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TEORIA DE INOVACAO

Reehad Khan no 20230993

Marvin Matsinhe no 20200292

CURSO DE GESTAO DE MARKETING

RECURDOS HUMANOS

INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS E

TECNOLOGIA DE MOÇAMBIQUE

Maputo Maio de 2023


RESUMO

Com o aumento gradual de empresas associado a diminuição de fronteiras económicas entre


países e os avanços tecnológicos que facilitam a ligação entre os países em todo o mundo, as
empresas sentem-se estão cada vez mais ameaçadas e essas vêm necessidade de buscar um
diferencial competitivo que permita a sua sobrevivência no mercado. Esse crescimento da
concorrência exige uma readequação em como as organizações operam uma vez que a
competitividade desencadeia a diminuição dos ciclos de produtos e rápida mudança da demanda
de consumo, bem como o aumento da capacidade tecnológica das empresas sendo factores que
potencializam a busca constante da inovação.

Palavras-chave: Inovação; importância da inovação; crescimento tecnológico.

I
ÍNDICE
LISTA DE INLUSTRACOES.........................................................................................................3

LISTA DE TABELAS.....................................................................................................................3

LISTA DE ABREVIATURAS........................................................................................................4

1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................................1

2. REVISÃO LITERÁRIA..............................................................................................................2

2.1 TEORIA DA INOVAÇÃO........................................................................................................2

2.2 Conceito de Inovação................................................................................................................3

2.3 Importância da inovação............................................................................................................3

2.4 Tipologia de Inovação...............................................................................................................4

2.5 Qual é o ambiente propício para inovação?...............................................................................5

2.6 Crescimento Tecnológico..........................................................................................................6

2.7 Impacto da inovação no crescimento económico.....................................................................6

2.7.1 Teoria Neoclássica..................................................................................................................8

2.7.2 Teoria Evolucionaria..............................................................................................................8

II
LISTA DE INLUSTRACOES

LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Tipos de Inovação na óptica de Oslo

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Evolução da teoria da inovação

III
LISTA DE ABREVIATURAS

P&D – Pesquisa e Desenvolvimento

TI – Tecnologia Informática

IV
1. INTRODUÇÃO

De acordo com o Hugo F. Alves (2009), o mundo muda a largos passos. Novos modelos de
negócios, visões de possibilidades antes inexistentes e remodelação de produtos e serviços se
tornam elementos essenciais para perduração de organizações que estão inseridas em um
ambiente globalizado, sem barreiras geográficas e com mudanças constantes. É nesse panorama
que as empresas competem e buscam estratégias inovadoras para sua perpetuidade no mercado,
onde as estratégias demonstram-se ser uma importante arma que tem como alvo adequar a
empresa ao novo ambiente e criar vantagens competitivas coerentes para atingir o melhor
desempenho.
O presente trabalho busca o que foi produzido, publicado e gerado de conhecimento pelos
estudiosos e pesquisadores do tema, e este tem como objectivo realizar uma breve descrição e
caracterização sobre a teoria de inovação proposta por autores renomados assim como as suas
componentes descrever a importância da teoria de inovação nas organizações e o impacto da
involução tecnológica para a inovação nas empresas.
Lakatos e Marconi (2001, p.103) fazem a seguinte afirmação para a formulação de um problema
específico: “ A formulação do problema prende-se ao tema proposto: ela esclarece a dificuldade
específica com a qual se defronta e que se pretende resolver por intermédio da pesquisa”.
Portanto o presente estudo de caso apresenta como problema a necessidade de se analisar a teoria
da inovação suas componentes para uso em uma organização.

Metodologicamente, esta pesquisa é do tipo exploratória e, de acordo com Gil (1994), é


desenvolvida com o objectivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de
determinado fato, buscando-se conhecer melhor os fenómenos apontados, esclarecendo conceitos
e levantando proposições. Classifica-se, também, como descritiva, na medida em que tem por
objectivo descrever as características da situação-problema buscando o estabelecimento de
relações entre variáveis.

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2. REVISÃO LITERÁRIA

2.1 TEORIA DA INOVAÇÃO

De acordo com Ramalho e Medeiros (2012) No início do século XX com Schumpeter o tema
inovação passou a ser amplamente debatido. Com o passar dos anos, seu trabalho foi
amadurecendo através de novas teorias do crescimento ligadas à inovação, desenvolvidas pelos
pesquisadores que o sucederam.

