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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

CURSO DE GESTAO DE RECURSOS HUMANOS

Sandra Inácio Mascote

A gestão da mudança face à globalização dos


mercados

Beira

2022
Sandra Inácio Mascote

A gestão da mudança face à globalização dos mercados

Trabalho de culminação de curso, a ser


apresentado no Departamento de Economia e
Gestão (DEG), Curso de Gestão de Recursos
Humanos com habilidades em (HST), na
disciplina de Gestão Internacional de Recursos

Humanos com Carácter avaliativo .

Orientador: MSc. Cristovão Roia

Beira

2023
Índice
1. CAPÍTULO I: Introdução ....................................................................................................... 3

1.1. Objectivos ........................................................................................................................ 3

1.1.1. Objectivo geral .......................................................................................................... 3

1.1.2. Objectivos específicos ............................................................................................... 3

1.2. Método ............................................................................................................................. 4

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................... 5

2. Conceitos ................................................................................................................................ 5

2.1. Gestão e mudança do Mercado e do Trabalho ................................................................. 5

2.1.1. Tipos de Globalização ............................................................................................... 6

2.2. As causas da globalização ................................................................................................ 7

2.3. As Consequências Humanas ............................................................................................ 8

2.4. Globalização e seus processos nas organizações ............................................................. 9

2.5. Crises económicas que abalou o mercado mundial ....................................................... 10

2.6. Formações de Blocos Econômicos ................................................................................ 13

2.7. Globalização dos Mercados de Bens e Serviço ............................................................. 13

3. CAPÍTULO III: Conclusão .................................................................................................. 16

Referência bibliográfica ........................................................................................................... 17


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1. CAPÍTULO I: Introdução

A presente pesquisa aborda o tema A gestão da mudança face à globalização dos mercados.
O sistema capitalista mundial desde a década de 1970 é marcado por importantes mudanças,
originadas principalmente, pela crescente globalização das economias. Em seus processos, a
globalização fez com que ambiente das organizações sofresse grandes mudanças numa
velocidade nunca vista antes na história da humanidade, e nos dias atuais presume-se que não
foi totalmente compreendida pelas organizações. Este tema foi selecionado, pois guarda em si
importantes aspectos relacionados à globalização que vem trazendo para as empresas uma
necessidade de olhar para dentro e para fora, de modo a repensar e melhorar suas atividades.
A crise e a globalização, podem sim trazer muitas oportunidades em uma época de ideias de
negócios de transformação, mudanças essas inevitáveis em uma organização. Esses períodos
difíceis podem assustar investidores e consumidores, mas é aí que entra um bom gestor com
qualificações, preparado, que tem um mundo de possibilidades pela frente ao conhecer e tirar
vantagens das oportunidades trazidas pela globalização e pela crise. No entanto, é relevante a
questão sobre estar preparado para essa época difícil, esse é um momento de processo que
abrange soluções e estratégias, ferramentas da qualidade voltadas para resultados. Algumas
ferramentas como gestão e objetivos colocadas em práticas, podem gerar confiança e
praticidade no dia a dia do administrador, mantendo-o sempre atualizada da situação real, na
qual vai permitir que tome decisões assertivas onde estiver. Mas, para obter êxito, a gestão
precisa estar bem alinhada.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral

 Analisar a gestão da mudança face à globalização dos mercados.

1.1.2. Objectivos específicos

 Identificar os métodos da gestão e mudança do mercado e do trabalho;


 Classificar a crises económicas que abalou o mercado mundial;
 Avaliar a globalização dos mercados de bens e serviço;
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1.2. Método

Segundo GIL (2002: 68), “a palavra método é de origem grega e significa o conjunto
de etapas e processos a serrem vencidos ordenadamente na investigação dos factos ou na
procura da verdade’’. Assim, na presente pesquisa, se foi privilegiado o seguinte método:

Método Bibliográfico: Conforme LAKATOS e MARCONI (1990: 44), a pesquisa


bibliográfica “trata-se do levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de
livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. Sua finalidade é colocar o pesquisador
em contacto directo com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto”.
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CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2. Conceitos

Segundo David Held (1999) Globalizacao É uma força condutora central por trás das
rápidas mudanças sociais, políticas e económicas que estão a remodelar as sociedades
modernas e a ordem mundial.

