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O TEATRO ROMÂNTICO
Séculos XVIII – XIX
APOSTILA 10
● Pré-Romantismo Alemão – Sturm und Drang (1770-1784)
O TEATRO ROMÂNTICO
Séculos XVIII - XIX
1. O beco sem saída do teatro europeu, produzido por uma decrépita tragédia clássica
francesa e uma comédia decadente, foi rompido primeiro na Alemanha. Lessing (1729-
1781) representante da burguesia alemã ascendente, combate o absolutismo da tragédia
clássica que se mostra numa forma dramática de perfeição extraordinária. Forma que
com sua beleza equilibrada, com suas rígidas regras, com o cerimonial solene da corte,
com seu delicado requinte, com versos e vocabulário selecionado, se destina a glorificar
o mundo dos reis. Era impossível colocar personagens burgueses dentro da estilização
da tragédia francesa.
3. Para um público burguês será muito mais fácil identificar-se com o destino de um
burguês do que com os sofrimentos um rei. Lessing se dirige contra o distanciamento
dos personagens pelo seu afastamento no tempo e no espaço que era considerado
necessário para aumentar-lhes a grandeza trágica. A opinião é que deste modo a
emoção se torna mais pura e intensa. No entanto, havendo burgueses no palco - seres
reais como nós - será impossível manter a ilusão se eles falarem em versos. O diálogo
em prosa exige um estilo mais realista, o que implica toda uma série de conseqüências
contrárias à tragédia clássica.
5. O gênio, fundamento da criação poética do pré-romantismo, é uma força que atua fora
do domínio da razão, e, portanto não é capaz de ser submetido a regras. O gênio não
conhece leis; ele é a sua própria lei, tornando-se revoltado contra tudo o que tende a
reprimir a sua força: contra a sociedade, a cultura, as convenções sociais, o despotismo
do Estado e da religião.
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Assim como a natureza se inclina para o outono, também o outono vive dentro de mim e
em torno de mim. As folhas de minha alma vão amarelecendo, enquanto as folhas das
árvores vizinhas tombam. (GOETHE. Werther)
10. Século das Luzes (século XVIII). Segundo os filósofos desse século, somente a razão
poderia trazer a luz e o conhecimento aos homens. As idéias iluministas surgiram
como resposta aos problemas concretos enfrentados pela burguesia, como por exemplo
a intervenção do Estado na economia, que impunha limites à expansão dos negócios
empreendidos por essa camada social. Os iluministas propunham a reorganização da
sociedade, com uma política centrada no homem, sobretudo no sentido de garantir-lhe
a liberdade. Reconhecendo valores como o progresso, a filosofia iluminista defendia,
portanto, a causa burguesa contra o Antigo Regime.
1 PAZZINATO, Alceu Luiz. SENISE, Maria Helena Valente. História Moderna e Contemporânea. São
Paulo: Ática, 1994.
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11. Antigo Regime. Foi a denominação surgida na época da Revolução Francesa para
indicar o sistema político-social vigente até 1789. Caracterizava-se pela monarquia
absolutista baseada no direito divino dos reis, pelos privilégios aristocráticos e pelo
mercantilismo (práticas de intervenção estatal na economia).
13. Liberalismo Econômico. O escocês Adam Smith (1723-1790) escreveu sua principal
obra A Riqueza das Nações, onde estabeleceu as bases do liberalismo econômico, sendo
por isso considerado o iniciador da economia como ciência autônoma, com leis e
princípios próprios. Defendia um novo sistema econômico, baseado na plena liberdade
de concorrência, no qual a lei da oferta e da procura regulava a produção e a
distribuição de riquezas. Apontando o interesse pessoal como o único elemento
impulsionador da atividade humana, colocava o trabalho, completamente livre e
guiado pela natureza como a verdadeira fonte de riqueza da sociedade. Negava ao
Estado o direito de intervir diretamente na economia, reservando-lhe entretanto, o
papel de incentivador dos setores que o capital particular não tinha condições de
desenvolver.
14. Revolução Industrial. Processo de mecanização da indústria, até então com uma
produtividade limitada porque baseada na produção artesanal ou manufatureira.
