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Universidade Politécnica

A Politécnica
Instituto Superior de Gestão, Ciências e Tecnologias (ISGCT)
Curso: Contabilidade e Auditoria

Turno: Diurno

Disciplina: Métodos de Estudo e Pesquisa

Tema: Balanço Geral da Evolução do Capitalismo Industrial e Mundial

Elementos:
Alaides Laquiaze Manhiça

Cecília Mateus Baissone

Marcelo Da Salma Fernando Rafael

Vanessa Maria Pedro Matandalasse

Zaid Amade Daúde Ditia

Supervisor: Professora Doctora Shail Bala Singh

Maputo, 17 de Agosto de 2021

Universidade Politécnica
A Politécnica
Instituto Superior Gestão, Ciências e tecnologias (ISGCT)

Tema: Evolução do Capitalismo Industrial e Mundial

Elementos:
Alaides Laquiaze Manhiça

Cecília Mateus Baissone

Marcelo Da Salma Fernando Rafael

Vanessa Maria Pedro Matandalasse

Zaid Amade Daúde Ditia


Folha de Aprovação

Alaides Laquiaze Manhiça

Cecília Mateus Baissone

Marcelo Da Salma Fernando Rafael

Vanessa Maria Pedro Matandalasse

Zaid Amade Daúde Ditia

Evolução do Capitalismo Industrial e Mundial

Supervisor: Prof. Dr. Shail Bala Singh

Aprovado em ……. de …………………….. de ………..

_______________________________________

(Prof. Dr. Shail Bala Singh)


Parecer do Supervisor
Resumo
A pesquisa visa compreender a evolução do capitalismo industrial e mundial desde a transição do
feudalismo para capitalismo até os dias actuais. Efectuando análise integrada sobre o
desenvolvimento social e económico, progresso do sector produtivo, tecnológico e industrial. O
capitalismo mostrou se eficaz permitindo o desenvolvimento de grandes potências e alavancou
muitas economias principalmente nos países pós guerras civis tal como os países
subdesenvolvidos. O capitalismo veio desenvolver o sector industrial permitindo o
desenvolvimento de máquinas, divisão do trabalho, especialização de mão - de – obra.

Palavra Chave: Capitalismo Industrial, Capitalismo Mundial, Sociedade, capitalismo


Abstract
The research aims to understand the evolution of industrial and world capitalism from the
transition from feudalism to capitalism to the present day. Performing integrated analysis on
social and economic development, progress in the productive, technological and industrial sector.
Capitalism proved to be effective in allowing the development of great powers and leveraged
many economies mainly in post-civil war countries such as underdeveloped countries.
Capitalism came to develop the industrial sector allowing the development of machines, division
of labor, specialization of labor.

Key-words: Industrial Capitalism, world Capitalism, society, capitalism


Índice Pags
Capítulo I..................................................................................................................1
1.Introdução.............................................................................................................1
1.1 Problema de investigação...........................................................................................1
1.1.1 Hipótese...............................................................................................................1
1.1.1.1 Hipótese Direccional/positiva................................................................................1
1.1.1.2 Hipótese Negativa...............................................................................................1
1.2 Objectivos...........................................................................................................2
1.2.1 Objectivos Gerais...................................................................................................2
1.2.2 Objectivos Específicos............................................................................................2
1.3 Justificação/Motivação......................................................................................2
Capitulo II................................................................................................................3
2. Revisão da Literatura..........................................................................................3
2.1 Transição para o Capitalismo......................................................................................3
2.2 Capitalismo Industrial......................................................................................4
2.2.1 Os burgos e a burguesia..........................................................................................4
2.3 A Revolução Industrial.....................................................................................6
2.3.1 As principais características do capitalismo industrial..................................................7
2.4 A segunda revolução industrial........................................................................8
2.4.1 As descobertas e invenções realizadas durante a segunda revolução industrial são:...........8
2.5 A expansão do capitalismo industrial..............................................................9
2.6 Capitalismo mundial.......................................................................................10
3. Conclusão...........................................................................................................11
4. Recomendações..................................................................................................12
5. Bibliografia.........................................................................................................13
Capítulo I

1.Introdução
Este trabalho vai apresentar um tema afunilado sobre a Evolução do Capitalismo Industrial e
Mundial. A pesquisa terá um período de duração de um mês, iniciando no dia 17 de Julho e
terminando no dia 17 de Agosto. Esta pesquisa vai ser realizada na Cidade de Maputo.