O conceito de Globalização implica primeiro e acima de tudo um alongamento das


actividades sociais, políticas e económicas através fronteiras, de tal modo que
acontecimentos, decisões e actividades numa região do mundo podem ter significado para
indivíduos e actividades em regiões distintas do globo David Held (1999)

2.1. Gestão e mudança do Mercado e do Trabalho

A globalização passou por grandes processos e internacionalização da economia, entre


esses processos e transformações destaca-se sistema capitalista e suas estruturas elementares,
em que se deparou com a integração mundial. Pode-se destacar entre essas mudanças e
transformações estruturais do comércio maior produção e fluidez no cenário mundial,
destacam-se também os sectores primário e secundário com importantes transformações nos
sistemas global de produção.

Com o século XX e a crise das primeiras décadas aconteceu a “grande depressão”,


que introduziu uma nova fase do capitalismo para uma indústria pesada e de massas,
caracterizada por um novo desenvolvimento econômico baseado na competição entre
indústrias nacionais, enquanto a crise da agricultura impulsionava a migração para
as cidades e os estados mais industrializados. Essa segunda revolução industrial,
fundamentada em uma nova maneira de aplicar a ciência e a tecnologia à produção
industrial, criou novas formas de organização baseada na concentração de capitais e
na constituição de monopólio, com intervenção do capital público e a liberalização
dos mercados. (AMODIO, 2006, pág. 53).

Mediante isso se conclui um conjunto específico sobre a globalização e o trabalho, ou


seja, as mudanças que ocorrem com expansão da economia global no meio trabalhista com a
composição informacional da sociedade. Podem-se destacar as mudanças estratégicas que em
linhas gerais ocorreram significativamente com a lucratividade dos investidores, e como
consequência impactou a classe dos trabalhadores mundo a fora.
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Em resumo, quanto mais o processo de globalização econômica se aprofunda, mais a


interpretação das redes de produção e administração se expande através das
fronteiras, e mais próximos ficam os elos entre as condições da força de trabalho em
diferentes países com diferentes níveis salarias e de protecção social, mas cada vez
menos distinta em termos de qualificações especializadas e tecnologia. (CASTELLS,
2016, pág. 301).

2.1.1. Tipos de Globalização

Neste resumo sobre o que é globalização vamos detalhar os três principais tipos de
globalização. Fique atento, pois nas questões dos vestibulares as diferenças e semelhanças
entre eles podem ser abordadas e você deve conseguir diferenciar cada uma.

Globalização Económica
Globalização económica tem seu foco nas relações comerciais. Ou seja, num processo
económico e social que determina a integração entre países e pessoas do mundo todo.
Por meio desse processo, empresas, países e instituições fazem trocas financeiras e comerciais
sem restrições ideológicas.

Globalização Cultural
Este tipo de globalização também proporcionou a troca de costumes, culturas e
tradições, por conta da aproximação das diversas nações do planeta. Essas trocas passam pelo
processo de aculturação, isto é, quando vários elementos culturais são misturados.
Valores e símbolos culturais que pertenciam originalmente a uma região ou nação, passam
agora a estar presentes em vários lugares do mundo. Em decorrência disso, aumenta-se a
necessidade de haver um maior debate sobre a tolerância entre as diferenças culturais.