Começou na Inglaterra no final do século XVIII, a partir da descoberta do vapor como
elemento propulsor e do desenvolvimento técnico dos teares. Transformação nas
relações de trabalho e na própria produção: novos inventos para a indústria, divisão de
trabalho e maior produtividade, formação de centros fabris e urbanos, formação de um
operariado, revoltas sociais e nascimento de sindicatos, associações de trabalhadores e
de patrões.
15. Revolução Francesa 1789. À medida que os burgueses (século XVIII), consolidavam
cada vez mais seu poder econômico (com a Revolução Industrial) e seus valores
intelectuais (com o Iluminismo), as instituições do Antigo Regime iam sendo
superadas. A burguesia revoluciona a estrutura vigente, pois só o domínio político
podia assegurar-lhe o poder, permitindo que ela dirigisse o Estado no sentido de
atender a seus interesses. Na França, a incapacidade da monarquia absolutista para
realizar as reformas que a burguesia exigia foi fatal para a sua sobrevivência. Os
comerciantes cujos interesses estavam ligados à liberdade de comércio e de produção,
ao verificarem que a adoção do liberalismo econômico se tornava impossível,
começaram a se voltar contra a monarquia absolutista. A burguesia alcança o poder na
com a Revolução iniciando-se um longo período de luta pela solidificação do poder
burguês - que tem à frente Napoleão - e de combate ao movimento contra-
revolucionário e conservador conduzido pelas principais monarquias européias: as da
Áustria, Rússia e Prússia. Novas idéias impulsionam a burguesia e o povo com
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16. A Revolução Francesa vai ser a inspiração de muitas lutas liberais. O Brasil consegue a
sua independência de Portugal (1822) e, a primeira geração romântica (1836), foi toda
ela ligada ao desejo de liberdade e valorização dos elementos nacionais. Na América
do Norte, os Estados Unidos conseguem se libertar da Inglaterra (1776).
17. Na segunda metade do século XVIII, na França, graças à pensadores como Diderot,
Beaumarchais e Mercier, uma teoria do teatro, radicalmente nova, se elabora,
assinalando o fim do Antigo Regime e lançando os fundamentos de uma estética
moderna.
18. O drama burguês, também chamado de gênero sério, tragédia doméstica, é o “gênero
médio” , ou seja, o gênero intermediário entre a comédia e a tragédia. Reduzido aos
seus elementos essenciais, o “gênero novo” apresenta um quadro fiel, emocionado e
moral, da vida cotidiana, cuja ação representa as relações sociais e familiares de
personagens de condição média, representativos de diferentes profissões ou classes. O
drama burguês procura eliminar todas as distâncias temporais, espaciais, sociais ou
culturais entre os personagens e os espectadores. Esta abolição da distância é
demonstrada pelo agrupamento de todas as personagens dentro do círculo familiar.
Os textos teóricos de Diderot, Beaumarchais e Mercier insistem na necessidade de levar
para a cena as relações. Instituindo a família como lugar onde acontece a história, o
drama burguês tenta abolir a distância entre a ficção e os sentimentos do espectador.
19. O gênero dramático sério foi concebido para preencher o vazio entre a tragédia e a
comédia, e ocupa-se dos assuntos privados dos personagens que, por suas aventuras,
devem demonstrar a superioridade da virtude sobre o vício. O que importa nos
protagonistas destes dramas não é sua condição social nobre ou burguesa, mas a
estruturação de sua vida doméstica a partir dos valores da intimidade, em
contraposição à publicidade que caracteriza a organização da família aristocrática.
Estes personagens são focalizados no salão de sua casa às voltas com problemas que
dizem respeito à sua condição familiar e profissional, diferentemente da tragédia, que
se define pelo âmbito público de atuação dos heróis, e da comédia tradicional, que
aborda os ridículos da vida privada.
20. O drama burguês, surgido como deliberada antítese à tragédia clássica se converteria
na porta-voz da burguesia revolucionária. A simples existência de um drama elevado,
cujos protagonistas pertenciam todos à burguesia, era em si mesmo uma expressão da
reivindicação dessa classe que queria ser olhada com tanta seriedade quanto a nobreza,
de onde se originavam os heróis da tragédia. O drama burguês, desde seu início,
procurou depreciar as virtudes heróicas e aristocráticas, e foi uma propaganda da
2 HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura. São Paulo: Martins Fontes, 1995. páginas 580-
596.
