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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de ensino á distância - Cuamba

Papel do Empreendedorismo no Crescimento e Desenvolvimento Económico

Luísa Bernardo, Código: 708212843

Curso: Licenciatura em Administração Pública

Cadeira: Empreendedorismo

Ano de Frequência: 4º

Tutor:

Cuamba, Abril de 2024


Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 1

1.1. Objectivos do Trabalho ....................................................................................................... 1

1.2. Objectivo Geral: .................................................................................................................. 1

1.3. Objectivos Específicos: ....................................................................................................... 1

2. Contextualização .................................................................................................................... 2

2.1. Conceito de empreendedorismo .......................................................................................... 2

2.1.1. Motivações e objectivos ................................................................................................... 3

2.1.2. A importância do empreendedorismo............................................................................... 4

2.1.3. Características dos empreendedores ................................................................................. 4

2.2. O desenho da estrutura económica actual e o dinamismo da economia .............................. 5

2.3. Empreendedorismo e o papel das PMES no crescimento económico ................................. 5

2.4. Corrupção e Complexidade dos Processos Públicos ........................................................... 6

2.5. Carga fiscal excessiva e um custo elevado do pagamento de impostos .............................. 6

2.6. Benefícios do empreendedorismo ....................................................................................... 7

2.6.1. Soluções de problemas ..................................................................................................... 7

2.6.2. Geração de renda .............................................................................................................. 7

2.6.3. Desenvolve a economia .................................................................................................... 7

2.6.4. Cria novos postos de emprego .......................................................................................... 7

2.7. Empreendedorismo em Maputo........................................................................................... 8

3. Conclusão ............................................................................................................................... 9

4. Bibliografias ......................................................................................................................... 10
1. Introdução
O presente trabalho aborda sobre Empreendedorismo em Moçambique. Na verdade, o
empreendedorismo em Moçambique está em crescimento nos últimos anos. Há cada vez mais
jovens que começam um negócio e estão dispostos a percorrer este caminho incerto. O
crescimento e popularidade de empreendedores em Moçambique, têm forte influência no
aumento do número de instituições pública e privadas, associações, movimentos, pessoais e
profissionais que oferecem acções específicas de fortalecimento de empreendedores.

Actualmente, jovens e mulheres têm mais acesso à informações e recursos para começar e
expandir o negócio. É caso para se dizer, só não realiza o seu sonho empreendedor, está com a
lista de desculpas reduzida.

Já o empreendedorismo por necessidade que reflecte, actualmente, a realidade Moçambicana o


empreendedor se aventura, enxergam esta como a melhor opção de trabalho pelo facto de
estarem desempregadas e não conseguirem um trabalho de carteira assinada. Vê uma forma de
sustentarem a si e a sua família e o facto de não haver um planeamento prévio estão mais
propenso ao fechamento rápido.

Neste contexto, tem como objectivos específicos conceituar o empreendedorismo e sua


aplicabilidade, o que vem a ser empreendedor, descrever sobre empreendedorismo por
oportunidade e por necessidade e por fim, demonstrar com a actividade empreendedora como
ferramenta de desenvolvimento económico e gerador de renda.

1.1. Objectivos do Trabalho


1.2. Objectivo Geral:
 Fomento sobre papel do Empreendedorismo no Crescimento e Desenvolvimento
Económico

1.3. Objectivos Específicos:


 Definir o conceito de empreendedorismo;
 Discutir sobre importância do empreendedorismo;
 Sustentar sobre empreendedorismo e o papel das PMES no crescimento económico.

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2. Contextualização
2.1. Conceito de empreendedorismo
O Empreendedorismo é um tópico bastante abordado na literatura actual, despertando bastante
interesse em todo o mundo e aparece destacado como sendo o motor da economia (Kuratko,
2005). Para Hisrich et al (2005) o empreendedorismo é um processo dinâmico de criação de
riqueza incremental, resultante da tomada de riscos de um indivíduo, sendo que o produto ou
serviço criado pode ou não ser único, mas de alguma forma de elevado valor.

O termo empreendedorismo é atribuído a várias origens. No entanto, foi através de Jean-Batiste


Say, no início do Século XIX, que a expressão tornou-se de facto conhecida, referindo-se à
pessoa que movia recursos económicos de qualquer natureza, de uma área de menor retorno,
para uma área de maior produtividade e melhores resultados (Drucker, 1985).