O tema Inovação tem sido discutido e usado pela sociedade para muitas actividades, e a sua
definição é ligeiramente relativa consoante a actividade a realizar, entretanto as empresa tem se
apoiado em ideias e definições de autores que abordaram sobre esse tema de formas mais
aprofundadas, de pontos de vista experientes de causa e efeito para a implementação em suas
empresas.

De acordo com Schumpeter (1934) defende que a inovação e a mudança ocorrem por meio de
um espiral de atracção mútua (clusters) onde um empreendedor de sucesso atrai outro
empreendedor e assim os efeitos são multiplicados. Dopfer (2011) completa demostrando que
em vista disto o empreendedor é o factor gerador de uma nova regra (nível micro) que vai iniciar
uma nova população de adeptos às novas regras criadas (nível meso) e que por sua vez vão
destruir a estrutura económica pré-existente no nível macro.

Autores sustentados pela ideia de schumpeter deram a sua contribuição sobre o tema, assim
como Perez (2009) que deixa claro que para Schumpeter a tecnologia se comporta ainda como
um factor exógeno à função de produção, que junto com as instituições e organizações sociais se
enquadram fora do domínio da teoria económica, ou ao menos se não totalmente fora, mas como
algo não explicado pela função produção. A abordagem de Schumpeter no início de século XX,
incentivou a pesquisa sobre o tema inovação, influenciando muitos outros autores a continuarem
a explorar sobre o assunto. Na literatura existem muitos trabalhos abordando o tema sobre a
evolução da teoria da inovação, todavia em sua grande maioria estes artigos focam apenas em
uma ou outra corrente pós Schumpeter.

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2.2 Conceito de Inovação

De acordo com Schumpeter (1934) a inovação é uma força propulsora das mudanças mundiais,
sendo o principal motor do desenvolvimento das nações, de tal forma que a busca por
diferenciais que tornem a empresa um bem raro no mercado, oferecendo produtos e serviços que
apenas ela possua e saiba fazer é a única maneira para se destacar no cenário competitivo global.
E conclui declarando que apenas com a inovação é que as nações podem dar os grandes saltos de
crescimento permitindo sua diferenciação frente aos demais países.

De acordo com Kim e Mauborgne (2005) a ideia de que no futuro as empresas dominantes
alcançarão o sucesso não combatendo as empresas concorrentes, mas desbravando espaços de
mercados não explorados, com grande potencial de crescimento, criando vantagem competitiva
por meio da exploração de novas ideias que melhoram a actuação do negócio. Mas o que
exactamente é inovação?

De acordo com schumepter et al (1934). Podemos definir Inovação como a introdução comercial
de um novo produto ou “uma nova combinação de algo já existente” criados a partir de uma
invenção que por sua vez pertence ao campo da ciência e tecnologia. PAVITT (1984) traz
inovação como sendo um produto ou processo de produção novo ou melhorado, comercializado
ou utilizado em um país.

De acordo com Bozeman e Link (1984), invenção é o desenvolvimento de algo novo enquanto
inovação somente acontece quando esta criação é colocada em uso. Assim sendo, inovação é tido
como algo novo, podendo ser desde um produto/serviço até um novo processo ou modelo de
gestão capaz de gerar valor para economia.

2.3 Importância da inovação

Inovar é essencial para que as empresas se tornem mais competitivas frente aos concorrentes. De
acordo com Kim e Mauborgne et al (2005), é necessário criar um mercado inexplorado
(conceituado pelos autores como oceano azul) com um novo conceito de produto ou serviço, que
deve ser desenvolvido a partir do diferencial daquela 18 organização para a criação de algo
inovador. A inovação como importância pode ser segmentada em três perspectivas:

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• Na perspectiva da estratégia, a inovação está ligada à obtenção de vantagens competitivas
sustentáveis, ao posicionamento competitivo, aos conceitos competentes, à capacidade de
inovação e à aprendizagem organizacional. Pode-se dizer que, quando se fala de estratégia, a
inovação surge como um elemento fundamental da acção e diferenciação das empresas (Porter
Hamel 1998).