Globalização da Informação
Esse tipo de globalização surgiu, principalmente, por conta do desenvolvimento das
tecnologias de informação. E o destaque absoluto foi o advento da internet. As pessoas com
acesso à internet podem receber e enviar informações para todos os cantos do mundo
instantaneamente.
Juntando a globalização cultural e a necessidade de transmitir informações que podem
ser recebidas e interpretadas em todo o planeta, decidiu-se estabelecer um idioma
globalizado. Isto é, um idioma que possa servir como conexão entre todos os outros.
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Atualmente, o inglês é considerado o mais adotado entre todos os países como meio para
garantir a comunicação, principalmente através da internet.

2.2. As causas da globalização

Uma vez feitos os breves apontamentos acerca da globalização e de seus aspectos


principais que a caracterizam como uma nova configuração da natureza do espaço social,
reputa-se oportuno discorrer, neste ponto, acerca das causas da globalização. Essa é uma
questão fundamental, uma vez que, tanto a avaliação acerca de suas consequências quanto as
respostas políticas a estas dependem, em larga medida, de interpretação que é dada às forças
geradoras de tal fenómeno; iniciativas políticas voltadas para as relações supraterritoriais via
de regra não produzem os resultados esperados quando não partem de um entendimento claro
a respeito das dinâmicas dos processos de globalização das relações sociais.

Várias têm sido as explicações dadas para as causas da globalização. Para uns, os
avanços tecnológicos seriam o motor da globalização; para outros, os marcos regulatórios é
que teriam um papel de primazia na promoção da globalização. Scholte, por sua vez, partindo
de uma perspectiva estruturacionista, afirma que a supraterritorialidade decorre, basicamente,
da combinação dos seguintes aspectos – que não possuem primazia ontológica um sobre o
outro mas que mantém entre si uma relação de co-dependência: 1) a emergência de uma
consciência global, como um produto do conhecimento racionalista; 2) mudanças no
desenvolvimento do sistema capitalista de produção; 3) inovações tecnológicas, em especial
aquelas ligadas às comunicações e ao processamento de dados; 4) a construção de marcos
regulatórios, especialmente através dos Estados e de instituições supraestatais (Scholte, 2000).

Conforme já expresso anteriormente, a presente análise se pauta pelo referencial


teórico gramsciano-marxista. Neste sentido, busca-se, assim, as causas da globalização não
em aspectos como a consciência, os marcos regulatórios ou as inovações tecnológicas –
aspectos estes que podem ser considerados como “aspectos superestruturais” – mas sim no
desenvolvimento do sistema capitalista de produção; na economia, ou seja, nas relações
sociais de produção. Seguindo o raciocínio de Gramsci, a economia aqui não é entendida
como a mera reprodução de objectos materiais, mas como o modo pelo qual os homens
associados produzem e reproduzem não apenas tais objectos materiais mas também as
próprias relações sociais globais. Em suma:

“Em termos de uma hierarquia de factores causais responsáveis pela globalização,


então, as condições cambiantes do capitalismo, especialmente a hipercompetição
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como uma força motriz, têm criado um ambiente transformado. A hipercompetição é


acompanhada por uma reestruturação da produção, incluindo sua reorganização
espacial, que é, por sua vez, facilitada tanto pelos avanços tecnológicos quanto pelas
políticas estatais” (Mittelman, 2000:17).

2.3. As Consequências Humanas

Compreende-se que a globalização tem seus impactos um deles é exclusão social,


tendências à concentração de riquezas, desemprego estrutural e disparidade regional, em
outras palavras para Oliveira (2008) “trata-se de um tipo novo de crescimento: o crescimento
sem emprego, já que, normalmente, os benefícios desse crescimento atingem apenas os já
ricos

Conclui-se que os postos de trabalho estão aos poucos desaparecendo, e vários são os
factores um deles é automação de diversos sectores das organizações. Os países
desenvolvidos vêm passando por essas transformações o desemprego causado pela mudança
de local das fábricas para países subdesenvolvidos, onde o custo de mão-de-obra e produção é
menor. Mas a globalização traz novas oportunidades, nas quais a era da informática, em que
muitos postos de trabalho estão sendo criado na área da informática, o ponto a se observar é
que o mercado absorve muito pouco a mão-de-obra dos trabalhadores que podemos chamar de
excluídos, isso porque esse mercado exige um grau de mão-de-obra com qualificação
profissional, mas os mercados emergentes não têm.