Aproximamos a ideia do surgimento deste termo através do economista francês JeanBatiste Say
onde o ele destaca que o empreendedor tinha um papel central no processo de desenvolvimento
económico. Na visão economicista o empreendedor é alguém que combina recursos, trabalho,
materiais e activos de forma a obter um valor superior. É alguém que introduz mudanças,
inovação e uma nova ordem. Por outro lado, ainda na origem do termo, vários economistas
clássicos destacavam os meios de produção de uma função de produção normal: terra, trabalho
e capital. Contundo, durante o feudalismo e surgimento do capitalismo o papel do
empreendedorismo através do agente empreendedor ganha destaque, salientando-se a sua
importância para as vantagens competitivas dos países, surgindo assim como um quarto factor
produtivo.

O empreendedorismo tem originado nas últimas décadas um surgimento de novas Pequenas e


Médias Empresas (PME), com especial destaque para as de crescimento rápido. Estas novas
empresas entendem-se como cruciais nos processos de inovação e na condução de mudanças
tecnológicas que potenciam aumentos de produtividade. As mesmas tem contribuindo para a
criação de riqueza, criação de emprego e melhor qualidade de vida das populações e destacam-
se pela sua capacidade de adaptação a um ambiente de mudança (Kuratko, 2003).

Moçambique, depois da assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP), passou a assistir a um


diálogo bipartido anual contínuo entre o governo e o sector privado e, desde então, o governo
empreendeu uma série de reformas, destinadas a melhorar o ambiente de negócios. Apesar do
optimismo do governo quanto à sua política e acções de reforma do ambiente empresarial, o
crescimento das PME’s não tem sido rápido e em consequência dessa lentidão, os postos de

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trabalho criado tem sido mínimo e limitado aos sectores dominados por grandes investidores
internacionais (por exemplo, a indústria extractiva e os serviços financeiros).

Estas PME’s são afectadas por uma série de barreiras. As PME’s desempenham um papel
fundamental na redução da pobreza. Elas estão actualmente a contribuir para a redução da
pobreza através do crescimento da produção, criação de empregos e geração de renda acrescida
para a população de baixa renda. Dai a importância de compreender que mecanismos, políticas
acções que Moçambique tem conduzido no contexto do ambiente empresarial para a promoção
das PME´s.

2.1.1. Motivações e objectivos


Como atrás referido, muitos são os autores que se dedicaram ao estudo do impacto do
empreendedorismo sobre o crescimento económico (Reynolds et al. 1999; McMillan e
Woodruff, 2002 e Stel et al. 2005). Porém, os resultados encontrados nos diferentes estudos são
frequentemente contraditórios.

Enquanto uns sugerem um impacto positivo, como é o caso de Reynolds et al. 1999, que
encontraram uma relação positiva entre a destruição criativa e o crescimento económico, outros
defendem que a actividade empreendedora não traduz necessariamente um progresso em termos
económicos no caso dos países subdesenvolvidos (Stel et al., 2005). Estes autores encontraram
evidências de que o empreendedorismo tem um efeito positivo nos países desenvolvidos e
negativo nos subdesenvolvidos.

Entretanto, estes estudos estão muito concentrados na Europa e América do Norte, são poucos
que têm como objecto de estudo as economias em desenvolvimento. Bruton et al. (2008) falam
do leste asiático cuja excelência no processo empresarial é uma das características marcantes.
Contudo, só recentemente demonstrou-se um interesse, ainda assim muito tímido, em perceber
os métodos empresariais e organizacionais usados por estes povos.

O mesmo acontece nas outras partes do mundo, que até hoje ainda registam poucos estudos
sobre o empreendedorismo regional. É o caso do Moçambique, da Angola, do Cabo Verde e da
Argélia, conhecidas como as economias, cujas previsões apontam para um crescimento superior
ao dos países da África.

Deste modo, devido à controvérsia existente na literatura quanto ao real impacto da actividade
empreendedora e à escassez de estudos para esta região do globo, pretendemos com este estudo
contribuir para o enriquecimento da literatura e verificar qual o verdadeiro impacto do
empreendedorismo na economia dos países que constituem a nossa amostra.
3
2.1.2. A importância do empreendedorismo
Conforme Longenecker; Moore; Petty (2004), os empreendedores são heróis populares da
moderna vida empresarial. Eles fornecem empregos, introduzem inovações e estimulam o
crescimento económico.

A presença do empreendedor torna-se cada vez mais fundamental para as organizações, quando
as mesmas avaliam a necessidade quotidiana de criatividade, do trabalho eficiente, da inserção
de novas possibilidades, da criação de uma nova postura de trabalho, fazendo com que a
empresa tenha um centro espontaneamente criativo, gerando soluções rápidas, constantes e
funcionais a estas organizações.

