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Geografia Económica de Moçambique

O PAPEL DA INDUSTRIALIZAÇÃO PARA O DESENVLOVIMENTO DA ECONOMIA


MOÇAMBICANA
Índice
Introdução............................................................................................................................ 4

Objectivos: .......................................................................................................................... 4

Objectivos gerais: ................................................................................................................ 4

Objectivos específicos: ........................................................................................................ 4

Industrialização ................................................................................................................... 5

Conceito .............................................................................................................................. 5

Importância da indústria ...................................................................................................... 5

Industrialização e crescimento econômico .......................................................................... 6

O PAPEL DA INDUSTRIALIZAÇÃO PARA O DESENVLOVIMENTO DA


ECONOMIA MOÇAMBICANA ....................................................................................... 7

Gera empregos..................................................................................................................... 9

Crescimento da economia ................................................................................................... 9

Melhoria do padrão de vida das pessoas ............................................................................. 9

Desenvolvimento de tecnologia/inovação ........................................................................... 9

Redução das desigualdades regionais ................................................................................. 9

Exportações ......................................................................................................................... 9

Os tipos de indústrias presentes na economia moçambicana ............................................ 10

Características gerais ......................................................................................................... 10

Os factores da localização da indústria ............................................................................. 10

Factores naturais ................................................................................................................ 10

Factores socio-económicos ............................................................................................... 10

Indústrias extractivas e a sua localização geográfica: ....................................................... 11

Indústria transformadora ligeira (de bens de uso e consumo) ........................................... 12

A distribuição da indústria ligeira em Moçambique ......................................................... 12

Indústria transformadora pesada ou de base e equipamento ............................................. 12

A distribuição da indústria pesada em Moçambique ........................................................ 13

A importância da indústria para economia ........................................................................ 13


As causas que explicam o fraco desenvolvimento industrial em Moçambique ................ 13

Desafios de industrialização em Moçambique .................................................................. 13

Conclusão .......................................................................................................................... 15

Referencias bibliográficas ................................................................................................. 16


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Introdução
O debate sobre o papel da industrialização para o desenvolvimento econômico não é novo. Pelo
contrário, trata-se de uma das mais antigas e controversas discussões presentes na literatura
econômica. Há registros destas discussões desde o Império. Seu capítulo mais recente encontra-
se na análise sobre a ocorrência de um processo de "desindustrialização" e seus efeitos para o
desenvolvimento de longo prazo do país.

O objetivo deste artigo é recuperar os elementos essenciais do debate sobre o papel do processo
de industrialização para o desenvolvimento econômico

A discussão sobre a avaliação do desenvolvimento econômico é fundamental por possibilitar a


compreensão do impacto da organização do sistema sócio produtivo sobre a reprodução da
sociedade contemporânea, entendida como plural e dinâmica em sua constituição social e
territorial.

Objectivos:
Objectivos gerais:
 Desenvolver o papel da industrialização para o desenvolvimento da economia
moçambicana

Objectivos específicos:
 conceituar a industrialização;

 Abordar acerca da importância da industrialização em Moçambique;

 Descrever os tipos de indústrias presentes na economia moçambicana;

 Os desafios da industrialização para a economia moçambicana.


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Industrialização
Conceito
Industrialização o processo de crescimento da atividade industrial em uma sociedade, de forma
que ela se torna cada vez mais preponderante no processo de produção econômica do espaço
geográfico, sobrepondo-se e subordinando outras atividades a ela, tais como as práticas
agrícolas.

O processo de industrialização ocorre geralmente quando há medidas públicas


favoráveis à instalação de indústrias em uma determinada localidade, com o fornecimento de
incentivos fiscais traduzidos em isenção ou redução de impostos, entre outros. Assim, a oferta
de empregos – diretos e indiretos –, em grande parte dos casos, tende a crescer, o que mobiliza
uma maior quantidade de pessoas e, consequentemente, amplia o mercado consumidor. É claro
que, além dos incentivos públicos, é necessário haver uma infraestrutura de comunicações e
transporte adequada, além de outras vantagens, como um melhor acesso às matérias-primas.

Importância da indústria
Quando um país é industrializado, ele tende a ter uma economia mais equilibrada. Isso porque
quanto maior é o investimento nessa área, maior será a produção. O que, por sua vez, gera mais
empregos e, consequentemente, renda. Incentivando, com isso, o consumo – que faz com que
a gente reinicie o ciclo.