• Outra perspectiva comum sobre inovação diz respeito ao padrão ou grau de novidade. Há na
literatura algumas diferenciações a esse respeito, sem fugir das ideias relacionadas ao grau de
impacto na empresa, nos produtos ou nos mercadosalvo, como destacam Freeman e Perez
(1998). Inovação incremental, inovação radical, novos sistemas tecnológicos e mudanças de
paradigmas tecno-económicos. (Davila 2007).

• Com relação à visão da inovação como um processo, a literatura chama a atenção para a forma
como as organizações inovam. O processo de inovação poder ser definido como aquele que
“envolve a criação, o desenvolvimento, o uso e a difusão de um novo produto ou ideia”
(UTTERBACK, 1983). Na mesma linha, de acordo com Tidd et al. (2005) o processo de
inovação contempla: identificação das necessidades dos consumidores; formulação de estratégia
de referência para a inovação; desenvolvimento ou aquisição de soluções; criação de prototípico;
testes; produção e disponibilização de produtos e serviços novos ou melhorados. Um ponto
importante que esses autores destacam é o fato de que o próprio consumidor desses produtos e
serviços gera novas informações e realimenta todo o processo.

2.4 Tipologia de Inovação

De Acordo com Manual de Oslo (2005), principal referência mundial no assunto, que publica
directrizes para colecta e interpretação de dados sobre a inovação, conceitua, de forma mais
abrangente, como sendo a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou
significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método organizacional nas práticas
de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas. Assim, de acordo com
esse conceito exposto, há as seguintes definições dos diversos tipos de inovação nas empresas
descritos pelo manual:

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Tabela 1: Tipos de Inovação na óptica de Oslo

Tipos Descrição
Inovação em Produtos: (bens Quando há mudança ou aperfeiçoamento no desenvolvimento de
ou serviços.); um determinado produto
Mudança no modo de fazer um produto ou criar novas formas de
Inovação em Processos
transformação de produto final
Inovação Organizacional Quando implementados novos processos na organização
Inovação incremental Melhoria de sistemas já existentes, tornando-os mais eficientes
Ideias que resultam de algo totalmente novo, esta inovação esta
Inovação disruptiva
concentrada em novas tecnologias.
Inovação para empresa Implementação de algo novo para a empresa
Inovação para o mundo Quando a novidade é para o mundo

Fonte: Manual de Oslo

2.5 Qual é o ambiente propício para inovação?

Não é suficiente conhecer a importância de inovar, é preciso que sejam criados ambientes
propícios, dentro e fora da empresa, para o surgimento de sistemas inovadores e é necessário,
também, criar condições institucionais flexíveis para emersão dessas inovações.

De acordo com MBC (2008), simples conversas informais, opiniões de clientes e análise do
mercado podem originar acções inovadoras. Porém, para que essas ideias possam ser absorvidas
pela organização é necessária a criação de sistemas que facilitem essa transformação. Aspectos
tais como: tolerância ao erro, empowerment1, flexibilidade, possibilidade de assumir riscos,
trabalho em equipe, reconhecimento do talento, fazem parte da construção de um ambiente
propício à emersão da inovação. A empresa não pode ser inovadora se não estimula a
criatividade e capacidade de criar resultados dos seus colaboradores, que são a sua maior fonte
de inovação. Criando um ambiente adequado, a criatividade flui com maior um Empowerment:
Processo de delegação de poder decisório para os indivíduos da empresa. Facilidade, e, a partir
daí, a empresa precisa criar meios de aproveitar e transformar essas ideias em novos produtos,
processos e soluções (Araujo, 2001).

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Não há um modelo fechado ideal para inovar, porém, De acordo com MBC (2008), há um

conjunto de boas práticas que precisam ser implementadas para criação de um ambiente

favorável à inovação. Tais como: qualificação de mão-de-obra, reconhecimento do esforço

colectivo, canais de comunicação directo com clientes e colaboradores, investimento em

Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), Tecnologia da Informação (TI), novas formas de gestão

dentre outros.

2.6 Crescimento Tecnológico

Embora a presente pesquisa não tenha o enfoque específico ligado à tecnologia, deixar de

abordá-la seria incorrecto, pois o processo de inovação está directamente ligado à P&D e à

criação de novas tecnologias que surjam ou que apenas aperfeiçoam os processos, produtos e

serviços existentes.