Todos os países que participam da economia global defrontam-se com o problema do


desemprego em massa como consequência necessária para a elevação dos níveis de
produtividade e de competitividade nos mercados internos e externos. São milhões de
jovens no Terceiro Mundo desempregados que desejam ingressar no mercado de
trabalho e não têm perspectiva de consegui-lo. (OLIVEIRA, 2008, pág. 98).

Para Amodio (2006) as decorrentes mudanças causadas pela globalização e todos os


processo citados constituem elementos fundamentais do que se costuma chamar a “Nova
Economia Mundial”, que pode ser resumida nas seguintes características:

 Circulação de produtos regionais em um mercado global controlado pelas


transnacionais;
 Forte influência das transnacionais sobre as decisões dos governos locais, tanto do
primeiro como do Terceiro Mundo;
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 Diminuição dos salários reais e crescentes desemprego, com aumento da pobreza nos
países de Terceiro Mundo;
 Aumento inaceitável dos problemas de contaminação e destruição do meio ambiente.

2.4. Globalização e seus processos nas organizações

os dias atuais as organizações passam por grandes transformações, no qual o mercado


mundial exige das grandes corporações adaptar-se ao novo cenário global. Entende-se que os
avanços tecnológicos, a dinâmica e velocidade em que as coisas acontecem sofre uma imensa
transformação de informações em que o cenário global está mudando o pensamento das
grandes organizações, vive-se a era das fusões e privatizações de grandes empresas, esse
cenário globalizado evidencia factores de grandes competições entre as organizações.

Quadro 1- Diferentes modelos de mercados e recursos comuns globais Economista

futurista/ Visão Sistêmica

Mercados Sistema Abertos


Sector privado  Recursos divisíveis
 Decisões individuais  Regras ganha perde
 Competição  (regras de Adam Smith)
 Mão invisível
 Antitruste
Recursos comuns globais Sistemas Fechados
Sector público  Recursos individuais
 Propriedade de todos  Regras ganha-ganha
 Monopólio regulamentado  Acordos
 Consórcios
Fonte: Henderson, 2007 pág. 77

Deve-se lembrar que todos estes esquema são, na melhor das hipóteses, aproximações
e frequentemente são culturalmente arbitrários. Para preservar esse recurso. Essa
situação obriga cidadãos comuns a apostarem nesses recursos sem benefícios
directos para eles contra empreendedores comerciais que obteriam benefícios
directos. (HENDERSON, 2007 pág. 77).

Segundo Henderson (2007) em janeiro de 1999, a visão do Conselho de Washington,


sobre nosso futuro económico global estava se desintegrando. Aumentaram os pedidos para
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que os Estados Unidos liberassem a forte pressão que exerciam sobre o Fundo Monetário
Internacional (FMI) e o Banco Mundial. O Comitê Executivo das Nações Unidas para a
Economia e Assuntos Sociais publicou um relatório de suas forças-tarefa rumo a uma nova
arquitetura Financeira Internacional. O relatório, que foi entregue à Cúpula do G8 em junho
de 1999, declara: os eventos mundiais a partir de meados de 1997 e nos anos 1980 e 1990
deixaram claro que o actual sistema financeiro internacional não é capaz de salvaguardar a
economia mundial das crises financeiras muito intensas e frequentes e de efeitos reais
devastadores. O relatório solicita ações imediatas para implantar seis reformas
interrelacionadas:

Maior coerência das políticas macroeconômicas em nível global;

 Reforma do FMI com o objectivo de proporcionar adequadamente liquidez


internacional em épocas de crises;
 A adoção de códigos de conduta, melhoria da informação, e supervisão financeira e
regulamentação em níveis nacional e internacional;
 A preservação da autonomia das economias em desenvolvimento e em transição com
relação aos assuntos de conta de capital;
 A incorporação de medidas de paralisação internacionalmente sancionadas no sistema
internacional de empréstimos;
 Uma rede de organizações regionais e sub-regionais para dar apoio à gestão monetária
e assuntos financeiros.