Ou seja, é uma espécie de “bola de neve” positiva, que impacta diretamente no desenvolvimento
socioeconómico.

Além disso, quando a produção interna é alta, as necessidades de consumo são supridas.
Reduzindo, assim, as importações e aumentando as exportações.

Portanto, em resumo, temos como as principais vantagens desse segmento:

 Geração de emprego, melhorando a vida da população;

 Crescimento da economia como um todo;

 Aumento do consumo interno;

 Desenvolvimento tecnológico.
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Industrialização e crescimento econômico


O desenvolvimento econômico se tornou o principal objetivo político das nações desde
a Revolução Capitalista, sendo que o governo de um Estado só será considerado bem-sucedido
à medida que estiver alcançando taxas razoáveis de crescimento (BRESSER-PEREIRA, 2006).

Embora, exista uma grande diferença entre os conceitos de crescimento e desenvolvimento,


para os ortodoxos, utilizar-se-ão estes como sinônimos, de acordo com o enfoque keynesiano,
segundo o qual desenvolvimento significa crescimento econômico.

Os ortodoxos, consideram como desenvolvimento quando o crescimento econômico


ocorre junto a mudanças positivas da estrutura econômica, política, social e institucional. Além
de melhorias de indicadores como renda per capita e produtividade (SOUZA, 2007).

De acordo com Bresser-Pereira (2006), fazer uma distinção entre crescimento e


desenvolvimento econômico no plano histórico só tem sentido quando uma perspectiva teórica
supõe ser possível e frequente o aumento da renda per capita sem mudanças profundas na
sociedade, isso só ocorre em situações muito particulares. Em condições normais, o crescimento
da renda per capita é acompanhado por mudanças estruturais na economia e na sociedade.
Portanto, justifica-se a utilização do crescimento e desenvolvimento econômico como
sinônimos.

Lamonica e Feijó (2011, p.121) destacam que a primeira Lei de Kaldor:

[...] identifica a indústria como o “motor do crescimento” por ser o setor


mais dinâmico e difusor de inovações. As intra e inter-relações da
indústria com os demais setores induzem a um aumento na produtividade
dentro e fora dela. Como os retornos crescentes estão presentes na
indústria, as mudanças nos processos de produção se propagam
continuamente, ou seja, de um modo cumulativo.

Deste modo, a indústria, por impulsionar o crescimento dos demais setores da economia,
devido ao efeito encadeamento – ao demandar recursos de outros setores e segmentos
industriais, as economias de escala presentes na indústria melhoram a rentabilidade dos demais
segmentos – ganha destaque nas análises de crescimento econômico.

A expansão da indústria provoca a expansão dos demais setores, pois, quando utiliza sua escala,
demanda mais fatores dos outros setores (fornecedores de matérias-primas, de crédito, etc.),
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dinamizando-os, gerando renda para os fatores de produção destes setores, como o trabalho, o
que permite a expansão do consumo, este não se restringe a produtos industriais, propagando-
se pelos demais setores da economia e, consequentemente, expandindo-os.

[...] o setor industrial possui grande dinamismo e, deste modo, atua como
o motor do crescimento da economia como um todo, MURPHY,
SHLEIFER e VISHNY (1989) constatam que os países que conseguiram
atingir elevadas taxas de crescimento sustentável foram os mesmos que
experimentaram um importante desenvolvimento industrial.
(NAKABASHI; SCATOLIN; CRUZ, 2007, p.3).

Assim, o dinamismo do setor industrial é responsável por impulsionar o crescimento


econômico. Tal dinamismo tem suas causas enraizadas no efeito das economias de escala e de
encadeamento com os demais setores e segmentos, que possibilitam que as vantagens da
economia de escala industrial sejam transmitidas a outros setores, elevando a rentabilidade não
somente da indústria, como dos demais segmentos, e incentivam a novos investimentos no setor
industrial e demais correlatos, acarretando em um círculo virtuoso de crescimento
(NAKABASHI; SCATOLIN; CRUZ, 2007).

[...] como a indústria tem um maior potencial de gerar efeitos positivos


sobre a economia como um todo e pelo fato dos recursos serem escassos,
como enfatizado por HIRSCHMAN (1958), investimentos neste setor
seriam cruciais para elevar a taxa de crescimento econômico de uma
maneira sustentada. (NAKABASHI; SCATOLIN; CRUZ, 2007, p.4).