1.1 Problema de investigação


O Capitalismo Industrial se mantém fiel em relação aos seus princípios, isto é, a cada nova etapa
do seu desenvolvimento são apresentadas as respostas das suas leis imanentes: tendência a
aumentar o grau de concentração e centralização do capital, a induzir o progresso técnico e
revolucionar a produção, a poupar o trabalho vivo socialmente necessário, a ampliar a
capacidade produtiva instalada além das possibilidades do mercado, a englobar novas áreas de
valorização e expandir seus domínios para além das fronteiras dadas.

Os investigadores identificaram como problema de investigação a seguinte afirmação: A


industrialização tem sido fundamental para a constituição da moderna sociedade urbana, uma vez
que não há registo contemporâneo de país soberano e desenvolvido assentado apenas na
eficiência das actividades agrícolas e mineiras.

-Será que o Capitalismo Industrial permite a modernização de sociedades urbanas?

1.1.1 Hipótese

1.1.1.1 Hipótese Direccional/positiva


Os países que optam pelo capitalismo industrial conseguem modernizar a sociedade urbana.

1.1.1.2 Hipótese Negativa


A modernização de sociedades urbanas só será possível se o país tiver condições de reunir
simultaneamente a moeda internacional, a capacidade de produção e difusão tecnológica.

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1.2 Objectivos

1.2.1 Objectivos Gerais


Neste trabalho pretende-se fazer uma pesquisa sobre a evolução do Capitalismo Industrial e
Mundial que vai beneficiar os investigadores bem como leitores em geral.

1.2.2 Objectivos Específicos


- O surgimento do Capitalismo;

- Conhecer as fases do desenvolvimento do Capitalismo Industrial e Mundial;

- Como o Capitalismo expandiu-se da Europa para outras regiões.

1.3 Justificação/Motivação
Os investigadores querem levar avante esta pesquisa porque vai permitir a aprovação na
disciplina de Métodos de Estudo e Pesquisa.

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Capitulo II

2. Revisão da Literatura

2.1 Transição para o Capitalismo


A Transição para uma sociedade fundada em relações essencialmente capitalista foi um processo
histórico longo, que envolveu a transformação de toda a cultura ocidental. O capitalismo só foi
possível devido ao desenvolvimento progresso de um certo individualismo e da aplicação de uma
mentalidade racional e pragmática. O capitalismo só emergiria como um sistema económico
plenamente constituído e num sistema social como um sistema social no qual estão presentes
uma burguesia industrial e um proletariado urbano, ao final do seculoXVIII.

“A acumulação de primitiva foi um período que englobou uma serie de processos como a
valorização do capital no comércio, a expansão da produção de mercadorias e o posterior
surgimento da manufactura, estabelecimento do sistema colonial. A Inglaterra foi o país que
reuniu as condições necessárias para a maturação do modo de produção praticamente capitalista,
a partir do que foi chamado de revolução Industrial”. (oliveira, 1985)

A Inglaterra reuniu as seguintes condições:

1. O fortalecimento do rei levou a formação de um Estado absoluto, com poderes de


concentrar o pagamento dos impostos, impulsionar a economia expulsar os mercadores
estrangeiros, isso permitiu a expansão mercantil nacional
2. Surgimento de uma estrutura social menos dura onde apareceu novas classes sociais
ligadas ao comércio, o artesanato e agricultura mercantil

“Esses factores ajudam a entender porque a Inglaterra conseguiu reunir os requisitos internos
necessários à industrialização. A constituição prévia de um espaço económico europeu, no qual o
poder mercantil britânico tornou-se preponderante, foi igualmente fundamental para posterior
conformação de um mercado capitalista mundial”. (BRAUDEL, 1996)

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2.2 Capitalismo Industrial
O surgimento do capitalismo industrial se deve em grande parte do desenvolvimento
tecnológico, as empresas evoluíram de manufactureiras para mecanizadas.