De acordo com MBC (2008) a tecnológica como uma concepção de um novo bem, serviço ou
processo, bem como a agregação de novas características ao bem, serviço ou processo que
resulte em melhorias e efectivo ganho na qualidade ou produtividade. A Tecnologia oferece a
perspectiva de criação de novos negócios que propiciam a criação de vantagem competitiva por
afectar as actividades de valor das organizações.

As instituições financeiras, particularmente, representam organizações que dependem fortemente


dos dados, logo, investem a maior parcela de capital em tecnologias que resultam em maior
competitividade no mercado. (MCGEE e PRUSAK, 1994).

2.7 Impacto da inovação no crescimento económico

De acordo com o ANPEL (2006), Com o passar dos anos a inovação ainda continua sendo a
mola propulsora do crescimento. A constante e rápida mudança que vem ocorrendo nos
mercados globais tem exigido cada vez mais, uma maior articulação e integração entre os
agentes económicos directamente ligados ao processo invocativo. Empresas, instituições de
pesquisa, órgãos governamentais e não-governamentais têm a missão de juntos fomentarem o

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crescimento económico de uma região, permitindo que seus resultados possam se espalhar pelos
demais sectores da economia.

O tema inovação entrou na pauta da discussão sobre o crescimento económico com Schumpeter
em 1911 a partir da publicação de seu trabalho no qual considera a inovação como a razão
principal para os grandes saltos de crescimento económico na evolução da raça humana. A
mudança tecnológica é um dos factores mais importantes, senão o mais importante, na promoção
do crescimento económico mundial. (Mansfield, 1971)

De acordo com RAMALHO e MEDEIROS et al (2012), após a inserção do tema inovação no


estudo económico, diversos pesquisadores passaram a debruçar-se sobre o tema, surgindo duas
Correntes teóricas. A primeira corrente surgida foi à neoclássica tradicional (exógena)
desenvolvida inicialmente nos anos 50 por Solow (1956) e Swan (1956). No início dos anos 80
ganham força duas vertentes: o modelo do crescimento endógeno de Romer (1986) e Lucas
(1988) e o evolucionário de Nelson e Winter (1982).

No intuito de facilitar o entendimento foi construída a Figura 1 na qual se tem Schumpeter como
tronco principal do qual se abrem dois grupos: os neoclássicos e os evolucionários. Com relação
aos neoclássicos pode-se ainda subdividi-los em exógenos (teoria velha) e endógenos (nova
teoria). ( RAMALHO e MEDEIROS et al, 2012).

Figura 1. Evolução da teoria da inovação.

Fonte: Elaborada pelos autores

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2.7.1 Teoria Neoclássica

De acordo com RAMALHO e MEDEIROS et al, (2012) a teoria neoclássica tem como pilar o
equilíbrio constante, sendo considerada estática em sua essência. Seu início deu-se com Solow
(1956) e Swan (1956) que desenvolveram modelos de crescimento, tratando o processo de
mudança tecnológica como um fenómeno exógeno (teoria antiga do crescimento) à função de
produção de uma nação. Um ponto básico de sua teoria está em tratar a mudança tecnológica
como neutra, implicando que a mudança tecnológica aumenta a produtividade tanto da mão-de-
obra quanto do capital igualmente. Esse conceito neoclássico trata o conhecimento como não
rival. É também um bem não excludente sobre o qual qualquer pessoa pode se apropriar daquele
conhecimento gerado sem ter que despender capital para fazê-lo. (Mulder et al., 2001).

Alguns anos depois teve inicio a chamada nova teoria do crescimento relacionando mudança
tecnológica ao crescimento endógeno com Arrow (1962), Uzawa (1965) e Shell (1967) com os
conceitos de “learning by doing” e “learnig by using”, se consolidando no final dos anos 1980,
sobretudo com a contribuição de Romer (1986) e Lucas (1988). Essa corrente trata a tecnologia e
o conhecimento como factores inerentes ao processo de crescimento económico, e, dessa forma
não podem ser dissociados do mesmo, sendo parte endógena ao crescimento económico

Diferentemente do “learning by doing”, o “learning by using” se caracteriza não pela experiência


envolvida no processo de fabricação de um produto, mas sim no seu processo de utilização do
usuário final. Em termos mais gerais as características de desempenho de um bem durável não
podem ser bem absorvidas até que o produto tenha sido utilizado por um longo período,
permitindo o aprendizado pelo tempo de experiência (ROSENBERG, 1982).