O PAPEL DA INDUSTRIALIZAÇÃO PARA O DESENVLOVIMENTO DA


ECONOMIA MOÇAMBICANA
Na seção anterior abordou-se a visão kaldoriana da importância da indústria para o
crescimento econômico, dado o efeito de encadeamento com os demais setores e elevação da
produtividade oriunda dos retornos de escala – o desenvolvimento do setor industrial pode gerar
maiores taxas de crescimento econômico.

Discutiu-se também a importância da inovação da indústria na geração e manutenção de


competitividade, para garantir a preferência por seus produtos tanto no mercado interno, quanto
no externo, ante produtos originários de indústrias internacionais.
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Em consequência da relação entre expansão de demanda e utilização de escala produtiva, eleva-


se a produtividade da indústria, bem como de outros seguimentos da economia. Este aumento
da produtividade impacta expansão do produto industrial e, segundo a primeira lei de Kaldor,
este leva ao crescimento da economia.

Assim, como o Estado objetiva o crescimento econômico, uma política industrial bem
elaborada pode ser uma ferramenta importantíssima para atingi-lo. Tal política deve buscar a
formação de parcerias com instituições privadas, elaborar projetos visando o desenvolvimento
nacional no longo prazo, com metas bem definidas a serem cumpridas pelos beneficiários de
tais políticas, sanções em caso de não cumprimento, e prazos de vigência rigorosamente
estipulados de acordo com a capacidade da indústria de segui-los.

Deste modo, como a indústria é o motor do crescimento econômico e a inovação um


requisito à criação e manutenção da competitividade, o papel da política industrial consiste em
proporcionar as condições para o fortalecimento, modernização, elevação da produtividade e
geração de competitividade da indústria na economia, possibilitando a expansão destas para o
atendimento tanto da demanda interna quanto da externa, objetivando com isso elevar o
crescimento econômico.

Chang (2004) faz uma retomada histórica das estratégias utilizadas, pelos países hoje
desenvolvidos (como Grã-Bretanha, EUA, Alemanha, França, Suécia, entre outros), em suas
fases iniciais de desenvolvimento. Esta análise histórica demostra que nos estágios iniciais de
desenvolvimento os países que na atualidade são altamente desenvolvidos adotaram ativamente
políticas industriais, comercias e tecnológicas intervencionistas para promover a indústria
nascente quando eram economias em catching-up. Somente após atingirem sua fronteira
tecnológica, ou seja, estarem em estágios mais avançados de desenvolvimento, esses países
passaram a condenar estes tipos de políticas e advogar pelo livre-comércio.

Essa análise de Chang (2004) foi inspirada nos escritos de List (1885, p.295-296 apud CHANG,
2004, p.17):

É um expediente muito comum e inteligente de quem chegou ao topo da


magnitude chutar a escada pela qual subiu a fim de impedir os outros de
fazerem o mesmo. Não é outro o segredo da doutrina cosmopolita de
Adam Smith e das tendências cosmopolitas de seu grande
contemporâneo William Pitt, assim como de todos os seus sucessores no
governo britânico. Qualquer nação que, valendo-se de taxas
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protecionistas e restrições à navegação, tiver levado sua capacidade


industrial e sua navegação a um grau de desenvolvimento que impeça as
outras de concorrerem livremente com ela não pode fazer coisa mais
sábia do que chutar a escada pela qual ascendeu à grandeza, pregar os
benefícios do livre-comércio e declarar, em tom penitente, que até
recentemente vinha trilhando o caminho errado, mas acaba de descobrir
a grande verdade.

Gera empregos
Para 27% dos entrevistados, a indústria é importante ou muito importante para a criação de
postos de trabalho. Confrontados com uma situação hipotética em que sua cidade receberia um
novo empreendimento com 1 mil novos empregos, 51% das pessoas elegeram que deveria ser
no setor industrial (transformação, extrativa da construção). Em seguida aparece o comércio
(13%).

Crescimento da economia
O setor é importante ou muito importante para impulsionar o crescimento da economia na
opinião de 96% das pessoas.

Melhoria do padrão de vida das pessoas


A indústria contribui para a melhoria do padrão de vida da população na opinião de 94% dos
entrevistados.

Desenvolvimento de tecnologia/inovação
As empresas industriais contribuem para aumentar a inovação e a evolução da tecnologia no
país segundo 60%.

Redução das desigualdades regionais


O papel da indústria para diminuir as diferenças regionais é importante ou muito importante
para 88% das pessoas.