O Capitalismo Industrial é uma nova fase desse sistema económico que surge em meio a um
processo de revoluções políticas e tecnológicas, na segunda metade do século XVIII. Com essa
nova fase é superado o capitalismo comercial, também chamado de mercantilismo, que surgiu
em fins do século XIV e vigorou até o surgimento do capitalismo industrial. Muitos factores
económicos, sociais e políticos contribuíram para o desenvolvimento dessa nova forma de
capitalismo.

Na economia, o grande impacto foi trazido pelas transformações nas técnicas e no modo de
produção. As máquinas passaram a ser utilizadas em larga escala, tornando ultrapassados os
métodos de produção anteriores de carácter artesanal. Esse processo ficou conhecido como
revolução industrial. Tanto do ponto de vista da economia, quanto da política, outra
transformação importante foi a independ6encia dos Estados Unidos, a chamada Revolução
Americana, de 1776.ela constituiu o primeiro grande abalo numa das bases do mercantilismo, o
sistema colonial, em que as colónias americanas, africanas ou asiáticas se mantinham submissas
aos interesses das metrópoles europeias.

Finalmente, terceira transformação radical foi a Revolução Francesa de 1789. Essa Revolução
pretendeu a derrubada do antigo regime, constituído em torno de monarquias absolutas, em que o
poder dos nobres e da igreja prevalecia sobre os outros grupos sociais.

A sociedade baseada no absolutismo e no mercantilismo oferecia privilégios aos burgueses ricos,


mas sem direitos políticos, como o mais miserável dos trabalhadores. Assim, diferentemente dos
nossos dias, a Expressão ”povo”, até meados do século 19, abrangia todos aqueles que não
tinham sangue nobre, nem pertenciam à igreja.

2.2.1 Os burgos e a burguesia


Essas lutas e transformações que ocorriam no mundo ocidental passaram por duas fases. Num
primeiro momento, tanto pobres quanto ricos queriam acabar com os privilégios da nobreza e do
clero. Mas, no decorrer das lutas, os ricos souberam se beneficiar do processo, para garantir seu

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direito à propriedade. Isso quer dizer que nova fase do capitalismo pode ser interpretada como a
ascensão da burguesia, que se transformou na classe social mais poderosa de então.

No período final da idade média, os burgos eram vilas, locais situados fora dos feudos, onde
grupos de comerciantes e negociantes viviam e realizavam suas actividades, assim, os burgueses
passaram a ser identificados como indivíduos que praticavam o comércio e ganhavam direito.
Em decorrência disso, com o desenvolvimento do capitalismo industrial, a expressão ”burguesia”
passou a designar a classe dos ricos proprietários de indústria e dos grandes negociantes.

A partir do século XVIII, maior fonte de riqueza era a propriedade dos meios de produção
(fábricas e equipamentos) e a maior parte das outras pessoas da sociedade, que não tinham esses
recursos, viam-se forçados a se empregar nas fábricas, vendendo seu trabalho em troca de um
salário e através do trabalho, os operários geram riqueza para os capitalistas.

O capitalismo Industrial teve as primeiras transformações no campo, principalmente na primeira


metade do século XVIII, as quais consolidaram uma estrutura agrária capitalista chama
revolução agrícola propiciou uma oferta de alimentos e matérias-primas em quantidade e preços
adequados à reprodução do proletariado e ao desenvolvimento da manufactura, e também o
assalariamento dos trabalhadores rurais contribui para ampliar os mercados consumidores de
manufacturados, criando uma nova dinâmica entre cidade e campo.

