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A Politécnica
Instituto Superior de Gestão, Ciências e Tecnologias (ISGCT)
Curso: Contabilidade e Auditoria
Turno: Diurno
Elementos:
Alaides Laquiaze Manhiça
Universidade Politécnica
A Politécnica
Instituto Superior Gestão, Ciências e tecnologias (ISGCT)
Elementos:
Alaides Laquiaze Manhiça
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1.Introdução
Este trabalho vai apresentar um tema afunilado sobre a Evolução do Capitalismo Industrial e
Mundial. A pesquisa terá um período de duração de um mês, iniciando no dia 17 de Julho e
terminando no dia 17 de Agosto. Esta pesquisa vai ser realizada na Cidade de Maputo.
1.1.1 Hipótese
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1.2 Objectivos
1.3 Justificação/Motivação
Os investigadores querem levar avante esta pesquisa porque vai permitir a aprovação na
disciplina de Métodos de Estudo e Pesquisa.
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Capitulo II
2. Revisão da Literatura
“A acumulação de primitiva foi um período que englobou uma serie de processos como a
valorização do capital no comércio, a expansão da produção de mercadorias e o posterior
surgimento da manufactura, estabelecimento do sistema colonial. A Inglaterra foi o país que
reuniu as condições necessárias para a maturação do modo de produção praticamente capitalista,
a partir do que foi chamado de revolução Industrial”. (oliveira, 1985)
“Esses factores ajudam a entender porque a Inglaterra conseguiu reunir os requisitos internos
necessários à industrialização. A constituição prévia de um espaço económico europeu, no qual o
poder mercantil britânico tornou-se preponderante, foi igualmente fundamental para posterior
conformação de um mercado capitalista mundial”. (BRAUDEL, 1996)
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2.2 Capitalismo Industrial
O surgimento do capitalismo industrial se deve em grande parte do desenvolvimento
tecnológico, as empresas evoluíram de manufactureiras para mecanizadas.
O Capitalismo Industrial é uma nova fase desse sistema económico que surge em meio a um
processo de revoluções políticas e tecnológicas, na segunda metade do século XVIII. Com essa
nova fase é superado o capitalismo comercial, também chamado de mercantilismo, que surgiu
em fins do século XIV e vigorou até o surgimento do capitalismo industrial. Muitos factores
económicos, sociais e políticos contribuíram para o desenvolvimento dessa nova forma de
capitalismo.
Na economia, o grande impacto foi trazido pelas transformações nas técnicas e no modo de
produção. As máquinas passaram a ser utilizadas em larga escala, tornando ultrapassados os
métodos de produção anteriores de carácter artesanal. Esse processo ficou conhecido como
revolução industrial. Tanto do ponto de vista da economia, quanto da política, outra
transformação importante foi a independ6encia dos Estados Unidos, a chamada Revolução
Americana, de 1776.ela constituiu o primeiro grande abalo numa das bases do mercantilismo, o
sistema colonial, em que as colónias americanas, africanas ou asiáticas se mantinham submissas
aos interesses das metrópoles europeias.
Finalmente, terceira transformação radical foi a Revolução Francesa de 1789. Essa Revolução
pretendeu a derrubada do antigo regime, constituído em torno de monarquias absolutas, em que o
poder dos nobres e da igreja prevalecia sobre os outros grupos sociais.
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direito à propriedade. Isso quer dizer que nova fase do capitalismo pode ser interpretada como a
ascensão da burguesia, que se transformou na classe social mais poderosa de então.
No período final da idade média, os burgos eram vilas, locais situados fora dos feudos, onde
grupos de comerciantes e negociantes viviam e realizavam suas actividades, assim, os burgueses
passaram a ser identificados como indivíduos que praticavam o comércio e ganhavam direito.
Em decorrência disso, com o desenvolvimento do capitalismo industrial, a expressão ”burguesia”
passou a designar a classe dos ricos proprietários de indústria e dos grandes negociantes.
A partir do século XVIII, maior fonte de riqueza era a propriedade dos meios de produção
(fábricas e equipamentos) e a maior parte das outras pessoas da sociedade, que não tinham esses
recursos, viam-se forçados a se empregar nas fábricas, vendendo seu trabalho em troca de um
salário e através do trabalho, os operários geram riqueza para os capitalistas.