“Actualmente os empreendedores são reconhecidos como componentes essenciais para


mobilizar capital, agregar valor aos recursos naturais, produzir bens e administrar os meios para
administrar o comércio”. (Sebrae, 2007, p.2). O empreendedorismo é importante para a
empresa, pois permite que a mesma mantenha-se competitiva no mercado, através de atitudes
inovadoras.

2.1.3. Características dos empreendedores


O empreendedorismo está cada vez mais se tornando essencial nas atitudes diárias dentro de
uma empresa. Em um período em que a duração dos empregos formais está menor e, os mais
diversos sectores industriais comerciais são caracterizados por expressiva volatilidade, o
empreendedorismo ao ser aplicado diariamente, passa a ser um importante diferencial para
fortalecer a capacidade de superar desafios.

Para Leite (2002), ser empreendedor significa ter capacidade de iniciativa, imaginação fértil
para conceber as ideias, flexibilidade para adaptá-las, criatividade para transformálas em uma
oportunidade de negócio, motivação para pensar conceitualmente e a capacidade para ver,
perceber a mudança como uma oportunidade.

Algumas características são decisivas para identificar um indivíduo empreendedor. De acordo


com Sebrae (2007), observando o modo como agem, as características dos empreendedores são
as seguintes:

a) Iniciativa: agir espontaneamente antes de ser forçado pelas circunstâncias;


b) Busca de oportunidades: reconhecer e saber aproveitar oportunidades novas e pouco
comuns, precisa estar atento e capaz de perceber, no momento certo, as oportunidades
de negócio que o mercado oferece;

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c) Persistência: não desistir diante das dificuldades encontradas, nunca deixar de ter
esperança e lutar para ver seus projectos realizados;
d) Busca de informação: valorizar a informação e buscá-la pessoalmente para elaborar um
plano ou tomar decisões, buscar conhecimentos em livros, cursos ou até mesmo com
pessoas que tenham experiência no sector;
e) Preocupação com a alta qualidade do trabalho: interesse em manter um alto nível de
qualidade nos produtos ou serviços prestados;
f) Eficiência: preocupação em reduzir o custo, os recursos necessários e o tempo para
realizar as tarefas;
g) Autoconfiança: Acreditar na própria habilidade e capacidade;
h) Persuasão: habilidade de convencimento diante dos demais;
i) Uso de estratégias de influência: tendência a pensar e definir formas para influenciar os
demais.

2.2. O desenho da estrutura económica actual e o dinamismo da economia


O processo de construção do Estado e da economia do país tem o seu início no século XIX e
em meados do século XX. Sem percorrer muito a história, nessa altura o colonialismo português
desenvolvia o recurso sistemático ao trabalho forçado e as culturas obrigatórias. As mudanças
de sistemas e regimes políticos vem caracterizando a economia do país, desde o século XIX e
sobretudo com a independência e com a experiência da guerra dos 16 anos, factor que agravou
a crise económica de Moçambique.

Aplicou-se um modelo de administração que fosse de encontro a visão ideológica marxista-


leninista que culminou com um conjunto de reformas que conduziu a adopção de um modelo
de economia centralmente planificada, um modelo de desenvolvimento socialista.

O século XX pode ser caracterizado como o século que desenhou a estrutura económica e social
que hoje temos no nosso país. Foi um período em que assistiu a períodos longos caracterizados
por vários regimes políticos e varias estratégias económicas distintas, no entanto, muitas delas
resultaram em fracasso e houveram muitos outros elementos de continuidade da estrutura
económica.

2.3. Empreendedorismo e o papel das PMES no crescimento económico


O Estatuto Geral das Micro, Pequenas e Médias Empresas (Decreto n.º 44/2011, de 21 de
Setembro) define o que é uma PME em Moçambique.

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 Micro empresa - Empresa com menos de 4 trabalhadores ou com volume de negócio
anual inferior a 1.2 milhões de meticais;
 Pequena empresa - Empresa com o número de trabalhadores compreendido entre 5 e 49
e volume de negócios entre 1.2 e 14.7 milhões de meticais;
 Média empresa - Empresa com o número de trabalhadores compreendido entre 50 e 99
e o volume de negócios superior a 14.7 e inferior a 29.97 milhões de meticais.

Observa-se que dois critérios são fundamentais: volume de negócios e número de trabalhadores.
Além disso, uma PME não pode ter mais de 25% de participações detidas por uma grande
empresa ou pelo Estado. O critério de volume de Negócio é determinante. Repisamos a esta
altura a definição que usamos para centrar nossa discussão. Sabemos todos que o
empreendedorismo tem a ver com as pessoas e não as organizações.