Segundo DOBB “O Karl Marx, que não buscava a essência do capitalismo num espírito de
empresa nem no uso da moeda para financiar uma série de trocas com objectivo de ganho, mas
num determinado modo de produção. Por modo de produção, ele não se referia apenas ao estado
da técnica ao que chamou de estágio de desenvolvimento das forças produtivas, mas ao modo
pelo qual se definia a propriedade dos meios de produção e às relações sociais entre os homens
que resultavam de suas ligações com o processo de produção. Desse modo, o capitalismo não era
apenas um sistema de produção para o mercado, era um sistema de produção de mercadorias,
como Karl Marx o denominou, mas um sistema sob o qual a própria capacidade de trabalho se
tornara uma mercadoria e era comprada e vendida ao mercado como qualquer outro objecto de
troca”.

A Inglaterra conseguiu reunir os requisitos internos necessários a industrialização. A constituição


prévia de um espaço económico europeu, no qual o poder mercantil britânico tornou-se

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preponderante, foi igualmente fundamental para a posterior conformação de um mercado
capitalista mundial. Com o desenvolvimento do sistema colonial e a expansão do comércio
transcontinental, viu-se certa divisão internacional do trabalho, na qual a Grã-Bretanha se
especializava na produção manufactureira e seus parceiros e colónias se dedicavam à produção
primária.

A Inglaterra insistiu em ter um sistema de crédito bancário, que se configurou especialmente a


partir de 1694 com a criação de um banco ao longo do século XVIII, o sistema bancário inglês
desenvolveu-se impulsionado pelo crescimento do comércio exterior, o que lhe permitiu
desempenhar um papel importante no financiamento da grande indústria.

2.3 A Revolução Industrial


O capitalismo inglês, designado como “ capitalismo originário” por causa de ser o primeiro
apresentar uma estrutura económica baseada na produção industrial e a constituição de um
proletariado industrial radicado nos principais centros urbanos do país. A conformação do
capitalismo só se completa com o surgimento da produção mecanizada, organizada como
industria, e com o trabalho assalariado e a reprodução de uma classe operária. A revolução
industrial representa a constituição de relações capitalistas de produção. Como a acumulação
primitiva foi conduzida pelo capital comercial, o capital que financiaria a construção das
máquinas e os investimentos em novas instalações, para a implantação de grandes indústrias. A
partir de 1780, a acumulação de industrial têxtil estimulou a urbanização dos principais centros
regionais, impulsionando a construção civil e a procura de carvão para o consumo doméstico.
Por volta de 1830, a estrutura industrial já estava plenamente constituída.

As grandes cidades são o foco do movimento operário, é nelas que os operários começaram a
reflectir na situação deles e na luta; é nelas que se manifestou inicialmente a oposição entre
proletariado e burguesia. Acompanhando a industrialização capitalista, a urbanização é
particularmente precoce na Grã-Bretanha. Em 1851, dez cidades ultrapassam 100 mil habitantes
na Grã-Bretanha (contra cinco na França). Londres atinge 2,3 milhões, enquanto Paris ultrapassa
exactamente o milhão; Manchester ultrapassa 400 mil habitantes, Glasgow, 300 mil e
Birmingham, 20 mil.

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2.3.1 As principais características do capitalismo industrial
- Actividades industriais como principal fonte de negócio e lucros. Destaque para a indústria
têxtil.

- Concentração de renda nas mãos da burguesia industrial (grandes donos de indústrias);

- Alta desigualdade social, pois os lucros ficavam quase integralmente com donos de indústrias
que pagavam salários muito baixos para os operários;

- Evolução nos meios de produção com a invenção e uso de máquinas a vapor. Aumento da
produção com custo mais baixo;

- Uso do carvão como fonte de energia e ferro como principal matéria-prima;

- Desenvolvimento de meios de transporte (locomotivas e navios a vapor) rápidos e de longas


distâncias para atender a logística;

- Salários baixos, poucos direitos de trabalho e exploração de mão-de-obra infantil, grande parte
dos operários viviam em péssimas condições sociais;

- O êxodo rural foi um factor determinante para o desenvolvimento do capitalismo industrial. As


pessoas saiam do campo em busca de melhores condições de vida nas cidades, o que resultou
numa explosão demográfica e o surgimento de nova divisão de trabalho nas fábricas.