Segundo DOBB “O Karl Marx, que não buscava a essência do capitalismo num espírito de
empresa nem no uso da moeda para financiar uma série de trocas com objectivo de ganho, mas
num determinado modo de produção. Por modo de produção, ele não se referia apenas ao estado
da técnica ao que chamou de estágio de desenvolvimento das forças produtivas, mas ao modo
pelo qual se definia a propriedade dos meios de produção e às relações sociais entre os homens
que resultavam de suas ligações com o processo de produção. Desse modo, o capitalismo não era
apenas um sistema de produção para o mercado, era um sistema de produção de mercadorias,
como Karl Marx o denominou, mas um sistema sob o qual a própria capacidade de trabalho se
tornara uma mercadoria e era comprada e vendida ao mercado como qualquer outro objecto de
troca”.
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preponderante, foi igualmente fundamental para a posterior conformação de um mercado
capitalista mundial. Com o desenvolvimento do sistema colonial e a expansão do comércio
transcontinental, viu-se certa divisão internacional do trabalho, na qual a Grã-Bretanha se
especializava na produção manufactureira e seus parceiros e colónias se dedicavam à produção
primária.
As grandes cidades são o foco do movimento operário, é nelas que os operários começaram a
reflectir na situação deles e na luta; é nelas que se manifestou inicialmente a oposição entre
proletariado e burguesia. Acompanhando a industrialização capitalista, a urbanização é
particularmente precoce na Grã-Bretanha. Em 1851, dez cidades ultrapassam 100 mil habitantes
na Grã-Bretanha (contra cinco na França). Londres atinge 2,3 milhões, enquanto Paris ultrapassa
exactamente o milhão; Manchester ultrapassa 400 mil habitantes, Glasgow, 300 mil e
Birmingham, 20 mil.
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2.3.1 As principais características do capitalismo industrial
- Actividades industriais como principal fonte de negócio e lucros. Destaque para a indústria
têxtil.
- Alta desigualdade social, pois os lucros ficavam quase integralmente com donos de indústrias
que pagavam salários muito baixos para os operários;
- Evolução nos meios de produção com a invenção e uso de máquinas a vapor. Aumento da
produção com custo mais baixo;
- Salários baixos, poucos direitos de trabalho e exploração de mão-de-obra infantil, grande parte
dos operários viviam em péssimas condições sociais;
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2.4 A segunda revolução industrial
Nasceu com o progresso científico e tecnológico ocorrido na Inglaterra, França e Estados
Unidos, por volta da segunda metade do século XIX.
Entre 1850 e 1950, a busca por descobertas e invenções foi longa, o que representou maior
conforto para o ser humano, bem como a dependência dos países que não realizaram a revolução
cientifica e tecnológica ou industrial. Todo mundo passou a comprar, consumir e utilizar os
produtos industrializados fabricados na Inglaterra, França, Estados Unidos, Alemanha, Itália,
Bélgica e Japão. A descoberta e o aproveitamento de novas fontes de energia como o petróleo
(no motor a combustão), a água (nas usinas hidroeléctrica), o urânio (para a energia nuclear),
revolucionaram ainda mais a produção industrial. Na busca dos maiores lucros, levou-se ao
extremo a especialização do trabalho, a produção foi ampliada passando-se a produzir artigos em
série, o que diminuía o custo por unidade. Surgiram esteiras rolantes por onde circulavam as
partes do produto a ser montado, no modo a dinamizar o processo. A industria automobilista
Ford, do empresário Henry Ford, implantada nos Estados Unidos, foi a primeira a fazer uso das
esteiras que levavam o chassi do carro a percorrer toda a fábrica.
- Avanço da química, com a descoberta do petróleo e os seus derivados como fonte de energia e
lubrificantes, o surgimento dos plásticos;
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- Na medicina surgiram os antibióticos, as vacinas, novos conhecimentos sobre doenças e novas
técnicas de cirurgia.
A partir de 1870, a indústria desses países passou a concorrer com a indústria britânica, isso
contribuiu para o reaparecimento de políticas proteccionistas. A expansão do capitalismo no
século XIX significou o surgimento de novas potências industriais, que viriam competir com a
economia inglesa e transformar as relações económicas internacionais.
Os EUA foram o único país de passado colonial a se industrializar no século XIX. A colonização
norte-americana havia resultado em dois modelos económicos distintos no sul, colónias de
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exploração, onde predominava a grande produção escravista; no norte, colónias de povoamento,
predominando a pequena produção independente. As colónia de povoamento eram
estruturalmente a antiga Inglaterra com metrópole, conseguiram desenvolver relações comerciais
com o Caribe e o norte da África e estimular uma produção manufactureira em 1840 e 1860, o
estados do norte internalizaram a produção de diversos bens industrias, então as tensões entre a
economia capitalista do norte e a economia escravista do sul se tornariam insustentáveis,
causando numa guerra civil (1861-1865) que terminaria com a vitoria das forças progressistas e o
fim do trabalho escravo. A partir daí, estava aberta a possibilidade de expansão para o oeste,
baseada na pequena propriedade rural e na construção de estradas de ferro, o que, junto com a
reconstrução do sul, deu um impulso fantástico ao mercado interno e à acumulação de capital nos
EUA.
