesas.
O texto fornece elementos para que se deduza que o emancipacionismo americano espanhol foi facilitado pela
A reação violenta dos espanhóis à ocupação napoleônica de seu território.
B divergência ideológica que provocou a divisão dos agentes metropolitanos.
C unidade política dos espanhóis em torno de um ideal nacionalista antifrancês.
D queda da monarquia espanhola diante do expansionismo militar napoleônico.
E influência de conceitos libertários propagados pelos intelectuais iluministas.
Comentário:
O texto informa que a ocupação da Espanha, pelas tropas napoleônicas, provocou uma divisão e choque entre os espanhóis
liberais e os nacionalistas, sendo possível deduzir que esse quadro enfraqueceu a capacidade das metropolitanas de
neutralizar os movimentos emancipacionistas americanos.
Questão 05 – REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
O enigma central da história britânica na era da industrialização é o porquê de a revolução econômica não ter sido
associada à revolução política. Colocando a questão de maneira diferente, porque as redes que surgiram na Inglaterra
e na Escócia no fim do século XVIII eram poderosas o bastante para gerar a fábrica moderna, mas não poderosas o
bastante para derrubar as hierarquias monárquica, aristocrática e eclesiástica do Reino Unido. [...] Parte da resposta é
que a elite britânica se adaptou com habilidade considerável às condições da era industrial, que eram de rápido
desenvolvimento. Vitória e Alberto, monarcas ingleses, de modo geral, eram liberais no que dizia respeito às inclinações
políticas [...]
FERGUNSON, N. A praça e a torre – Redes, hierarquias e a luta pelo poder global. São Paulo: Planeta do Brasil, 2018 (modificado) (ASS.C2HH8
– Revolução Industrial)
O conteúdo do texto apresentado sustenta inferir que a Inglaterra foi o berço do industrialismo porque a
A elite econômica foi forte o suficiente para superar a resistência oferecida pela monarquia.
B flexibilidade da monarquia fez com que ela se ajustasse às transformações econômicas.
C resistência conservadora foi incapaz de deter o desenvolvimento econômico capitalista.
D estrutura política parlamentarista eliminou o caráter aristocrático da sociedade inglesa.
E revolução econômica provocou revoluções nas esferas social, política e religiosa.
Comentário:
Observe o questionamento apresentado neste trecho do texto: Colocando a questão de maneira diferente, porque as redes
que surgiram na Inglaterra e na Escócia no fim do século XVIII eram poderosas o bastante para gerar a fábrica moderna, mas
não poderosas o bastante para derrubar as hierarquias monárquica, aristocrática e eclesiástica do Reino Unido. Logo em
seguida o texto oferece a resposta: [...] Parte da resposta é que a elite britânica se adaptou com habilidade considerável às
condições da era industrial, que eram de rápido desenvolvimento.
Segundo o texto, a narrativa histórica fundamentada no “General Inverno” foi concebida com a intenção de
A enaltecer o patriotismo russo.
B explicar a derrota de Napoleão.
C desmerecer a força do povo russo.
D supervalorizar a geografia como determinante histórico.
E esconder os erros cometidos Napoleão, tomado como gênio militar.
Comentário:
Ao afirmar que a derrota de Napoleão resultou do inverno, como arma autônoma, e não da eficiente estratégia dos russos, o
texto deixa claro que o objetivo era descreditar os russos por seu esforço em derrotar os franceses, normalmente
protagonistas da História.
Questão 07 – INDEPENDÊNCIA DOS EUA
Em 1774, os americanos estavam cheios dos ingleses e para se livrar deles foram tão, mas tão tipicamente
americanos. Primeiro organizaram um boicote (um bloqueio comercial) aos produtos da metrópole. Em seguida,
formaram comitês pró-independência que tinham duas funções: fazer propaganda antibritânica e juntar armas e
munições. No ano seguinte, a guerra começou e, em 1776, os americanos declararam-se independentes.
Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br. Acesso em: 14 set. 2020. (ASS.C5H22 – Independência dos EUA)
Para o autor do texto, no contexto da Independência dos Estados Unidos, ser “tão tipicamente americano” significava
A propor o diálogo
B agir coletivamente.
C sacrificar a vida pela liberdade.
D assumir uma atitude individualista.
E boicotar o pagamento de impostos.
Comentário:
A expressão: “tão tipicamente americano”, deve ser interpreta a partir do foi apresentado pelo texto, notadamente quando
ele informa que para fazer frente à ofensiva inglesa, os colonos não fizeram nada além do que sempre fizeram, valeram-se
dos conselhos coloniais e agiram coletivamente.
As imagens apresentas, ambas relacionadas a Napoleão Bonaparte, foram produzidas para fixar neste personagem,
respectivamente, às noções de:
A Jovialidade revolucionária e maturidade autoritária.
B Genialidade bélica e pacificação diplomática.
C Bravura heroica e reacionarismo absolutista.
D Flexibilidade moral e vaidade narcisista.
E Liderança militar e autoridade política.
Comentário:
As obras procuram, respectivamente, construir narrativas em que Napoleão é alçado à condição de líder militar destemido
e estadista dotado de autoridade suprema.
Questão 09 – REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Assim como as revoluções intelectuais e políticas do XIX, a Revolução Industrial foi produto das redes. Nenhum
governante a ordenou, embora algumas ações governamentais a tenham ajudado. Em adição às redes de crédito como
as que a família Rothschield pertencia, havia também as redes de capital, que permitiam a empresários e investidores
juntar informações e recursos, e as redes tecnológicas, que permitiam a troca de inovações que aumentavam a
produtividade. James Watt não teria conseguido aprimorar o seu motor a vapor se não tivesse pertencido a uma rede
[...].
FERGUNSON, N. A praça e a torre – Redes, hierarquias e a luta pelo poder global. São Paulo: Planeta do Brasil, 2018. (ASS.C2HH10 –
Revolução Industrial)
Comentário:
As expressões “redes de crédito”, “redes de capital”, e “redes tecnológicas” foram utilizadas pelo autor do texto no sentido
de associação de pessoas. Note na parte final: “James Watt (o indivíduo) não teria conseguido aprimorar o seu motor a vapor
se não tivesse pertencido a uma rede (conjunto de outros mecânicos que também trabalhavam no aprimoramento da
inovação tecnológica).