A partir de 1870, conforme a Inglaterra ia perdendo o monopólio da produção industrial e o livre


comércio dava lugar ao proteccionismo, intensificou-se o processo de centralização e de
concentração de capitais, com a fusão de empresas e a união de bancos e indústrias. Introduziram
um novo padrão tecnológico e uma outra racionalidade empresarial, com novos produtos e
revolucionários métodos de Gestão da produção e do trabalho, caracterizando a emergência de
uma segunda revolução industrial.

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2.4 A segunda revolução industrial
Nasceu com o progresso científico e tecnológico ocorrido na Inglaterra, França e Estados
Unidos, por volta da segunda metade do século XIX.

Entre 1850 e 1950, a busca por descobertas e invenções foi longa, o que representou maior
conforto para o ser humano, bem como a dependência dos países que não realizaram a revolução
cientifica e tecnológica ou industrial. Todo mundo passou a comprar, consumir e utilizar os
produtos industrializados fabricados na Inglaterra, França, Estados Unidos, Alemanha, Itália,
Bélgica e Japão. A descoberta e o aproveitamento de novas fontes de energia como o petróleo
(no motor a combustão), a água (nas usinas hidroeléctrica), o urânio (para a energia nuclear),
revolucionaram ainda mais a produção industrial. Na busca dos maiores lucros, levou-se ao
extremo a especialização do trabalho, a produção foi ampliada passando-se a produzir artigos em
série, o que diminuía o custo por unidade. Surgiram esteiras rolantes por onde circulavam as
partes do produto a ser montado, no modo a dinamizar o processo. A industria automobilista
Ford, do empresário Henry Ford, implantada nos Estados Unidos, foi a primeira a fazer uso das
esteiras que levavam o chassi do carro a percorrer toda a fábrica.

2.4.1 As descobertas e invenções realizadas durante a segunda revolução


industrial são:
- Novos processos de fabricação do aço, permitindo sua utilização na construção de pontes,
máquinas, edifícios, trilhos, ferramentas;

- Desenvolvimento técnico de produção da energia eléctrica;

- Invenção da lâmpada incandescente;

- Surgimento e avanço dos meios de transportes (ampliação das ferrovias, invenções do


automóvel e do avião;

- Invenção dos meios de comunicação (telégrafo, telefone, televisão e cinema);

- Avanço da química, com a descoberta do petróleo e os seus derivados como fonte de energia e
lubrificantes, o surgimento dos plásticos;

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- Na medicina surgiram os antibióticos, as vacinas, novos conhecimentos sobre doenças e novas
técnicas de cirurgia.

2.5 A expansão do capitalismo industrial


A Inglaterra passou a ter uma posição de hegemonia económica porque apresentava uma
superioridade da produção de manufacturas britânicas, agora mecanizada. Com o
desenvolvimento do sector de bens de produção, a economia inglesa passou a exportar ferro,
carvão, máquina. Os ingleses tornaram se os principais defensores do livre-cambismo, e também
lutou contra as barreiras tarifarias. A Inglaterra criou as condições para a acumulação industrial
através da exportação de bens indústrias, com isso induziu a industrialização de outros países
como França, EUA e a Alemanha.

A partir de 1870, a indústria desses países passou a concorrer com a indústria britânica, isso
contribuiu para o reaparecimento de políticas proteccionistas. A expansão do capitalismo no
século XIX significou o surgimento de novas potências industriais, que viriam competir com a
economia inglesa e transformar as relações económicas internacionais.