Exportações
Os produtos industrializados são considerados importantes ou muito importantes para as
exportações na opinião de 87% das pessoas. Para 83%, o aumento das exportações gera mais
empregos
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Os tipos de indústrias presentes na economia moçambicana


Características gerais
 De uma forma geral, a indústria Moçambicana é muito subdesenvolvida;

 É uma indústria fundamentalmente manufatureira e dedica-se às actividades de extração


e transformação de alguns recursos minerais e energéticos;

 É uma indústria ainda de poucos investimentos, de pouca investigação, de tecnologia


simples e rudimentar;

 Os principais tipos de indústrias localizam-se nas grandes cidades e centros urbanos.

Os principais tipos de indústria são a extractiva e a transformadora.

Os factores da localização da indústria


Factores naturais
 Existência de fontes de energia (petróleo, gás natural, carvão, electricidade e outras
fontes alternativas);

 Existência de matéria-prima;

 Abundância de água.

Factores socio-económicos
 Disponibilidade financeira (capital);

 Existência de mão-de-obra qualificada e em quantidade;

 Existência de mercado de consumidores;

 Existência de transportes e vias de comunicação;

 Conhecimentos científicos

NB: Actualmente a indústria localiza-se perto dos centros de investigação ou universidades.

Indústria é uma actividade económica que se dedica na transformação de matéria-prima em


produtos elaborados ou semi-elaborados por meios mecânicos ou por um certo trabalho.

Indústria Extractiva – dedica-se a exploração de recursos minerais (naturais) e produtos


energéticos. Por exemplo: a mineração e exploração de madeira.
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Indústrias extractivas e a sua localização geográfica:


 Carvão– Tete, Manica e Niassa

 Bentonite– Maputo;

 Cobre– Tete e Manica;

 Bauxite– Manica, Tete, Zambézia e Niassa;

 Mármore– Cabo Delgado;

 Grafite– Cabo Delgado e Tete;

 Granito e saibro – todas as províncias;

 Sal– no litoral;

 Asbestos– Manica, Zambézia e Tete;

 Areias pesadas – Gaza e Nampula;

 Gás natural – Inhambane (Pande e Temane) e Sofala (Búzi);

 Feldspato– Zambézia, Manica, Tete e Nampula;

 Tântalo– Zambézia, Tete, Manica e Sofala;

 Petróleo– Bacia de Rovuma e Zambeze;

 Columbite, berilo, pedras preciosas e caulino – Niassa, Manica, Tete, Zambézia e


Nampula;

 Mica– Sofala, Zambézia, Manica, Tete e Nampula

. Indústria transformadora - é uma actividade que utilizando a matéria-prima bruta ou


produtos semi-elaborados procede a sua transformação e fabricação de produtos elaborados.
Por exemplo: o fabrico de automóveis, de vestuário, de calçado, etc.

A indústria transformadora divide-se em:

 Indústria ligeira (indústria de bens de uso e consumo)

 Indústria pesada (base e equipamento)


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Indústria transformadora ligeira (de bens de uso e consumo)


Transforma a matéria-prima bruta ou semielaborada em produtos acabados para o uso directo
da população. Por exemplo: a indústria alimentar, de bebidas, mobiliária, calçado etc.

A distribuição da indústria ligeira em Moçambique


 Indústria de açúcar – Maputo e Sofala;

 Indústria alimentar e de bebidas – em todas as províncias;

 Indústria de calçado e outros artigos de vestuário – Maputo, Sofala, Manica e Zambézia;

 Indústria tabaqueira – Maputo, Sofala e Tete.

Indústria de descaroçamento de algodão e desfibramento de sisal – Sofala, Cabo Delgado,


Niassa e Inhambane.

A paisagem indústria de Moçambique localiza-se em: Maputo-cidade, Matola, Beira e


Nampula.

Indústria transformadora pesada ou de base e equipamento


É aquela que trata grandes quantidades de produtos brutos para transformação em produtos
semi-elaborados de mais alto valor por unidade de peso, esses produtos não são de utilização
final nem directa da população em geral.

No entanto, são utilizados por indústria e serviços. Por exemplo: a indústria siderúrgica,
de produção de cimento, da metalúrgica, de produção de cimento, do material ferroviário, de
máquinas agrícolas, etc.

Esta indústria também designada por indústria de base e equipamentos. Este tipo de indústria
requer o seguinte:

 Avultados investimentos;

 Grande consumo de energia;

 Volumosas instalações;

 Ocupação de grandes espaços.