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21. Devido a seu caráter polêmico, o novo teatro estava sobrecarregado desde o início de
problemas desconhecidos das mais antigas formas do drama. Embora estas antigas
formas fossem “tendenciosas”, elas não defendiam explicitamente uma idéia, uma tese.
Portanto, uma das características do novo drama é ser um veículo ideal para polêmica,
enquanto o dramaturgo é convocado a tomar partido em público, em razão da
“objetividade” do drama. A possibilidade da propaganda tem sido discutida nessa
forma de arte mais do que em qualquer outra. O Iluminismo tinha convertido o palco
num palanque, renunciando na prática à imparcialidade da arte (Kant). Somente uma
época que acreditava tão firmemente quanto essa na natureza educável e melhorável
do homem poderia se dedicar a uma arte tão tendenciosa.
22. Mas apesar do novo tom, o teatro da burguesia não apresenta características de uma
cena popular. Ele é o resultado de um desenvolvimento em que toda a ligação com a
gente comum se perdeu há muito, e se baseia em convenções teatrais que têm sua
origem no classicismo.
23. Na França, o teatro popular, que tinha obras-primas como a Farsa do Mestre Pathelin, foi
completamente banido pelo teatro palaciano; a peça bíblico-histórica e a farsa
medievais foram suplantadas pela alta tragédia e pela comédia estilizada e
intelectualizada. No teatro literário de Paris e da corte, só vamos encontrar indícios da
tradição popular na obra de Molière. O drama converteu-se no espaço perfeito para
que os ideais da sociedade palaciana, a serviço da monarquia absoluta, encontrassem a
mais direta e imponente expressão. As encenações teatrais ofereciam uma
oportunidade especial para a exibição da grandeza e do esplendor da monarquia.
25. Uma vez que os ideais humanos observados pelos pioneiros do novo gênero burguês
eram incompatíveis com a concepção tradicional de tragédia e do herói trágico, eles
anunciaram que a era da tragédia clássica pertencia ao passado e descreveram seus
mestres, Corneille e Racine, como meros tecelões verbais.
27. O século XVIII amou o teatro e foi um período extraordinariamente fértil na história do
drama, mas não foi uma época trágica, que visse os problemas da existência humana
na forma de alternativas inconciliáveis. As grandes épocas da tragédia são aquelas em
que ocorrem mudanças sociais e uma classe dominante perde subitamente seu poder e
influência. Os conflitos trágicos giram usualmente em torno de valores que formam a
base moral do poder dessa classe e o fim desastroso do herói simboliza o fim que
ameaça a classe como um todo.
28. Em contraste com essas épocas, os períodos em que o estilo é ditado por uma classe
social que acredita no seu triunfo final não são favoráveis ao drama trágico. O
otimismo desses períodos, sua fé na capacidade da razão, e no direito para chegar à
vitória, impedem o desfecho trágico dos enredos. Nos períodos trágicos, os
representantes das velhas instituições combatem a visão de mundo e a aspirações de
uma nova geração; nos períodos em que prevalece o drama-não trágico, uma geração
mais jovem combate as velhas instituições.
29. Louis-Sébastien Mercier foi um escritor francês (1740-1814) que em 1773 escreveu o
livro Essai sur l'art dramatique (Ensaio sobre a arte dramática), onde considera que o
retorno aos escritores da Antiguidade clássica criava uma estagnação poética,
definindo algumas das características do que virá ser o teatro romântico. “Na comédia o
personagem principal decide a ação. No drama é exatamente o contrário, a ação brota da
relação entre os personagens. Um personagem não é mais o déspota a quem se subordinam
todos os outros; não é mais uma espécie de eixo em torno do qual giram os acontecimentos e os
discursos da peça. Enfim, o drama não é uma ação forçada, rápida, extrema: é um belo momento
da vida humana, que revela o interior de uma família, onde, sem menosprezar os grandes traços,
se recolhem preciosamente os detalhes. Não é mais o personagem, a quem se atribuem
rigorosamente todos os defeitos ou as virtudes da espécie; é um personagem mais verdadeiro,
mais razoável, menos gigantesco. Na comédia, o personagem absoluto domina quase sempre.