A industrialização do século XIX ocorreu em duas fases. As industrializações da França, EUA e


da Alemanha são classificadas como da primeira fase (1840-1879), enquanto as da Rússia, Japão
e Itália fazem parte da segunda fase (1870-1890). Durante a primeira fase, o avanço para a
industrialização ocorre no auge do período de livre-cambismo, onde predominava um mercado
internacional favorável e um padrão tecnológico consolidado. E na segunda fase, o salto
qualitativo é mais duro e complexo, posto que ocorre durante a grande depressão de 1873-96.

Como forma de ampliar o mercado consumidor e obter novas fontes de matérias-primas, as


principais potências económicas europeias conquistaram países na Ásia e África. Além de impor
o modo de vida europeia nas regiões colonizadas, os europeus vendiam seus produtos e
exploravam recursos minerais e vegetais nestes países. Foi uma forma de expandir o capitalismo
no século XIX.

Os EUA foram o único país de passado colonial a se industrializar no século XIX. A colonização
norte-americana havia resultado em dois modelos económicos distintos no sul, colónias de

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exploração, onde predominava a grande produção escravista; no norte, colónias de povoamento,
predominando a pequena produção independente. As colónia de povoamento eram
estruturalmente a antiga Inglaterra com metrópole, conseguiram desenvolver relações comerciais
com o Caribe e o norte da África e estimular uma produção manufactureira em 1840 e 1860, o
estados do norte internalizaram a produção de diversos bens industrias, então as tensões entre a
economia capitalista do norte e a economia escravista do sul se tornariam insustentáveis,
causando numa guerra civil (1861-1865) que terminaria com a vitoria das forças progressistas e o
fim do trabalho escravo. A partir daí, estava aberta a possibilidade de expansão para o oeste,
baseada na pequena propriedade rural e na construção de estradas de ferro, o que, junto com a
reconstrução do sul, deu um impulso fantástico ao mercado interno e à acumulação de capital nos
EUA.

2.6 Capitalismo mundial


O capitalismo industrial e financeiro passou por várias transformações e desafios no decorrer do
século XX. Primeiramente, com a revolução russa de 1917, que se propôs a construir uma
sociedade comunista, ameaçando a ordem burguesa mundial. O risco de comunismo se espalhar
pelo mundo, acabou por dividi-lo em dois blocos económicos, um capitalista e outro comunista,
entre os anos de 1945 e 1989, no período denominado de guerra fria. Além disso, o capitalismo
enfrentou crises internas, inerentes ao próprio funcionamento do sistema após a primeira guerra
mundial (1914-1918), os Estados Unidos emergiram como potência industrial e passaram a
produzir mercadorias para uma Europa devastada pelo conflito, no entanto, com o passar dos
anos, a produção norte-americana tornou-se maior do que a necessidade de consumo, o que
gerou a quebra da bolsa de valores de Nova York, em 1929. Esse facto acarretou uma revisão do
modelo capitalista liberal, a partir da qual passou-se a considerar a necessidade de o Estado
também intervir na economia para evitar ou controlar crises. A livre iniciativa e a propriedade
privada não foram questionadas, mas o governo passou a intervir na definição dos preços dos
produtos, a conceder empréstimos a produtores e a procurar gerar empregos, através da
realização de obras públicas e da recuperação das indústrias privadas.

Por fim, a partir da década de 1970, o capitalismo financeiro passou por uma nova fase, chamada
por alguns economistas de terceira revolução industrial. Essa fase decorre da era da informática,
ou seja, do desenvolvimento dos microcomputadores e da ampliação crescente da oferta de

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informação, que deu um salto com a popularização da internet, nos anos de 1990. Partir de então,
com a queda do regime comunista soviético em 1989, estabeleceu-se a chamada nova ordem
mundial, cujas principais características são a globalização e o neoliberalismo.

A globalização produtiva refere-se ao facto de componentes de um bem industrial serem


produzidos em distintos países, enquanto a globalização financeira refere-se à possibilidade de
movimentar livremente excedentes de capital (aplicados especialmente em títulos secundários e
acções).