Compreende-se que no contexto actual em que o mercado vem sofrendo com diversas
transformações e tendências e condições globais um gestor precisa está atento a essas séries
de tendências, regionais e locais, para Powell; Ghauri (2009, pág. 64), “algumas questões têm
natureza comercial, outras podem assumir aspectos políticos, económicos ou burocráticos, ou
estar associadas à responsabilidade corporativa”. Com a crise financeira e política é preciso
dobrar a atenção em medidas que envolvam riscos financeiros. Endente-se que é preciso
avaliar os riscos, em uma tomada de decisão a avaliação dos riscos é fundamental para uma
gestão eficiente e eficaz capaz de resultar bons resultados para uma organização.

2.5. Crises económicas que abalou o mercado mundial

Em 2008 viveu-se a crise financeira mundial ocorrida nos Estados Unidos, às


economias da globalização sofreu significativamente com a quebra dos bancos, decorrente da
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crise no mercado imobiliária americano. O impacto dessa crise abalou grandes economias em
volta do mundo globalizado, onde impactou na falência de muitas organizações e como
consequência ocasionou falta de crédito no mercado diminuição de investimento e muita
desconfiança e consequentemente aumentando os índices de desemprego em volta do mundo.
Para Pires (2013) “A crise de 2008 mostrou que a falta de regulamentação dos mercados é
perigosa”.

A economia global, que reúne cerca de 200 países nos cinco continentes e mais de
duas dezenas de fusos horários, reflete várias influências, algumas capazes de exercer
impacto substancial em outras áreas. Fique atento aos acontecimentos políticos e
econômicos do planeta: ainda que pareçam distantes, alguns podem exercer um efeito
multiplicador sobre o custo de suas operações ou até abalar a saúde dos mercados
onde sua empresa atua. (POWELL; GHAURI, 2009, pág. 64).

Para Salvador (2017) “a crise financeira mundial de 2008 ajudou no descontrole da


dívida pública dentro da zona do euro: em 2009”. A Europa presenciou uma crise econômica
que também abalou o mercado em volta do mundo ocasionando transferências de empresas,
onde as mesmas procuravam mão-deobra barata e qualificada, e como consequência os
empregos de uma terminada região migrou para outra, as organizações buscavam encontrar
matéria-prima barata, baixa carga de impostos entre outros decorrentes dos abalos
económicos. Essas crises acabam por impactar directamente sobre o desemprego,
principalmente em países que tem uma economia mais desenvolvida. No século XX, foi
possível perceber a transferências de muitas empresas da Europa, as mesmas buscavam bases
de produção para outros países como Taiwan, Índia, China, Brasil entre outros. Com todas
essas mudanças viveram-se as distorções cambias, em que ocorreu a alta valorização de
moedas locais de países em desenvolvimento. Isso ocorre principalmente quando os Estados
Unidos, como uma das economias mais forte do mundo, injetou no mercado uma grande
quantidade de dólar, uma significativa parcela deste volume vai para países emergentes,
ocasionando a valorização da moeda local. Nos dias atuais países como o Brasil têm sofrido
com a alta valorização do Real, percebe-se que a inflação deixou os produtos mais caros nos
últimos anos, isso acaba desfavorecendo as exportações e favorecendo as importações das
empresas desses países.

Em um mercado cada vez mais interdependente, há vários exemplos das


consequências de fatos aparentemente locais e de crises que tiveram resultado
dramáticos. Ainda que a recessão comece em apenas um país, a crescente integração
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da economia global pode levar o fenômeno e uma escala mundial. (POWELL;


GHAURI, 2009, pág. 68).