Por fim, a partir da década de 1970, o capitalismo financeiro passou por uma nova fase, chamada
por alguns economistas de terceira revolução industrial. Essa fase decorre da era da informática,
ou seja, do desenvolvimento dos microcomputadores e da ampliação crescente da oferta de
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informação, que deu um salto com a popularização da internet, nos anos de 1990. Partir de então,
com a queda do regime comunista soviético em 1989, estabeleceu-se a chamada nova ordem
mundial, cujas principais características são a globalização e o neoliberalismo.
A globalização não pode ser entendida sem que se faça menção a dois outros processos gerais,
que se manifestaram com maior ou menor força nas diferentes economias nacionais e nas
relações internacionais: a liberalização económica e a reestruturação produtiva a partir de
meados dos anos 70 fortaleceram-se as teses neoliberais que condenam a inger6encia do Estado
no funcionamento da economia, suposta responsável pelas distorções nas decisões de
investimento e nas expectativas dos agentes, distorções que precisariam ser corrigidas, a começar
por interfer6encia do sector público e por uma liberalização dos mercados internos e externos.
A reestruturação produtiva e organizacional foi uma resposta das grandes empresas às novas
condições da concorrência capitalista, na busca de maior produtividade e de redução dos custos
operacionais.
3. Conclusão
Nos capítulos anteriores buscou-se através de uma literatura dos autores clássicos e de uma
forma sintética mostrar os elementos fundamentais existentes entre crescimento do capitalismo
industrial.
O capitalismo industrial foi uma nova fase do capitalismo, que surge em meio a um processo de
revoluções políticas e tecnológicas na segunda metade do seculoXVIII. Com essa nova fase ‘e
superado o capitalismo comercial também chamado de mercantilismo. O capitalismo industrial
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estabeleceu-se como um novo modo de vida, fez com que o trabalho assalariado se tornasse
generalizado. O homem passou, assim, a comprar o trabalho de outro homem por meio de
salário. A revolução industrial tornou mais intensa a competição entre os países industrias, para
obter matérias-primas, produzir e vender seus produtos no mundo e isso provocou um novo
colonialismo no seculoXIX, que foi chamado de imperialismo.com o Capitalismo Industrial, a
população urbana passou a crescer mais do que a rurais actividades industrias já não se
restringiam aos países europeus, Estados Unidos e Japão, mas já se expandiam no mundo,
actuando, também, nos países subdesenvolvidos. Não eram somente pequenas empresas, mas
também grandes aglomerados industriais em busca de novas áreas para actuação, em busca por
por exemplo: fontes de energia como petróleo, carvão.
O Capitalismo Industrial passou por várias crises devido as guerras ocorridas no continente
europeu. No final da primeira guerra mundial ouve uma revolução na Rússia e isso fez com que a
Rússia torna-se uma sociedade comunista. Estados Unidos com o passar do tempo começou a ter
uma super produção de bens devido ao empréstimos concedidos pelos bancos aos proprietários
das indústrias para aumentar a sua produção industrial e a população que consumiam esses
produtos não conseguiram a acompanhar essa super produção. Isso fez com que os Estados
Unidos entrassem em uma crise económica chamada grande depressão.
4. Recomendações
Os investigadores recomendam este trabalho para os alunos do curso de economia e para o
público em geral, pois este trabalho mostra de forma resumida todos aspectos sobre a evolução
do Capitalismo Industrial e Mundial e vai ajudar entender como sistema de produção nas
industriais surgiu no mundo. Este trabalho mostra os pensamentos dos economistas clássicos
daquele tempo isso vai ajudar a fomentar as suas teorias.
Os investigadores também recomendam principal aos alunos do curso de economia a usar este
trabalho como forma de iniciar uma investigação mais aprofundada sobre o capitalismo em geral
isso vai ajudar todos alunos entender a economia capitalista que vigora no nosso país.
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5. Bibliografia
BRAUDEL, Fernand. Civilização Material, Economia e Capitalismo.2ᵃ Edição. São Paulo
Editora WMF Martins Fontes, 1996, p.8.
DOBB, Maurice. A Evolução do Capitalismo. 9ᵃ Edição. S/L, Editora LTC, 1987,p. 17.
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