2.7.2 Teoria Evolucionaria

Assim como Solow e Romer, são tidos como os expoentes da teoria exógena e endógena
respectivamente, Nelson and Winter (1982) são considerados os fundadores da teoria
evolucionária. Utilizando os conceitos de Darwin como elemento central da teoria que rege as
transformações nas empresas; os evolucionários, também denominados de neo schumpterianos,
têm como característica principal de sua teoria o fato de considerar as rotinas organizacionais
como unidades de selecção no contexto económico., (RAMALHO e MEDEIROS et al 2012)

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De acordo com Witt (2008), de forma simples faz uma comparação na qual as rotinas
empresariais são tidas como os genótipos da biologia, enquanto as decisões específicas
resultantes de cada rotina aplicada são como os fenótipos na teoria biológica. Desta forma rotinas
que não obtêm resultados satisfatórios vão deixando de ser utilizadas, em detrimento àquelas que
geram crescimento e lucros. De acordo com Verspagen (2000) perante este cenário de selecção,
as empresas com melhores estratégias irão crescer enquanto empresas com piores estratégias
tendem a perder mercado.

Outra característica predominante desta corrente teórica está na dinâmica da mudança


tecnológica a qual está sempre em constante movimento.

De acordo com Smith (2005) em alguns momentos a economia enfrenta uma taxa maior de
crescimento tecnológico enquanto em outros existe uma diminuição desta taxa, se relacionando
directamente com o que Schumpeter chama de ciclos económicos. Perez (2009) completa
mostrando que a intensa interacção e feedbacks entre as esferas tecnológica e económica,
eventualmente, levam por meio de descobertas e redescobertas ao surgimento gradual e rápido
desenvolvimento posterior de novos elementos tecnológicos.

De acordo com DOSI and NELSON (1994) numa reflexão simples e objectiva relatam que a
teoria neoclássica deve ser utilizada em situações nas quais os atores envolvidos no processo são
todos conhecidos, racionais e passíveis de medição, enquanto a linha evolucionária é uma
resposta para as situações em que essa previsibilidade não está presente.

De acordo com Nelson (1995) a força existente nos neoclássicos proveniente da sua simplicidade
se torna uma ilusão uma vez que o equilíbrio estático proposto por eles não existe numa
economia em constante movimento na qual os cenários e variáveis mudam constantemente. O
assunto dizendo que os evolucionários exploram mais profundamente a caixa preta da
tecnologia, todavia nem sempre evitam a armadilha de Solow substituindo seu “maná para os
céus” por “parâmetros para o céu, Mulder (2001).

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3. APRESENTACAO E DISCUSSAO DE RESULTADOS

3.1 Estudo de Caso

3.1.1 Apresentação da empresa

A Vodacom é uma empresa de telefonia móvel que fornece serviços de telecomunicação móvel e
disponibiliza para o mercado suas inovações tecnológicas, não que outras organizações tenham
menos tecnologias do que as empresas de telecomunicação, mas podendo se considerar uma das
empresas com um grau alto tecnológico no entanto, tanta tecnologia é vista mais internamente
por seus funcionários, parceiros e fornecedores. Na verdade, para as empresas de
telecomunicações suas inovações e seus serviços diferenciados são o seu produto para o cliente
final, por este motivo fica muito mais explícita sua tecnologia do que em outros meios.

A Vodacom é uma empresa que possui grande preocupação com a inovação tecnológica não
apenas no que se relaciona com a área de novas tecnologias, mas podemos observar este fato,
evidentemente, através dos produtos diferenciados fornecidos aos seus clientes. Podemos
enumerar uma infinidade de serviços existentes de forma a atender uma demanda solicitada pelo
mercado, por tendências tecnológicas ou pelo consumidor final.

Dentro do vasto leque de opções oferecidas abordaremos de uma só inovação tecnologia já não
lançada em Moçambique mas com muita deficiência de implementação, que é a “Correio de
Voz” , visando explicar sua utilização e seus benefícios para a sociedade, empresas e mercado.