Vive-se no mercado uma especulação financeira desde que os Estados Unidos e


Europa com seus bancos centrais injetaram no mercado grandes volumes de moeda,
impactando assim desordem financeira para os países em desenvolvimento, uma vez que a
globalização tem em seus mercados países interligados em que trilhões de dólares podem sair
ou entrar de um país em questão de segundos. Países que tenham dificuldade em controlar seu
fluxo de capital especulativo acabam sofrendo e consequentemente tendo prejuízos em uma
economia globalizada.

Quando os jornais começam a falar em desaceleração da economia, as empresas


divulgam resultados bem abaixo do esperado e os consumidores passam a gastar menos, pode
ser um sinal de recessão. Sua empresa talvez note que os clientes estão levando mais tempo
para pagar. Quem toma medidas nessa fase tem mais condições do que os concorrentes para
resistir a um período complicado, e tem chances da sair dele com menos danos. (POWELL;
GHAURI, 2009, pág. 69).

É nesse contexto que a globalização e suas várias formas de crises mundiais impactam
as organizações e suas economias, afectando financeiramente, comercialmente,
produtivamente e tecnologicamente. Entende-se que esse cenário traz muitos efeitos para as
organizações ao redor do mundo globalizado, efeito esses positivos como também negativos.
Organizações que não tenham em suas finanças uma base sólida evidenciam as suas
fragilidades virando alvo da famosa especulação de capital financeiro tornando-se alvo de
ataque de especulação. Tem como consequências todas as áreas da organização afectadas
negativamente causando grandes percas económicas. Conclui-se que a universalização dos
mercados e das economias deve-se a globalização que traz consigo grandes mudanças nas
relações sociais ao longo dos tempos, onde tais mudanças trazem aos mercados novas
abordagens, mais ágeis e flexíveis garantindo assim a sobrevivências das organizações.

Dois elementos contribuíram para o desenvolvimento industrial da segunda metade


do século XX: A “racionalização da produção”, com as novas formas baseadas em
“linhas de montagem” (Ford); o aumento da fragmentação da produção (Taylor); e a
utilização de inovações tecnológicas, até chegar à informatização do processo
produtivo. (AMODIO, 2006 pág. 54).
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2.6. Formações de Blocos Econômicos

Para Powell; Ghauri (2009) a globalização intensificou-se com a união de diversos


países e através dessa união surgiu à formação de blocos econômicos, que nada mais é que a
associação de países que de comum acordo estabeleceram relações comerciais entre eles
mesmos, essa relação é benéfica para todos do bloco, a partir do momento que eles atuam de
forma conjunta no mercado mundial. Ressalta-se um ponto que é muito importante, tendo em
vistas à criação de zona de livre comércio surgi também à exclusão de alíquotas de
importação para esses países que fazem parte do bloco. A formação de um mercado comum
com concorrência saudável entre os integrantes impulsionou a economia europeia que
estimulou a concorrência global. Hoje, a União Europeia permite a livre circulação de
pessoas, bens, serviços e capital dentro de suas fronteiras. A União Europeia foi criada
oficialmente como Comunidade Econômica Europeia (CEE) em 1957, pelo trado de Roma.
Em 2008, reunia 27 países.

Os benefícios econômicos da cooperação internacional inspiraram muitos países a


formarem alianças comerciais com os vizinhos. Essa integração regional destaca o
paradoxo da globalização. Considerando as prioridades de todos os países, a
preocupação em ser regional e torna-se global significa voltar aos interesses internos
e, ao mesmo tempo, abrir-se para o mundo. A formação de bloco permite atingir esse
objetivo. (POWELL; GHAURI 2009, pág. 18).