Dai que assumimos a definição inicial destacada pela GEM (2005) onde esta considera
empreendedorismo como sendo a participação das PME´s na criação do emprego. Lopes (2014)
em seu trabalho sobre empreendedorismo em Moçambique também não fornece nenhuma
informação específica sobre a capacidade das empreendedoras, e empreendedores em geral,
sobreviverem no ambiente de mercado e negócio tão idiossincrático como é o moçambicano.
Queríamos ter adoptado uma definição mais precisa mais focalizada como aquela que define a
actividade empreendedora como sendo aquela em que é quantificada pela actividade dos
trabalhadores por conta-própria ou pelo nível de criatividade.

2.4. Corrupção e Complexidade dos Processos Públicos


Obstáculo com menor impacto na zona norte do país devido ao tamanho reduzido do meio
empresarial e elevado nível de convivência entre cidadãos, o que reduz o nível de corrupção.
Os sectores que sentem esta lacuna com maior intensidade são a prestação de serviços,
comércio, agricultura, construção e serviços associados e indústria.

As barreiras reguladoras impedem a flexibilidade e a agilidade, que são os principais motores


da competitividade das PMEs. Deste modo, a economia deve eliminar o peso regulador tanto
quanto possível.

2.5. Carga fiscal excessiva e um custo elevado do pagamento de impostos


Em relação à carga tributária, as empresas consideram que os impostos são elevados e não são
adequados a jovens empresas e empresas em crescimento.

Destaca-se aqui o diferencial entre o ISPC (3% do volume de negócios se este for igual ou
inferior a 2.5 milhões de meticais) e o IRPC (34% do volume de negócios se este for superior
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a 2.5 milhões de meticais) preocupa as empresas pois pretendem crescer e aumentar o volume
de negócios mas temem que o imposto a aplicar possa agir como uma barreira ao crescimento.
Estas consideram que deveria ser criado um imposto intermédio para potenciar o crescimento
das empresas.

Say sucintamente declara que o auto-interesse e a busca de lucros é que empurram os


empresários em relação à satisfação da demanda do consumidor. "A natureza dos produtos é
sempre regulada pelas necessidades da sociedade", portanto, "a interferência legislativa é
completamente supérflua". Seus comentários sobre uma série especial de actos legislativos são
muito instrutivos.

Say não hesita em identificar os gastos do governo como consumo improdutivo e a excessiva
tributação como uma espécie de suicídio. Contrariamente, hoje, há muitos escritores que
insistem em que as altas taxas de impostos e os altos níveis concomitantes de gastos do governo,
de alguma forma fazem com que uma sociedade seja mais próspera.

2.6. Benefícios do empreendedorismo


2.6.1. Soluções de problemas
Como mencionamos, o papel do empreendedorismo é inovar ao criar soluções para problemas
sociais. Sendo assim, muitos empreendimentos são essenciais para a sociedade, pois impactam
positivamente na vida da população.

2.6.2. Geração de renda


Tantas as pequenas quanto as grandes empresas conseguem promover a geração de renda local,
principalmente em pequenas cidades. Elas são essenciais para que a económica local consiga
se desenvolver e prosperar.

2.6.3. Desenvolve a economia


As nove milhões de micro e pequenas empresas, por exemplo, representam 27% do Produto
Interno Bruto (PIB) no país, segundo pesquisa. Isso significa que o empreendedorismo, mesmo
o de micro e pequenas empresas, tem um potencial gigante para promover o desenvolvimento
económico do país.

2.6.4. Cria novos postos de emprego


O empreendedorismo também é fundamental para abrir novos postos de trabalhos no mercado.
Quando o governo investe em empreendedorismo para pequenas e médias empresas, ele está
promovendo a geração de empregos.

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2.7. Empreendedorismo em Maputo
Nos últimos anos o termo empreendedorismo esta sendo muito falado no Maputo, e cada vez
mais as pessoas tem o desejo de abrir o próprio negócio. Um dos motivos para o aumento desta
actividade empreendedora em Maputo foi o alto índice de desemprego, segundo dados do INE
o contingente de desempregados que em Junho de 2015 era de 4 milhões em 2016 aumentou
para cerca de 6 milhões, desta forma o empreendedorismo tem assumido um importante papel
em resposta a ausência de trabalho assalariado.

É bom ressaltar que ao abrir um negócio a pessoa não busca somente obter recurso para suprir
suas necessidades, mas irá permitir ao cidadão integra-se novamente a sociedade.