Querendo torná-lo enérgico, é construído através do exagero, então faz caretas: o mesmo defeito
se encontra na tragédia. A perfeição de uma peça seria que não se pudesse advinhar qual é o
personagem principal, e que fossem de tal modo ligados entre si que não se pudesse separar um
só sem destruir o conjunto. Nunca se deu atenção suficiente aos caracteres mistos, entre os
quais flutua toda a raça humana. Os homens, sejam bons, sejam maus, não estão totalmente
entregues à bondade ou à malícia; têm momentos de repouso, como momentos de ação, e são
inúmeras as variações das virtudes e dos vícios”.
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30. Abaixo a razão! Toda regra racionalista será repudiada, bem como as instituições, as
tradições, a Corte, a Academia, os mecenas, enfim, toda e qualquer manifestação de
autoridade. Quem vai dirigir os espíritos não será mais a razão e sim os sentimentos.
Liberdade total para a imaginação e a fantasia! É o tempo dos delírios da sensibilidade,
da exasperação da sensualidade, do desespero e dos amores infelizes. Cenas de
loucura, traições, tumultos passionais: esses são os temas que caracterizam o estado de
espírito da França, e de todo o mundo ocidental do século XIX.
34. Consciência da solidão. Inadaptação ao mundo “real”. Não há lugar nele para o
artista. Então, ele mergulha no seu mundo interior: o exterior não o compreende.
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40. O sonho para o romântico é o estado ideal em que o homem pode comunicar com a
realidade profunda do universo, impossível de ser apreendida pelos sentidos e pelo
intelecto. A criação mergulha no domínio onírico, inconsciente. A abolição das
categorias do tempo e do espaço é uma libertação das barreiras terrestres e uma
abertura para o infinito e o invisível, ideais para que se eleva a indefinível nostalgia da
alma romântica.
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41. A França foi a última das culturas classicistas a ser derrubada pela dramaturgia
romântica. Paris era o principal eixo de defesa das regras clássicas e obviamente foi
muito mais difícil acolher as transformações propostas pelos ideais românticos. Se já
em 1748 o jovem Lessing questionava os dogmas da escola clássica francesa, somente
em 1827 Victor Hugo ousaria ir contra o ideal classicista defendido por Boileau e
seguido por mais de um século.
44. O drama romântico não é, portanto, um terceiro gênero que ocuparia um espaço entre
a tragédia e a comédia. Victor Hugo propõe a síntese dos dois gêneros a um só,
colocando dentro de um mesmo contexto o riso e a lágrima, não só à maneira de
Shakespeare, mas também de acordo com o dualismo corpo/alma, céu /terra,
homem/Deus. É através deste jogo dialético que o drama conseguirá acompanhar a
duplicidade da vida, como nunca o teatro clássico conseguiu fazer.
45. Para Victor Hugo, a natureza inteira, o disforme, o perfeito, o miserável, o poderoso, o
bom e o mau, é matéria da arte, exceto, o comum. Até o trivial e o vulgar podem ser
transcritos, desde que lhes dê algum colorido. Victor Hugo, com essa ressalva, tentava
evitar o perigo do naturalismo que já começava a apontar.
47. A liberdade reivindicada por Victor Hugo não foi unicamente formal. O classicismo
não renegava as paixões humanas. O ciúme, a ambição, o crime, a traição, o suicídio, o
amor desesperado e destrutivo são temas de Corneille e Racine. Mas a perfeição do
verso alexandrino, o rigor da construção, a polidez das maneiras, distanciavam o
sofrimento, impedindo-o de assumir formas vulgares. Havia normas que abrangiam
desde a moral até a etiqueta. Cada personagem tinha de seguir estas normas. A noção
de hierarquia, do socialmente transmissível, permeia todo o pensamento clássico. E a
contestação romântica acontecia em diversos níveis, a começar pela linguagem.
48. O objetivo de Victor Hugo em seu “Prefácio” era reduzir a importância de toda e
qualquer determinação teórica. Ele só admiti o gênio, de um lado, e a natureza, do
outro. Entre ambos, a ausência total de preceitos e modelos, a liberdade mais absoluta.