Conclui-se que com a diminuição nas importações das matérias-primas às


organizações podem se beneficiar tendo como reflexos benefícios nas reduções dos custos de
produção, beneficiando assim tanto as organizações como a população ao reduzir os preços
dos produtos. As organizações que não se adaptarem às transformações globais correm
grandes riscos de fechar suas portas. A rivalidade entre as organizações de outros países do
mesmo bloco econômicos ficara evidente ao se deparar com a falta de estrutura de algumas
empresas, as empresas que não possuírem estrutura para concorrer com as rivais terá como
consequências ineficiência dos setores, diminuição de renda e fechamento de postos de
trabalho.

2.7. Globalização dos Mercados de Bens e Serviço

Para Castells (2016) o comércio internacional é, historicamente, o elo principal entre


as economias nacionais. Nesse contexto entende-se que as actividades e planejamentos de
nível tecnológico em escala mundial têm-se acompanhado da fragmentação das actividades
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produtivas nos diferentes continentes, em que permite um comércio, uma prática


intraespecífica e interespecífica na que concentra seus investimentos em países mais
favoráveis atacando assim seletivamente as distintas legislações nacionais vigentes.

A evolução do comércio internacional no último quartel do século XX caracterizou-se


por quatro tendências principais: sua transformação setorial; sua diversificação relativa, com
proporção cada vez maior de comércio se deslocando para países em desenvolvimento
embora com grande diferença entre países desenvolvidos; a interação entre a liberação do
comércio global e a regionalização da economia mundial. (CASTELLS, 2016).

Compreende-se que o fenómeno globalização nada mais é que as transformações de


ordem mundial das economias global que provoca integração dos mercados. Vive-se nesse
contexto implicações sócias, políticas, científicas, culturais e tecnológicas, é útil lembrar o
estudo de Oliveira (2008), “Certamente, a globalização significa, em última instância uma
nova forma de acumulação e de regulação do capital, que agora se constitui, em sentido pleno,
como sistema mundial”.

A concorrência se faz, também, em relação aos níveis de produtividade, isto é, de


maior produção por unidade de trabalho, o que deixa em uma situação extremamente
vulnerável os trabalhadores sem qualificação, que constituem a maior parte das massas
trabalhadoras dos países do terceiro mundo. (OLIVEIRA, 2008).

Castells (2016, pág. 163) menciona que “há uma transformação mais profunda do comércio: o
componente de conhecimentos dos bens e serviço se torna decisivo em questão de valor
agrado”.

Compreende-se que o intercâmbio desigual entre manufactura causa um desequilíbrio


comercial entre economia desenvolvida e em desenvolvimento, resultante menos valorização
da matéria-prima, com isso superpõe-se uma nova forma de desequilíbrio. Castells (2016,
pág. 163) ressalta “É o comércio entre bens de alta e de baixa tecnologia, e entre serviço de
altos conhecimentos e baixo conhecimentos, caracterizados por um padrão de distribuição
desigual de conhecimentos e tecnologia entre países e as regiões do mundo”.

Para Powell e Ghauri (2009) A globalização traz consigo inúmeros impactos positivos
para o mundo, esses impactos deve-se a aproximação dos países. O potencial global da sua
empresa depende de tamanho, localização, mercado, recursos, inovação e aspirações. Você
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precisa identificar a sua proposta única de valor, seus aspectos fortes e fracos e as
oportunidades e ameaças que podem surgir na busca dos objetivos proposto.

Considere as oportunidades oferecidas pela expansão global e quais se aplicam ao seu