O Correio de Voz é usado pelas famílias de países desenvolvidas como um serviço que permite
mandar uma mensagem de voz para alguém caso não atenda a chamada, isso é, é uma espécie de
mensagem complementar, mas usando a voz e sem uso da internet nesse no caso os megabytes.

Desta forma as pessoas podem deixar mensagens longas sem precisar levar muito tempo
escrevendo racionalizando tempo consequentemente os recursos também.

A tecnologia é bem-vinda por toda a sociedade e este serviço possibilitará uma fácil
comunicação, e poderá abranger todos, incluindo pessoas com limitações, pessoas com poucas
condições financeiras e pessoas com baixo nível de escolaridade

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Para a implementação desse serviço a Vodacom terá que optar pela inovação incremental que é a
melhoria de sistemas já existentes, tornando-os mais eficientes, isso é, terá criar conteúdos
publicitando esses serviços acrescidos com um tutorial de como activar entretanto isso pode não
ser o suficiente, portanto será necessário enviar colaboradores para as ruas e ajudarem as pessoas
que não tem acesso aos conteúdos ou não conseguem por algum motivo aceder ao mesmo.

Perante a implementação dessa inovação implicará abordar as teorias de inovação Neoclássica e


Evolucionaria que abordam sobre o learning by doing”, o “learning by using” que consiste em
aprender implementando o serviço, que será completamente absorvido através da implantação
contínua do serviço. Criar-se estratégias específicas de forma rotineira para a implementação
desses serviços é essencial e de acordo com a teoria evolucionária, rotinas que não obtêm
resultados satisfatórios vão deixando de ser utilizadas, e àquelas que geram crescimento e lucros
se manterão.

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4. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO

De acordo com MONTEIRO, Daniela (2008), A inovação tecnológica é algo que deve ser
praticado de forma sistemática pelas organizações que querem se manter em constante
crescimento no mercado, pois a inovação é necessária não apenas no âmbito de criação, mas,
deve também ser aplicada nos processos internos das organizações. É importante que os
funcionários observarem que hoje não apenas a área criação é importante pelas inovações que a
organização possui introduzidas, mas, todas as áreas são importante para a melhoria e criação de
formas optimizadas de se fazer melhor o que é feito hoje, para isso foram apresentados conceitos
e históricos sobre inovações tecnológica no âmbito mercadológico em recursos físicos ou
processuais.

A partir das discussões realizadas neste trabalho, algumas constatações tornam-se evidentes. A
primeira diz respeito às diferentes definições do termo inovação. Principalmente, a inovação
pode ser percebida em termos das dimensões da estratégia, dos padrões, do processo e dos tipos
de inovação. Nota-se uma diversidade conceitual típica de temas relevantes e que ainda são
capazes de gerar debate na academia. Os pesquisadores devem atentar a essas definições para
delimitar a dimensão da inovação a ser investigada.

Uma outra questão levantada neste trabalho está relacionada à discussão sobre as opções teórico-
metodológicas dos investigadores. A forma como a inovação se insere em cada uma das teorias
em organizações difere caso a caso: percebe-se a influência do contexto no qual elas foram
desenvolvidas, de disciplinas como a economia e a psicologia e dos pressupostos.

O estudo de caso foi efetuado em um serviço que se encontra em fase de implementação não só
pela empresa do estudo assim como pela concorrência, ainda não esta disponível para todos
dispositivos móvel. O objectivo deste artigo é informar para que serve este serviço, quais os
benefícios, como poderá ser utilizado e se poderá gerar algum negócio depois do seu lançamento,
considerando-se, também, a existência do serviço em outros países que utilizam esta tecnologia.

Ainda não podemos prever se haverá criação de novos serviços, no entanto a possibilidade de
criação de vários modelos novos é muito alta, pois as possíveis tendências apontam para estes
cenários em prol ao desenvolvimento económico das nações.

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5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MAUBORGNE, Renee; KIM, Chan. A Estratégia do Oceano Azul. Rio de Janeiro: Campus,
2005.

RAMALHO, Sergio; MEDEIROS, Jepherson. O desenvolvimento da teoria da inovação


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