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Objectivos: .......................................................................................................................... 4
Industrialização ................................................................................................................... 5
Conceito .............................................................................................................................. 5
Gera empregos..................................................................................................................... 9
Exportações ......................................................................................................................... 9
Conclusão .......................................................................................................................... 15
Introdução
O debate sobre o papel da industrialização para o desenvolvimento econômico não é novo. Pelo
contrário, trata-se de uma das mais antigas e controversas discussões presentes na literatura
econômica. Há registros destas discussões desde o Império. Seu capítulo mais recente encontra-
se na análise sobre a ocorrência de um processo de "desindustrialização" e seus efeitos para o
desenvolvimento de longo prazo do país.
O objetivo deste artigo é recuperar os elementos essenciais do debate sobre o papel do processo
de industrialização para o desenvolvimento econômico
Objectivos:
Objectivos gerais:
Desenvolver o papel da industrialização para o desenvolvimento da economia
moçambicana
Objectivos específicos:
conceituar a industrialização;
Industrialização
Conceito
Industrialização o processo de crescimento da atividade industrial em uma sociedade, de forma
que ela se torna cada vez mais preponderante no processo de produção econômica do espaço
geográfico, sobrepondo-se e subordinando outras atividades a ela, tais como as práticas
agrícolas.
Importância da indústria
Quando um país é industrializado, ele tende a ter uma economia mais equilibrada. Isso porque
quanto maior é o investimento nessa área, maior será a produção. O que, por sua vez, gera mais
empregos e, consequentemente, renda. Incentivando, com isso, o consumo – que faz com que
a gente reinicie o ciclo.
Ou seja, é uma espécie de “bola de neve” positiva, que impacta diretamente no desenvolvimento
socioeconómico.
Além disso, quando a produção interna é alta, as necessidades de consumo são supridas.
Reduzindo, assim, as importações e aumentando as exportações.
Desenvolvimento tecnológico.
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Deste modo, a indústria, por impulsionar o crescimento dos demais setores da economia,
devido ao efeito encadeamento – ao demandar recursos de outros setores e segmentos
industriais, as economias de escala presentes na indústria melhoram a rentabilidade dos demais
segmentos – ganha destaque nas análises de crescimento econômico.
A expansão da indústria provoca a expansão dos demais setores, pois, quando utiliza sua escala,
demanda mais fatores dos outros setores (fornecedores de matérias-primas, de crédito, etc.),
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dinamizando-os, gerando renda para os fatores de produção destes setores, como o trabalho, o
que permite a expansão do consumo, este não se restringe a produtos industriais, propagando-
se pelos demais setores da economia e, consequentemente, expandindo-os.
[...] o setor industrial possui grande dinamismo e, deste modo, atua como
o motor do crescimento da economia como um todo, MURPHY,
SHLEIFER e VISHNY (1989) constatam que os países que conseguiram
atingir elevadas taxas de crescimento sustentável foram os mesmos que
experimentaram um importante desenvolvimento industrial.
(NAKABASHI; SCATOLIN; CRUZ, 2007, p.3).
Assim, como o Estado objetiva o crescimento econômico, uma política industrial bem
elaborada pode ser uma ferramenta importantíssima para atingi-lo. Tal política deve buscar a
formação de parcerias com instituições privadas, elaborar projetos visando o desenvolvimento
nacional no longo prazo, com metas bem definidas a serem cumpridas pelos beneficiários de
tais políticas, sanções em caso de não cumprimento, e prazos de vigência rigorosamente
estipulados de acordo com a capacidade da indústria de segui-los.
Chang (2004) faz uma retomada histórica das estratégias utilizadas, pelos países hoje
desenvolvidos (como Grã-Bretanha, EUA, Alemanha, França, Suécia, entre outros), em suas
fases iniciais de desenvolvimento. Esta análise histórica demostra que nos estágios iniciais de
desenvolvimento os países que na atualidade são altamente desenvolvidos adotaram ativamente
políticas industriais, comercias e tecnológicas intervencionistas para promover a indústria
nascente quando eram economias em catching-up. Somente após atingirem sua fronteira
tecnológica, ou seja, estarem em estágios mais avançados de desenvolvimento, esses países
passaram a condenar estes tipos de políticas e advogar pelo livre-comércio.