caso: Crescimento do negócio em novos mercados; Vantagens decorrentes do maior acesso a
recursos como matérias-primas e mão de obra qualificada; Redução da concorrência por meio
da compra ou fusão com empresas concorrentes; Marketing e branding mundiais; Mercados
novos para produtos antigos e desenvolvidos de itens novos e mais adequados a mercados
estrangeiros; Uso de um ponto para servir de base regional, permitindo acesso mais fácil aos
mercados próximos; Economia de escala: chance de comprar matéria-prima e de produzir a
custo mais baixo; Custos menores de produção, como mão de obra mais barata ou maior
produtividade; Funcionamento sem interrupção, como os sistemas de atendimento que atuam
24 horas todos os dias; Benefícios financeiros, como subsídios, menos tributação ou taxas de
juros mais baixas; Ambiente de operação mais simples ou barato, com menos burocracia,
exigência legais ou estímulo ao investimento directo; As relações bilaterais entre os países
que os tornam pacíficos intensificando as relações entre países ocidentais e não existência de
guerra em si; A facilidade de mobilização das pessoas entre os países à busca de novos
trabalhos e oportunidade de investimentos; Tem-se um fluxo maior do turístico
movimentando a economia; Ganhos com a rápida transmissão de conhecimentos nas mais
diversas áreas, onde se pode destacar a tecnologia e a ciência em que se ganha com facilidade
entre parcerias de entidades e países; Mas nem só de aspectos positivo pode-se classificar a
globalização. Existem os aspectos negativo que podemos destacar: Segurança social – o
fenômeno globalização trouxe para países em desenvolvimento como Indonésia, Taiwon e
China muitos unidades fabris que visaram às condições de salários inferiores, essa unidades
fabris vieram de países ocidentais, e como consequências para os países ocidentais houve um
forte aumento na taxa de desemprego e com isso uma grande carga sobrecarga dos sistemas
de segurança social; Mercados financeiros – nessa aldeia global em que todos estão ligados
uns aos outros, onde um depende do outro, isso não significa que nem todos os países vão esta
em um estado de crescimento, vai viver realidades económicas e ambientais totalmente
diferentes vai sem existir sobressalto.
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3. CAPÍTULO III: Conclusão

O conceito de “globalização”, que tem sido utilizado de uma forma geral e abreviada para
designar as transformações recentes da economia mundial (e também as continuidades), não
constitui apenas uma moda. Ele encerra um conteúdo real de mudança no mercado, isto é,
expressa uma necessidade de compreender processos que perderam clareza e significado à luz
de conceitos tradicionais. É a nível económico que a globalização é mais evidente, colocando
importantes desafios a todas as empresas. Estas, até há pouco tempo relativamente protegidas
da turbulência em territórios bem determinados, são agora ameaçadas por múltiplas
adversidades, para onde quer que se virem, o que as obriga a competir à escala planetária, ou,
pelo menos, à escala dos territórios mais relevantes. A sua reacção estratégica a estas ameaças
torna-as actores privilegiados da globalização, estabelecendo redes com outras empresas e
determinando as suas estratégias em função dos seus adversários e dos seus parceiros.
Concorrenciam-se, mas ao mesmo tempo aliam-se para estender a sua influência, para abater
um adversário considerado perigoso ou para atingir massas críticas que permitam realizar
investimentos cada vez mais pesados. As alianças têm constituído, portanto, uma das vias de
adaptação à globalização e um factor de globalização, dando origem a uma espécie de
economia mundial policêntrica privada, interconectada por redes que põem em causa uma
organização tradicional baseada em territórios e em economias nacionais.
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Referência bibliográfica

AMODIO, Emanuele. A Globalização: Formas, Consequências e Desafios 1° edição / São


Paulo Edições Loyola 2006.

CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede 17° edição / São Paulo Editora Paz e Terra 2016.

GIL, António Carlos. Projecto de Pesquisa. 4ª Edição, São Paulo. Atlas, 2002.

HENDERSON, Hazel. Além da Globalização 3° Edição / São Paulo Editora Cultrix 2007.

LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Científica: 2ª


Edição, São Paulo.1990.

OLIVEIRA, Manfredo. Desafios Éticos da Globalização 3° edição / São Paulo Editora


Paulinas 2008.

POWELL, Sarah & GHAURI, Pervez. Globalização Série Sucesso Profissional 1° Edição
Publifolha Divisão de Publicações do grupo Folha 2010.

https://beduka.com/blog/materias/geografia/tipos-de-globalizacao.

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