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A distribuição da indústria pesada em Moçambique


 Indústria de produtos minerais não metálicos – províncias de Maputo, Sofala, Nampula
e Zambézia.

 Indústrias químicas – província de Maputo, Sofala e Tete.

 Indústrias metalúrgicas de base – província de Maputo.

 Indústrias de materiais de construção – Cabo Delgado, Zambézia, Nampula, Niassa e


Maputo.

 Indústrias de construção de meios de transporte – Maputo, Sofala, Tete e Nampula.

 Indústrias de pesca – Maputo, Inhambane, Sofala e Nampula

A importância da indústria para economia


 Fonte de emprego;

 Fonte de aquisição de divisas na exploração;

 Processamento de matéria-prima para exploração;

 Produção de bens de uso e consumo.

As causas que explicam o fraco desenvolvimento industrial em Moçambique


 Predomínio da exploração agrícola;

 Fraca rede de vias de comunicação;

 Forte dependência de capitais estrangeiros;

 Tecnologia de fraca modernização;

 Mão-de-obra pouco especializada;

 Reduzida capacidade de poder de compra;

 Carência em muitas áreas de recursos energéticos.

Desafios de industrialização em Moçambique


A análise realizada mostra que o desenvolvimento económico e social em Moçambique enfrenta
cinco desafios cruciais, designadamente: (i) a diversificação da base produtiva e das
qualificações e capacidades, com articulação da produção, logística, comércio e finanças e
ampliação da base social e regional de acumulação e distribuição; (ii) o desenvolvimento,
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exploração e gestão estratégicos dos recursos naturais numa perspectiva inter-temporal e inter-
relacional, gerando e retendo riqueza, por via de ligações fiscais e produtivas, que possa servir
de catapulta para a diversificação, articulação e ampliação da base de acumulação económica;
(iii) a construção de um quadro de análise e políticas macroeconómicas focado na
diversificação, articulação e ampliação da base económica, que construa e fortaleça relações
positivas dinâmicas entre a despesa pública e o desenvolvimento da base produtiva, que
favoreça a diversificação das exportações e a substituição de importações e que, neste processo,
amplie a base fiscal de sustentação do desenvolvimento social e económico; (iv) a apropriação
pelo Estado, ou a socialização, das rendas dos recursos e outras que permitam realizar as
mudanças económicas, sociais e políticas, incluindo a mudança de direcção e amplitude dos
centros de acumulação e padrões de distribuição bem como a redução da porosidade da
economia e (v) a redução acelerada da dependência externa.
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Conclusão
Terminado o trabalho pode concluir-se que apesar dos impactos negativos acima referidos, a industria
também pode ser positiva da seguinte maneira: fonte de emprego; fonte de aquisição de divisas na
exploração; processamento de matéria prima para exploração; produção de bens de uso e consumo.

Entretanto, mesmo na revolução industrial tendo ocorrido já a bastante tempo, nota-se um fraco
desenvolvimento industrial no nosso pais devido as seguintes causas: predomínio da exploração
agrícola; fraca rede de vias de comunicação; forte dependência da capital estrangeiro; tecnologias de
fraca modernização; mão de obra pouco especializada; reduzida capacidade de poder de compra; e
carência em muitas áreas de recursos energéticos.
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Referencias bibliográficas
BRESSER-PEREIRA, L. C. O conceito histórico de desenvolvimento econômico. 2006.
Disponível em: <http://www.bresserpereira.org.br/papers/2006/06.7-
conceitohistoricodesenvolvimento.pdf >. Acesso em: 20 abr. 2015.

CHANG, H. J. Chutando a escada: a estratégia do desenvolvimento em perspectiva histórica.


Tradução de Luís Antônio Oliveira de Araújo. São Paulo: Ed. da UNESP, 2004.

SOUZA, N. J. Desenvolvimento econômico. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2007.

NAKABASHI, L.; SCATOLIN, F. D.; CRUZ, M. J. V. Investimento, indústria e crescimento


econômico brasileiro: uma análise da relação de causalidade. Economia & Tecnologia: Texto
para Discussão, Curitiba, n.10, 2007. Disponível em:
<http://www.boletimdeconjuntura.ufpr.br/textos_discussao/texto_para_discussao_ano_2007_t
exto_10.pdf>. Acesso em: 07 abr. 2015.

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