Essa análise de Chang (2004) foi inspirada nos escritos de List (1885, p.295-296 apud CHANG,
2004, p.17):
Gera empregos
Para 27% dos entrevistados, a indústria é importante ou muito importante para a criação de
postos de trabalho. Confrontados com uma situação hipotética em que sua cidade receberia um
novo empreendimento com 1 mil novos empregos, 51% das pessoas elegeram que deveria ser
no setor industrial (transformação, extrativa da construção). Em seguida aparece o comércio
(13%).
Crescimento da economia
O setor é importante ou muito importante para impulsionar o crescimento da economia na
opinião de 96% das pessoas.
Desenvolvimento de tecnologia/inovação
As empresas industriais contribuem para aumentar a inovação e a evolução da tecnologia no
país segundo 60%.
Exportações
Os produtos industrializados são considerados importantes ou muito importantes para as
exportações na opinião de 87% das pessoas. Para 83%, o aumento das exportações gera mais
empregos
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Existência de matéria-prima;
Abundância de água.
Factores socio-económicos
Disponibilidade financeira (capital);
Conhecimentos científicos
Bentonite– Maputo;
Sal– no litoral;
No entanto, são utilizados por indústria e serviços. Por exemplo: a indústria siderúrgica,
de produção de cimento, da metalúrgica, de produção de cimento, do material ferroviário, de
máquinas agrícolas, etc.
Esta indústria também designada por indústria de base e equipamentos. Este tipo de indústria
requer o seguinte:
Avultados investimentos;
Volumosas instalações;
exploração e gestão estratégicos dos recursos naturais numa perspectiva inter-temporal e inter-
relacional, gerando e retendo riqueza, por via de ligações fiscais e produtivas, que possa servir
de catapulta para a diversificação, articulação e ampliação da base de acumulação económica;
(iii) a construção de um quadro de análise e políticas macroeconómicas focado na
diversificação, articulação e ampliação da base económica, que construa e fortaleça relações
positivas dinâmicas entre a despesa pública e o desenvolvimento da base produtiva, que
favoreça a diversificação das exportações e a substituição de importações e que, neste processo,
amplie a base fiscal de sustentação do desenvolvimento social e económico; (iv) a apropriação
pelo Estado, ou a socialização, das rendas dos recursos e outras que permitam realizar as
mudanças económicas, sociais e políticas, incluindo a mudança de direcção e amplitude dos
centros de acumulação e padrões de distribuição bem como a redução da porosidade da
economia e (v) a redução acelerada da dependência externa.
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Conclusão
Terminado o trabalho pode concluir-se que apesar dos impactos negativos acima referidos, a industria
também pode ser positiva da seguinte maneira: fonte de emprego; fonte de aquisição de divisas na
exploração; processamento de matéria prima para exploração; produção de bens de uso e consumo.
Entretanto, mesmo na revolução industrial tendo ocorrido já a bastante tempo, nota-se um fraco
desenvolvimento industrial no nosso pais devido as seguintes causas: predomínio da exploração
agrícola; fraca rede de vias de comunicação; forte dependência da capital estrangeiro; tecnologias de
fraca modernização; mão de obra pouco especializada; reduzida capacidade de poder de compra; e
carência em muitas áreas de recursos energéticos.
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Referencias bibliográficas
BRESSER-PEREIRA, L. C. O conceito histórico de desenvolvimento econômico. 2006.
Disponível em: <http://www.bresserpereira.org.br/papers/2006/06.7-
conceitohistoricodesenvolvimento.pdf >. Acesso em: 20 abr. 2015.