Segundo Joseph Schumpeter (1985) o indivíduo empreendedor é aquele que para obter lucro
assume riscos, faz acontecer, se antecede aos fatos e enxerga o futuro da organização (José
Dornelas, 2001). Num momento, onde a instabilidade político-económica e a taxa de
desemprego chegaram a um índice alarmante a prática empreendedora no Brasil tornou-se fonte
de riqueza, desenvolvimento e subsistência. Segundo fontes do GEM – Global
Entrepreneurship Monitor (2016), houve um aumento significativo de novas empresas e
optantes do MEI, onde os empreendedores contam com um regime fiscal diferenciado que
favorece os pequenos negócios.

Porém, torna-se um empreendedor não garante sucesso, muito pelo contrário, pequenos
negócios cerca de 20% fecham as portas antes mesmo de completarem um ano de vida, e ao
final de quatro anos a metade deixa de operar. Por isso, é importante ressaltar que os propensos
empreendedores têm que prestar muita atenção às tendências de negócios, fazer um bom
planeamento e buscar recursos para iniciar as actividades.

Em Maputo em 201, 14,4 milhões de pessoas estavam envolvidas com alguma actividade
empreendedora, ou seja, um em cada sete brasileiros que têm entre dezoito e sessenta e quatro
anos de idade está abrindo negócio próprio. Em Maputo tem uma taxa de empreendedorismo
(percentagem de 36 pessoas que abrem a própria empresa em relação à população
economicamente activa) maior do que a média mundial: 13,5% contra 12%%, (Schlindwein,
2004, apud IBQP, 2002, p. 1).

Actualmente em Maputo, o empreendedorismo está no auge, ou seja, pode ser classificada como
a era do empreendedorismo, Oliveira (1995) faz referências a uma das razões que justificam
aquecimento da actividade empreendedora em Maputo.

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3. Conclusão
Como vimos, a rede de apoio para empreendedores em Moçambique é vasta e positiva. O que
muitos empreendedores reclamam é que a maioria das oportunidades está em Maputo. Isso é
verdade, mas acredita que jovens de todo Moçambique tem chances de se beneficiar destas
oportunidades.

Os empreendedores operam num ambiente precário, com imensas dificuldades no contexto de


regras de uma economia de mercado. Portanto, destacamos que o ciclo de intervenção do Estado
não se encerrou. As PME’s lutam pela sobrevivência do seu negócio na medida que elas
competem de forma desigual com o sector informal e com empresas internacionais. O Estado
deve assumir um certo número de responsabilidade para uma sociedade civil, na medida em
que a educação constitui um bem de natureza colectiva que não pode ser regulado apenas pelas
leis de mercado.

Na elaboração deste trabalho foi possível constatar que o empreendedorismo é atractivo e


promissor. Foram apresentadas informações básicas sobre o empreendedorismo na cidade de
Maputo suas vantagens, benefícios e os desafios enfrentados pelos pequenos empreendedores.
O empreendedorismo, em Maputo, esta em ascensão e as pessoas estão encontrando nele um
caminho e em alguns casos se tornam um caminho para sobreviverem.

Percebe-se uma característica comum nas entrevistas aplicadas são pequenos empresários que
enxergam uma oportunidade para investir mesmo que a motivação seja a necessidade de
condições melhores de vida. Em geral, sobre este facto pode-se dizer que a necessidade obriga
a criação e a insatisfação induz a inovação.

Contudo, diante do actual cenário político-económico Moçambicano onde o desemprego chega


a dados alarmantes, o empreendedorismo actua directamente na geração de empregos, expande
a economia proporcionando a realização de uma actividade que sustente seu crescimento
profissional, pessoal e financeiro.

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4. Bibliografias
Anselm, M. (1993), “Entrepreneurship education in community college”, Proceedings of the
38th International Council for Small Business (ICSB), Las Vegas, Nº 5, pp 177-92.

Baker Tilly Moçambique (2014). PME em Moçambique Oportunidades e Desafios.


USAID/Moçambique

Banco de Moçambique (2013) Relatório Anual. Maputo

Bom, Bart Van Den (2011). Análise da pobreza em Moçambique. Situação da pobreza dos
agregados familiares, malnutrição infantil e outros indicadores 1997, 2003, 2009. Maputo.

FMI (2014). Relatório Nacional do FMI n.º 134/148-Mocambqiue

Francisco, António (2010). Enquadramento Demográfico da Protecção Social em Moçambique:


Dinâmicas Recentes e Cenários Prospectivos. IESE.

Kuratko, D.F. (2005), “The Emergence of Entrepreneurship Education: Development, Trends,


and Challenges”, Entrepreneurship Theory & Practice, Vol. 29.

Lopes, Maria Antónia (2014). Desenvolvimento de Empreendedoras em Moçambique. Escolar


editora

Mosca, João (2009). Pobreza, Economia “Informal”, Informalidades e Desenvolvimento.


Maputo.

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