A globalização não pode ser entendida sem que se faça menção a dois outros processos gerais,
que se manifestaram com maior ou menor força nas diferentes economias nacionais e nas
relações internacionais: a liberalização económica e a reestruturação produtiva a partir de
meados dos anos 70 fortaleceram-se as teses neoliberais que condenam a inger6encia do Estado
no funcionamento da economia, suposta responsável pelas distorções nas decisões de
investimento e nas expectativas dos agentes, distorções que precisariam ser corrigidas, a começar
por interfer6encia do sector público e por uma liberalização dos mercados internos e externos.

A reestruturação produtiva e organizacional foi uma resposta das grandes empresas às novas
condições da concorrência capitalista, na busca de maior produtividade e de redução dos custos
operacionais.

3. Conclusão
Nos capítulos anteriores buscou-se através de uma literatura dos autores clássicos e de uma
forma sintética mostrar os elementos fundamentais existentes entre crescimento do capitalismo
industrial.

O Capitalismo Industrial teve grande relevância para a sociedade principalmente para o


surgimento da revolução tecnológica vivida até os dias actuais, certo que além de toda
tecnologia, produção em massa, entre outros avanços sociais

O capitalismo industrial foi uma nova fase do capitalismo, que surge em meio a um processo de
revoluções políticas e tecnológicas na segunda metade do seculoXVIII. Com essa nova fase ‘e
superado o capitalismo comercial também chamado de mercantilismo. O capitalismo industrial

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estabeleceu-se como um novo modo de vida, fez com que o trabalho assalariado se tornasse
generalizado. O homem passou, assim, a comprar o trabalho de outro homem por meio de
salário. A revolução industrial tornou mais intensa a competição entre os países industrias, para
obter matérias-primas, produzir e vender seus produtos no mundo e isso provocou um novo
colonialismo no seculoXIX, que foi chamado de imperialismo.com o Capitalismo Industrial, a
população urbana passou a crescer mais do que a rurais actividades industrias já não se
restringiam aos países europeus, Estados Unidos e Japão, mas já se expandiam no mundo,
actuando, também, nos países subdesenvolvidos. Não eram somente pequenas empresas, mas
também grandes aglomerados industriais em busca de novas áreas para actuação, em busca por
por exemplo: fontes de energia como petróleo, carvão.

O Capitalismo Industrial passou por várias crises devido as guerras ocorridas no continente
europeu. No final da primeira guerra mundial ouve uma revolução na Rússia e isso fez com que a
Rússia torna-se uma sociedade comunista. Estados Unidos com o passar do tempo começou a ter
uma super produção de bens devido ao empréstimos concedidos pelos bancos aos proprietários
das indústrias para aumentar a sua produção industrial e a população que consumiam esses
produtos não conseguiram a acompanhar essa super produção. Isso fez com que os Estados
Unidos entrassem em uma crise económica chamada grande depressão.

4. Recomendações
Os investigadores recomendam este trabalho para os alunos do curso de economia e para o
público em geral, pois este trabalho mostra de forma resumida todos aspectos sobre a evolução
do Capitalismo Industrial e Mundial e vai ajudar entender como sistema de produção nas
industriais surgiu no mundo. Este trabalho mostra os pensamentos dos economistas clássicos
daquele tempo isso vai ajudar a fomentar as suas teorias.

Os investigadores também recomendam principal aos alunos do curso de economia a usar este
trabalho como forma de iniciar uma investigação mais aprofundada sobre o capitalismo em geral
isso vai ajudar todos alunos entender a economia capitalista que vigora no nosso país.

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5. Bibliografia
BRAUDEL, Fernand. Civilização Material, Economia e Capitalismo.2ᵃ Edição. São Paulo
Editora WMF Martins Fontes, 1996, p.8.

DOBB, Maurice. A Evolução do Capitalismo. 9ᵃ Edição. S/L, Editora LTC, 1987,p. 17.

OLIVEIRA, Carlos Afonso Barbosa de. Processos de industrialização. 1ᵃ Edição. Campinas,


S/E, 1985, p.7.

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