Para os clássicos, a dramaturgia era primordialmente uma técnica, exercida por
especialistas. Os românticos se preocupavam com a inspiração, o estado de criação.
49. O artesão cuidadoso e competente que o grande escritor clássico nunca deixou de ser,
foi substituído pelo amador genial, mais preocupado com a projeção de sua vida
interior do que com os problemas suscitados pela sua escrita. No entanto, como
realização deixou poucas obras comparáveis à Racine ou Shakespeare. Porém, como
abertura de idéias deu um extraordinário impulso às artes ao negar que os conceitos
estéticos pudessem congelar-se em formas perfeitas e eternas.
51. O primeiro verso da peça, com um “enjambement” não previsto pelos clássicos, foi a
causa do primeiro tumulto. Durante quatro meses, de fevereiro a junho de 1830, os
“dois partidos” se enfrentaram 39 vezes - número de representações do drama. Todas
as noites eram vaias, ameaças de briga, cenas inteiras abafadas pela confusão da
platéia. Tudo era motivo de discussão. Alguns atores, aproveitando a confusão,
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53. Foi esta a imensa significação da “Batalha do Hernani”. Foi o momento em que as
correntes estéticas minoritárias, de origem inglesa, alemã, conseguiram entrar na
cidade adversária, e influenciando Paris, centro cultural da Europa, tornaram-se
majoritárias.
Não se tratava propriamente de uma querela artística. Era a tradição, a
idade de ouro de literatura helênica, a civilização greco-romana, que se
desejava defender contra o modernismo, a idéia de progresso, invenção
diabólica do século XVIII. ( Décio de Almeida Prado, In, O Romantismo)
54. A revolução romântica altera e subverte quase tudo o que era tido como imutável no
classicismo. Assim, na proposta classicista, o valor básico é situado na própria obra. O
artista não possui um papel relevante, pois o seu interesse é o de apresentar uma visão
da natureza, do universo, do homem e das coisas como objetos de mímese e de
representação objetiva, sem que a subjetividade se intrometa. O artista clássico se
considera sobretudo um artesão a serviço da obra, cuja perfeição é a sua meta. O
romantismo não aceita esta concepção. Para ele, o peso não está mais no produto; o
que lhe importa é o artista e a sua auto-expressão. A obra serve apenas de via de
comunicação para a mensagem interior do seu criador.
ALEMANHA
Lessing (1729-1781) – Miss Sara Sampson (1755) – o primeiro drama burguês alemão em
prosa. Nathan, o sábio (1778).
Goethe (1749-1832) – Göetz von Berlichingen (1773) é uma peça revolucionária pelo
desrespeito às regras tradicionais e pela linguagem em prosa. Göetz, líder dos camponeses
revoltosos, sucumbe por ser grande demais para um mundo mesquinho. O medievalismo
da peça, cheia de homens titânicos, tornou-se inspiração de gerações de românticos
europeus.
Lenz (1751-1792) – O Preceptor (1774) enfoca o tema da “moça caída”, o problema sexual, e
a necessidade de escolas públicas. Lenz levou a estrutura aberta ao extremo, através do
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FRANÇA
Diderot (1713-1784) – O filho natural (1757); O pai de família (1758)
Victor Hugo (1802-1885)- Cromwell (1827), Hernani (1830), Lucrecia Borgia (1833), Maria
Tudor (1833), Ruy Blas (1838)
Alexandre Dumas (1803-1870) - Henrique III e sua Corte (1829), A Torre de Nesle (1832), Kean
(1836), Calígula.
INGLATERRA
Byron (1788-1824) - Caim (1821)
Shelley (1792-1822) - Prometeu Acorrentado (1818), Os Cenci (1819)
BRASIL
Martins Penna (1815-1848) – O Noviço (1845) – comédia romântica
Gonçalves Dias (1823-1864) - Leonor de Mendonça (1846) – drama romântico
Leituras Recomendadas:
GUINSBURG, J. (org.). O romantismo. São Paulo: Perspectiva, 1993. (Coleção Stylus 3).
HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
páginas 580-596.
HUGO, Victor. Do grotesco e do sublime. São Paulo: Perspectiva, 1988. (Coleção Elos 5).
ROUBINE, Jean-Jacques. Introdução às grandes teorias do teatro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
2003.